Contra a perseguição aos servidores de Taboão da Serra

Em junho deste ano (2014), o funcionalismo público de Taboão da Serra (SP) realizou uma greve histórica por 20 dias. A greve foi motivada pelo ausência de reajuste salarial, ausência de vale-transporte, pelo pedido de aumento do vale alimentação (hoje fixado em R$164,00), além da ausência de plano de saúde. A mobilização conquistou o abono salarial de R$100 a R$200 reais aos trabalhadorxs das faixas salariais menores e unificou setores variados do funcionalismo, entre professoras, assistentes sociais e usineiros. Dentre as muitas denúncias feitas pelos grevistas está o Programa de Aperfeiçoamento Profissional, os trabalhadorxs que fazem parte deste programa são conhecidxs como PAPs, estes recebem uma bolsa num valor inferior a um salário mínimo (hoje R$460,00), para fazer cursos e trabalhar para a prefeitura de Taboão da Serra, por contrato, ou seja, sem vínculo com a prefeitura e sem direitos trabalhistas. Ao término da greve, que era composto majoritariamente por mulheres, algumxs grevistas foram perseguidxs pela prefeitura. Agora, a prefeitura de Taboão da Serra está expondo a característica mais cruel do atual governo municipal: o ataque, a perseguição e coação às lutadorxs. Chegando inclusive a mover um processo administrativo contra a professora Sandra Fortes. E promovendo o medo, realizando ameaças veladas e descontando pontos na avaliação anual devido aos dias de paralisação. A avaliação anual é realizada pelo superior livre nomeado e desta nota depende a carreira do funcionário, inclusive seu salário. Esta prefeitura não respeita sequer a data base dos trabalhadorxs e seus direitos mais básicos, se negando a negociar e fazendo ataques caluniosos, individualizando e punindo aquelxs que estão em luta. Nos solidarizamos com a luta dxs funcionárixs municipais de Taboão da Serra.
Convocamos a tod@s para um ato em solidariedade @s trabalhadores do funcionalismo público de Taboão da Serra para um ato em frente à Câmara Municipal, dia 28 de novembro às 18 horas.

2 COMENTÁRIOS

  1. Só uma correção: o salário mínimo é R$ 724,00. Bom, isso não altera o todo da notícia.

  2. Victor, penso que o valor se refere ao montante da bolsa e não ao salário mínimo.

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