Ocupar, Resistir e Produzir

Um duro conhecimento que adquirimos no dia a dia, e que muitas vezes tentamos ignorar, para não cairmos no desalento, é que não somos senhores da nossa própria existência. Que influência a gente tem em relação a coisas tão importantes de nossa vida, como o tipo de educação que nossos filhos recebem, ou o tipo de atendimento médico que recebemos quando estamos doentes?

Deixamos tantas coisas sob o controle das empresas e do Estado, e qual é o resultado? Uma escola que mais parece uma prisão, um hospital que mais parece um matadouro, um sistema de transporte que nos massacra, um emprego que nos escraviza, e por aí vai.

Estamos aprendendo que se quisermos nos libertar dessa imensa teia de opressões, a luta pela moradia deve se desdobrar em várias outras. Os muros e cercas que protegem imensidões de terras abandonadas e nos impedem de ter acesso a uma moradia digna são semelhantes aos que nos acorrentam à batalha cotidiana pela sobrevivência, ao trabalho árduo, à submissão, e à insegurança sobre o dia de amanhã.

Para nós, a luta pela moradia significa acabar com o império das empreiteiras e do lucro, tomando em nossas mãos a responsabilidade pela produção de nossas casas e das comunidades, como uma tarefa coletiva. E como uma comunidade não é feita apenas de casas, temos nos esforçado para encarar vários outros desafios, ainda que de modo muito humilde e modesto. Um deles é a questão da geração de renda, e nesse sentido um conjunto de pessoas estão se esforçando bastante para consolidar nossa Cooperativa de Costura, um espaço de trabalho auto-organizado, sem patrão, onde todos ganham igual, de acordo com as horas trabalhadas, e onde todos são responsáveis pelo planejamento e pela tomada de decisões.

Diversos produtos como toalhas, bolsas, camisetas já estão à venda, e a Cooperativa está recebendo encomendas. Todo apoio a essa iniciativa é muito bem-vindo. Confiram a página da Cooperativa de Costura no facebook (aqui), e ajudem a divulga-la! Todo Poder ao Povo!

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