O motorista explicava, a todos que entravam naquele ônibus, os motivos da greve do dia seguinte: atraso no pagamento do salário, das férias, do décimo terceiro, situação precária dos veículos da linha. Repetia que após a meia-noite nenhum ônibus deixaria a garagem e que tomariam o dinheiro dos patrões. Na manhã seguinte, o ponto final daquela linha estava cheio. Perguntado sobre a greve, outro motorista responde: não há mais grevistas aqui. Foram todos demitidos. Aqui todo mundo trabalha duro, mas ninguém faz greve. Passa Palavra
O que se está a flagrar aqui? Um revolucionário imberbe numa rápida aventura de proletarização, um típico fura-greves, um conjunto de trabalhadores mal preparados para uma medida de ação direta…?