Luciano Oliveira, de 44 anos, era atleta no começo dos anos 2000, e hoje trabalha para aplicativos de entrega de comida. Na reportagem da BBC que o apresentou ao público, reclama: “Estou desde meio-dia sem comer nada, meu filho. É muita correria, só dá tempo para tomar água”. Consegue cerca de R$ 400,00 por mês com quatro a cinco entregas por dia, numa jornada de oito horas. O detalhe: Luciano é cadeirante, por causa de poliomielite na infância; seu veículo de entregas não é a moto ou a bicicleta, mas a cadeira de rodas. Enquanto a reportagem conversava com o entregador, um transeunte dizia: “Preciso te parabenizar pela coragem. Não está por aí se vitimizando”. Passa Palavra
A esperança é uma infecção transcendental.
George Steiner