Por Invisíveis


Essa semana recebemos relatos que denunciam mais um atraso no pagamento de salário de funcionários terceirizados da empresa APPA, responsável pela faxina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Como se já não fosse um absurdo estarem trabalhando com os campi completamente vazios em meio à pandemia do vírus SARS-Cov-2, o que obviamente, está expondo a vida desses trabalhadores constantemente, ainda ficam sem os seus proventos.

“Eles pedem pra gente esperar, mas as contas não esperam”, diz um faxineiro que não quis se identificar pois teme sofrer represálias. Nem a empresa Appa, nem a reitoria da universidade deram qualquer previsão ou mesmo justificativa para os atrasos. E as chefias alegam que também não sabem porque está atrasado. Nesse momento, diversos faxineiros estão sem previsão de pagamento e sem nenhuma notícia do que poderá acontecer. Há relatos de que até os contracheques não estão mais disponíveis e algumas falas sobre uma possível data no final do mês.

Enquanto o discurso em defesa da vida garante a quarentena para a maioria da comunidade universitária, esses funcionários estão sendo deixados de lado. Suas vidas não importam? São dezenas de famílias que precisam desses proventos para se sustentar. Já não basta estarem se arriscando à contaminação para limpar campis vazios? É fundamental que haja pelo menos uma fala oficial da universidade que dê algum tipo de previsão e segurança para esses trabalhadores, que são considerados essenciais no papel quando interessou que estivessem presentes na universidade em meio à pandemia. Mas, na prática, estão sendo tratados como descartáveis.

UERJ em defesa da vida de quem?

 

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