Hoje membros de cinco ocupações do Grajaú (Recanto da Vitória, Jd. da Luta, Jd. da União, Anchieta e Moraes Prado) e outros manifestantes se reuniram no campão da Bola Branca bem cedo e seguimos em marcha pela Av. Dona Belmira Marin. O protesto foi parando em vários pontos para passar o recado e mostrar as reivindicações à população do Grajaú.

Manifestamos nosso repúdio ao despejo que ocorreu na última sexta-feira, na ocupação Jd. da União, num terreno da Prefeitura de São Paulo (destinado à moradia social há muitos anos), localizada no Itajaí. Também protestamos contra os processos de reintegrações de posse da Ocupação Recanto da Vitória e do Anchieta, e para dizer que as declarações da Prefeitura de São Paulo sobre as ocupações não procedem. Não somos oportunistas, não queremos “furar a fila” dos cadastros nos programas habitacionais, até porque muitas das famílias ocupantes já estão cadastradas há mais de duas décadas nas imensas listas da Cohab e CDHU. Cabe repetir: nossa reivindicação é mais do que legítima, e a solução não virá com repressão, mas com investimentos que garantam as moradias às famílias ocupantes, nos terrenos ocupados.

Decidimos em assembleia parar a entrada do terminal Grajaú e depois seguir para a Subprefeitura, travando por um tempo a avenida Teotônio Vilela, na altura do Passa Rápido do Rio Bonito. Ao chegar na Subprefeitura, fomos recebidos com insultos e ameaças por parte de funcionários, e fomos intimidados por membros da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Depois de muita confusão, a Subprefeita ouviu as reivindicações, assim como as denúncias de abusos e agressões, tantos nas ocupações, quanto na chegada à subprefeitura. Infelizmente não saímos com nenhuma resposta concreta, mas fizemos um ato bem bonito, e voltamos às ocupações com o compromisso de insistir na luta, que é o único caminho para conseguirmos nossas moradias, e muitas outras coisas que necessitamos.

Rede de Comunidades do Extremo Sul

6 COMENTÁRIOS

  1. VOCÊS ESTÃO CERTOS E TEM O MEU APOIO!!!! VOU ESPALHAR AS REENVINDICAÇÕES DE VOCÊS PELA NET!!!

  2. SOU DO GRAJAÚ, E VIVENCIO AS DIFICULDADES DAS FAMILIAS QUE MORAM NAS IMEDIAÇÕES, SEJAM EM CASAS ALUGADAS, SEJAM EM LUGARES IMPROVIZADOS. PESSOAS QUE PAGAM SEUS IMPOSTOS E MERECEM MORADIAS DIGNAS. APOIO AS MANIFESTAÇÕES DOS MORADORES DO GRAJAU. VEJA O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e À PROPRIEDADE. QUERO RESALTAR QUE O QUE AS PESSOAS CHAMA DE PROPRIEDADE É APENAS 5X25 OU SEJA 125M² DE TERRA PARA CONSTRUIR SUAS CASAS.

  3. Para compartilhar com os interessados, hoje a Prefeitura de São Paulo tem um Programa Habitacional e o compromisso de construir 55 mil unidades habitacionais, na região da subprefeitura Capela do Socorro serão mais de 16 mil unidades, sem contar as entidades habilitadas pelo Ministério das Cidades que podem contruir através do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades.
    Uma informação importante é que muitas das pessoas que pagam aluguel em nossa região pagam para pessoas que no passado queriam so “um cantinho pra morar” e acabaram fazendo casas para alugar onde em muitas das vezes invadiram e ocuparam áreas publicas. Pergunto isso é justo? Isso deve continuar?

  4. Arlindo do Amaral Wandelê, como supervisor da Habitação da Subprefeitura da Capela do Socorro, faz seu papel de nos informar sobre políticas públicas planejadas para a região. No entanto o faz de maneira vaga, sem prazos de execução das obras, nem critérios de atendimento à demanda de moradia, colocando-se contrário a qualquer possibilidade de diálogo sobre a legitimidade da demanda apresentada pelas famílias que estão na luta direta por moradia, debaixo de lonas pretas, morando de maneira precária nas ocupações. Em reunião com a Secretaria de habitação fomos informados sobre a indefinição dos critérios para o atendimento habitacional nas obras previstas, o que, em tese, colocaria a possibilidade de discuti-los.
    Além disso, é a própria política habitacional que está sendo questionada: muitos ocupantes estão cadastrados nos programas habitacionais há uma ou duas décadas e a situação da moradia se agravou muito depois dos despejos em série executados em troca da bolsa-aluguel. Essa política é causadora de um verdadeiro barril de pólvora, uma vez que fez aumentar o valor dos aluguéis na região, que em conjunto ao aumento geral do custo de vida, torna a situação das famílias insustentável.
    Os despejos não param de acontecer em nossa região, e continuam com o mesmo procedimento da gestão anterior: casas são marcadas sem nenhuma informação aos moradores, causando desespero às famílias, a execução do despejo se faz com terrorismo da gestão pública e dos agentes das empreiteiras, e se dão em troca do auxílio aluguel de 400 reais mensais e uma folha de papel que é um compromisso de atendimento habitacional…quer dizer, além das 1.200.000 famílias cadastradas na cohab, há outro cadastro, de pessoas vivendo de maneira precária, por conta da própria política habitacional, que na verdade favorece a especulação imobiliária e as grandes empreiteiras – as mesmas que pagam as campanhas dos políticos partidários.
    O resultado da política habitacional praticada é que nós, moradores da periferia, não acreditamos mais em políticas habitacionais que estão nos bonitos planos de governo. Nem vamos esperar que o orçamento público volte-se para os investimentos como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, Parques Lineares, ou para o Aeroporto de Parelheiros, para depois, o resto, ser voltado à periferia, que está sendo massacrada cotidianamente. Como temos repetido inúmeras vezes, as ocupações no Grajaú aconteceram de maneira espontânea, mostrando que é desnecessária a prática paternalista de dizer o que o povo deve ou não deve fazer para conquistar o que precisa para viver.
    Cabe ainda dizer que os bairros do Grajaú foram sim construídos pelos próprios moradores, em ocupações há algumas décadas, como todo bairro periférico. Mas a maioria delas foi feita por meio de loteamentos clandestinos feitos por grileiros, mancomunados com juízes, políticos locais e outros parasitas (qualquer semelhança com o que ocorre hoje não é mera coincidência).
    Infelizmente as únicas respostas que tivemos da Prefeitura foi a criminalização e o rótulo de oportunistas, como se os ocupantes quisessem “furar a fila” dos cadastros. A luta está só começando, e grandes mudanças são coisas que acontecem na prática, e, portanto, não se fazem com leis, decretos e programas no papel. Todo poder ao povo!

  5. Eu sou do Jardim Maria Rita,proximo ao SESC Intertlagos,e faz anos que estou escrita na minha casa minha vida,e nada,é só comercila na tv e nada,des de 20006 estou escrita e nada ,eu e minha irmã,estamos na luta indo em reuniões e nada.Quem quiser meu apoio e de minha familia estamos juntos,sou guerreira,e temos que ser todos juntos.

  6. PROGRAMA HABITACONAL PARA A CIDADE DE SÃO PAULO.

    O COMPROMISSO DESSA GESTÃO É CONSTRUIR 55 MIL MORADIAS NA CIDADE DE SÃO PAULO ATÉ 2016.
    ESSAS MORADIAS SERÃO CONSTRUIDAS ATRAVÉS DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA,

    PARA CONCORRER É NECESSÁRIO A INSCRIÇÃO NA FICHA DA DEMANDA DA COHAB-SP QUE PODE SER FEITA ATRAVÉS DO SITE http://WWW.COHAB.SP.GOV.BR/DEMANDA OU NA SUBPREFEITURA.

    NA REGIÃO DA SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO ESTÃO EM PROJETO 16.107 UNIDADES HABITACIONAIS COM PREVISÃO DE ENTREGA A PARTIR DE 2015.

    OUTRA POSSIBILIDADE DE HABITAÇÃO É O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA ENTIDADES, ONDE AS ENTIDADES SÃO HABILITADAS PELO MINISTÉRIO DAS CIDADES E PODEM CONSTRUIR HABITAÇÕES PARA AS PESSOAS CADASTRADAS PELA ENTIDADE.

    DOCUMENTOS PARA INSCRIÇÃO:

    TER RENDA FAMILIAR DE ATÉ R$ 1.600,00, RG, CPF, CONPROVANTE DE RESIDENCIA COM CEP, EMAIL (obrigatório), NIS (número de inscrição social), RG e CPF DAS PESSOAS QUE MORAM NA CASA

    PREFERENCIA PARA:

    IDOSOS,
    PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS e
    MULHERES CHEFE DE FAMILIA

    OBS: Caso não possua o numero do NIS(mesmo numero do Bolsa família), procurar o CRAS da sua região para fazer o CADASTRO ÚNICO.

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