O movimento sugere que a conversa com a Prefeitura seja diante de todos e todas. Por Passa Palavra
Três moradores do Marsilac, extremo sul de São Paulo, estão acorrentados neste momento dentro da Prefeitura. Eles exigem uma reunião com o prefeito Fernando Haddad para garantir a implementação imediata de uma linha de ônibus na região do Mambu até o Marsilac. Do lado de fora, um grupo de moradores protesta e a garante que a cada meia hora sem resposta mais uma pessoa irá se acorrentar.
Os representantes da Prefeitura insistem em uma reunião com membros da SPTrans (São Paulo Transporte, a municipal autárquica destinada a gerir o sistema de transporte público por ônibus) e com a secretária de Relações Governamentais, exigindo em troca o desacorrentamento dos manifestantes. Ainda assim, as pessoas acorrentadas insistem que querem a presença do prefeito.
Acostumados a outro tipo de manifestação, o chefe de gabinete da Secretaria de Relações Governamentais e assessores, polidamente, dizem que a “forma correta” de fazer uma negociação, como tem sido feito com todos os movimentos durante esta gestão, é com a formação de comissões. Já o movimento sugere que a conversa com a Prefeitura seja diante de todos e todas, tanto dos que estão acorrentados quanto daqueles que estendem faixas e protestam na frente ao prédio da Prefeitura.
Para mais informações da luta na região veja aqui, aqui e aqui.
Atualizações
• Em conversa com o conjunto dos manifestantes, o movimento contrapropõe que compareça alguém da Secretaria de Transportes e que os acorrentados permaneçam durante a reunião com a comissão.
• Inspetor da Guarda Civil Metropolitana informa que o secretário-adjunto da Secretaria de Transportes está a caminho.
• Nesse momento, 5 representantes dos moradores entram para se reunir com secretário-adjunto dos Transportes e o chefe de gabinete da secretária de Relações Governamentais. O acorrentamento continua.
Encerrada a reunião. Os cinco representantes relatam que, durante a conversa, a Prefeitura reiterava o argumento do entrave ambiental para a implementação das linhas
Esse argumento foi rebatido pelos moradores, que, após consultarem a Secretaria do Meio Ambiente, obtiveram como resposta que a questão não competia a ela, e sim à municipalidade. Frente a isso, a Prefeitura se comprometeu a dar início aos procedimentos para implementação da linha em 20 dias, assim que tiver a confirmaçäo da Secretaria do Meio Ambiente. Os termos mais detalhados sobre a efetivaçäo das linhas devem ser ainda ajustados em conversas na comunidades. Dentre os pontos pendentes estão os horários, a tarifação e os itinerários. Em rápida assembleia, moradores decidiram que após receber a ata da reunião encerrarão o acorrentamento.
interessante relato em meio aos debates atuais no site a respeito de reuniões entre movimentos sociais e poderes públicos.
TODO O PODER EMANA DO POVO E O POVO TEM QUE SER OUVIDO E ATENDIDO.
NÃO AS REMOÇÕES PERMANÊNCIA JÁ
Acho particularmente interessante por ser uma demonstração prática do tipo de reunião que não implica em uma burocratização do movimento.