Há cada vez mais relatos de mobilizações estudantis se espalhando nas bases da capital e do interior. Poderá a luta dos trabalhadores da educação ao menos ensaiar formas de extrapolar o objetivo salarial e se ligar com as demandas dos estudantes e das comunidades que rodeiam as escolas? Por Passa Palavra

Para os crédulos, a sexta-feira 13 do mês de março de 2015 não ficou à mercê dos azares proporcionados pelo acaso. Cansados das péssimas condições de trabalho, os professores da rede estadual de São Paulo decidiram pela greve por tempo indeterminado numa assembleia que reuniu cerca de 15 mil trabalhadores no Vão do Masp, na Avenida Paulista.

Não se pode dizer que a coincidência entre a data da assembleia e a dos atos convocados país afora pelas organizações governistas em contraposição à marcha da direita no dia 15 tenha sido mero acaso. Estaria essa greve, já de partida, condenada à sorte premeditada pela direção majoritária do sindicato, ligada à CUT? Ou é ainda possível que, para azar das burocracias, o movimento possa conseguir escapar do roteiro e ir além do mero teatro político, avançando os trabalhadores?

Greve dos professores

Visando não editar as reivindicações da categoria, segue imagem do boletim do sindicato lançado no mesmo dia 13, que encontra-se aqui.

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Um primeiro levantamento realizado no dia 16 de março apontava a adesão de 20% dos professores. Tendo em vista a ausência de trabalho de base no cotidiano escolar, não é de se estranhar a pouca participação da categoria na fase inicial de mobilização. Quase um mês depois, dados otimistas falam numa paralisação de 60%.

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Cartaz na E.E. Levi Carneiro, extremo sul

Colhendo aquilo que plantou, a tão aclamada “Política Salarial inédita” da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo deu resultados. Com reajustes anuais de aproximadamente 7%, não há margem para ganhos reais de salário. Escolas cada vez mais sucateadas, superlotação das salas de aula e a “duzentena” aos professores da categoria “O” (professores que realizaram dois anos de contrato devem ficar 200 dias sem lecionar) são somente alguns exemplos que assolam o cotidiano dos trabalhadores do magistério. Muitos professores que se efetivaram no ano de 2014 perceberam que a pretensa estabilidade do serviço público está navegando em maus lençóis.

Porém a maioria dos professores não está calada: de semana em semana, o movimento vem crescendo. A segunda assembleia, em 20/03, reuniu aproximadamente 40 mil na Paulista. A partir de mobilizações espalhadas entre as diversas subsedes do Sindicato, no dia 27/03 a terceira assembleia reuniu mais de 50 mil professores.

Aquilo que era para ser somente um chamariz visando o desgaste político do governador Geraldo Alckmin (PSDB), vem ganhando corpo na base do professorado que compareceu em grande número na última assembleia, em 02/04. Os questionamentos ficam acerca dos rumos tomados por este contingente – enfurecido com seu cotidiano laboral – nas ruas. Importante sinal apareceu no ato desse dia, quando a massa de professores escolheu, à despeito dos apelos da presidenta do Sindicato para que votassem em outro trajeto devido ao risco de repressão, marchar até a Secretaria de Educação pela Avenida 23 de Maio. Anúncio de revés para as burocracias?

Seguindo uma frase encontrada no boletim já citado: “A luta não é da direção do Sindicato, pois o Sindicato somos todos nós e a luta é de todos em defesa da escola pública”. Resta saber a veracidade desta citação no decorrer da história.

Estudantes protestam na E.E. José Vieira de Moraes, no Rio Bonito, zona sul

Greve dos estudantes?

É comum, nas greves, que professores tentem organizar atividades junto aos alunos e à comunidade escolar para apresentar as pautas e motivos do movimento. Mas igualmente comum é que tais encontros acabem reduzidos a simples procedimento informativo ou, se mais, um espaço de discussão encerrado em si próprio – muitas vezes não por falta de empenho dos professores, mas pelo desânimo geral em lutar. Que sorte levará, desta vez, tais iniciativas para além do comum e fazê-las avançar para uma mobilização concreta de apoio?

O fato é que nas últimas semanas aparecem cada vez mais relatos de mobilizações estudantis se espalhando nas bases de escolas da capital e do interior. As táticas variam: assembleias nos pátios, marchas de rua, piquetes nos portões, boicotes em sala de aula, paralisações letivas. Em algumas escolas, mesmo onde muitos professores não aderiram à greve, tem sido os alunos a decretar “greve estudantil” (parece ser o caso da Escola Estadual João Dias, no Tatuapé, por exemplo). Nas redes sociais, circula uma foto em que estudantes da E.E. Julio Mesquita, em Campinas, sentam-se de costas para a lousa e de cabeça abaixada para sabotar as aulas dos professores fura-greves e substitutos chamados pelo Governo. No dia 01/04, os estudantes da E.E. São Paulo, no Parque Dom Pedro, não subiram para a aula após o intervalo da manhã. Apesar de todos os professores de lá estarem trabalhando, os alunos paralisaram a escola para apoiar a luta da categoria como um todo e chamaram, para o dia seguinte, uma assembleia para definir as pautas de reivindicação.

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Protesto de estudantes da E.E. Anhanguera, na Lapa

O que explica agora essa efervescência estudantil em meio a esta greve dos professores? Há, sem dúvidas, uma maior disposição de luta após junho de 2013. Mas, objetivamente, deve-se considerar que os cortes de verba aplicados pelo governo impactaram diretamente no cotidiano dos alunos nas escolas, agravando um cenário que já era crítico, com fechamento de turmas e períodos letivos, a superlotação de classes, a falta de recursos básicos como papel higiênico e água. A revolta estudantil aparece nesse cenário de forma quase espontânea, e não como uma resposta a alguma convocatória. Um desafio, então, é que essas agitações que se desenvolvem dispersas em cada colégio e em cada região saiam do isolamento mútuo e consigam travar contato. Só assim será possível dar corpo a uma mobilização geral articulada, com pautas próprias que não amarrem a luta dos alunos à reboque da dos professores.

No dia 19/03, primeira semana da greve, um grupo de estudantes da E.E. Luís Magalhães, zona sul da capital, deixou o colégio em marcha pela Estrada do M’Boi Mirim em direção à escola mais próxima, E.E. Lins do Rêgo, onde chamaram mais alunos para se somar à passeata em apoio à greve dos professores. O mesmo grupo convocou pela internet um segundo ato pela educação para a quinta-feira seguinte, 26/03, e reuniu quase cem pessoas de várias escolas no Largo do Piraporinha. No mesmo dia, em outra parte da zona sul, ocorria outro ato de estudantes na Avenida Sabará, organizado pelo grêmio da E.E. Eusébio de Paula. Mais cedo, estudantes da E.E. Martins Pena, no bairro de Cidade Ademar, impediram que professores fura-greves entrassem no colégio.

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Protesto de estudantes em Bauru, no interior de São Paulo

No dia 28/03, um grupo de alunos da E.E. Anhanguera, na Lapa, parou as aulas e marchou pelas ruas do bairro em direção à E.E. Pereira Barreto. No dia 01/04, fizeram um novo ato. Também centenas de estudantes da E.E. Zuleika de Barros, na Pompeia, paralisaram as aulas com um protesto no pátio, que em seguida tomou a avenida. A Polícia Militar logo entrou em ação e atacou os manifestantes, batendo em um jovem com cassetetes. Na manhã do dia 07/04, foi a vez dos estudantes da E.E. José Boanova, no Alto da Lapa, pararem sua escola.

No dia 31/03, estudantes da E.E. José Porphyrio da Paz, na M’Boi Mirim, pararam as aulas para um protesto por melhorias na estrutura da escola. A reação da diretora do colégio foi chamar imediatamente a Polícia Militar para reprimir a mobilização. Rendidos na parede, os estudantes foram revistados, ofendidos e agredidos pelos policiais, que seguiram o procedimento padrão de abordagem nas periferias. No dia seguinte, com apoio da subsede do Sindicato, foi feito um novo ato em resposta, denunciando a repressão.

No interior, há notícias de protestos estudantis em Presidente Prudente, Martinópolis, Assis, Araraquara, Rejente Feijó e São José do Rio Preto, em geral organizados no centro das cidades por grupos de várias escolas em conjunto. Frente à disposição de luta e enfrentamento desses atos – em Bauru, por exemplo, alunos explodiram uma bomba –, é comum que as diretorias locais do Sindicato façam declarações tentando se desvincular dos atos.

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Estudantes apoiam professores na E.E. José Monteiro Boanova

O que representam, afinal, as crescentes mobilizações estudantis em meio à greve dos professores? Apenas um apoio à categoria ou também o surgimento de reivindicações próprias do estudantes? Ou, mais que isso, estaria aí uma via potencial para, de fato, fazer desta uma “luta de todos em defesa da escola pública”, para além dos limites corporativos do Sindicato e o teatro político da sua direção?

Lançada a sorte

A próxima assembleia geral dos professores, seguida de manifestação, está marcada para esta sexta-feira em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no Morumbi. Se a intenção inicial da direção do Sindicato em avançar nessa inóspita região da cidade (que guarda um histórico de violentas repressões policiais contra protestos de trabalhadores) era encaminhar uma negociação direta com o governador, o acaso frustrou a manobra: após a morte de seu filho em um acidente de helicóptero, Alckmin já anunciou que não fará reuniões até a próxima semana. Com o risco de enfrentamento no ar, o clima é de tensão.

Com a possibilidade de ainda certo prolongamento das negociações e o acirramento do conflito, a greve parece entrar em uma etapa decisiva. Irá a luta dos trabalhadores da educação ao menos ensaiar formas de extrapolar o objetivo salarial e se ligar com as demandas dos usuários do serviço público e as comunidades que rodeiam as escolas? O aceno para essa possibilidade por parte do alunos tem acontecido. Quem sabe não esteja na articulação entre esses grupos a possibilidade da luta extrapolar seu roteiro?

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Estudantes e professores em marcha pela educação na Estrada da M’Boi Mirim, zona sul

Referências

Jornal “O Mal Educado”, 3ª edição (leia aqui)
“O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo!”, 24/03/2015
Estudantes fazem ato de apoio a professores em SP, 01/04/2015
Polícia aterroriza estudantes na Zona Sul de São Paulo a mando da própria diretora da escola, 02/04/2015

5 COMENTÁRIOS

  1. “Poderá a luta dos trabalhadores da educação ao menos ensaiar formas de extrapolar o objetivo salarial e se ligar com as demandas dos estudantes e das comunidades que rodeiam as escolas?” é a pergunta nevrálgica que o Passa Palavra faz e que pode ser estendida a todos os demais setores da classe trabalhadora.

    Como a “invisibilidade da luta de classes”, ou seja, a divisão entre privilegiados de um lado e humilhados do outro – o aspecto mais importante da dominação social nas sociedades contemporâneas –, o economicismo é, na verdade, apenas parte de um processo de violência simbólica que fragmenta a realidade de tal modo que se torna impossível estabelecer uma hierarquia clara das questões mais importantes. Como em sociedades modernas e formalmente “democráticas”, a censura é inadmissível, a dominação social que tende a perpetuar todos os privilégios injustos tem que criar falsas questões, todas tratadas superficialmente, para que aquelas realmente fundamentais jamais venham à tona. Os homens e mulheres comuns – todos nós – têm que ser mantidos usando apenas uma pequena parte de sua capacidade de reflexão para que a sociedade funcione de modo tão injusto como a nossa” (Jessé de Souza).

    A questão salarial e, portanto, econômica, certamente ocupam um lugar central na realidade da luta de classes, mas o problema maior é como esta questão é trabalhada perante os trabalhadores, uma vez que nem só de fatores “objetivos” fluem as lutas. Há um simbolismo profundo na precificação da mercadoria trabalho, que poderá se refletir numa indevida “precificação” da própria humanidade do trabalhador.

    As pautas de reinvindicações da grande maioria das instituições sindicais dão imenso destaque à questão econômica, quando simplesmente não se restringem apenas à ela. É aí que se enterram uma infinidade de questões tão ou mais fundamentais para a luta e a emancipação de classe: não só de pão (e circo) vive o homem…

  2. Prestem atenção no dia de hoje (09/04) e no dia de amanhã (10/04). Muitos professores estão se organizando para além da Chapa 1 da Apeoesp e estão trazendo as demandas a partir da base. Hoje, esses professores estão propondo o fechamento de algumas rodovias, pela manhã um trecho da Anhanguera e da Santos Dumont foram travados. Amanhã teremos o Palácio dos Bandeirantes.
    Na última assembléia a Chapa 1 estava demandando um trajeto para o ato e a base empurrou a linha majoritária da Apeoesp para a 23 de maio.

  3. Os travamentos de rodovias foram realizados. Mais de 10 rodovias foram paralisadas em todo o estado (no dia 09/04). Se perdura uma questão teórica na esquerda sobre o caráter produtivo ou não dos trabalhadores nas unidades escolares é fato que ações como esta tendem a afetar diretamente e de forma mais imediata o processo produtivo e evidentemente dão mais força ao caráter reivindicativo das lutas e a seu caráter de ruptura com a “porra toda”. Para além das pautas, são pequenos avanços em práticas subversivas do processo produtivo (interferir na circulação, criar processos horizontalizantes nas lutas coletivas, etc)… mas, é sim, pouco ainda e incipiente a atitude. Vivemos uma conjuntura de ataques fortíssimos a classe trabalhadora. Para não se perder de perspectiva as pautas específicas, os docentes, tem buscado legitimar as lutas contra as terceirizações (o ataque recente mais brutal aos trabalhadores), apoiando e participando da luta contra a sua implementação, e tem também buscado fortalecer a existência de sua própria luta e a força de reivindicação de suas demandas. Se por um lado olha-se para essa construção de sentido digamos, mais amplo, este artigo tem especial importância no sentido de chamar atenção para outro aspecto, tão importante quanto, embora a meu ver de maior profundidade: refletir e agir no sentido do “enraizamento social” da luta dos trabalhadores das escolas na comunidade que ela integra para dar vazão as suas demandas (as demandas dos estudantes, trabalhadores precarizados e comunidades). Devemos fortalecer a luta também nesse sentido. As direções de sindicato tendem a burocratizar o apoio a essa luta, retirando-se formalmente enquanto sindicato, sob o pretexto de infantilização dos estudantes por exemplo, questionando sua responsabilidade. Contudo está claro que a base docente tem buscado participar desses processos, ombro a ombro: deve-se respeitar a autonomia estudantil para autoorganização de suas lutas e apoiá-las. Penso que as frentes de ação que vem, em certa medida sendo desenvolvida por muitos lutadores grevistas e que expus aqui, e que estão expostas no artigo, exploram fissuras na lógica de controle capitalista que disciplina o cotidiano das classes trabalhadoras. No mais, temos que manter o horizonte de fortalecer a greve, pela base, ampliar as alianças com as demais categorias de trabalhadores e se atentar ao chamado deste artigo: ensaiar formas de extrapolar o objetivo salarial e se ligar com as demandas dos estudantes e das comunidades que rodeiam as escolas.

  4. Em 25 de março ocorreram revoltas estudantis espontâneas (sem partidos nem sindicatos, ou seja, sem os destruidores de greve do PT e da Apeoesp, assim como sem aviso prévio às autoridades, que foram pegas de surpresa) no litoral de SP.Especialmente na cidade de Guarujá (distrito Vicente de Carvalho). Os estudantes em 2 escolas queimaram os livros e as detestáveis apostilas estaduais, enfrentaram a polícia (4 viaturas da PM, que tiveram que ir embora), arremessaram molotovs contra uma escola e isso potencializou uma onda de boicotes às aulas acompanhando a atual greve de professores. Trata-se de acontecimento importante, dado o maniqueísmo tucano-petista ou coxinha (de “direita” e de “esquerda”) que prevalece desde o final da Copa. O inaceitável autoritarismo de certas direções escolares (respaldado pela SEE), a falta de condições nas escolas (para professores e estudantes), além da piora em todos os sentidos da vida escolar foram o “capital” inicial das revoltas.A greve do magistério só apertou o botão que fez o resto ocorrer. Dias depois, em Santos (cidade vizinha), os estudantes acompanharam os professores em passeatas nas ruas. Mas ali já se tratava de algo combinado, enquadrado e ditado pelo sindicato. Só que são evidências importantes, porque sempre que ocorrem greves do magistério estadual, a Capital e o Interior aderem muito, e o litoral costuma furar. É uma região tipicamente fura-greves, onde há um eleitorado fascista, e uma classe trabalhadora que pensa que esmolas assistenciais são “revolução”. É um importante passo à frente. Tenho as fotos e vídeos da rebelião, mas não sei como publicar aqui.

    Como se vê em nível internacional, elementos mais avançados já haviam esclarecido em 1993 (http://www.reocities.com/autonomiabvr/lutas.html), que o nível de conscientização de algumas pessoas aumenta muito em épocas de confrontação social. Menciono textualmente:

    “Todo aquele que atuou nesses movimentos descobre uma solidariedade que não conhecia, se surpreende com a falta de egoísmo que existe nas barricadas, com a extraordinária organicidade que estrutura a ação. Além disso, em muitos casos descobre no vizinho que não cumprimentava, no colega de trabalho que era considerado um imbecil, no amigo que só falava de futebol…. um companheiro que luta lado a lado com ele.”

    Isso foi visto na revolta de Vicente de Carvalho. Vimos alunas extremamente evangélicas (da Assembleia de Deus), ajudando a organizar a greve, dizendo “morte à polícia”, enfrentando vizinhos e fura-greves que reclamavam do apitaço, dos fogos e das bombas na escola. Vimos uma dançarina de funk falando em anarquia, em revolução, indo de classe em classe no dia anterior anunciando o piquete do dia seguinte. Os moradores de uma favela vizinha engrossaram o piquete e enfrentaram os policiais. Sem contar a “viralização” via redes sociais e WhatsApp. A falta de precauções de segurança de alguns alunos – por exporem com mais veemência o apoio à revolta em suas páginas do Facebook fez a direção escolar tentar comprometê-los. Mas os professores em greve e uma impressionante (e inquebrável) solidariedade entre os alunos tudo fizeram para impedir as represálias escolares e as manobras da direção escolar (contra a greve dos professores e contra o movimento dos alunos) fracassaram.

  5. Por favor, gostaria que corrigissem um trecho de meu comentário. Fiz a postagem 2 vezes com a correção feita na segunda, contudo o trecho errado continuou na postagem: “Penso que as frentes de ação que vem, em certa medida sendo desenvolvida por muitos lutadores grevistas e que expus aqui, e que estão expostas no artigo, exploram fissuras na lógica de controle capitalista que disciplina o cotidiano DA CLASSE TRABALHADORA.”

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