Era militante de um partido político, com trajetória trotskista. Há pouco tempo tinha afirmado que hoje em dia era mais luxemburguista. Como professor universitário, destacou-se por estudar os trabalhadores precários; tentava pensar em sua ação política. No momento em que a universidade viveu a maior greve estudantil em décadas, apressou-se em alinhar-se com a defesa da reitoria progressista. Ficou então chocado com a falta de democracia dos estudantes, que arrancaram a placa da porta de sua sala. Passa Palavra
Ruy Bra…
…ga
Conversão que é uma Praga a um intelectual militante mas que não arRuina, pelo contrário, consolida sólidas lideranças do bloco dos democratas moderados radicais de centro, formado por ‘jestores’ e Cabeças-de-Planilha
Se é Braga, prefiro Rubem.
O mais engraçado foi ver o tal professor citando Kurt Cobain após a placa ter sido arrancada de sua sala, como se tivesse sido o ato mais bárbaro de todos. Se Kurt Cobain estivesse vivo certamente teria mijado em sua porta.
Um cabeça-de-planilha vermelho é quase sempre uma desgraça. Normalmente ele acredita que está contribuindo para a solução dos problemas da humanidade. Toda indiferença ou toda crítica que lhe é lançada de fora do seu círculo vermelho de gestores é tratada como coisa de fascista, ou de burguês, ou de pequeno-burguês ou de menchevique, ou de lumpen, ou de conservador… Quando não combinam termos em expressões como burguês conservador, pequeno-burguês fascista, atacando o outro ao passo que fazem a defesa do que eles acham que é o lado certo da história.
Certa vez participei de um congresso na USP e, durante uma mesa onde falava o dito cujo, um grande grupo de servidores e estudantes fez uma manifestação indo dos corredores até a sala onde se apresentava o citado. Muitos tinham fitas adesivas em suas bocas, outros carregavam faixas contra o assédio moral praticada pela Direção da qual o mesmo fazia parte. Todos entraram na sala e garantiram um grande público para ouvir seu discurso sobre a precarização do trabalho…