As pessoas, uma a uma, entravam no ônibus no meio daquela manhã. Em movimentos curtos, mas firmes, os corpos se acomodavam como podiam nos lugares, incluindo nas escadas junto às portas. Na parada seguinte, e na seguinte, e na seguinte, diante da demora no arranque do bus, o cobrador sentenciava: um passinho pro lado, pessoal, senão o ônibus não sai! A repetição do comando gerou protestos, porque concluíram não ter mais espaço a se ocupar. A pessoa grudada à porta deixa escapar a ironia: “passinho pro lado senão não sai” parece até batida de funk. Passa Palavra

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