Por Prof. Dr. Marcos Rossetti-Ferreira

Terça feira, 27 de novembro os professores e funcionários do ITEGO EM ARTES BASILEU FRANÇA retomaram a greve suspensa no dia 8 de novembro, 2018.

Nessa data houve o acordo de que não haveria demissões, que nossos direitos trabalhistas seriam depositados e que dos dois salários em atraso, um seria pago em seguida (data que se estendeu dolorosamente) e outro seria honrado no dia 25 de novembro (… um domingo).

A direção insistiu na ideia de que teríamos que fechar o semestre e garantir a matrícula: senão não haveria alunos que justificassem a existência da escola. Na volta, isso foi o lema para as coordenações fecharem o semestre a toque de caixa.

As explicações sobre as demissões…

Em retorno ao trabalho, descobrimos que teríamos de repor nossos dias de greve, numa atitude injusta e parcial por parte do empregador/direção pois a primeira greve teve um caráter extremamente oficial:

1. A greve foi iniciada de cima para baixo na hierarquia da instituição;

2. Sindicalizada no Sintego, sindicato ao qual a escola já estava de certa forma atada em sua relação hora-aula com o professor (já era uma opção da direção);

3. A greve lutava pelo repasse do dinheiro devido pelo Estado para nossa O.S. Nossa pressão era fundamental e nisso o coletivo teve uma vitória que nenhuma outra O.S., infelizmente, teve. Somos uma escola que consegue mostrar sua importância inequívoca.

Por mais estarrecedor que seja para esse mesmo coletivo, também nos vimos em seguida brindados com demissões de caráter político persecutório.

Ao invés da cúpula abraçar o coletivo pelo sucesso da campanha, nos brindou com a demissão de pares importantes no andamento da escola. Isso porque falaram e representaram o que falaram e representaram. Deixando claro que não somos livres para termos opiniões próprias. Que há autoridade da instituição sobre a mente dos professores. Um absurdo sem limites. Uma ameaça inaceitável em uma instituição de ensino aprendizagem.

Retornamos à greve basicamente por duas razões:

1. A atualização de nossos salários. Que se honre um preceito que de tão importante está no antigo testamento. O trabalho realizado deve ser honrado por quem contratou. Muitos de nós não temos mais condições de ir ao trabalho.

2. Pelo retorno imediato dos professores demitidos.

A terceira razão, nossos direitos trabalhistas…

De tão vergonhosa que está a situação do Estado, desonrando-se com seus servidores, foi aconselhado pelo Sintego que pensássemos em ter paciência… Que deveríamos empurrar para a frente. Há divergências e não foi tirada posição na assembleia a respeito.

1 COMENTÁRIO

  1. Bravo!
    Excelente exposição dos fatos!
    Infelizmente estamos vivendo esse momento.

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