“Eu juro pra vocês, dou a minha palavra de honra”, disse o presidente da empresa estatal, com lágrimas nos olhos, “se vocês acabarem com essa greve hoje, vão ter tudo que vocês pediram pra categoria, mais estabilidade e tudo mais” – agitando os braços exasperado – “só acabem agora”. Os sindicalistas se entreolharam, havia pouco motivo para acreditar na promessa simplesmente oral. Por que ele cumpriria? Mas algo, não sabiam bem o quê, os fez acreditar. Saíram para uma assembleia mobilizada depois de mais de um mês de luta. Até então, tinha havido pouca negociação. Defenderam o fim da greve sob uma chuva de críticas da chapa de oposição e de vários trabalhadores comuns. Deliberou-se naquele dia pelo fim da greve. Ainda hoje os salários dessa empresa estão entre os maiores do estado, os trabalhadores têm estabilidade e, na época, ficaram entre os poucos que conseguiam aumentos mensais acima da inflação galopante. Greves daquele tipo, não vê mais. Passa Palavra

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