A sua categoria, dos técnicos-administrativos, já estava em greve na universidade onde ela trabalhava quando foi convidada a participar de uma reunião junto aos dirigentes nacionais da federação dos respectivos sindicatos. Na reunião, quando percebeu que esses dirigentes discutiam se a federação apoiaria ou não a greve, fez questão de falar o seguinte: “Mas espera aí! Vocês não ganham para nos defender? Como é que ainda estão discutindo se vão ou não apoiar a greve? Nós já estamos em greve! Vocês vão ficar de fora?” Vários deles se inscreveram rapidamente, para perguntar de onde ela era, se era filiada ou não, se há tempos acompanhava o movimento sindical…. E tentaram explicar que sempre foi assim, que tudo devia ser sempre discutido, que isso era democracia, que era o normal quando se busca propostas pró-ativas, coletivas, classistas, revolucionárias… De modo que ela voltou completamente desanimada. Nunca mais participou de reunião alguma, assembleia ou coisa do tipo. E só não se desfilia porque teme um dia precisar de advogado, não ter dinheiro para pagá-lo e o sindicato negar o serviço caso ela esteja desfiliada. Passa Palavra
Pois se engana a pessoa. Nem para fins jurídicos servem os sindicatos. Quando você precisa, eles não te atendem. E quando agem, ficam geralmente do lado dos patrões. Nunca confie em advogado de sindicato. Qualquer patrão os têm no bolso em troca de uma gorjeta.
Um Flagrante delito, digamos, visual:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL5768-5603,00-CHINA+FINGE+REFLORESTAMENTO+COM+TINTA+VERDE.html
De uma leitura sobre as derrotas na Alemanha 1918-21: a democracia e a repressão funcionavam a todo vapor.
Em 1918-21, e não só na Alemanha, a democracia foi “o ventre fecundo que pariu a besta”.
Desde então, o que era tragédia tem sido reeditado [como farsa, segundo Marx] inúmeras vezes.
Sensacional notícia Pablo.
Não é de hoje que tenho a impressão que a China é o país que melhoro entende a lógica do capitalismo, e se insere nela sem pudores: isso vai desde o tratamento que dá aos trabalhadores, passando pelas cidades-fantasma, e agora essa ‘lavagem verde’.
Queria que o Baudrillard estivesse vivo para ver isso, embora isso não entre no que ele chamaria de simulação. Nesse caso há uma distinção entre um falso e um real.
Acho que ele nunca comentou nada sobre as cidades chinesas que são construídas mesmo sem ter ninguém para habitá-las. Não acho que possam ser explicadas pelo simples planejamento. Há uma lógica econômica por trás.. da produção pela produção.
Pós-moderno & novidadeiro militante, Baudrillard lançaria o hipersimulacionismo ou Dreckeffekt Potemkin.
É verdade Leo Vinicius, a China entendeu bem a lógica da produção capitalista, mais ainda que os USA, que focam mais na produção destrutiva (não que a China não o faça, mas parece que o foco no complexo industrial-militar por hora é menor que a primazia dada a este pelos yankies).
Acho que ainda veremos muita coisa que interessaria o Baudrillard etc. Dá uma olhada nesse rango:
http://www.youtube.com/watch?v=g8gJOCwBuFc#t=130
2001, um odisséia espacial…
EM 1918-1921:
Da vitória da revolução russa dependia a vitória mundial do proletariado. Ora, a vitória da revolução social na Rússia dependia da [ou de alguma] tomada do poder pelo proletariado na Europa e/ou nos EUA.
A questão, dialeticamente formulada, é: a revolução [social] russa e a vitória mundial do proletariado são dois momentos do mesmo processo cosmo-histórico. Implicam-se e se determinam reciprocamente como dois elementos duma mesma totalidade – ou melhor: como a totalidade (processo histórico-mundial) e um de seus elementos (a revolução “russa”). Portanto, a vitória mundial do proletariado dependia da vitória da revolução “russa”, que dependia da tomada do poder pelo proletariado no ocidente.
A revolução só se tornou russa [digamos, sem aspas] com a derrota do proletariado (russo & mundial) na Rússia. Derrota que começou com o golpe de estado bolchevique e a reestruturação capitalista na Rússia, com sequelas contrarrevolucionárias: fascismo na Itália, nazismo da Alemanha, esmagamento do proletariado espanhol, II guerra imperialista mundial etc.