Um partido de extrema-esquerda (aqui) encontrou uma saída para a violência contra a mulher: “Desmilitarização da PM e direito das mulheres à autodefesa. Liberação do porte de armas para as mulheres com subsídio do Estado e treinamento garantido pelas organizações de classe das polícias federal, civil e militar”. Para certa esquerda, contra o machismo, somente bem armadas e treinadas. Passa Palavra
organizações de classe da polícia no sistema capitalista são organizações da classe BURGUESA, independente da origem social dos indivíduos que as integram (nas bases, já que as cúpulas nunca são de origem social proletária).
Basicamente o que pedem é que a burguesia arme e treine “mulheres”… quais mulheres armarão e treinarão?
Interessante que um partido de extrema-esquerda, cujo o “centralismo democrático” tenha perpetuado no poder um mesmo presidente. Mais interessante ainda, que este mesmo partido, dito de trabalhadores unificados, tenha como teoria e prática a luta a partir dos gêneros. Será que por isso seu eterno presidente é,ao mesmo tempo, José e Maria?
Falando sério, o que se está a propor é um protótipo, guardada as devidas proporções, de algo semelhante a uma Sturmabteilung ou camisas negras…
Se certas pautas da extrema esquerda se consolidarem com as pautas da extrema direita, onde vamos chegar?
As consignas do leninismo fim de linha nada ficam a dever, em oportunismo e velhacaria reacionária, ao piedoso desejo de rábulas. A pm será ressiglada em p[d]m e as mulheres – socialmente desclassificadas – terão o direito de ser xingadas e levar porradas de seus instrutores p[d]m-feministas.
Enfim, o verdugo de Kronstadt tem os epígonos que merece.