No dia 11 de junho de 2013 foi realizada a manifestação contra o aumento da passagem no Rio de Janeiro. O ato teve como lugar de concentração o largo da Cinelândia e o trajeto tinha como o objetivo chegar a central. O ato que começou de forma pacifica e contou com mais ou menos 1000 pessoas teve seu trajeto interrompido pela polícia, que de forma arbitraria, deteve um manifestante. As pessoas que estavam manifestando se voltaram contra a forma arbitrária na qual a polícia deteu o rapaz e tentaram de alguma forma argumentar com os policiais, que responderam de maneira violenta. Logo após o episodio a tropa de choque da policia militar foi acionada, lançando bombas de gás de efeito moral nos manifestantes e, mais uma vez, nas pessoas que não faziam parte do ato que se encontravam na Av. Presidente Antonio Carlos, uma via estreita onde no horário, por volta de umas 18:00 horas, se encontrava muitas pessoas saindo de seu respectivos trabalhos, sendo agredidas e submetidas ao forte cheiro das bombas de efeito moral.

Após o ataque da policia os manifestantes fizeram barricadas afim de se protegerem e continuar o ato, essa, no entanto, não deteve efeito e a tropa de choque continuou avançando e abusando de sua autoridade fez detenções de pessoas que não estavam  no ato ou de manifestantes que agiam de maneira pacifica e ate de reportes que cobriam o ato.

A manifestação foi então para a Av. Presidente Vargas, onde a policia continuou agindo de maneira indevida com as pessoas que se encontravam em seu caminho. Neste momento o ato se desfez indo se reagrupar frente na delegacia localizada na Av. Presidente Vargas, onde o grupo pedia a liberação das pessoas que já haviam sido detidas. O grupo continuou em marcha pela avenida, vindo a se encontrar com outro grupo, retomando assim a manifestação que mais uma vez ocupava duas pistas que iam em direção a área nobre da cidade. Tal ocupação contou com o apoio de motoristas de ônibus que mostravam se entusiasmados com a manifestação. Mais uma vez a tropa de choque foi chamada e dispersou o grupo, sendo visto mais detenções feitas de maneira violenta e arbitraria, cercando os manifestantes e os ameaçando, apontando suas armas de bala de borracha para a cabeça de alguns manifestantes.

A manifestação teve mais ou menos 31 detidos sendo que 10 menores de 18 anos, na sua maioria levados para a Quinta D.P. onde estes, de maneira solidária, se concentravam para demonstrar apoio aos detidos, fazendo ate uma “caixinha” para ajudar a pagar a fiança de um manifestante, o único que iria precisar desta, pois os outros manifestantes foram liberados depois de horas detidos não precisando pagara esta.

Mais uma vez o que se foi visto, foi um abuso da força e o total despreparo dos policiais que botaram em risco varias vidas, ate de pessoas que não estavam participando do ato, atirando balas de borracha e bombas de efeito moral de uma maneira que não prezava pela segurança de nenhuma pessoa que passava perto da manifestação ou participava desta.

1 COMENTÁRIO

  1. Aqui em São Paulo não é diferente. Na última terça-feira, eu estava presa no trânsito em plena Praça da Sé (local onde ocorria a manifestação) e, indubitavelmente, o que me deixou apavorada foi a ação da PM, os manifestantes estavam “na boa”, mas, quando se quer protestar por direitos e se é recebido com bombas de efeito moral, armas com balas de borracha e policiais violentos, muitos perdem o controle. Os confrontos sempre aconteceram após a PM agir com truculência. Não dá para criminalizar o movimento como um todo tendo como base uma parcela.
    “O que vimos foi uma ação policial baseada na truculência e na violência, o que constituiu um abuso contra as liberdades democráticas e um ataque violento à liberdade de imprensa”:
    http://www.diariodeguarapuava.com.br/noticias/brasil/2,28011,12,06,jornalista-do-portal-aprendiz-e-preso-durante-manifestacao-no-centro.shtml
    Em 2011 petistas afirmaram que as planilhas dos gastos com transporte público estavam superfaturadas… “Kassab não justifica PLANILHA CONTESTADA POR VEREADORES DO PT… 8 de abril de 2011, cerca de 150 manifestantes do Comitê de Luta Contra o Aumento de Tarifa realizaram 0 11º movimento do ano”…
    http://transporteparatodospoa.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html
    Resta-nos parabenizar os Srs. Haddad e Alckmin pelo belo trabalho de repressão da polícia, por ouvirem o povo, por defendê-lo e por se preocuparem tanto com a mobilidade urbana no município de São Paulo (LOL), lembrando que hoje, parte da CPTM está em greve.
    Depois de presenciar a guerra que foi o último protesto, ainda me resta um pouco de esperança num futuro melhor, por ver que a maioria dos que estavam ali reunidos era composta de jovens lutando pelos direitos da população. Não faz lembrar os relatos dos movimentos estudantis nas décadas de 60 e 70?

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