Em seu livro Folclore político brasileiro, Sebastião Nery conta instrutiva história que afirma ter ocorrido nos quartéis da Polícia Militar baiana em 1954. Antonio Balbino venceu a eleição ao governo estadual, derrotando Pedro Calmon, candidato apoiado pelo então governador Régis Pacheco. Antes de deixar o cargo, Pacheco deu aumento salarial de 25% para a PM; o comando da corporação, reunido, decidia como homenageá-lo. O coronel Filadelfo Neto teria então sentenciado: “O Régis nos merece muito, mas temos que pensar no futuro. Virão outros governadores e outros aumentos”. Alguém teria perguntado: o que fazer, então? O coronel teria apresentado solução genial, para o riso de todos no recinto: “A gente bota um busto com pescoço de rôsca. Em caso de necessidade é só trocar a cabeça.” Passa Palavra