Três homens, todos pardos, trajados à maneira nanoburguesa, conversando num ponto de táxi, expressões graves nos rostos. Quando passo ao lado, ouço: “Olha, não sei o que é, mas está tudo muito, muito estranho! Esse monte de homem se beijando na rua!” Nada de estranho nos recordes de violência policial. Nada de estrano na proposta da necroprevidência. Nada de estranho no laranjal. Nada de estranho no calor. De muito, muito estranho, só o amor se multiplicando. Cenas do Brasil — capital mundial do ódio. Jesiel Oliveira e Passa Palavra

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