Eu estava apoiando estudantes universitários que realizavam uma ocupação de um espaço pertencente à reitoria de uma faculdade. Nas assembleias apoiadores externos podiam fazer intervenções. Em uma delas fui dar uma opinião sobre como deveriam pensar em estratégias de mobilização, mas só me lembro de ter usado a expressão “precisamos esclarecer algumas coisas”. Uma estudante me olhava como se estivesse impaciente, e percebi que ela pediu para que a inscrevessem para falar. Passados alguns minutos chegou sua vez de manifestar sua opinião. “Não precisamos ‘esclarecer’ nada! A branquitude está esclarecendo desde 1500. Temos de ESCURECER as coisas!” Foi aplaudida ao concluir esta frase, e não se manifestou mais. Passa Palavra

1 COMENTÁRIO

  1. Depois desse apagão identitário-solipsista, estava descartada qualquer manifestação que não fosse mera redundância ególatra.

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