O cenário foi substituído por vielas, escadarias, morros da zona sul de São Paulo. Percebia-se o sentido político da ação dos manifestantes, e como essa ação fazia sentido para os moradores. Por Passa Palavra

No fim da tarde de sábado teve início mais um ato contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo.

Essa luta não passou pelos grandes prédios da Paulista, nem percorreu lugares históricos do centro da cidade.

O cenário foi substituído por vielas, escadarias, morros da zona sul da cidade.  Passou por lugares que não possuem asfalto, onde não chega água da Sabesp, em que sequer passam linhas de ônibus.  Nem a ostensiva – e constante – presença militar se fez presente.

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Também não houve milhares ou centenas de manifestantes. Animados pela bateria da Fanfarra, menos de 50 pessoas foram distribuindo panfletos de mão em mão, conversando sobre os problemas do transporte na região e sobre o absurdo aumento.

Desse modo, a curiosidade inicial dos moradores foi dando passo para falas de indignação, nas quais “R$ 3,50 é um roubo” foi exclamada diversas vezes. O apoio da comunidade foi uma constante, em cada esquina, em cada morro, em cada comércio e residência que esteve no trajeto.  Percebia-se o sentido político da ação dos manifestantes, e como essa ação fazia sentido para os moradores.

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A população do M’Boi Mirim foi convidada para uma reunião aberta da luta do transporte neste domingo, 01/02, às 15h no CEU Vila do Sol.

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O ato se encerrou num clima contagiante de alegria na Ocupação Terra Prometida.

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E com a convicção de que a periferia também está se organizando, de leste a oeste, de norte a sul.

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