Em junho de 2013, o aumento das tarifas do transporte coletivo levou multidões às ruas de centenas de cidades brasileiras. Como consequência da violência policial, do aumento da exploração, da carestia e de um sentimento generalizado de insatisfação, o movimento tornou-se uma revolta de grandes proporções contra a ordem estabelecida.

Dez anos depois, as coisas estão mais caras e a vida só piorou. O transporte está cada vez mais caro, a qualidade não melhora e a privatização continua apontada como solução.

Quem sofre com a tarifa hoje é quem foi demitido, teve o salário reduzido ou teve o seu trabalho precarizado ao longo da última década como consequência das reformas trabalhista e previdenciária, que não foram revogadas até agora pelo novo governo. Como se não bastasse, os grandes empresários e seus políticos continuam querendo mais: essa nova modalidade de “teto de gastos” chamada de “arcabouço fiscal” vai limitar ainda mais o investimento em demandas sociais (transporte, educação e saúde).

Por tudo isso, e muito mais, continua sendo preciso ir pra rua contra as tarifas dos ônibus, dos trens e do metrô!

Reivindicada nas ruas desde muito antes de 2013, a Tarifa Zero era acusada de ser inviável pelos poderosos. Curiosamente, quando o lucro das empresas de transporte foi ameaçado pela perda de passageiros, acentuada pelos próprios aumentos da tarifa e pela pandemia, a proposta foi retomada pelos mesmos políticos e empresários que eram contra ela. Hoje, a Tarifa Zero é adotada em mais de 70 cidades do país.

No final do ano passado, o prefeito de São Paulo passou a defender demagogicamente a proposta, ao mesmo tempo em que sucateia o sistema de ônibus. Numa cidade como a nossa, a Tarifa Zero só vai funcionar se também houver gratuidade nos trilhos. E o governador deixou claro que seu projeto é outro: privatizar as linhas do trem e do metrô para empresas lucrarem em cima de tarifas cada vez mais altas e da precarização do serviço.

Só a pressão popular organizada na rua, nos bairros e nos movimentos sociais pode impedir que a Tarifa Zero seja utilizada apenas para fins eleitoreiros e acabe favorecendo mais os empresários e os políticos do que os trabalhadores.

A única forma de manter viva a memória de junho de 2013 é ir para rua por uma vida sem catracas! Por isso, convocamos um ato contra as tarifas dos ônibus, do trem e do metrô nesta quinta-feira, às 17h, na frente do Teatro Municipal.

Ação Antifascista SP
Aliança Revolucionária dos Trabalhadores (ART)
Coletivo Juntos!
Coletivo Feminista Marielle Vive
Companhia Antropofágica
Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores (CST)
CSP-Conlutas SP
Emancipação Socialista
Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
Instituto Renovação Sindical
Já Basta!
Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR)
Luta Popular
Oposição Renovação Sindical nos Condutores de São Paulo
Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL)
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)
Rebeldia – Juventude da Revolução Socialista
Revolução Socialista
Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região
Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP)
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Sindsef-SP)
Transição Socialista (TS)
Treta no trampo
Unidos Pra Lutar

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