ESCLARECIMENTO SOBRE A REINTEGRAÇÃO DE POSSE DO CAMPUS DA UNESP DE RIO CLARO

 

Há dois meses que o Movimento Estudantil da UNESP vêm lutando para que a Universidade Pública cumpra com a sua responsabilidade social. Para que a mesma possa atender os filhos da classe trabalhadora como merecem: com dignidade e plena realização do que é de direito do povo. Por uma Universidade que não discrimine aqueles que a adentraram pela cor da pele e que se distancie cada vez mais das práticas asquerosas e valores vazios desse Estado burguês e totalitário.

Nos colocamos em luta em todo o estado de São Paulo. Mostramos nossas forças. Ocupamos a reitoria, ocupamos as direções locais dos campi da UNESP, avançamos nas nossas pautas e mostramos ao Governo do Estado de São Paulo e a reitoria que o Movimento Estudantil nunca dormiu. Temendo a nossa organização e sendo esse Estado o detentor do aparelho repressivo e do uso da força brutal da polícia para reprimir e silenciar aqueles que se colocam em luta, como é de praxe, mais uma vez foram usadas essas armas contra estudantes que se contrapõem as políticas sectárias e fascistas desse Governo, dessa reitoria e de todos aqueles que as incluem na sua prática pelo fato de estarem privilegiados pela estrutura de poder (70/ 15/ 15).

No campus de Rio Claro deliberamos Greve dos estudantes a aproximadamente dois meses, ocupamos um bloco de aulas do Instituto de Biociências (IB) e mais tarde foi ocupado mais um bloco de aulas, esse do IGCE, e mais recentemente a ocupação foi transferida para a direção do Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Como bem coloca Louis Althusser, a ideologia se dá na prática. Durante nossa greve, docentes  ameaçaram de morte, repressão policial e processo administrativo, coagiram e agrediram estudantes grevistas. Mais adiante, os diretores dos dois Institutos fecharam o diálogo para as negociações, difamaram o nosso movimento enviando para toda a comunidade acadêmica uma porção de relatos e acusações falsas via e-mail institucional de forma a prejudicar o nosso diálogo com a nossa e as outras categorias.  Até que ontem (04/07) recebemos a ordem de reintegração de posse de todos os prédios do campus da UNESP de Rio Claro, a qual, além de nos atacar, criminalizava quatro companheiros de luta. Sendo que as acusações presentes no processo não passam de uma arbitrariedade da UNESP para esconder a perseguição política que existe atrás dos muros da Universidade. Mais uma vez os gestores da Instituição, na qual se “produz o conhecimento” deixaram claro qual ideologia a que suas práticas servem.

Durante a tarde de hoje (05/07) por volta das seis horas, a Polícia Militar (convidada pelos nossos ”queridos” gestores) entrou no nosso campus para nos expulsar de um espaço que é nosso e de todo o povo por direito. Não houve nenhum tipo de enfrentamento. Desocupamos o prédio. Recuamos, porém não cedemos!

Rio Claro, 05 de julho de 2013.

 

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