Por Ana Paula Salviatti
São três da tarde, esquina da Pedroso de Morais com a Teodoro Sampaio, próximo ao Largo da Batata, Zona Oeste de São Paulo, um dos pontos mais movimentados da capital paulista. Dois homens em plena esquina agridem três crianças. Crianças pobres: uma negra, uma mulata e a última, uma branca que não era loira.
Agredindo.
Ao ver de dentro do ônibus a cena pude ver a criança negra sendo agarrada por detrás do pescoço e sendo lançada no meio da rua. Foi o suficiente para sair em disparada do ônibus e ir em direção a eles. Ao chegar, o segundo homem estava levando a criança branca, mas não loira, pela orelha até à calçada do outro lado da rua. Nesse momento tive a desgraçada sorte de vê-lo, ao largar a criança na calçada, dizer com o dedo apontado em seu rosto:
– Cala sua boca, você é um bosta.
Disparei em meio àquela cena que os dois homens adultos se afastassem das três crianças imediatamente. A discussão estava instalada. Naquele exato momento tive a plena consciência de que um linchamento público não seria um destino distante das três.
– Mas eles são seus filhos?
– Não são e nem precisariam ser, são crianças e isso basta.
– São ladrões, são bandidos, fazem isso sempre.
– Não é sua função dizer o que eles fazem ou não. Inclusive o crime é seu. Você não pode agredir essas crianças, eu mesma vi.
Nisso, dois polícias que estavam do outro lado da rua vieram em direção à confusão que eu sozinha havia instalado.
– Pois não, o que está acontecendo aqui?
– Esses dois homens estavam agredindo essas crianças, senhor policial, eu posso ser testemunha. O primeiro senhor agarrou a criança pelo pescoço e o segundo arrastou a outra criança pela orelha, a xingando de bosta.
Um dos homens me interpelou:
– Mas você não vê que eles são bandidos?
– Não, não vejo, senhor. Vejo três crianças serem agredidas no meio da rua por vocês.
O primeiro policial se aproximou, pôs suas mãos no cinto e disparou:
– Eu resolvo isso já, vou levar esses três moleques para a FEBEM e a gente resolve isso já.
Imediatamente disparei:
– É assim que se dirige a uma criança, senhor policial?
– O que a senhora disse, senhora?
– É assim que o senhor se dirige a uma criança senhor policial? Se ele fosse branquinho dos olhos azuis o senhor falaria assim com ele, senhor policial?
Com um sorriso nos lábios me disse:
– A senhora gostaria de ir à delegacia abrir uma representação?
– Estou à disposição.
O adulto que disse a uma das crianças que ele era um bosta me perguntou:
– Você não acompanha a televisão?!
– Não coloque apresentadores da tevê no meio disso aqui. Vocês acreditam que pegando uma criança no pescoço no meio da rua, xingando ela de bosta, vocês vão incentivar o quê?! Essas crianças vão ficar malucas e por muito menos vocês estão cultivando o que assistem na televisão. Eles têm direitos sonegados. Eles têm direito a lazer, cultura e educação, e é tudo o que os três não têm.
As poucas pessoas que paravam soltavam comentários a favor de um linchamento público das três.
– São bandidos, já assassinaram alguém! Isso ai é tudo bandido, tudo assassino!
O homem que havia segurado o pescoço do menino se aproximou de mim e disse que ele estava errado e que me pedia desculpas. Respondi que ele não devia desculpas a mim, mas à criança a quem ele havia dado a enforcadura no pescoço. Ele então sumiu.
O segundo policial, muito mais flexível, abordou a questão da seguinte forma:
– O papel da Polícia Militar é mediar conflitos. São situações onde é difícil se chegar a um consenso.
– Senhor policial, mas não se trata de chegarmos a um consenso, não? Eles não podem agredir as crianças. É a lei.
– Sim, a senhora tem razão.
O policial dirigiu-se a mim e às crianças, que a esta altura já estavam todas atrás de mim como pintos atrás de uma galinha. Disse o que eles poderiam e não poderiam fazer, e que eu estava dispensada – após anotar somente o meu RG. Questionei então se o senhor policial não iria falar o que aqueles dois homens não poderiam fazer.
– Sim, sim. O senhor, quando tiver algum problema, retém a criança no local e liga no 190.
Só.
– A senhora pode ir embora, vocês podem ir embora.
E um instante de silêncio se fez em mim. Eu não ia embora. Eu poderia ter dito e feito muitas outras coisas, mas estas foram as que consegui sem ter sido presa por desacato. No final eu tinha três crianças olhando para mim imóveis. Eu tinha três crianças ali.
Detalhe: nenhum dos dois homens negou o que havia feito em momento algum; para meu espanto tentaram justificá-lo de uma forma bastante específica. Nossa televisão está regando o fascismo que transborda dos corações paulistanos. O que era uma simples ideia, agora é plena realidade. Eram três horas da tarde em plena Teodoro Sampaio, o que será das três da tarde no Jardim Paulistano ou no Campo Limpo? Eram três crianças que não passavam da altura do meu diafragma. Eram três indivíduos em plena formação, que foram humilhados em praça pública por pessoas que entenderam-se no direito. Adultos alimentados e pavimentados por um discurso massivo vomitado hora a hora pela nossa televisão.
A não implementação das garantias constitucionais dos direitos das crianças e dos adolescentes está dando seus frutos mais amargos. Até quando nosso Ministério Público irá esperar para que ele, sim, entre com uma representação contra o discurso de ódio midiatizado? Quando crianças como essas forem assassinadas preventivamente? Afinal, são todas assassinas como mostram na tevê, memória que não me deixou escapar um transeunte que se dignou a parar e a verborragir à minha frente. Se são todos assassinos, na dúvida eles não merecem outra coisa que um tratamento preventivo.
O que eu assisti abalou a mim, mas e às três? Por muito menos eu me tornaria um adulto revoltado. Alguém aqui sabe o que significa ser chamado de bosta ou ser segurado pelo pescoço como um animal em meio à Av. Teodoro Sampaio às três da tarde numa quinta-feira? Alguém?
Os leitores encontrarão aqui um glossário de gíria e de expressões idiomáticas,
tanto do Brasil como de Portugal.
Sim Anissima, so nao foi na ateodoro sampaio, mas numa rua perto do mesmo bairro, no jardim paulista, proximo a brigadeiro..
E sinto dizer que nao foi uma vez so, nem duas..
Acho que a diferença é que sempre tive minha mae mais proxima de mim, tive bons amigos que me mostraram outros lados da realidade e como eu poderia agir pra tentar minimizar este fato que aconteceu comigo a mais de dez anos atras, e agora pulou nos seus olhos..
E, como sempre, os policiais sumiram..
O mundo está tomando rumos que me parece não ter mais volta. Nem sem o que dizer, sinceramente não sei mesmo. O impacto que isso causa nessas crianças é absurdo.
Muito triste….
Está claro que esse texto é uma resposta aos que defendem a reduçaõ da maioridade penal. Mesmo concordando que as crianças de rua não podem ser tratadas assim, sou a favor da redução para 16 anos. Afinal essas crianças do estória narrada acima devem ter no máximo 10 anos. Já as “crianças” de 16 e 17 anos tem consciência do que fazem quando matam , sequestram, estupram, e ateiam fogo em pessoas. De 10 anos para 16 anos é bem diferente. Não sou facista e não desprezo essas pessoas, mas acho que inocentes não podem pagar com a vida os crimes que o Estado permite que essas pessoas cometam. Em vez de chamar a mídia e o cidadão trabalhador de facista, deveria cobrar desse governo que está aí que dê educação , saúde, moradia, segurança, infre-estrutura ao povo , pois dessa forma se impede que cenas como esta aconteçam .Mas não vejo essas pessoas que defendem os direitos humanos cobrarem do Estado que se dê condições dignas de vida para todos (o que é um direiro humano) . Para finalizar: com 10 anos você pode chamar de criança. Com 16 anos, já não são mais. Se matarem, merecem cadeia! Não tentem usar estórinhas com alta carga emocional e distorcer o que se pretende com a redução da maiorirdade para 16 anos. Ninguém está pregando o encarceiramento de criancinhas
Toda história deve ser interpretada dentro de um contexto. Claro que dois adultos descerem a porrada em três crianças é algo injustificável, mas desejaria que o texto fosse mais claro e menos tendencioso, como quando diz “criança branca, porém não loira de olhos azuis”. Pobreza e violência não diferenciam cor dos olhos ou do cabelo.
Deduzo eu, por inferência, que os dois adultos estavam batendo nas crianças por terem flagrado elas roubando ou algo do tipo. Caso positivo, estavam agindo de forma errada em agredi-las, mas não em detê-las e encaminhá-las às autoridades competentes.
Convivi por breve tempo com crianças em situação de rua e vi bem de perto o que essas crianças sofrem. Todo tipo de assédio, de violência. De pessoas que apertam suas bolsas e escondem suas mãos nos bolsos com medo de serem assaltadas, de tapas na cara a xingamentos torpes, eles me falavam “A lá tia, olha lá a madame agarrando a bolsa. Ela acha que a gente é tudo ladrão. Olha tia, olha lá… Dá vontade mesmo de ir lá e roubar, só pra largar de ser besta.” Crianças em Salvador e na cidade de São Paulo, pequeninas, raquíticas, famélicas, que encontram nas drogas a sua refeição e alento. Se agrupam pois assim é mais fácil sobreviver, vão ensinando umas a outras a dureza da vida nas ruas.
Engraçado…as pessoas reclamam de canais de tv sensacionalistas..e esse texto nao é nada diferente…
Já fui assaltado por volta de uma dúzia de vezes por menores como a senhora cita….e inclusive na região comentada.
O que devo fazer?!?! Tadinho…tão pequeno…indefeso com uma faca na mão…com um canivete na mão…vou dar meu telefone e minha carteira pra ele….
Ah…faça me o favor….sinceramente!!!
Exageros existem por parte da PM…não nego isso…agora voce pegar o “bonde” no meio do caminho e qurerer sentar na janela…não da…
Mas vc não concorda que esses de 10 anos, com sorte, farão 16?
Vão apanhando na rua mais 16 anos para poderem ser presos?
Voce acha que quando chegarem aos 16, subtamente, sem emprego, cidadania, saude e educação, vão olhar para si e falar: “nao podemos fazer isso pq eh errado.”
A questão nao eh saber o que eh ou nao errado… logico que alguem com 10 anos ja sabe disso… a questao é quem aos 16 anos sendo maltratado pela sociedade vai se importar com o certo…
A classe media quer que os pobres e ferrados sejam educados, cordiais e honestos… mas quantos da classe media e alta o sao?
So roubam, matam de outras formas… formas consideradas justas e honestas…
pense nisso…
Cristiano,
hoje é 16, amanhã é 14, depois é 10.
reduzir maioridade penal seja pra 17, 16 ou 10 não vai resolver nada.
E alguém aí sabe o que é ter seu irmão morto à bala por um moleque de 16 anos que sabe que, se for preso, não fica nem 2 anos na cadeia?
Obrigada por compartilhar com a gente, isso me lembra uma frase que ouvi num curso de espiritismo que é algo como “quem muito leva predrada, torna-se espinheiro”
Como esperam que a violência diminua se tratam as crianças assim?
Precisamos de reforma de base e não colocar mais gente na cadeia, isso não é forma de melhorar nosso país.
Para mim ficou bem claro que o esculacho se deu pelo fato das crianças serem pobres. Essa tentativa fraca de inserir racismo não comprovado no texto, na minha opinião, só prejudica o mesmo. Em algum momento rolou um “seu pretinho” (ou mas risível ainda “seu branquinho não loiro”) nessa confusão toda?
“– Mas você não vê que eles são bandidos?
– Não, não vejo, senhor.”
Cada pessoa vê o mundo de um jeito.Uma pessoa religiosa provavelmente vê a existência de Deus em tudo que olha: seja nas plantas, nas pessoas ou qualquer acontecimento irrelevante.
Ninguém pensa igual, mas se VOCÊ , incompetente que escreveu essa matéria, não consegue perceber que está selecionando o que lhe convém perante a situação descrita e usando isso como argumento – fraquíssimo by the way – pra falar mal de algo, eu lhe pergunto: QUEM É VOCÊ, cara Ana Paula, pra achar que deve intervir em algo porque crê que SUA verdade , escolhida ali naquele momento, é a qual deve ser ouvida?
Você, com essa mentalidade fraca e no calor do momento, preferiu ignorar o FATO de que a “criança” fez merda, e deixou-se levar apenas pela “imagem” que aquele bandidinho-mirim significava pra você.
É como se teu pai fosse escolhido pra ser deputado, e lhe perguntassem: “Mas tu não vês que ele está roubando?”
Ai você, com certeza, respnderia: “Não senhor, não vejo. Ele é meu pai”.
é uma vergonha saber que tantas pessoas são facilmente manipuladas pela opinião da mídia sensacionalista, que se fazem de cegos diante das situções absurdas do cotidiano, é muito facil julgar alguém pelo o que ele fez, mas ninguém esta interessado em saber o que levou a consumar o que se foi feito! nós geramos a violencia que vemos, claro que a maioria não é capaz de ver isso, porque esta assistindo a tv sensacionalista que tira esse peso das costas alheias!
Concordo que não se deve agredir crianças, que deve-se educar e não punir, mas ao roubar ou até mesmo tirar a vida de outro ser humano, uma correção deve ser imposta, não sendo justo passar desapercebido o fato. Lembro como se fosse hoje, subindo a Av. Brig. Luiz Antonio, duas meninas bem vestidas foram paradas por 7 crianças acredito eu que moradoras de rua, puxaram os cabelos das meninas, levaram tudo delas e ninguém fez nada, as crianças infratoras saíram como se nada tivesse acontecido, simplesmente sumiram na multidão,a te encontrarem a próxima vítima. Precisam de educação? de moradia? sim, precisam de tudo, mas e outras crianças que não tem onde morar e tiveram a opção de seguir o caminho do bem ou do mal e optaram pelo bem? Desculpe-me não é a falta de estrutura, de dinheiro ou educação que farão dessas crianças melhores ou piores e sim o caráter de cada uma. Com 16 anos pode-se casar, pode-se votar, pode-se trabalhar, portanto, pode-se responsabilizar pelos seus atos.
A ignorância é sempre uma dádiva.
Comentários sem pé nem cabeça falando que quem defende direitos humanos não cobra do governo parece uma piada emburrecida pela falta de visão da realidade.
A questão é muito mais ampla do que os espectadores do Datena e do Resende, e outros idiotas midiáticos, bem como das redes de tv que tomaram para si como missão a imbecilização do cidadão através de marginais travestidos de apresentadores, que dão suas opiniões sem levar nada em conta, alem do editorial vil da rede a que devem satisfação, ao populismo inútil e covarde baseados em pesquisas sem nenhuma reflexão.
Somos um povo de uma ignorância extrema, de falta de bom senso, de incapacidade de ver a realidade como ela é ou se mostra. Somos uma classe média idiotizada pelo consumo e pelo desejo de consumo. Somos somente números, manipulados a todo tempo, como os 93% de uma pesquisa feita para agradar políticos que estão no poder a quase 20 anos e continua a tornar as coisas piores, mas tem pessoas que não olham sequer o que se mostra claro desde os primórdios.
A redução da maioridade penal não é o tema do artigo, mas o tratamento digno ao ser humano, a pessoa, indiferente do erro que ela tenha cometido, é parte da nossa constituição, da declaração dos direitos humanos e de todas as leis que prestam. Infelizmente quem não cumpre as leis é que são os culpados por tudo que vivenciamos.
Força, Ana. Mas como os trolls de direita, esses comentadores profissionais de notícias estão por toda a parte, sendo muitos, segundo creio, policiais militares e assessores de comunicação de grupos de direita, prepare-se para a avalanche de comentários, pois estão em campanha. Falta pouco para conseguirem o que querem que é inviabilizar qualquer forma de crítica ao fascismo.
Gostaria de saber o final da história e o quê foi feito depois, e as três crianças voltaram para as ruas, para debaixo dos viadutos? Brigar, apontar o erro e reclamar não basta!
Sou a favor da maioridade penal, pois tive minha mãe assassinada por dois menores, que já estão em liberdade, mas vejo que protestar é pouco, devemos ter uma ação mais efetiva com essas crianças que estão começando na criminalidade agora. Educação é clichê falar, mas educação, carinho, responsabilidade e tutela para essas crianças é urgente ! Pq senão serão como na música de Chico Buarque, Meu Guri, amanhã!
Na virada cultural foi presa uma gangue de 40 menores que faziam arrastão. O líder era um garoto de 14 anos. Era o mais violento onde além de assaltar ele chutava e pisava na cabeça das pessoas.
Outro dia menores de idade puseram fogo numa dentista em seu consultório.Foi queimada viva. Fico pensando se esses fatos acontecessem com a gente ou com nossa mãe ou qualquer parente. Se pensaríamos se eles são pobres meninos que não tem família, que foram abusados ou sei lá o que mais. Não justifica a ação truculenta da polícia mas e….se….se fossemos atacados por esses menores na rua e acontecesse algo de ruim? Será que teríamos compaíxão e pensaríamos que são pobres coitados? Não estou do lado de ninguém nessa estória acima mas só quem passou por algo semelhante sabe o que é.
Ana Paula, falimos! Só não concordo quando você lava o texto para o racismo. Fossem crianças brancas, loiras de olhos azuis assaltando não seria diferente a reação dos dois adultos. Mas a foto mostra que tudo está errado. Estamos no caminho errado. essas crianças devem cheirar cola. Como deixamos isso acontecer? E por que não nos movemos?
Aí vc levou os anjinhos p casa…deu banho, comida e roupa…acorda, burguesa. No dia em que vc tiver parentes mortos por esses anjinhos (como a Teresa acima) vc vai mudar de ideia, garanto
Vivi situação parecida no Rio de Janeiro, talvez pior por lá, um policial perseguiu o garoto na rua com revólver em punho, agarrou e estapeou o garoto, enfiou o revólver na cabeça do menino, me aproximei questionando a ação, o povo na calçada defendeu o policial e todos começaram a gritar comigo, a criança foi solta metros depois e com muito mais razões para ser mais violento no futuro.
Precisamos erguer nossas vozes contra a barbárie!
Felizmente essa senhora nao deve ter tido uma experiencia desagradavel com as “crianças”.
Essas crianças MATAM sem dó , e chamam a vitima de bosta para baixo , eu mesmo ja passei maus bucados na mao de um grupo de jovens de 10 a 15 anos querendo me furar para roubar minhas coisas na saida de aeroporto em SP entao por mim criminoso tem apodrecer na cadeia seja criança ou nao , porque se tem capacidade de matar e ameçar , pode sim responder pelo que faz .
Ninguém falou em direita ou esquerda, mas o Douglas, como todo bom esquerdista, sofre de mania de perseguição e ele mesmo já lançou a campanha da direita contra o texto. Vão vendo só.
Está realmente tudo errado. Mas calma, vai piorar.
Muito facil pagar de defensora dos fracos e oprimidos né? Quero ver se uma dessas crianças apontar uma arma na sua cara ou de alguem da sua familia… facil falar, dificil de entender mas a realidade não é essa aqui em sao paulo, acorda!
Então, é isso… porque um ente querido foi morto por um menor, ou por vários, todos os outros tem que morrer e serem punidos. Nem todos que estão nas ruas agem da mesma forma e um desses que foi agredido pode estar nesta situação. As pessoas pensam cada um com seu umbigo, o meu problema é maior do que o dos outros, claro que é. Estou indignada com alguns comentários, também sou a favor da maioridade seja aos 16 anos, mas para isso muita coisa neste país terá que ser mudado e reformulado, também tenho a convicção de que na sua maioria as “crianças” não são tão inocentes assim, mas seremos diferentes delas se agirmos iguais a elas, resolveremos a situação da violência se for olho por olho e dente por dente, se você não se emociona ao ver uma criança ser agredida, como se emocionaria ao ver a mesma criança agredindo um adulto ou outra criança para roubar, que tipo de pessoas seremos????? A Agressão é a mesma só muda a situação e o lado em que você esta. Precisamos é de mais amor no coração, independente da situação um fim não justifica o outro. Não é porque fui assaltado ou tive algum ente querido morto por um menor, criança ou seja la quem for, que terei que agir com a mesma covardia.
“São bandidos, já assassinaram alguém! Isso ai é tudo bandido, tudo assassino!”
Presunção de inocência não existe mais parece. A sociedade está muito doente.
Quero saber se esta senhora já foi roubada e humilhada por uma dessas “crianças”. Ou se já foi ameaçada de morte por uma “criança”. É fácil proteger os pobres e os oprimidos dessa maneira, queria saber se ela mora realmente na periferia.
Muito triste mesmo…essas crianças são diariamente expostas a esse tipo de atitude…. E Jone, alguém viu essas crianças com uma arma na mão? quer dizer que porque são pobres serão assassinos? e quem tem o poder de julgar? Se essas crianças estivessem com uma arma apontada para a cabeça de outra pessoa seria outra questão, mesmo assim, pelo que sei as nossas leis não dizem que é para humilhar e bater…temos outros meios mais racionais de tratar isso. Quem deve acordar é vc!!!
Não conheço a senhora Ana Paula Salviatti (que escreveu o artigo)mas tenho CTZ que nunca teve algum familiar, amigo ou a si mesma alvo de roubo, violencia, estupro ou assassinato vindo de um menor. Ah, antes que pergunte, EU JA TIVE.
e ACREDITE… mesmo assim não guardo ódio de pobres crianças que moram na rua.
mas cai entre nós.vc já chega no lugar defendendo sem saber o que as crianças fizeram, julgando somente a IMAGEM INOCENTE que toda criança tem… nao sabe se eles tentaram praticar latrocinio de uma pobre senhora e, se assim fosse, uns tapas seria pouco pra isso não?
Não estou dizendo que o que deve ser feito é discutir maioridade penal e MUITO MENOS que os policiais ogros que vc viu estavam certos. Mas achei engraçado vc falar “criança branca que não era loira”, tentando reforçar que alí houve racismo….
(”droga, tinha uma criança entre eles.. mas ela não era loira então é racismo.. isso! é racismo”) pois é, da mesma forma que pessoas viam eles como bandidos por causa da TV, vc via como racismo, mesmo não havendo, por causa dos livros que lê.
Engraçado não?
Sua visão pode ser diferente daqueles que trabalham a noite e veem o crime de perto e sabem que o que a TV “vomita” infelizmente é a realidade SIM.
só faltava não querer deixar levar as crianças pra ”Febem”… afinal vc ja esteve na febem? ja esteve na praça da republica de madrugada? vai lá conversar com essas criançar esse horário pra ver que criançada fofa! Saia dos livros e dos blogs!!!
Vivemos no país da impunidade. Os menores, cheios de direitos mas sem nenhum dever, não podem levar palmada (disse palmada, não sou a favor de espancamento infantil mas meu avô já dizia que pé de galinha não mata pinto), não podem ser reprovados na escola (única arma que um professor tinha para garantir um mínimo de disciplina e respeito), não podem ser aprendizes de nenhum tipo de ofício (muito melhor na rua vadiando, fumando crack, roubando)…As famílias delegam ao Estado a responsabilidade de educar os filhos que elas escolheram ter. O Estado por sua vez, corrupto e falido enquanto instituição como está,é incapaz de cumprir com sua obrigação de oferecer escola, saúde, lazer entre outros tantos tão alardeados direitos elencados no Estatuto da Criança e Adolescente. A Igreja faz questão de afirmar que camisinha e pílula anticoncepcional é pecado (sinalizando assim que quanto mais filhos melhor). E nós, otários que pagamos impostos, que bancamos penitenciárias, casas apoio de menores e sei lá mais o que somos obrigados a viver com um revólver apontado para testa, onde os menores podem roubar, matar, estuprar, traficar e se drogar impunemente amparados pela lei. Se alguém ainda se ilude que estas “crianças” não possuem coragem de puxar um gatilho na cabeça de qualquer eu não. Conheço o caso de um médico da Santa Casa de São Paulo que salvou a vida de um desses “anjos” que tinha sido baleado e pouco tempo depois foi assaltado e baleado próximo ao hospital pelo mesmo “anjo” que o reconheceu mas não quis nem saber. Se for para ter pena de alguém fico com a gente honesta e trabalhadora que vive com medo de morrer na mão de menor. Se eles possuem direitos, onde estão os nossos? Mas voltando ao caso em tela, coloquem-se no lugar d e um comerciante da área que luta para viver e pagar seus compromissos e que perde sua clientela por conta de pirralhos infratores. Coloquem-se no lugar do trabalhador que comprou um bem seja um celular, seja lá o que for e o vê sendo tomado na cara dura por moleques que vão repassar o bem a troco de banana para algum traficante. Coloquem-se no lugar de quem já perdeu filho, mãe ,pai, irmão ou amigo de bobeira,por nada, nas mãos desses CRIMINOSOS “de menor”. E isso não é coisa de programa sensacionalista não. Isso é REALIDADE! Francamente…
Quanto reacionário mal informado comentando!
Se vocês não concordam com o ECA, mudem a lei através dos Legisladores.
Não incentivem a agressão de menores infratores, não aplaudam representantes da Lei que desrespeitam e descumprem Leis baseados no senso comum ou no que diz a televisão.
Incrível a capacidade das pessoas para descontextualizar a situação. O texto retrata a falta de direitos aos menores, e isso os faz crescer na amargura e no desespero. Ninguém disse que eles são inocentes, mas que estamos nos desumanizando e tratando crianças, que são seres abertos, receptivos e que absorvem as experiências de forma ímpar, e que não são adultos em miniatura, como lixo.
Toda ação tem uma reação. Nem sempre a reação acontece no cara que cometeu a ação. Normal, faz parte da natureza.
É difícil de aceitar que essas coisas aconteçam e a maioria das pessoas continuem achando que a culpa é do menor. Se nossas crianças frequentassem escolas e fossem repeitadas.,com certeza não teríamos problemas. Mas onde estão os nossos governantes? Cuidando só do próprio bolso…enquanto a corrupção correr solta neste país será sempre assim. E ainda acham que estão fazendo muito com a bolsa família.,e o povo sem perspectiva nenhuma acha que é bom. Que pena que tenhamos chegados a esse caos.
Parabéns pela tua coragem! E obrigada por compartilhar, pois é isso que devemos fazer quando nos deparamos com situações semelhantes, agir, acordar para a realidade que queremos de verdade. É lamentável, mas hoje não se espera nada do próximo, nada.
Minha cara ANA PAULA SALVIATTI.
Um texto, para não ser tendencioso, deve apresentar todas as faces de uma questão. O seu texto, embora “bem redigido”, puxa claramente pro lado EMOTIVO, e como se não bastasse, apresenta uma falha crucial que poderia tirar a credibilidade do mesmo, não fossem as fotos apresentadas, as quais ajudam a despertar o interesse pela questão apontada, bem como despertar alguma credibilidade aos fatos por você descritos.
A saber, a sua falha está no fato de que, você mencionou a truculência dos policiais com as crianças, todavia, NÃO MENCIONOU O POR QUÊ DA TRUCULÊNCIA.
Garanto que eles não pegaram essas crianças rezando dentro de uma igreja e arrastaram pelo pescoço para fora.
Já que você se dispôs a interferir numa situação de rua e posteriormente tornar pública esta situação postando o ocorrido na internet, então, você deveria ter investigado o suficiente para mencionar em seu texto, O QUE DE FATO ESSES GAROTOS ESTAVAM FAZENDO QUANDO FORAM ABORDADOS PELOS POLICIAIS.
Houvesse você mencionado este detalhe, o seu texto estaria perfeito.
Infelizmente, o seu texto foi tão tendencioso e protetivo quanto o são diversos textos de programas jornalísticos, televisivos, radiofônicos, impressos, etc… Você achincalhou a atitude dos policiais porque os viu agindo naquele momento específico, mas, estivesse você naquele mesmo local (talvez uns 10 minutinhos antes, possivelmente testemunharia todos fatos. Aí sim, poderia publicar o ocorrido com isenção, visto que desta forma, você saberia o motivo exato porque os policiais tiveram que valer-se da força para conter as “VÍTIMAS”. Aliás, minha querida Ana Paula, quero mencionar que o nosso código penal admite o USO DA FORÇA NECESSÁRIA para repelir qualquer mal.
Talvez tenham eles (os policiais), exagerado na medida da força utilizada contra os menores, bem como ficou claro que houve exagero nas palavras (ao trata-los como dejetos), mas ainda assim, recuso-me terminantemente a acreditar que esses garotos foram pegos porque estavam na igreja rezando.
Você acredita sinceramente que eles (os garotos), entrariam ESPONTANEAMENTE em uma viatura policial para serem conduzidos à FALIDA INSTITUIÇÃO “FEBEM” sem o uso da força?
Eu não apoio o uso excessivo da força, sobretudo, o uso de força desnecessária contra uma criança… CRIANÇA (No sentido mais estrito da palavra). Desta forma, fica claro que não apoio a violência policial, todavia, repudio também textos tendenciosos, que não apresentam toooda a verdade dos fatos.
Quando o seu texto apresenta apenas parte dos fatos, apenas metade da verdade, você perde um pouco da sua credibilidade, porque o que poderia justificar (pelo menos em parte) a atitude truculenta dos policiais, foi OMITIDO DO TEXTO (possivelmente de propósito), a fim de fazer valer apenas a sua visão dos fatos.
“TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI” (CF), mas infelizmente, uns são mais iguais do que outros.
Quem luta pela justiça e pelo direitos de alguns, deve tomar cuidado para não tirar o direito de outrem.
Minha cara Ana Paula, embora recriminando-a por não apresentar toda a verdade dos fatos, considero você uma mulher valente por seus atos e convicções… O Brasil e o mundo precisa de homens e mulheres como você: C O N V I C T O S, QUE NÃO SE COMPRAM E NEM SE VENDAM… Parabéns por sua bravura!!!
A questão nao esta em ser pobre, branco, negro, cor de cabelo, estado social….esta na questão da índole. Ser pobre, de raça, cor, etc diferente nao da direito a ninguém pra roubar, matar. Temos casos, tanto em pobres, ricos e classe media, de pessoas sem caráter. Defender qualquer um deles eh um absurdo. Criança, jovem ou adulto nao podem estar isentos dos sejas atos, independente de origem ou classe social. Em vez de perdemos tempo discutindo os coitadinhos, pq nao fazer com que a situação neste pais mude. Qtos de nos nao ja nos pegamos comprando coisas piratas, de procedência duvidosa. Atos nao ja deram caixinha pra se livrar de uma multa. Atos ja nao deram grana pra agilizar um processo. Um povo demagogo, vai sempre se indignar pra um lado ou outro, mas na realidade, nao que mudar sua realidade. Se querem fazer algo, vão pras escolas da periferia fazer trabalho voluntário. Ficar so assistindo e escrevendo “pobres coitadinhos que nao nasceram loiros” nao vai mudar nada. Aos que defendem a bandidagem por serem pobres, espero que numeram passem pelo horror de perder um ente querido para os “pobres inocentes”
Só vou perguntar uma coisinha: Onde estão ou onde estavam os pais dessas crianças?
Cara Ana Paula, seu texto representa a grande verdade de que o nosso país precisa e muito de uma boa educação, educação não só da parte das escolas de ensino fundamental e médio, mas uma educação de comunicação, uma educação de formação aos servidores públicos e políticos que nos representam, li e re-li várias vezes o seu texto com muita indiguinação, e exclamo o que tenho exclamado sempre em minha consciência e aos que posso mandar a minha mensagem, que o principal problema de nosso país é esse a falta de educação. Boa sorte com essa luta e se tiver acesso ao meu e-mail conte comigo para essa luta.
Com certeza na rua como eles ou talvez trabalhando ou não os tem,quem sabe viciados porém o governo é responsavél por todo esse caós.
Acho que a questão está muito bem colocada, as mídias estão operando com amplificadores de um pensamento perverso que transforma a vítima em réu, que autoriza adultos a agirem de forma violenta contra crianças que chegaram ao crime exatamente porque desde sempre transitaram pelas vielas do abandono, do desamparo e da exclusão de seus direitos. Onde estas crianças poderiam ter aprendido sobre o respeito e a solidariedade se estes sentimentos nunca estiveram presentes em suas vidas? Muito pelo contrário. Deseja-se implantar na sociedade o espírito da vingança, o olho por olho que nunca gerou outra coisa além da violência e da insensatez. Nada pode reparar a dor daqueles que foram agredidos, ou que perderam seus entes queridos por atos de violência praticada por menores, nenhum consolo é suficiente e nada justifica o ato praticado. Não se trata de ignorar a gravidade do feito ou minorar as suas repercussões em todos os sentido, incluindo o sentimento de revolta, devida e compreensível revolta. Outra coisa é instituir o preconceito e condenar antecipadamente, sem considerarmos que estes menores abandonados às piores condições de vida são fruto da omissão dos deveres do Estado e dos deveres de cidadania. Se cada cidadão que encontrasse uma criança abandonada requisitasse do Estado o cumprimento de seu papel, não haveriam tantos crimes praticados por menores. É muito mais fácil culpabilizarmos as vítimas que nos responsabilizarmos pela nossa omissão de cada dia.
Fui uma criança que aos 11 anos não tinha registro civil. Para a sociedade eu não existia,mas um dia eu sentado na porta de uma igreja protestante e que também era escola primária me chega uma professora e me pergunta: Você estuda ?
E eu disse : Não!!! vc quer estudar?
e eu disse: sim!!! e ela me disse: vem aqui amanhã as sete horas….vc tem registro?
eu disse: nao!!! e ela: mas venha assim mesmo. E eu fui embora falei com minha mãe em tom de choro: Mãe vou estudar amanhã e minha mãe analfabeta disse me :É pricisa memo. no outro dia fui estudar e providenciaram tudo pra mim, mas tive varios colegas de rua que não tiveram este previlégio. Que tal se cada dono de uma loja ou de um comercio facilitasse e ajudasse um garoto a ir para a escola?
Também já quase fui presa por “desacato” simplesmente por olhar uma cena de achincalhe de policiais a um grupo de guardadores de carro,inclusive com crianças também, no Rio de Janeiro. Parece que estudaram na mesma escola dos policiais de Sampa. Estamos ou não num estado policialesco e fascista?
Ana Paula Salviatti,
Se texto é lindo pela sinceridade, pela sensibilidade e pela responsabilidade e coragem em defender os meninos. Infelizmente, cresce na população, incentivado pela TV, que a criminalidade dos adolescentes se resolve com prisão,, e em alguns casos com a morte.
Se texto é emocionante e vai na direção contrária da opinião pública. Nesse caso, estou junto com você.
José Afonso da Silva
obrigada pelo que fez. obrigada.
A situação é absurda. E nada justifica a ação violenta dos homens que pensando estar “fazendo justiça com as próprias mãos” violam direitos humanos fundamentais e o próprio Estado Democrático de Direito, agindo como se Lei não existisse para ser aplicada em eventual situação de infração cometida pelas crianças.
Impressiona-me o fato de tantos comentários respaldando o ato de violência praticado, independentemente dos motivos que levaram a esta prática, inaceitável em uma sociedade que se diz democrática e igualitária.
As crianças são vítimas do descaso, da ausência de efetivação dos seus direitos mais basilares, como habitação, educação, alimentação, família, amor.
E não apenas o Estado é responsável, todos nós somos por assistirmos passivamente esta situação.
O problema da violância urbana somente tende a se agravar enquanto o pensamento dominante estiver voltado para a punição e combate da violência social a que estão submetidas as crianças com violência física, o que aliás é covarde por parte de quem pratica, em situação de total superioridade em relação as vítimas.
Na situação relatada, providências como acionar o Conselho Tutelar e Ministério Público são de fundamental importância. A estes órgãos compete a proteção e o encaminhamento, se for o caso, das crianças às medidas correcionais necessárias em caso de infrações cometidas.
Não cabe a qualquer pessoa praticar violência contra criança ou quem quer que seja, para revidar ação tida como injusta ou sob qualquer outro pretexto.
Os policiais, na situação, deveriam ter registrado a ocorrência e encaminhado o caso, com o testemunho da corajosa cidadã, às autoridades competentes.
Lamentáveis os comentários apoiando ou tentando justificar uma situação cruel, criminosa e desumana. É realmente estarrecedor e chocante saber que vivemos em uma sociedade em que pessoas que tenham o mínimo de discernimento, formação e educação apoiem esse tipo de violência.
Parabéns pelo relato e pela não omissão. É disso que a sociedade brasileira precisa. É esse nosso papel enquanto cidadãos e seres humanos.
pena que o texto é ruim e egocêntrico. se ela não tivesse se colocado como uma heroína urbana casual, o relato talvez teria mais objetividade e não daria tanta margem pros reaças atacarem a moça.
O Brasi é um pais que tem tradição em maltratar e assassinar crianças, a ditadura torturou bebes de 1 ano e 6 meses as febens torturavam crianças de 8,5 temos que decepar as cabeças de muitos canalhas para reverter esta situação.
Concordo com o Ivan que disse que o texto não apresentou todos os fatos e partiu para um lado totalmente emotivo. Mas quero também deixar minhas opiniões aqui:
Não entendi porque dizer “criança branca que não era loura”. e ainda dizer exatamente desta forma todas as vezes que se referiu a esta criança. Tenho certeza que as outras crianças não pensavam nela desta forma.
Vc tem toda razão em dizer que os homens estavam ABSOLUTAMENTE errados em agredirem as crianças da forma estúpida que fizeram. Eles não eram policiais e não estavam representando a lei e jamais poderiam fazer o que fizeram. Eles deveriam ser punidos por este erro
As crianças, por sua vez, também deveriam ser punidas pelo o que fizeram. Todos nós tivemos punições quando fizemos algo errado. Só não sabemos o que de errado esses três fizeram. Mas podemos pensar que fizeram, pois provocaram a ira dos dois sujeitos.
As crianças têm seus direitos.
Os outros cidadãos também!
A polícia deveria ter cumprido seu papel ao invés de tomar partido. Quem julga é o juiz, a polícia apura os fatos e detém os infratores.
Tentar entender como funciona a cabeça destas crianças é virtualmente impossível. A verdade é nem eles nos entendem nem nós os entendemos. Eles com certeza não entendem o ódio, o medo, o desprezo e tudo mais o que vivenciam. Da mesma forma nós não os entendemos. São realidades diferentes e deve ser contextualizado para se começar a entender. Assim, dizer a pessoas que nunca tiveram uma orientação moral e de caráter que não se pode roubar ou matar ou agredir, não faz o menor sentido para eles. Na vida real deles, é exatamente isso que vivenciaram.
Tentar achar alguém para jogar a culpa é perda de tempo e não esolve nada. O Oripio sugere que um dono de loja ou comércio assuma o custo de educa crianças que eles não colocaram no mundo. Porque esse ônus seria dessas pessoas? Todo mundo adora jogar o preço final encima de donos de lojas e comerciantes. Acho que as pessoas não têm muita idéia de como é pesado ter uma porta aberta para qualquer negócio. Não é à toa que 90% de novos negócios vão à falência nos 5 primeiros anos. Mas não vamos entrar nesse assunto que não tem nada a ver.
A culpa é do governo? Sim e não. Sim porque o governo que qualquer tempo (inclusive o atual) foi o fiel depositário de todo o dinheiro que cobra de nós. Não é pouco. Mas não é pouco mesmo. Infelizmente TODOS foram um fiasco (inclusive o atual) no quesito “agir como um governo que se importa com o país. Todos mesmo. Direita e esquerda. Não tem NINGUÉM santo. E aqui entra o não. A culpa não é do governo porque, como uma criança que não foi punida, o que os governantes aprenderam por simples observação é que, o que quer que fosse que fizessem, tudo iria acabar em pizza. A responsabilidade de agir como pais, ou como patrões era dos eleitores. Então, tudo o que passamos hoje é simplesmente a consequencia do desleixo com a administração de nosso país por nós, por nossos pais, por nossos avós… votamos porque simpatizamos. Nos recusamos enxergar verdades simples porque estamos fanatizados por algum partido político. Na verdade muitos de nós ama mais o partido político do que o próprio país. votamos em alguém porque um amigo pediu. Votamos num candidato se ele for simpático, engraçado, cantor, jogador de futebol, etc…
É por esta razão que somos nós que estamos pagando o pato. E vamos continuar pagando.
Também queria saber o final da estória. As crianças estão na rua? Na Febem? Têm direito a visita íntima?
O que estão fazendo hoje esses meninos??
Ela relatou uma situação específica para retratar uma realidade. Nós, o povo brasileiro, sua sociedade, ainda não sabemos (ou não nos importamos) cuidar de nós mesmos, dos outros, incluindo nossas crianças, como um povo, como uma nação. Olhamos uma criança na rua e o taxamos de “moleque”, enfim; “não é (meu) problema. Esse indivíduo não é da minha família, e já possuo problemas demais na minha vida para me preocupar.” É sobre essa mentalidade que vivemos, a mentalidade da exclusão. E sim essa ideologia é cuspida na nossa cara todos os dias, porque a TV, nada mais nada menos, reflete essa mecânica social. Não estou aqui pra dizer ingênuamente que devemos mudar isso, é bobagem acreditar que um post, um grito, uma passeata, um comentário numa caixa como esta vá mudar alguma coisa. Na hora do sofrimento fisíco e psicológico, as ideologias perdem o sentido. Mas a questão e é a que todo mundo com o minímo de intelectualidade obviamente sabe, é que tem algo errado conosco. Errado com essa apatia, com essa falta de vontade de melhorar as coisas nesse País, para nós, e para o outro, incluindo nossas crianças. Nessa lógica maluca e egoista em que vivemos acaba sendo mais fácil, olhar pra outro ser-humano, até mesmo crianças, como lixo, dizer a elas por toda a sua vida que são um lixo, bater nelas, e depois reclamar do motivo de ter sido assaltado pelas mesmas em outra ocasião… Valeu Didina, pela dica do texto.
após ler várias opiniões vou dar a minha… obviamente, as crianças estavam fazendo ou fizeram algo de errado (roubaram, etc). Infelizmente, devido a falta de punição (sim, porque o menor hoje faz o que quer e nada acontece) é natural que a pessoa que teve o prejuízo ou passou pela situação de stress fique nervosa e queira naquele momento de fúria agredir a criança, que naquele exato momento pra ele deixa de ser criança e é vista como marginal…
isso se justifica do ponto de vista humano? claro que não… os policiais também agiram errado? agiram… Porém, como em tudo que muitos fazem, existe o que chamo de falso moralismo, que é utilizado quando nos é conveniente… ou seja, você enquanto expectador enxerga de uma maneira, fica com dó da criança e se sensibiliza… por outro lado, a pessoa que foi assaltada, agredida, violentada, etc já não enxerga mais uma criança ali e sim uma ameaça…
então como se falar de valores se estas crianças já não se aplicam? será mesmo que você consegue resgatar elas de volta? eu diria que 1 em cada dez já seria um avanço…
muitos reclamam dizendo que falta lhes dar educação… educação existe, principalmente pra quem tem força de vontade… aparece de vez em quando casos assim que a mesma mídia que vcs descem o pau mostra… mas são raros… a verdade é que a criançada não gosta de estudar, aprende desde cedo a ser vagabundo, muitas vezes por culpa nossa mesmo que acha um absurdo que o filho dobre uma coberta ou lave um copo… ao fazer isso vc não está educando, está aleijando… está mostrando pra ele que andar de muleta, sempre se escorando é bom… e que sempre tem alguém pra te levantar se vc cair…
provavelmente, devem ter achado um absurdo também quando teve a invasão da USP… onde tinha um bando de filhinho de papai maconheiro que ao invés de estudar estava fazendo arruaça e invadindo e depredando patrimônio público… ou seja, escola tem, o que falta é vontade de estudar… então porque não sai e dá a vaga a quem realmente tá a afim?
igual rebelião em presidio… todo mundo quer impedir massacre… sinceramente, deveriam pegar estas pessoas que são a favor da mediação e trocar todas pelos reféns, assim elas poderiam ser amarradas aos botijões de gás enquanto tentam negociar de forma amigável com os “coitados excluídos pela sociedade”…
como já disseram acima, é preciso se avaliar a situação e enxergar os 2 lados… não concordo com atitude violenta da polícia mas em casos extremos ela se faz necessária para manter a ordem e impedir o caos…
jogar a culpa apenas no governo, na mídia e na polícia é coisa de burguês que provavelmente nunca passou por uma situação de risco… aliás a mídia passa desgraça porque é o que vende, é o que desperta interesse… infelizmente…
A hipocrisia em alguns comentários chega a arrepiar! Nenhum de vocês form abordados por essas “crianças” no meio da rua e foram ameaçados, assaltados e xingados!!
Este artigo já soma cinquenta e três comentários e até agora — desculpem-me se falhei algum — não vi que se tivesse ultrapassado o plano moralista ou o plano jurídico. Nomeadamente, os leitores que criticam o artigo invocam o perigo causado pelas crianças de rua. Será isto exacto?
«O número de homicídios de jovens no Brasil cresceu cresceu 14% de 2009 para 2010. Segundo o estudo Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), três adolescentes a cada grupo de mil morrem no país antes de completar 19 anos», escreve a Agência Brasil, e continua: «[…] o estudo mostra que o homicídio é a principal causa de morte dos adolescentes e equivale a 45,2% do total de óbitos nessa faixa etária. Na população geral, as mortes por homicídios representam 5,1% dos casos. O dado inclui mortes em conflito com a polícia, conhecidas como auto de resistência». Ainda segundo a mesma Agência, o coordenador do estudo, sociólogo Ignácio Cano, declarou: «Continua o contraste entre a tendência de redução dos homicídios na população brasileira, em geral e o aumento dos homicídios contra os adolescentes». Além da faixa etária, o sexo e a cor da pele constituem motivos de risco, já que em 2010 a possibilidade de um adolescente do sexo masculino ser assassinado era 11,5 vezes maior do que a de jovens do sexo feminino, e se a pele fosse escura a possibilidade de ser assassinado quase triplicava em relação aos jovens de pele clara.
Por seu lado, o Observatório de Segurança Pública, mantido pela Unesp, indica: «Em relação aos jovens, pode-se afirmar, que para eles não existe uma capital brasileira que seja segura. Entre os jovens, o risco aumenta consideravelmente, atingindo índices absolutamente inaceitáveis que beiram o massacre implacável de jovens, em Recife (255,7), Vitória (201), Porto Velho (125,8), Macapá (100), Rio de Janeiro (141,1), São Paulo (122,3) e Cuiabá (135,4)».
O perigo não é que as crianças sejam assassinas, mas que sejam assassinadas. E talvez este perigo permanente e cada vez maior explique a agressividade que muitos jovens, sobretudo do sexo masculino e de pele escura, possam demonstrar em situações de risco.
Infelizmente, porém, a televisão e a imprensa de grande tiragem preocupam-se mais em extrapolar casos individuais do que em analisar friamente grandes números.
Os leitores encontram aqui comentários tanto favoráveis quanto críticos a este artigo. Porém, o Passa Palavra não publicou nem publicará comentários insultuosos ou de extrema-direita nem comentários destinados a desvirtuar o debate.
O coletivo do Passa Palavra
Será que isto vai ser dito tambem, quando uma “criança” sem direitos, sem educação der um tiro na sua criança?
É muito facil se comover com historias deste tipo quando relacionam-se a crianças, idosos etc…
Conheci lugares pobres, crianças pobres sem cultura que hoje são homens e mulheres de bem como eram em sua infancia com as maiores dificuldades que passavam…
Carater é carater
Não acho que essas crianças eram assacinas ou algo do genero, só acho que é preciso analizar bem e conhecer o antecedente antes de tomar partido e uma postura de defesa, pois essas mesmas crianaças que esta a chorar, anteriormente poderia estar a rir enquanto estupravam sua filha…
Lugar de criança é na escola, mas quantas crianças que tem está oportunidade não estão pulando os muros da mesma para ir dar um “teco na farofa” e depois que estiver bem “pega”, ir roubar um celular.
Provavelmente o homem da historia tinha uma versão sobre o antecedente das crianças, assalto na melhor das hipoteses. e quem é que vai ficar do lado deste “senhor de bem” que trabalha que nem um escravo para no final do mes ser assaltado por essas “pobres crianças” indefesas e sem direitos…
Roubar é divertido, agora vai engraxar sapatos, ou passar o dia lavando vidro de carros no farol de baixo do sol p ver se é legal( garanto que não ganhariam pouco).
O coitadismo atacando novamente.
Aí entra o debate sobre o que veio antes, o abandono da sociedade ou a violência premeditada juvenil.
Alguns preferem tratar como pobres crianças, mas se estão atacando uma idosa, ou uma mulher o que temos ??? Uma infeliz coincidência de uma tragédia anunciada ?
Se é para escolher lados eu estou a favor de quem está só trabalhando, se tem inocente nesta história é quem só estava indo trabalhar ou voltando para casa após um dia estafante.
Li alguns comentários e os poucos que li pude ver que as pessoas já passaram por situações em que foram abordadas por “menores”, mas quantos de nós já virou as costas para o problema?? Em relação a TV, deveriamos ter uma reestruturação nos jornais locais, noticia virou sinonimo de tragédia.
Acho que você que equivocou ao defender essas crianças. Elas podem cometer vários delitos, como assalto ou assassinato, mas só porque você viu os policiais agarrando pelo pescoço, você quis protegê-las, achando que estava fazendo a coisa certa. Os policiais nem discutiram com você, porque no mínimo pensaram: “Que se dane, se ela quer protegê-los, que fique com eles e mais para frente, ela vai ver o que eles irão aprontar”. E foi assim, que você pode ter deixado escapar, mais algum delinquente ladrão e assassino. Ou você acha que os policiais saem batendo em todos a esmo? Assim como você pensa que há policiais abusivos, também á crianças criminosas.
Chega de passar a mão nas cabeças.
Roubou, matou etc, tem q pegar, não importa a idade.
Chega de utopia, as mortes são reais. Ou você quer esperar acontecer com seu filho?
as bestas soltas aqui, rosnando contra os tais delinquentes, acham que a ação violenta vai fazer alguma mágica por essas crianças e evitar mais violência no futuro. Tratando na porrada desde sempre e fingindo depois surpresa com o ódio criado.
No seu texto voce menciona que 2 homens dão um esculacho em tres moleques. Então porque voce insere a foto da policia? Voce está incitando que a culpa é da PM e não do poder público. Está errada essa foto na sua publicação. O “sistema” no Brasil não vai mudar pq não é de interesse da maioria. Não sou a favor de violencia, nem de julgamentos, mas se um desses garotos lhe assaltasse, agredisse, ou quem sabe machucá-la, o seu discurso seria o mesmo? Pode ser que após o susto sim, mas nao no calor da emoção.
William,
Neste artigo como em todos os outros, as ilustrações são da responsabilidade do Passa Palavra e não dos autores dos textos. Neste caso, as fotografias escolhidas recordam a situação em que se encontram as crianças de rua.
Por que vc não os adotou???? colocou eles em sua casa sem ao menos saber o que eles haviam combinado fazer neste dia antes de chegarem à Rua Teodoro?
Desculpe…..
Trabalho com crianças e posso dizer que índole boa e ruim existe em todas as idades.
Alguém que ameaça, que coloca medo em outros deve ser visto de forma diferente do que aqueles que costumam ser vitimas do medo dentro da sociedade. independente de cor, idade ou padrão social.
Quando a “personagem” coloca no texto as cores das crianças ela também está utilizando de seus pré-conceitos, pois, sem saber o que havia ocorrido, a primeira coisa que a chamou a atenção foi a cor das crianças.
Temos que resolver o problema social, sim, até não precisarmos mais ter medo de andar pelas ruas. Até nenhuma criança ser vítima deste abandono social. Mas acho que a repressão para os que escolheram estar do lado errado é necessária.
Em 1982 eu li o livro do Carlos Alberto Luppi “Brasil Agora e na Hora de Nossa Morte” que já narrava fatos idênticos ao de agora…e terminava com a invasão e rebelião das crianças de rua.
Vale a pena ler : http://www.estantevirtual.com.br/rotaliteraria/Carlos-Alberto-Luppi-Agora-e-na-Hora-de-Nossa-Morte-o-Mas-61109056
Fantástica intervenção. Meu choque não é com a violência gratúita, mas com a eficiência de nossa polícia:
Vai levar os moleques para a FEBEM, pois “devem estar armando uma”;
Vai levar vc para a delegacia para que possa reclamar do tratamento que eles deram aos moleques;
Vai dar um parabéns aos cidadãos de bem que fizeram a boa ação de rechassar criminosos tão violêntos como essas crianças.
Isso não acontece em nenhum país onde a população é provida de EDUCAÇÃO. Graças a Deus eu moro na Alemanha e não vejo os horrores que estão à luz do dia-a-dia brasileiro.
Ai…essa nossa classe média acéfala!
Ganham independência financeira, mas
são incapazes de pensar com a própria
cabeça, apenas repetem discursos
fascistas que já vem mastigados….
Albert Einstein dizia que todos os pontos de vista estão certos.
Então: quais os caminhos solucionantes podemos escrever aqui e transcender este fato de um simples denuncismo para algo que seja pró-ativo não somente para policiais, mas para toda pessoa consciente de sua cidadania que se abala com cenas como esta?
Texto típico de alguém com fantasias de herói, no caso, heroína. Se vc quer ajudar ao país e a alguma criança, eleja uma dessas e leve pra sua casa, não precisa criar como mãe, exponha a ela que vc só a está ajudando a ser alguém na vida. Aí então vc promove para ela: saúde, educação e lazer. Isso sim terá mais valia que esse texto que vc escreveu. Com uma população cada vez maior, sem qualquer política de controle de natalidade; com uma educação de última linha e que não atende a todos; sem atitudes práticas e com esses excessos de romantismo, na vai melhorar. Se quisermos ajudar alguém temos que meter a mão no próprio bolso, fora disso não há solução. Se não puder fazer isso, não fique por aí com textos românticos para se sentir melhor. Boa sorte a essas crianças que não conseguiram nada além de uma tarde animada. Aliás, vc as ajudou em algo prático?
Sinto muito, mas você misturou assuntos demais no seu texto.
Crianças deveriam ter seus direitos básicos respeitados? Sim, deveriam. Toda criança deveria ter direito a uma boa moradia, alimentação e escola. Rua não é lugar para criança. Essas crianças deveriam estar em casa ou na escola, não na rua.
Agora, criança tem direito de assaltar ou assassinar? Não, não tem. Ninguém tem. Não sei o que essas crianças estavam fazendo para deixar os adultos tão bravos com elas (você não descreveu no seu texto), mas desconfio que boa coisa não era. Provavelmente estavam tentando assaltar alguém. Isso está errado, concorda? Assaltar é crime.
Não acho que os adultos que estavam batendo nelas estavam fazendo isso por diversão. Eles provavelmente ficaram nervosos e reagiram. Você já foi assaltada alguma vez? É horrível.
Você julga demais as pessoas, sem saber direito o que aconteceu ali. Procure se informar, antes de já sair julgando. Quanto ao seu suposto “heroismo”, me desculpe, mas foi muito raso. Se você quer realmente mudar a realidade, faça trabalho voluntário em uma instituição que lida com menores carentes. Isso sim faz a diferença.
Desnecessária essa parte do texto que, na minha opinião, reforça um pouco o preconceito:
“Crianças pobres: uma negra, uma mulata e a última, uma branca que não era loira.”
Sei lá. Desnecessário.
É GALERA, SITUAÇÃO COMPLICADA, MAS VAMOS IMAGINAR QUE DERREPENTE SUAS CASAS SÃO INVADIDAS POR ASSALTANTES, SUAS MULHERES E SUAS FILHAS SÃO ESTUPRADAS, SEUS BENS ROUBADOS PARA QUEM É MESMO QUE VOCÊS VÃO LIGAR PEDINDO AJUDA??? É MUITO COMUM A GENTE SE DEPARAR COM POLICIAIS TRUCULENTOS COMETENDO ABUSOS DE AUTORIDADE OU O QUE A LEI CHAMA DE TORTURA E POLICIAIS DESSE TIPO DEVEM SEREM PUNIDOS COM TODO O RIGOR DA JUSTIÇA COMUM E MILITAR, MAS GENERALIZAR É UMA ATITUDE TOTALMENTE IGNORANTE, POR QUE AFINAL TENTEM VIVER SEM A POLÍCIA UM DIA, E A PROPÓSITO PARA O AUTOR DO TEXTO EU GOSTARIA DE DIZER QUE SE UM DIA VOCÊ PRECISAR DA POLÍCIA TALVEZ PORQUE TE ASSALTARAM, TALVEZ PORQUE ESTUPRARAM SUA MULHER, TALVEZ PORQUE MATARAM UM FILHO SEU… PEÇA AJUDA PARA O BATMAN.
Dos inúmeros comentários, só um, muito breve, falou dos pais das criancas. E ai está o miolo da questao. Essas criancas sairam de algum lugar, e foram jogadas na rua como lixo. A paternidade responsável deveria ser lei. Nao o castigo a menores. A lei deveria cair com todo o seu peso sobre os pais irresponsáveis. Ter filho é uma coisa muitíssimo séria. Solucoes a curto prazo nao há. E nao haverá enquanto o problema se centrar nas criancas e nao na geracao delas por pessoas irresponsáveis e em ambientes inapropriados.
Os adultos não tem o direito de bater nas crianças e muito menos as crianças tem o direito de assaltar alguem por conta da sua condição.
Encaminha pro conselho tutelar e já era, se tá com dó leva pra casa.
E algo muito aprecido acaba de acontecer na Dr. Eneas, 100m da Teodoro Sampaio, em SP.
após o FIM de uma manifestação na secretaria estadual de saúde, que exigia melhoria na saúde e fim das privatizações, um militante é preso e vários outros agredidos pela PM.
estarei postando os vídeos assim que conseguir ou mais no site: forumpopulardesaude.com.br ou no site do mtst.
Eu no seu lugar teria feito a mesma coisa é por conta de todas as atitudes tidas pelos policiais e os poucos a favor dos mesmos que o Brasil está como está. Falta de amor ao próximo e nos colocarmos no lugar das três crianças, não estamos falando aqui de menores com 1,60,1,70 de altura que cometem infrações e colocam em risco a vida de pessoas.Estamos falando de falta de oportunidade, de compreensão de um pouco de afeto, mesmo que de longe.Parabéns pela atitude, um gesto muda tudo.
Gratidão, amada.
Somos Um
Dou aula de audiovisual para jovens no Itaim Paulista. Turma incrivelmente linda, jovens super talentosos que participam dos encontros com sorrisos em pensamentos. Criativos, inteiros, verdadeiros, apaixonantes. Orgulho destes meninos.
Gratidão profunda por saber que agimos em muitos níveis. Chorei aqui com seu relato. Tudo poderia ser muito diferente se ao inves de alimentarmos tanto terror, alimentássemos a arte, o respeito e o amor.
Grata por seu compartilhamento e especialmente por sua ação. (Desceria do onibus junto com você).
Amor.
Parabéns Ana, pela coragem, ousadia, lucidez e humanidade.
Faria o mesmo.
Agora para o Coletivo “Passa Palavra”: é muito triste e pesaroso pensar que pessoas que emitem opiniões de uma natureza tão cruel, revanchista e com tanto ódio siga essa página que se pretende libertária e progressista.
Nenhum dos comentaristas que criticaram a atitude valiosa da autora propuseram algo que transforme esse triste cenário a não ser o uso da repressão policial. O que demonstra o apoio incondicional a um estado totalitário.
Ninguém mostrou uma prática de solidadriedade ou de ajuda para pessoas em situação semelhante.
Como se não fossem pessoas e sim coisas.
“Se fosse seu filho, seu parente, etc”. Tradição, Família e Propriedade. Igualzinho 50 anos passados.
Eu quero te dar uma abraço! Meus parabéns! Nossa (…) eu não tenho palavras, obrigado por me fazer acreditar um pouco mais nos brasileiros! A situação só vai mudar com educação de qualidade e bons empregos, mas somos ótimos ilusionistas e adoramos ressaltar nossos problemas, mas nunca admitir nossa participação neles.
Falam de “apelação” e “sensacionalismo” sobre o texto, mas como poderíamos definir o sem-número de “matérias” dos Datenas e Fantásticos de sempre, que nos bombardeiam todos os santos dias, e justamente aproveitam os casos excepcionais tomando-os como regra para tentar emplacar a redução da maioridade penal. a campanha por esta redução é lógica, sóbria e racional? Vejam os comentários acima…
No Brasil hoje morrem por homicídio cerca de 49.000 pessoas por ano, sendo que mais da metade dessas pessoas assassinadas (mais de 25.000 pessoas por ano) são jovens pobres entre 15 e 29 anos, em sua ampla maioria homens, cor da pele mais escura, e moradores de bairros periféricos. Estes índice, segundo diversas fontes oficiais (da ONU ao Ministério da Justiça), não parou de crescer nos últimos 20 anos. Esta deveria ser a maior preocupação dos “preocupados com a violência”: a redução urgente desse índice, cuja vítima (e não o algoz) tem sido prioritariamente, sobretudo, os jovens.
Mas aqueles que dizem estar preocupados com a ” escalada da violência”, poderiam alegar que o extermínio de jovens pobres e negros não justificaria a “impunidade” de “jovens delinquentes violentos” com idade entre 16 e 18 anos. Estes “marginais”, se até “já podem votar”, deveriam portanto ser punidos – e por isso a urgência da redução da maioridade penal. Embora não concorde com a afirmação, podemos desconstruir essa lógica com outras informações e números incontestes.
1- Esses jovens já são punidos. Para além da ausência completa de direitos e punições cotidianas como as descritas no texto, é equivocado dizer que não há leis e políticas prevendo a punição desses jovens. As chamadas “medidas socioeducativas” estão previstas no artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e se aplicam aos adolescentes que supostamente cometem algum ato infracional. São sete as medidas: I – advertência; II – obrigação de reparar o dano; III – prestação de serviços à comunidade; IV – liberdade assistida; V – inserção em regime de semi-liberdade; VI – internação em estabelecimento educacional; VII – Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. Para o ECA, adolescentes são as pessoas que têm entre 12 e 18 anos de idade.
Apenas no estado de São Paulo estão hoje presos na Febem (agora chamada de Fundação Casa) cerca de 20.000 jovens menores de 18 anos. No ano 2000 havia 4.197 jovens internados acusados de tráfico de drogas na instituição total. Em 2012, de um universo de cerca de 20.000 jovens cumprindo a medida, são 8.342 os acusados de tráfico de drogas (mais do que o dobro do ano 2000).
2- É mais equivocado ainda pensar que o aumento da punição (leia-se internação e/ou aprisionamento) leva a “menor violência”. Ora, exatamente durante esse período que os índices de homicídio (especialmente contra jovens) só faz aumentar no Brasil. Em 1992, o Brasil tinha um total de 114.377 presos, o equivalente a 74 presos por 100 mil habitantes. Em julho de 2012, essa proporção chegou a 288 presos por 100 mil habitantes. No período, houve um aumento de 380,5% no número total de presos e de 289,2% na proporção por 100 mil habitantes, enquanto a população total do país cresceu 28%. Ou seja: a população carcerária aumentou 10 vezes mais que a população total, e os índices de homicídio só continuaram a aumentar nesse mesmo período (as mortes por arma de fogo pularam de cerca de 20.000 em 1990 para cerca de 39.000 em 2010 – cf. http://mapadaviolencia.org.br/pdf2013/MapaViolencia2013_armas.pdf ). Segundo dados recém-divulgados pelo Ministério da Justiça o número total de presos em penitenciárias e delegacias brasileiras subiu de 514.582 em dezembro de 2011 para 549.577 em julho de 2012. Certamente já passou dos 570.000 hoje, em maio de 2013 – sendo que o estado de São Paulo, que vive desde o início do ano passado uma epidemia de homicídios, é disparado o que mais aprisiona, com mais de 220.000 pessoas presas hoje – grande parte de jovens entre 18 e 29 anos.
Os números do aumento absurdo desses diversos tipos de punição apenas comprovam que eles só têm levado a uma coisa: aumento correspondente da violência – a começar pela mais grave delas, que é o homicídio.
Colocar ainda mais gente jovem e, por tabela, suas famílias atreladas ao sistema carcerário vai melhorar o quê no Brasil – objetivamente, sem apelações?
Qual então a lógica (não-apelativa e não-sensacionalista) daqueles que defendem a redução da maioridade penal?
Sei que é lamentável, pois é triste mesmo ver crianças nas ruas sendo tratadas como bichos!!! Esse sistema político que temos é um lixo, mas é fácil defender simplesmente quando não teve ninguém morto por “crianças” Como essas. Eu já conheci um caso em que um menininho como esse, tão pequenino que simplesmente deu um tiro na cabeça de um pai de família…. e aí??? é fácil termos dó quando não passamos por isso!!!!
O tema da delinquência infantil ou juvenil não é um problema que surgiu em nossa atualidade, pois é um antigo problema agravado no período do Pós-Guerra a partir dos anos de 1950. Já na segunda metade dos anos de 1940 o cinema neo-realista italiano já expunha o sofrimento do menor de idade, frente a falta de perspectiva, de afeto e de compreensão dos mais adultos, isso devido aos países europeus devastados com os conflitos bélicos do século XX. No entanto, este tipo de problema não se restringiu geograficamente e nem temporalmente a uma sociedade específica, passando a ser comum em todos os países e nos períodos Pós-1950.
Este relato encontrado descrito pela autora do artigo deste blog, apesar das informações não estarem tão definidas, de também alguns comentadores possuírem divergências quanto ao local do ocorrido, porém serve para refletirmos a respeito desta situação por ser algo rotineiro em nossa cidade. E a questão é: Punir o menor, ou lutarmos para que haja condições dignas a ele e assim torna-lo um futuro cidadão consciente, digno e respeitador em qualquer parte do mundo? Podemos pensar sobre isso.
tudo muito lindo, mas quero ver qndo essas crianças levarem sua bolsa ou apontarem uma arma na sua cabeça pelo vidro do carro
Há de se ressaltar que, ainda, existe pessoas com capacidade de indignar-se e a partir da indignação partir para a ação. Isto é, ao ver uma injustiça acontecendo na rua, de dentro de um ônibus, interrompeu seu destino e ato continúo descer do ônibus e interpelar os autores da injustiça relatada e com argumentos de uma cidadã inconformada com o que estava acontecendo. Está de parabéns. Esta pessoa que não perdeu sua capacidade de indignar-se diante de tantas injustiças cometidas contra crianças, contra pessoas menos favorecidas. Diante do conformismo da maioria das pessoas. É preciso que nós, enquanto cidadãos, não percamos a nossa capacidade de indignação, mesmo que isso, as vezes, nos traga um sentimento de impotência.
Bater nas crianças não é solução, mas deixá-las na rua fazendo o que querem tambẽm não é.
O problema do Brasil é que as pessoas vão de um extremo para o outro. Tem gente que propõe punição pesada para os menores. E tem gente (como você) que só enxergam os menores como coitadinhos. A realidade não é nem uma coisa nem outra.
Essas crianças tem que sair das ruas e ir para a escola, para serem educadas. Alguém comentou acima sobre a responsabilidade dos pais e eu concordo – cadê os pais dessas crianças? Elas têm que ser levadas de volta para casa e os pais têm que cuidar da educação delas. Se eles não têm condições (porque são alcoólatras ou têm problemas), então peçam ajuda ou passem as crianças para outra família cuidar. O que não pode é deixar essas crianças na rua, crescendo largadas, como se isso fosse normal. Da mesma forma, não podemos achar normal as pessoas serem assaltadas por crianças (aliás, nem por adultos). Isso tudo são distorções que precisam ser solucionadas.
Querida, meus parabéns, que coisa boa você ter descido deste ônibus. Representou a mim e à muita gente que não está vendo televisão, está vivendo e refletindo. Um abraço de gratidão. Namaste
Triste, lamentável…
Olha, a senhora que me desculpe, mas esse texto precisava ser mais completo!
Porque não levou essas crianças para sua casa e foi relatando aqui depois! É fácil ser a heroína e depois virar as costas.
Infelizmente, nem o estado nem a iniciativa privada estão dando ou querendo dar conta da educação bem como dos direitos e talvez deveres de nossas crianças!
Assim temos menores matando, roubando e de vez em quando sendo protegidos por pessoas assim.. que aparecem, interpretam uma situação pelo contexto que lhe parece cabível e depois dizem, adeus amiguinhos, até um dia!
Todos estão errados, inclusive você!
Parabéns pelo texto!
Qual a relevância de colocar no texto “branco mas não loiro”? A senhora perguntou aos policiais o que havia acontecido? Ou será que parte do preconceito de que, se a polícia está detendo alguém à força, é só violência barata? Olha, não sei nada sobre o fato, se os meninos eram ladrões ou não, mas sua investigação poderia ser mais ampla.
Restaram ao meu ver, algumas dúvidas. O que a senhora Ana Paula Salviatti fez após todo o “incidente”? Levou as crianças para casa? Atribuiu-lhes seus direitos sonegados? Honrou seus direitos a lazer, cultura e educação,enfim tudo o que os três não tinham? Ou deixou-os onde estavam, para que no dia seguinte, quem sabe, uma dessas crianças portando uma arma matasse um ente querido seu em troca de dez reais?? Falar.. falar… falar…. sou muito mais a favor do agir! Discursos, realmente, me bastam os da TV.
Vc nunca perdeu alguém da família, assassinado por uma “criança” talvez por isso você não entenda!
Que coisa……todos discutindo muito e eu pergunto quem é o errado nesta história? Nós. Acorda Brasil……aprende a votar! A única forma de concertar todos os erros deste Pais abençoado por Deus, mas com um povo que não o merece.
Uma questão complicada, Concordo em partes com a Sra Ana Paula, as policias do estado são realmente abusivas, porem os menores “crianças” são oportunistas, vendo uma oportunidade de cometer um furto não pensam duas vezes, a policia errou em sua atitude, mas defender as “crianças” de uma agressão é o correto, impedir que as mesmas sejam punidas pela seus “atos” na minha visão é mais errado.
Porem admiro a Sra Ana Paula pela coragem e deixo meus parabéns!
Ana, parabéns pela atitude. Precisamos inverter a ordem das coisas.Sair da normose, do lugar comum. Sua ação foi exemplar.. Se essas crianças são “bandidos” é porque aprenderam desde cedo a serem o pior que há dentro delas… não foram incentivadas, educadas, acolhidas, não tiveram amor. Se esses policiais tivessem mais acolhimento e compaixão (porque são só crianças sem discernimento), o quadro de recuperação seria outro…
E isso acontece no Brasil inteiro. E não é só contra crianças. Existe no ar um ódio sendo fermentado contra quem a classe dominante considera pobre. Isso faz parte do mesmo clamor estratégico da elite contra a mobilidade social. Já ouvi de pessoas consideradas sensatas o mesmo discurso. Incrível é que nunca são colocados como exemplos os queimadores de mendigos e índios ou endinheirados atropeladores em seus carros importados, mesmo que sejam infratores e criminosos. O Brasil é um país racista, segregador e preconceituoso. A mídia – forma geral – agrega e fomenta rumores e clamores populares, devolvendo a ideia trabalhada para achar culpados, que no Brasil são os pobres. Parece que não há crime, violência, abuso, corrupção e toda sorte de má conduta do outro lado do condomínio, em seu gramado verde. Pode-se esperar tudo do ser humano, até mesmo de adolescentes, mas não importa: o culpado sempre será aquele que não tem status nem dinheiro para se defender.
Os comentadores favoráveis à redução da maioridade penal insistem em utilizar apenas “argumentos” apelativos…
Valia a pena fazer um inventário completo deles, pra nos poupar um pouco da repetição cansativa…
“Queria ver se fosse com você”
“Mas eles não são nenhum santinhos”
“Vc nunca perdeu alguém da família”
“Se fosse seu filho, seu parente”
“Já podem até votar”
“Pegou para criar?”
“Eu conheci uma criança que era um monstro”
“Chega de passar a mão nas cabeças.”
“É fácil falar”
“Direitos humanos para Humanos direitos”
“Direitos dos manos”
etc
Nenhum deles confronta 2 questões muitos simples e objetivas:
1 – Esses jovens já são penalizados. Pela negação histórica de direitos; cotidianamente por situações como esta relatada pelo texto; e ainda pelas diversas formas de punições já previstas pelo ECA e praticadas violentamente pelo Estado. Como já escrevi acima: “As chamadas “medidas socioeducativas” estão previstas no artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e se aplicam aos adolescentes que supostamente cometem algum ato infracional. São sete as medidas: I – advertência; II – obrigação de reparar o dano; III – prestação de serviços à comunidade; IV – liberdade assistida; V – inserção em regime de semi-liberdade; VI – internação em estabelecimento educacional; VII – Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. Para o ECA, adolescentes são as pessoas que têm entre 12 e 18 anos de idade. Apenas no estado de São Paulo estão hoje presos na Febem (agora chamada de Fundação Casa) cerca de 20.000 jovens menores de 18 anos. No ano 2000 havia 4.197 jovens internados acusados de tráfico de drogas na instituição total. Em 2012, de um universo de cerca de 20.000 jovens cumprindo a medida, são 8.342 os acusados de tráfico de drogas (mais do que o dobro do ano 2000)”.
2 – A crescente punição e penalização de jovens não tem levado a qualquer diminuição da violência, mas ao contrário tem levado ao AUMENTO da violência. Como tb escrevi acima: “Em 1992, o Brasil tinha um total de 114.377 presos, o equivalente a 74 presos por 100 mil habitantes. Em julho de 2012, essa proporção chegou a 288 presos por 100 mil habitantes, o que significa cerca de 549.577 pessoas presas (grande parte jovens de 18 a 29 anos). No período, portanto, houve um aumento de 380,5% no número total de presos e de 289,2% na proporção por 100 mil habitantes, enquanto a população total do país cresceu 28%. Ou seja: a população carcerária aumentou 10 vezes mais que a população total E os índices de homicídio, porém, só continuaram a aumentar nesse mesmo período (as mortes por arma de fogo pularam de cerca de 20.000 em 1990 para cerca de 39.000 em 2010 – cf. http://mapadaviolencia.org.br/pdf2013/MapaViolencia2013_armas.pdf ).”
Vão parar de apelar a “argumentos” baratos e apelativos, se atendo aos dados e aos fatos incontestáveis?
Ou vão continuar nessa cantilena sensacionalista repetitiva, sem qualquer fundamento real?
Obrigada Ana Paula Salviatti pelo ato de coragem que deveria ser digno de qualquer um que se autodenomine cidadão. Obrigada por compartilhar. Isso sem dúvida gera sementes nos que muitas vezes vêm e não agem. Obrigada também Ailton Amaral por trazer de volta nessa discussão surreal o foco da questão.
BRAVO.
bom , agredir crianças é errado , mas não punir como se puniria um adulto tambem é errado. A lei está do lado do menor, mesmo quando esse está totalmente errado. quem sabe o dia que você levar uma facada, como um amigo levou, de uma criança assim como você diz “inocente”, talvez repense… criança pode ser “comparada” a um cachorro quando é pequena, a forma que se cuida é o que define o que ela vai ser quando crescer, e se mata por um celular hoje, imagine amanhã … sou a favor da punição mais severa independente da idade.
As crianças estavam às 3 da tarde, horário de aula, largadas na rua sem responsável para defende-las, e provavelmente realizando pequenos crimes.
Todo mundo errado.
Procedimento cidadão: Levar as crianças para a delegacia, de preferência o “Grupo Especial de Investigação Contra Crimes a Crianças e Adolescentes”, número de emergência 33113534, onde os pais serão intimados a comparecer, e em casos extremos podem perder a guarda dessas crianças.
É importante lembrar que é muito comum encontrar crianças exploradas por seus próprios pais ou parentes, para aproveitar a sua inimputabilidade para perpretar crimes tais como furtos e tráfego de drogas. A inimputabilidade decorrente da maioridade penal aos 18 anos é um dos maiores incentivadores de tais práticas criminosas.
Não se deve bater em crianças, menos ainda dessa maneira. Mas é preciso mostrar o que é certo e o que é errado.
E eu não vi a parte em que você diz às crianças que o que elas estavam fazendo era muito errado e feio. Pelo contrário… acho que na cabecinha delas pareceu que você as estava defendendo do crime que elas cometeram!
Como já foi observado pelo Douglas, a direita está em campanha. Vejam-se os comentários por aqui. Mas não é de se admirar, no Estado que é o reduto do racismo e do conservadorismo no país – o Estado que mais resistiu à abolição da escravidão, o que mais resiste hoje às políticas de ação afirmativa… que fecha os olhos à violência policial, aos grupos de extermínio dentro dessa instituição…
Sempre é bom lembrar: se as crianças cometeram delitos ou não, isso não dá o direito à polícia de humilhar, xingar, agredir. Policial não julga, não aplica pena. Não é assim? Será que estou errada? Então, aos que defendem a lei, a moralidade e tudo mais: que tal observar isso? Os policiais não devem obedecer às leis? Aliás, não deveriam ser os primeiros a obedecê-la? Se desobedecem, não estão cometendo um delito?…
E sim, o registro da origem étnica das crianças é muito pertinente. Sabemos qual é a cor das crianças de rua nesse país, e não por acaso: a população negra e afro-descendente foi ESCRAVIZADA – alguns aqui parecem [fingir] esquecer disso. A abolição foi feita (quando já era inevitável) sem realizar qualquer medida reparatória, ATÉ HOJE. Não houve indenização, não houve reforma agrária, nada. Houve a segregação dessa população negra para as bordas das cidades; houve a substituição da mão-de-obra negra pela branca, como mostra Florestan Fernandes em seu clássico “A integração do negro na sociedade de classes”. Houve a tentativa de branquear o Brasil, como mostra uma vasta historiografia.
As mazelas sociais que temos não brotaram do nada. E a polícia é racista sim, como instituição de um Estado que também é racista, desde o início. E até hoje. Então, querem falar de criminalidade e delinquência? Querem mesmo? Então vamos olhar para a história… Vamos discutir a necessidade de reparações, ainda que tardias; vamos cobrar a dívida que esse Estado tem com o povo negro – esse Estado que só está aí por causa de quase 4 séculos de trabalho negro. E então, vamos falar sobre isso?
A todos os autores dos “ótimos” comentários acima, que cobram da autora o “outro lado da história” (da qual nem sabem se há outro lado além do apresentado) com o argumento “uns não sabem porque estão batendo, mas os outros sabem porque estão apanhando”, vai a homenagem de Max Gonzaga… nunca foi tão atual…
“(…)
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida.”
Parabéns à autora pela solidariedade e presença de espírito!
http://www.youtube.com/watch?v=KfTovA3qGCs
Concordo com Ana Paula parcialmente. Crianças são crianças e não podem ser automaticamente imputadas pelo que fazem. Crianças imitam adultos desde, talvez, os três anos de idade. Não quer dizer que elas tenham todos os mecanismos morais que os adultos tem. Mas por outro lado, aquelas são crianças que estão ali AGORA, como o policial está ali AGORA, como o cidadão que sofreu a violência está ali AGORA. Esse é um instantâneo de uma história que não começa ali, mas que culmina naquilo. Surte mais efeito agir na consequencia do que na causa, mas acho que para evoluirmos como país, temos que começar a enxergar o quadro todo. Em crianças que crescem à beira da exclusão e da visibilidade (até que se tornem visíveis, geralmente em situações como esta), em policiais mal treinados, mal remunerados e mal vistos pela sociedade, em políticos que tem Educação, Saúde e Segurança como metas e só fazem embolsar essas verbas. Infelizmente vivemos num estado de guerra velado em que pouco pode ser feito para quem já está aqui, adultos e crianças, mas que podemos melhorar daqui pra frente. Existem crianças que ainda tem dois, três, quatro anos de idade. Existem adultos que ainda ingressarão no corpo policial, com expectativas de fazer o bem. Existem, ainda, crianças que sonham que a política é o melhor caminho para fazer o bem. Não, não é piada. Defenda essas crianças, sim, mas cobre do seu deputado e do seu senador, com afinco redobrado. As pessoas com o poder determinam o que será feito. Eles (supostamente) trabalham pela cidade e pelo bem estar de todos nela envolvidos. Se não, infelizmente, é como dar dinheiro no sinal e achar que com isso resolve-se o problema das favelas, dos impostos, do aumento da cesta básica, da taxa de natalidade, da desinformação, da super lotação de cadeias.
Cara Dona Ana,
Eu só gostaria de saber se a sua indignação seria a mesma se um destes “infelizes” te apontasse uma arma ou, pior, puxasse o gatilho e ferisse, ou matasses, alguém que lhe fosse caro, por causa de um par de tênis ou um iPod, como ocorreu recentemente em São Paulo… É evidente que a lei é para todos e, portanto, todos devem observá-la. E que os garotos são vítimas das circunstâncias, com certeza! (Quem não é?) Lembre-se, contudo, que as pessoas também têm medo, que preconceito faz parte da natureza humana (precisamos de milhares de anos de “evolução” para começarmos a nos livrar dele) e que simplemente berrar, no meio da rua, com algum desconhecido, que esteja puxando orelha de um pivete, talvez não passe de um desabafo seu, diante do sentimento de impotência da cidadã comum frente à aparente impossibilidade de mudar o sistema, que sabemos ser deficiente.
Pergunto-me, apenas, se esta seria uma boa (ou a sua única)estratégia…
Onde estarão estas crianças agora? Será que já comeram hoje? Será que precisarão roubar amanhã? Se o fizerem, quem levantará a voz para proteger a vítima da ocasião?
Ponto para reflexão…
Ana Paula, sem dúvida sua reação na hora do fato foi muito importante e providencial! O brasileiro precisa saber praticar mais esse manifestar de cidadania. Com certeza forneceu a essas crianças uma noção de cidadania que elas provavelmente nunca esquecerão e que poderá mudar a vida delas. E também manifestou in loco o contraponto da mídia que clama pelo fim da impunidade dos crimes que são cometidos neste Brasil afora! É tanta corrupção e roubalheira que dá em nada há tempos… E a impunidade lá de cima se reflete na impunidade nas classes baixas também. Mas e as crianças? Os pais têm responsabilidade de educá-las? E se os pais estiverem ausentes? E o Estado? Não vai dar conta nunca de suprir a falta dos pais? É porque tem muita criança? É só uma questão de política pública? Ou não há dinheiro suficiente para isso? E não haveria dinheiro por causa da roubalheira? É um círculo vicioso e uma discussão sem fim, percebe? Na minha opinião, o Brasil precisa ter a coragem e a determinação de discutir e se posicionar a respeito de três temas em que há direitos humanos por todos os lados e será necessário definir posição e assumir nosso lado fascista ou nosso lado humanista, mas não vai dar para ficar em cima do muro por muito mais tempo: o crack, o controle de natalidade e o fim da impunidade.
Por duas vezes você fez questão de dizer que uma das crianças era branca, mas não loira. Desculpe, mas eu acho que isso é forçar a barra e tentar mostrar um racismo onde não existe racismo.
Estou falando que não existe racismo no Brasil? Claro que não! Não é esse o ponto.
O ponto é que se a criança fosse loira ela ia apanhar igual dos policiais.
Só uma pergunta,qual foi a atitude da Ana após os fatos? O que ela fez com as crinaças e os policiais e agressores?
Porque será que nessas horas sempre aparece algum defensor para tomar partido dos marginalizados e quando você precisa de ajuda e igualmente todos veem um crime ninguém se habilita a te defender? O cidadão “que não é branco e nem loirinho”, assim como o escurinho o japonês e tantas outras cores e credos são igualmente encurralados pela crescente violência, mesmo grupo que a senhora Ana sem encontra. Quem vive de filosofia não entende a urgência em enfrentar os fatos de maneira prática, e não oferece solução alguma ao problema – pelo contrário, atitudes assim só reforçam o ódio crescente de uma população que cansou de ficar acuada e deseja poder para agir.
Atitude louvavel da senhora em defender as crianças, mas a pergunta é: Diante da situação a senhora fez o que com as crianças? Levou-as para casa? O estado não esta nem ai para essas crianças, são crianças vivendo a propria sorte.
É triste a situação mas o que podemos fazer? A unica coisa que fazemos é pagar impostos enchendo os cofres publicos, seguindo o que é imposto pelo sistema. Esse pais me deixa envergonhada, mas reclamar para quem as injustiças sociais.
Muito bem escrito, mas certamente tendencioso. Quem le e nao conhece a realidade brasileira, tera certeza de que existem santos e demonios personificados nas ruas de sao paulo. O texto deveria ser mais completo e relatar oque ocorreu antes, quem sao os dois homens, e oque eles ja passaram para chegar a este ponto. Nao concordo com este tipo de tratamento com crianças, de forma alguma, porem a comunidade do centro de sao paulo vem a muito tempo sofrendo roubos, assaltos, latrocinios, etc, oque torna compreensivel tal atitude. Agora me pergunto: A senhora depois de todo o acontecido fez oque pelas crianças? Procurou encaminha-las para a familia, orgao de apoio a criança, ong, etc? Estou certo que nao, se muito pagou um lanchinho, entrou no seu onibus e voltou para seu cotidiano. A proposito, caso a senhora queira mais um dia de santa e so ir no centro que vai ter muitas outras oportunidades!
É a violência institucionalizada.É normal, sadio e educativo sim agredir crianças, mesmo que delinquentes?É assim que são e estão sendo formados os cidadãos do futuro deste país.Fiquei imaginando se esses sujeitos que agrediram as crianças fariam o mesmo se fossem adultos, armados!Engraçado como a reação de algumas pessoas é de apoio aos adultos delinquentes.Concordo que alguma coisa teria que ser feita pelos menores, vamos fazer algo?
Como exigir caráter quando não se tem comida na mesa? Como exigir seguir o caminho do bem quando este é cheio de barreiras e buracos para esses menores? A relação familiar destas crianças, na maioria das vezes, é a pior possível. Pais dependentes químicos, pais desempregados,sofrem abuso sexual, casa de um cômodo com 15 pessoas (quando se tem uma casa), falta de perspectiva, falta de comida, falta de carinho, falta de apoio de todas as partes. Se eu não tivesse uma infância com comida na mesa e estrutura, poxa, se precisasse roubar para sobreVIVER eu roubaria, até mataria quem sabe. São as leis da vida. Pessoas estruturadas e com tudo também roubam, também matam, muitas vezes por um coração partido, por uma empresa falida. Como podemos cobrar de CRIANÇAS nessa situação uma positividade e um discernimento sobre as escolhas da vida. Tire a bunda do sofá confortável e vá ver a realidade. Essas crianças não precisam de julgamento, precisam de estrutura e amor, de um lugar no mundo.
Realmente LAMENTÁVEL.
A massa está sendo levada por tudo aquilo que é imposto pela mídia.
Pessoas são pessoas, antes de ser qualquer outra coisa, elas tem direito. Ainda mais crianças em formação.
Tapar o sol com a peneira é o jeito mais fácil de ligar com a situação para aqueles que tem preguiça em ser a transformação. Isso testifica a cegueira que o mundo tem vivido.
Não à violência, sim ao RESGATE de VIDAS.
Não podemos nos conformar com o que tem acontecido… É A VELHA HISTÓRIA DO SAPO NA PANELA COM ÁGUA A SER FERVIDA.
BASTA!!!!!!!!!!
Na minha opinião, você os defendeu com um ponto de vista delas crianças como crianças. Você não presenciou o que pode ter acontecido antes, o que muda completamente o cotexto do ocorrido. Concordo com você com relação à mídia, mas discordo totalmente na hora que você relaciona ao racismo distinguindo a raça das crianças. Eu acho que ninguém tem o direito de agredir uma criança, mesmo que ela seja uma infratora, mas providencias devem ser tomadas, como leva-las para a delegacia, chamar o conselho tutelar e coisas desse tipo. E não você também não pode condenar um PM por estar ali tentando botar as coisas em ordem, independente do horário que seja e do movimento. O, eles agrediram, mas ai entra a história do contexto, o que eles fizeram? Por que estavam ali? Por que os PM’s iriam tomar providencias se eles não fizessem nada. Há muito mais a se estudar sobre a situação antes de escrever um texto criticando totalmente a Polícia Militar que está ali pra zelar pela segurança. Fico por aqui com minhas palavras, e sim, sou a favor da maioridade penal. Como dito em um dos comentários acima, com 16 anos, pode-se trabalhar,casa,estudar,votar. Logo você com 16 anos tem SIM de se responsabilizar e sofrer a consequencias de seus atos, bons ou maus.
Ana, uma criança de periferia, não é mais uma criança! (Estranho isso, não é!?). Elas dão nó em pingo d’água. Eles crescem e vivem de outra forma, a formação deles é outra, a própria Família deles, nas entrelinhas, não querem e não deixam essas crianças mudarem, aprenderem, evoluírem, pois da forma como eles vivem e são jogados na rua por suas próprias Mães, é o como eles levam o sustento para as suas casas. Eles são assim!… É o jeito deles!
Nós que graças a Deus, temos uma situação bacana, legal, que podemos vez ou outra fazer uma viagem, etc… Não temos culpa por determinados problemas da nossa “sociedade”. Nós, com tudo com tudo, já temos os nossos próprios problemas. Cabe aos nossos governantes, aos nossos políticos, ou sei lá a quem, resolver estes tipos de problemas. Sei que pode parecer um extremo caso de egoísmo pensar assim, pois como diz a frase… Devemos pensar no próximo!… Mas tudo tem um linite do que pode ser visto como aceitável… Esse, volto a dizer, não é um problema nosso, Ana!
Sou morador do Bairro Pinheiros, bem pertinho do local citado por você e só eu sei o que os moradores desse bairro estão (Estamos) passando. Não é justo também, precisarmos andar pelas ruas, irmos para o nosso trabalho, ou irmos dar um simples passeio, ou qualquer coisa do tipo, para vir um infeliz qualquer (desculpe pela expressão que vou usar), meter o cano na gente e por nossa sorte ainda nos deixar vivos, pois nem isso anda acontecendo mais… Os mesmos estão matando só para verem o tombo!
É um tema complexo, difícil e o mesmo respeito que temos que ter por essas crianças, mais ainda merecemos nós, POIS NÓS AINDA SOMOS DO E DE BEM!… E eu quero continuar tendo o meu simples direito de continuar vivo!
Ana, numa manhã qualquer, estava em casa, nos meus afazeres e ouvi gritos na rua que me fizeram sair imediatamente. Senti que a coisa não era coisa boa. Fui descendo e notei um pequeno aglomerado de pessoas e no meio deles um homem, grande e forte, enforcava uma criança de rua, seminua e raquítica. Fui me aproximando da cena grotesca com o coração já não cabendo dentro do peito. As palavras proferidas por aquele senhor ao menino, eram como punhais adentrando meu estomago. Indignada, eu disse ao homem:
-O senhor não pode agredir essa criança!!!
-Isso não é uma criança, é um bandido! Tem que matar no ninho!
-Se ele é bandido, a culpa é de todos nós! O senhor acha que tratando-o desse jeito ele se tornará um adulto equilibrado? Quais foram as oportunidades que ele teve pra poder visualizar um futuro no mínimo digno? O senhor tem alguma idéia de onde vem essa criança e que tipo de tratamento ela tem recebido até agora? O que o senhor acha que está alimentando assim?
-Hiiii, não me vem com essa palhaçada de direitos humanos, a senhora vá cuidar da sua vida!
O diálogo continuou, sem sucesso pra mim, pois quanto mais eu falava, mais ele torcia o braço do menino, encorajado pelo público na “arena romana”. Confesso que tive medo, ele estava prestes a me agredir também, -afinal eu estava estragando o seu show de demonstração de “força e poder”! Mas olhando aquele pequeno, em prantos, com a cara suja e borrada de lágrimas e terra, encarei o risco e abracei o menino até o homem ir soltando-o aos poucos, até sentarmos na sarjeta, eu e o fedelho, sozinhos, humilhados, impotentes e oprimidos. Tentei expressar com o olhar algo do tipo:
-Olha, nós dois estamos ferrados aqui, mas você não está sozinho; existe esperança: olha a tia aqui, viu? Como eu, existem outras pessoas por aí! Não desista tão cedo! Lute mais um pouquinho!
A multidão foi aumentando e ninguém, absolutamente ninguém se encorajou a me dar apoio na defesa do pequeno.
Esperavam a policia chegar, para aí começar um outro show de horrores, momento em que eu decidi subir a rua de volta. Eu era um nada, tudo em mim se calou, minha boca amoleceu, meu corpo se encolheu, minhas pernas perderam as forças, meus pensamentos perderam a forma, meu cérebro foi moído, e eu pude compreender naquele exato momento o que a opressão, a humilhação e a violência, orientadas pelo preconceito, a desinformação e o desamor fazem “com a mente, o corpo e a alma desses meninos”, todos os dias!
É isso! Os torna um nada. E de alguma maneira, desgraçada que seja eles desesperadamente precisam ser enxergados por alguém!
Ana, não sou uma pessoa letrada, culta ou politizada, a única coisa que tenho absoluta certeza é que a única força capaz de restaurar vidas, transformar destinos, e salvar uma sociedade é o amor. Sendo o amor o mediador de conflitos, sempre chegaremos aos melhores decisões. Que a vida não nos tire a fé e a coragem de continuarmos com nossas convicções. Um abraço! Karen
Concordo em parte com a Matéria. Não quero julgar essas três crianças, mas aquelas que matam,aquelas que queimaram a dentista. E as crianças que morreram assassinadas por pequenos assassinos, não seriam injustiçadas? Nós paulistanos estamos com medo, não desses três, mas de outros milhares de crianças e adultos bandidos. A falha na educação é uma das causas, mas não pode justificar falta de justiça. Bandido da classe alta ou baixa, adulto ou criança, tem que ser punido.
Nossa dá um asco ver esses comentários…conservadores, estúpidos, hoje estou com paciência, mas quase a perdi ao ver coisas do tipo, ah se fosse com seu filho…ou isso é de uma pobreza de argumento sem fim. “O terreiro lá de casa não se varre com vassoura, varre com ponta de faca e balas de metralhadora” Eu não sei se esse é o problema das metrópoles, mas acho que essas pessoas precisam parar um pouco, olhar pra fora, sair dos seus mundinhos de filhos casa e trabalho. e medo de telejornal. O mundo é todo, sai desses apertamentos, com cachorros pequenos que tem horário pra fazer xixi. Olhar as coisas com mais amplitude é bom, e faz pensar mudanças, são estatísticas, mas são carnes e movimento, como todos deveriam ser…
Num comentário que lá deve estar muito para trás eu citei estatísticas que provam que os jovens, sobretudo do sexo masculino e de pele escura, são alvos preferenciais dos homicídios. Não são assassinos, mas assassinados. Nenhum dos críticos deste artigo se preocupou com essas estatísticas, porque pretendem unicamente extrapolar casos individuais como se fossem gerais. Estes erros de lógica servem-lhes para se sentirem pessoas de bens. Outro leitor evocou oportunamente o Classe Média de Max Gonzaga
http://www.youtube.com/watch?v=KfTovA3qGCs
E então veio outro comentador, Carlos José Ramos Pinho, que é a exacta personificação do personagem criado por Gonzaga. «Nós que graças a Deus, temos uma situação bacana, legal, que podemos vez ou outra fazer uma viagem, etc, não temos culpa por determinados problemas da nossa “sociedade”», escreveu esse senhor. «Nós, com tudo com tudo, já temos os nossos próprios problemas». Vale a pena ler o comentário dele na íntegra. Gostei muito deste artigo, mas aprendi mais com os comentários dos críticos, que me permitiram conhecer melhor a mentalidade dos linchadores. Enquanto estrangeiro que moro no Brasil, aqueles comentários só me confirmaram no medo que sinto perante as pessoas de bem.
Ana Paula.
Acho sua matéria insuficiente. Ao publica-la você deveria ter indagado e pesquisado mais. Qual o motivo dos policiais estarem detendo as crianças? O que aconteceu para essa ação? Onde estas crianças estão agora e quais as providencias em relação aos seus pais? ( se é que tem!) Concordo que a agressão e o mau linguajar não se justificam, mas simplesmente libera-los! Enfim, ficam as dúvidas pela falta de informação. O que sobra é a falta de preparo dos policiais por culpa da falta de recursos do estado e falta de treinamento. Acredito ainda que parte da indiferença da população se deve sim aos meios de comunicação mas outra parte devemos às nossas leis e a lentidão da justiça. Defendo ainda a maioridade penal aos 13 ou 14 anos que é a idade em que o indivíduo aprende com clareza a diferenciar o certo e o errado e peço aos meios de comunicação e profissionais do setor, um aprofundamento nas suas pesquisas de reportagem para um desfeche saudável das matérias, pois muitas não levam a uma conclusão plena.
Morei 30 anos nesta região de Pinheiros. Fui assaltado 7 vezes. Meu pai foi baleado na porta de casa. Todos os casos você acha que foram ladrões vestidos com gorros como em desenho animado? Não, foram essas “crianças”.
A polícia acaba agindo de forma violenta para inibir o que ele mesmo terá que retratar depois: um crime. As crianças foram criadas dessa forma, tambem não tem culpa de que não tiveram educação para ver outras formas de vida. A vida do crime é muito mais fácil!
Enquanto isso a gente vive observando tudo isso e vez ou outra fazendo parte, sempre como vítima. Coitado de nós, isso sim.
Concordo que todo mundo é inocente até que se prove o contrário, e merece um julgamento justo. Mas no dia em que uma criança enfiar um revólver na sua cabeça, você verá que até mesmo uma criança pode se transformar no ser mais repugnante do mundo, e você irá odiá-lo mortalmente e se esquecerá rapidinho que se trata de uma criança. Acredite, e isso te faz ficar um pouco mais paranóico.
“A historia da construção da sociedade é a historia da luta de classes”. (karl marx)
A história realmente é chocante, porém tudo tem 2 lados, o que será que as crianças fizeram para chegar nessa situação ? Concordo que são apenas crianças, mas a discussão deveria ser outra. Nossa sociedade tem criado condições para que esse quadro se repita todos os dias e com cada vez mais frequência. A priorização da família e dos bons costumes evitaria crianças sem educação e consequentemente, adultos honestos. Será que nninguém percebe que o problema do outro afeta a todos. O filho mal educado do seu vizinho, vai ser tornar o bandido que pode futuramente ser o seu assassino. Chega de hipocrisia, chega de inversão de valores.
Belo Horizonte está resolvendo esse problema. As UMEI’s (Unidade Municipais de Educação Infantil) dos Zero aos 6 anos. A partir os 6 anos, escola de tempo integral. Acho muito infantil, para não dizer o pior, esses discurso de valorização da família.
Éramos pocos y parió la abuela!
Não bastasse o diuturno furdunço no badalhocal, despoletaram a fronda classe-mediúnica dos mortos-vivos fetos da contra-revolução preventiva. Miséria do ativismo…
A solução mais diplomática e humana seria os policiais terem oferecido para essa senhora a guarda dessas crianças e iniciado o processo de adoção das mesmas para que essa senhora pudesse levar as crianças para a casa dela e cuidar com todo o carinho do mundo. Agora, será que ela ia querer?
Dênis mas voê ja levou em consideraçãos e ela teria ondições finaneiras?Tem muitos fatores que devem ser levados em considerações.Quem voe acha que vai preso om maior facilididade um empresario corrupto que tem vários advogados ao seu dispor ou um ladroa pé de chinelo defendido por um defensor publico?
As crianças deveríamos ser encaminhas para um órgão publico com uma creche ou órgão que se responsabilizasse pela inserção social.Talvez essa senhora pudesse fazer parte de uma ong. Mas a questão é.Sera que ela sozinha pode algo?.
Ou sera que ela é unica que tenta lutar contra uma sociedade estagnada e manipulado pelos poderosos?
Uma coisa é certa, ninguém nasce bandido!
Criança de rua
Um lobo marinho apareceu na praia e por ali ficou uns dias. Em poucas horas universitários e outros voluntários organizaram um grande esquema de segurança e de cuidados 24 horas por dia para o bicho. Uma colega de trabalho contava, felicíssima, que era mais uma das voluntárias. Disse-lhe que isso tudo me causava estranheza, pois não há nada parecido no município para as crianças de rua. Ela então me respondeu: “É que criança a gente vê todo dia.” Passa Palavra
É TERRÍVEL…MAS,ESTAMOS VI-VENDO TUDO ISSO EM PLENO SÉC.XI,O QUE MUDOU?,AS CAVERNAS DA MENTE E DA ALMA,A ESCRAVIDÃO,CONTINUA….MÍDIA,MISÉRIA,TIRANIA E MUITA HIPOCRISIA…VI-VEMOS EM UM MUNDO DE ILUSÃO…PODEMOS E DEVEMOS MUDAR,NÃO DEIXANDO QUE FATOS COMO ESTES CONTINUEM…PERGUNTO:CADÊ O STF,POLÍTICOS,GOVERNOS ETC…?TODOS CONFORTÁVEIS EM SEUS GABINETES,INESCRUPULOSOS,TODOS.
Eu acho pouco, você já viu quantos iguais a esses matam trabalhadores, estudantes e roubam as pessoas descaradamente pelas ruas de SP. Experimenta oferecer educação, lazer para elas e verá a resposta que vai receber. Outra coisa pegue seu celular e experimente usar o mesmo na própria Teodoro Sampaio as 15h.
vejo varios comentarios de pessoas que ja se corromperão pela opinião dos outros que de alguma forma quer se expressar de forma violenta contra crianças que são violentadas em varios pontos do brasil!!! Nao acho que isso é o fim não !!! Mas um começo muito ruim para aquele que logo sera o futuro!!! hj temos muitos politicos q estão representando essas pessoas violentas !!! acho q por isso q nada muda!!! Sabe pq? eles SÂO IGUAIS A VCS! SÃO SEUS REPRESENTANTES!!! FAZENDO OS SEU PAPEL !!! e não adianta reclamar é bem assim mesmo !!!
” uma negra, uma mulata e a última, uma branca que não era loira.” ,
” uma negra, uma mulata e a última, uma loira que não tinha os olhos azuis.”
” uma negra, uma mulata e a última, uma loira de olhos azuis que não tinha aparelho nos dentes”
” uma negra, uma mulata e a última, uma loira de olhos azuis que tinha aparelho nos dentes que nao tinha i-phone ” … Sempre fará a comparação para o coitadismo.
Querida, parabéns pela sua atitude! O mundo precisa de mais pessoas como você. É mais fácil incutir na cabeça do povo que diminuindo a maioridade penal os problemas serão resolvidos, será mais uma injustiça social dentre tantas que vivemos. Também sou uma inconformada, mas não sei se teria a coragem que você teve. Parabéns!
Olha, eu entendo que, ao se deparar com uma cena dessas, o primeiro instinto humano é sentir pena. São crianças, eram para estar na escola, brincando, cultivando a inocência passageira de suas infâncias.
Porém, infelizmente, não vivemos mais em uma sociedade em que criança é sinônimo de inocência. Há muitas crianças por aí que estão chefiando quadrilhas, liderando bocas de fumo e matando como gente grande. Não é nenhuma novidade para ninguém, acredito eu.
Que é uma pena? É! É culpa delas? Não! Esse problema tem solução? Tem!
Mas o que fazer quando se vive em um país onde não há interesse algum do governo em educar e tentar converter a situação dessas crianças? Um país onde somos vistos como prejuízo para os bolsos muito bem abastecidos dos nossos representantes?
Aos olhos de uma pessoa que está de passagem, essas crianças são coitadas. Mas e o que elas estavam fazendo?
Não estou dizendo que todas as crianças de rua devem ser tratadas assim. Mas há muitas por aí que te intimidam e não pensariam duas vezes antes de tirar sua vida simplesmente por que não foi com a sua cara. Há vídeos por aí de criancinhas dizendo que gostam de roubar. Que é divertido!
Junta essa mentalidade com a falta de interesse do governo e temos, com toda a certeza, futuros assassinos, bandidos, etc.
Somos parte de uma sociedade que não tem mais paciência para esperar o governo ter boa vontade em nos defender. Estamos cansados de perder parentes e amigos para o crime que está cada vez mais forte no nosso país.
Já vi um caso onde o policial estava prendendo um “garotinho” que estava ameaçando as pessoas na porta de um mercado. Sob os protestos de quem assistia a cena, o policial foi obrigado a soltar o garoto, o qual saiu rindo, gesticulando para o policial e falando palavras obscenas para o mesmo.
Novamente, creio que não seja um caso onde se cabe generalizar e expresso aqui apenas a minha opinião, sem nenhuma intenção de ofender ou entrar em conflito com ninguém. Não estou protegendo a reação dos homens agressores, nem mesmo a dos policiais. Só questiono se um menor desses tentasse tirar a vida de vocês, ou a de um familiar, qual seria a reação? Como vocês se sentiriam em perder o celular, o qual você batalhou para comprar, para um estranho que é capaz de lhe tirar a vida por isso?
Há muito a ser discutido sobre o assunto para que casos como esse não se repitam. Enquanto isso, nos sobra apenas essa indignação que toma conta de todos, independente de opiniões.
Criança de rua
O delito de tortura caracteriza-se pela inflição de tormentos e suplícios que exasperam, na dimensão física, moral ou psíquica em que se projetam os seus efeitos, o sofrimento da criança por atos de desnecessária, abusiva e inaceitável crueldade. Já os maus-tratos, comumente praticados por policiais em condições que eles mesmo se acharam superiores, são utilizados para práticas por ser negro, pobre e morador de rua, motivos disciplinares e educacionais e com fins econômicos. NAO MESMO…
Assim, a questão dos maus-tratos a criança plena tarde das 15:00 horas, na esquina da Pedroso de Morais com a Teodoro Sampaio, no bairro de classe media alta de São Paulo, a pratica de tortura é resolvida com uma chave de braço e um palavreado que só os PM sabem dizer seu BOSTA ( O Policial Militar em sua atuação se sentiu um Tropa de Elite do BOPE) para dizer a criança seu BOSTA, BOSTA, BOSTA. Se o que motivou o Policial, foi o desejo de corrigir, é cruel, o crime é de maus tratos é desumano. Se a conduta não tem outro móvel senão o de fazer sofrer, por prazer, ódio ou qualquer outro sentimento vil, então pode ser considerada tortura psicológica.
Vejamos o que ECA fará sobre o fato ocorrido e o MP Ministério Publico estará a parte do referido crime.
Oi Ana, tudo bem?? Estou também muito revoltada com a sua história e quero te deixar uma dica valiosa. No Brasil o cidadão que vir uma criança sendo agredida publicamente pode dar voz de prisão no seu agressor e até mesmo agredi-lo caso ele reaja à voz de prisão. Se os policiais se fizerem de desentendido, você pode afirmar em alto e bom tom que você deu voz de prisão naqueles senhores e que eles devem PORTANTO, IR PRESOS. Não há discussão. Lógico, os agressores vão torrar a paciência dos policiais (que são corruptos demais) e até pagarão propina, mas não importa, você tem o direito e o dever de dar voz de prisão em agressores de crianças (mesmo que o agressor seja o próprio pai ou mãe da criança, viu?)
Espero não ter que passar por isso e nem ter que mandar prender alguém, mas exerça seu direito a favor das crianças indefesas.
E ah, pra ficar bonito, você pode falar – Os senhores estão presos em nome da lei. :)
Um beijo
Isa
Esse país vive uma inversão de valores que chega a ser inacreditável aqui se pode tudo, menos fazer o correto até qdo vamos nos guiar pelos programas sensacionalistas que massivamente nos bombardeiam com inforações mentirosas bancadas pelo governo corrupto e pelos empresários corruptores policia teria que proteger a população e não pra defender os interesses dos politicos.
Por que tudo é sempre culpa do policial???
Se presenciamos a barbárie de adultos agredindo crianças à luz do dia…é culpa da polícia que não prendeu os adultos agressores.
Se nosso filho entrega o celular ao menor de rua que, em seguida estoura a cabeça dele…a culpa é da polícia que não faz o trabalho e prendeu o menor.
Se somos estupradas e sequestradas, a culpa é da polícia, que não estava lá!!!
Engraçado é que ninguém culpa e fica indignado com a maioria dos nossos representantes políticos (sim, porque odeio generalizações) que andam de carro blindado, com seguranças e desviam milhões, às vezes, bilhões dos impostos que duramente pagamos e que deveriam criar políticas públicas, dando condições às crianças, reabilitação adequada aos infratores e melhores condições aos policiais que arriscam suas vidas diariamente por salários menores que 2.000,00….
Afinal, quando você é assaltada ou sua família corre risco para quem você liga??? 190? Ou para o gabinete do seu deputado???
Pensem nisso, afinal, será mesmo que sempre a culpa é da polícia? Será que todos os policias são corruptos?
E ontem, as 17h, passei em frente ao largo são francisco, em frente a universidade de direito, e pessoas faziam manifestação para a redução da maioridade penal, distribuindo bexigas brancas como se amenizasse a violência que querem na legislação!
Bexigas brancas escrito:
Pela redução da maioridade penal!
Gente, sinto muito pela morte do menino do Belém, mas querer reagir assim, é intolerância das mais grotescas!
São eles e a mídia que querem justificar a agressão ao qual você compartilhou aqui.
Um ato grotesco, um absurdo!
Mas em nenhum momento foi dito o por quê os homens estavam batendo nas crianças. Não acho que está certo, muito longe disso, mas gostaria de saber qual era o motivo, afinal, esta me parece uma questão importante no contexto da redação, ou o autor achou que tal informação era irrelevante? Duvido que isso não tenha sido perguntado aos meninos ou aos homens! Então, por que não consta no texto? Eu acredito que não foi dito para não gere opiniões divergentes nos leitores. Talvez se constasse que os meninos filaram a carteira dos homens ou alguma coisa neste sentido, eles não poderiam mais se enquadrar na posição de vítimas com tanta veemência. Que a base da culpa de tudo isso está nas decisões governamentais e no descaso dos governos, eu não tenho a menor dúvida, mas será que todo mundo pensa igual a mim? Na dúvida, melhor separar os personagens com “100% bonzinhos e coitados” de um lado e “malvados e sem coração” do outro. Eu ficaria penalizada com as criaças mesmo se tivesse lido que elas estavam roubando os homens, mas não gosto de me sentir manipulada quando leio um texto!
Eu tenho medo é dessas tantas pessoas “de bem” que comentaram aqui, kkkkkkkkkkkk. Imagina saber que eu convivo com tanta gente reacionária e imbecil por perto. Fico com medo. Pessoas que acham que não tem responsabilidade alguma em relação ao que acontece no mundo, pois “já temos muitos problemas particulares para resolver”, ehehehehehe… Segundo estas pessoas, “a culpa é exclusiva do governo”, kkkkkkkkkk. Afinal, “nós, classe média temos até um dinheirinho para viajar de vez em quando e não podemos perder tempo com estes problemas que não são nossos”, kkkkkkkkkk… Tenho medo destes fascistas, apoiadores da tortura, criminosos, apoiando medidas ilegais, apoiando linchamentos, sempre tão inteligentes e racionais, kkkkkkkk… Pegam alguns exemplos específicos e utilizam como se fossem a regra geral. E outra, ainda desejam o mal para os outros, “queria que você tivesse um revólver apontado para a sua cabeça, para ver se não mudava de idéia”. Eu, héin, tenho medo dessa gente. Que energia nefasta, energia do mal mesmo vinda deste tipo de gente que se autointitula “pessoas de bem”. Interessante, todos dentro dos seus apartamentinhos com medo da vida, da rua, do mundo, dos outros seres humanos, cuidando das suas crias, afinal todos “já tem muitos problemas particulares para cuidar”.
“Nós não temos responsabilidade sobre o que está acontecendo ao nosso redor.”
“Deixem que o governo cuida de tudo.”
“O governo é que é responsável por resolver estes problemas. Nós não temos responsabilidade alguma.”
“Fiquemos dentro dos nossos apartamentos, voltados para nós mesmos, com medo da vida e do mundo, esperando a morte chegar.”
“E no tempo livre a gente entra na internet e escreve uns comentários críticos esculhambando (e zoando e ironizando e desejando o mal) para as pessoas que fazem algo, pessoas que vão lá, lutam por um mundo melhor, escrevem, criticam o que está errado, e estão defendendo as leis (mas nós, pessoas “de bem” não gostamos de punir de forma legal – com o que está nas leis, nós só gostamos das formas ilegais e monstruosas, olho por olho – dente por dente, nós gostamos de vingança e sangue – somos da Idade Média).”
Se um dia uma nova Ditadura Militar se instalar em favor “da ordem” requerida pelas pessoas “de bem”, a gente já sabe quem serão os apoiadores, kkkkkkkkkkkkk. E são muitos.
Por muito menos eu me tornaria um adulto revoltado. Alguém aqui sabe o que significa ser chamado de bosta ou ser segurado pelo pescoço como um animal em meio à Av. Teodoro Sampaio às três da tarde numa quinta-feira? Alguém? Será que alguém aqui sabe o que é ser ameaçado de assalto ou morte por umas pivetadas dessas?? Alguém? Mais um discurso politicamente correto, leva pra casa então…
Sou um cidadão Paulistano e estou perplexo frente a alienação de oitenta por cento das pessoas que postaram seus comentários descabidos sobre o texto em questão. Pessoas que possuem um domínio da língua escrita e que portanto denotam certo grau de instrução e posição social, cidadãos que deveriam saber assim como eu sei que a lei é a cola do pacto social, o contrato que determina nossas relações e que torna possível a convivência entre os entes dessa sociedade. Ora, a lei deve ser o esteio de nossas ações, não as nossas emoções, se deixamos ser levados por nossos instintos temos instalada a barbárie, e é isso que vemos atualmente não é mesmo? Portanto, a questão não é saber se roubaram ou não roubaram, o fato é que apanharam e nesse momento ocorreu o crime. Sim caros senhores, os cidadãos que agrediram os meninos incorreram em crimes, os ditos policiais omissos incorreram em crimes também. Não vivem bradando que a PM é legalista? Pois bem, então que o seja! Muitas pessoas que manifestaram suas opiniões acima foram chamadas de facistas e coisa tal, não o são! São manipulados ora por seus instintos, ora por essa mídia perversa, tão detentora de poderes absolutos no que tange à comunicação. Mas afinal qual sua comunicação? Seu intento? Senhores por favor leiam mais e opinem menos e com mais qualidade, senão ficaram todos iguais à esse bufão do Datena e outros da corja dele, verdadeiros abutres que em nada contribuem à melhoria de nossa sociedade. Estamos vivendo tempos difíceis justamente porque nós os ditos cidadãos de bem não somos cumpridores e defensores da lei.Ana Paula você é uma das minhas muitas heroínas, vocês mulheres possuem uma capacidade maior de indignAção frente às injustiças.Pessoas que pensam e agem como a Ana: Vamos juntos fazendo a diferença!Quanto aos outros Comentaristas, vão lá assistir ao Datena e fazer côro ao seu discurso idiota, mas saibam que a culpa dessa barbárie é desse senso de justiça e aplicação das leis tão conveniente e flexível que vocês defenderam acima.
Dear Ana Paula, I am so glad that you went in that situation of humilization of the kids that we have to protect.
Thanks for your courage. I am in the same mission in Sao Paulo and in other places in Brasil to prepare people, society to understand what is going on and where we must act for the justice of GOD and his creation!!
Eu quero encontrar voce e compartilhar mais com voce sobre de visao e missao que eu entendo para protectar, cuidar as vidas abandonadas!! Muito obrigada para seu resposta!!
É triste ver o abandono dessas crianças,não temos uma política social que venha de encontro aos problemas que se arrasta anos após anos e os governantes só discursam olhando para o seu próprio umbigo.
Gente que horror !!!! – ADULTOS – ignorantes, ja ouviram falar daquela frase ( VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA ), como pode adultos instruidos,bem alimentados, que dormem em lugares confortavéis …nunca ajudaram alguém que precisa, nunca deram carinho ou nunca passaram necessidade …. não é possivel….
meu DEUS ilumine nossos caminhos.
EU SOU A FAVOR DE DISCUTIR MAIORIDADE PENAL, MAIS ANTES PORÉM VAMOS DISCUTIR DIVISÃO DE RENDA.PRQ ESSA MESMA ELITE QUE QUER DISCUTIR MAIORIDADE,PODERIA SE MOBILIZAR PARA DISCUTIR DIVISÃO DE RENDA.
Parabéns! Sua atitude serve como exemplo para tempos de uma agressividade tão cega.
Acho triste crianças passarem por isto. Passei por um problema com um menino de 11 anos, que entrou na minha casa, eu dormia, e ele passou o canivete no meu pescoço por pura maldade, por pouco não morri. Ele entrou por um vitro pra roubar. Hoje tenho problemas pra falar, faço um monte de tratamento. Sabe o que aconteceu com este menino hoje com 13 anos, NADA . Hoje está solto, possivelmente cometendo as mesmas atrocidades.
Simplismente paro,penso: Nenhuma crianca nasce criminoso(a)!- Entao quem pode responder porque há criminoso? O que fazer para previnir? Ninguém pode mudar o mundo.Mas cada um “pode”
mudar seu próprio mundo.Uma andorinha só nao faz verao! Nao é o presidente que pode mudar…Todos cidadoes tem responsabilidades:Votem em pessoas honestos,competentes de boa moral que realmente queria o bem do pais e do povo..Acabem com esse nacionalímo falso: Futebol,carnaval,praías,bonitas,e sem esquecer o fanatísmo religio que é atrazo no desenvolvimento.Desde crianca ouvia:Se nao chove é porque Deus quer.Você está doente é porque Deus quer.Você é pobre é porque Deus quer.Se há miseravéis é porque Deus quer.Tudo que acontece de ruim e nao presta é porque Deus quer.Quando é que vocês vao acordar e acabar de botar a culpa em Deus!?
Acho engraçado que todo o discurso revolucionário do esquerdista é ”esquecido” e ele argumenta com o ”apelem ao legislativo”. Hahahaha.
São meninos de rua? Se for a policia esta fazendo isso certo SIM, o erro esta o Instituo das criança e dos adolescentes que deveriam tira-las das ruas e educa-las. Uso um exemplo que aconteceu comigo: Uma vez estava eu em uma praça tomando uma cerveja com um amigo, quando chegou um garoto de aproximadamente 11 anos e me pediu dinheiro. Eu falei que não tinha, pq de fato eu não tinha mesmo e iria pagar a conta com cartão. Então o mesmo falou: Eu lhe pedi e vc não quer me da, se eu chegasse aqui, metesse uma arma na sua cara, vc iria me dar até o cú e outras palavras fortes que ele falou sem falar que o comportamento foi de um bandido profissional. Por fim ele ficou rodando ao lado da mesa e querendo pegar o meu boné ou o do meu amigo.Resumindo: Enquanto o Juizado de menores não os tirarem das ruas, a policia deve mostrar a eles o que é certo ou errado SIM enquanto não crescem e viram grandes bandidos. :p
“O papel da Polícia Militar é mediar conflitos.” (Sic)
Isso é para rir mesmo!
Pensava que a PM usava uniformes e não, toga!
Só mesmo em san paolo (como pronuncia Maria Lydia Flandoli)!
Obs. Escrevi o nome da cidade com letra minúscula, intencionalmente!
Cada vez mais tenho nojo de pertencer à raça humana …
Vocês colhem o que plantam , se maltratam uma criança , seja seu filho ou um pobrezinho largado na rua , estão plantando revolta e ódio .
Esses dias tive uma das melhores experiências de minha vida , estava andando na região da república em SP e um garoto que deve ter 13 ou 14 anos me pediu para pagar-lhe um lanche , como sempre faço , quando uma criança me pede alimento , se puder , nunca nego , prontamente o levei a uma barraca de lanches e paguei um sanduíche e um refrigerante para a criança .
Comecei a conversar com o menino , perguntei o porquê dele estar nas ruas , e a resposta já era o que eu esperava , problemas com familiares , ele não tem pai e o padrasto não o aceita …
Depois disto nos tornamos amigos e , sempre que posso passo na região em que ele transita para visitá-lo , converso , dou conselhos , tento ajudar como posso , é pouco mas se todos fizessem quase nada já seria o bastante para ajudar nossos semelhantes em pior situação , mas infelizmente a maioria só pensa em fazer o mal ou ignoram seus irmãos …
Inclusive , estou muito emocionado , pois a pobre criança até passou a me chamar de PAI , disse que chamam todos os mais velhos que os ajudam nas ruas de PAI ou Mãe …
Pensem bem antes de julgarem um morador de rua , principalmente uma criança que não está recebendo os cuidados , a educação , nunca tiveram um gesto de carinho dos próprios pais , passam fome , frio , são maltratadas pela sociedade , Pensem Bem …