Em entrevista para o portal Brasil 247, Rui Costa Pimenta afirma que a aprovação do STF sobre a ampliação do aborto e o voto contrário ao Marco Temporal são pautas bombas endereçadas ao governo Lula para constrangê-lo. Pimenta sugere que o STF está contaminado pelo identitarismo. Desde sua peculiar trincheira marxista, denunciará todo aquele projeto que desagradar a direita e a extrema-direita? Passa Palavra
dizem que atopim senta crui encabeça uma dissidência olavoposadista&ultralulista do póstrotskismo; mas há controvérsias…
Queria entender o motivo plausível para a moderação do site continuar aceitando os comentários ininteligíveis, camuflados de sábios-irônicos-descolados (da realidade) do sempre presente Ulisses. Seus comentários não fomentam discussões plausíveis, pelo contrário: atrapalham debates. Até a liberdade de expressão tem seus limites…
Atenciosamente,
leitora cansada.
Nossa… “liberdade de expressão tem limites”… Que perigoso fantasma esse que Dona Catarina invocou…
[Mas confesso que às vezes preciso abrir o Houaiss para entender o que Ulisses escreve. O que não significa que eu ache que ele deva ser censurado por isso. Segue aí Ulisses, de vez em quando você até nos ajuda a dar umas risadinhas. Mesmo quando a gente não entende o que você realmente quis dizer.]
NADA É SAGRADO, TUDO PODE SER DITO: REFLEXÕES SOBRE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
autor: Raoul Vaneigem
Leitura recomendada para os defensores da censura e outras moderações…
o perigoso fantasma da ironia não foi compreendido…
pouco senso.de.humor&graça entre passapalavristas?
poema concreto que bate chuva?
não há como saber… (em homenagem ao estilo de ulisses, sem ofensas ou censura, apenas ironia)
by the way, o que não acho educado, e na verdade, bastante desrepeitoso, chamar Lula de “nine fingers” de maneira “irônica”, exatamente como os comentadores capacitistas do twitter de extrema-direita fazem para desmerecer o acidente de trabalho do atual presidente.
fica aí uma observação a ser pensada com cuidado.
a ironia que é um fantasma perigoso a ser invocado e tudo pode ser dito?
Catherine Earnshaw pergunta o que muitos internautas não argonautas queriam saber , “mas tinham vergonha de perguntar…” (Mel Brooks): “Se o racismo antisemita forjou os Protocolos dos Sábios do Sion”, e se “os conservacionistas nativistas fabricaram o discurso do Chefe Seattle” (João Bernardo, Labirintos do Fascismo, p. 1360), quem forjou o sábio Odisseu? “Satiricamente”, a príncipio (ou em princípio?), Filoctetes… (https://passapalavra.info/2013/01/70252/). Mas, atentemos ao aviso de Robert South: “A palavra foi dada ao comum dos mortais para comunicar os seus pensamentos e aos sábios para os disfarçar…”. Pergunto eu – se o censor do Passa Palavra assim me permitir livremente me exprimir – quem, então, Disfarsa Palavra…?
O velho camarada mandou o jovem camarada aos Leões. E o jovem camarada, conhecendo dos risco mas fiel a causa, foi aos Leões. Para a surpresa de ambos, o jovem camarada retorna vivo de sua tarefa. Estropiado, mas vivo. Detalhe importante: ao realizar a tarefa, o jovem camarada percebe a desimportancia (em relação a causa) da tarefa.
O jovem camarada, ciente dos parâmetros de sociabilidade que se deve ter entre camaradas, engole seu desejo inicial de lançar igualmente o velho camarada aos mesmos Leões, tranquiliza seu fígado, e aguarda a data da próxima reunião de núcleo.
Em reunião, o jovem camarada pede a palavra e reclama ao velho camarada explicações, pois do seu ponto de vista o velho camarada não foi zeloso como um bom e velho dirigente camarada deveria ser. O velho camarada, escandalizado com o feito do jovem camarada que além de sobreviver, tem a coragem de reclamar, acusa o jovem camarada de, pasmem, MACHISMO! Sim sim, é isso mesmo, o velho camarada não por coincidência era um corpo do sexo feminino. Como pode o jovem camarada questionar o sabe-tudo feminino feminista do velho camarada? O jovem camarada, chocado e sem entender o rumo que o seu questionamento tomou, se cala (afinal, liberdade de expressão tem limites). E é assim que o velho camarada envia o jovem camarada para A(hahaha) disciplina!
Na disciplina e nos corredores do partido o jovem camarada, obrigado a andar por aí com uma declaração de confissão do seu ato machista, é olhado por todo, até por aqueles que desconhecem a história, com ares de desconfiança. E ele, logo ele, que sempre foi o mais convicto e dedicado dos jovens camaradas, quase pronto para assumir o lugar de um velho camarada, até tão pouco tempo admirado e copiado por outros jovens camaradas, estava agora jogado na sargenta da militância.
Bom, depois de muito disciplinado, ansioso por uma nova oportunidade de se mostrar fiel a causa, o jovem camarada, humilde humilhado, retorna para as tarefas. O velho camarada manda o jovem envenenar o dono da fábrica. O jovem camara entra na fábrica e, sem ser notado, consegue chegar na antessala da chefia. O velho camarada esqueceu-se de avisar ao jovem camarada que haveria essa antessala. O problema é que a antessala é protegida por um chefe de polícia de corpo feminino e pele preta e por um assistente de polícia cadeirante e homossexual. O jovem camara começa então a suar frio. MAS, disciplinado, empenha-se em levar a cabo a sua tarefa. Guarda friamente toda sua letalidade no bolso e retorna para casa.
Na próxima reunião de núcleo o jovem camarada, vitorioso, é aplaudido por todos e até ganha um biscoito do velho camarada. E é assim que o jovem camarada, ele mesmo, foi se tornando um velho camarada.
Depois deste feito, entre os camaradas nunca mais se ouviu falar em morte ao capital, já que a morte ao capital poderá causar a morte de algumas identidades. A tarefa de todos é aguardar, tranquilamente, tomando um bom e velho vinho, o tempo histórico favorável (será essa uma boa definição do póstrotskismo?).
Moral da história: Até liberdade de expressão tem seus limites…
[Sabem qual é a pior parte da historia do jovem camarada? É que nem ficção ela é.]
atos contínuos: refundação do PCO, com a entronização do flatulento estrepitoso nine fingers como guia genial dos povos – além de brics, traques e outros badulaques…
Não faço uma defesa biográfica do ulisses, porque não o conheço, mas fico atônito com declarações que visam censurá-lo. As motivações dos comentadores são inclusive engraçadas. Não creio que os moderadores atenderão a este ultimato. Se bem conheço o site a sua fundação e a data dos primeiros comentários de ulisses se confundem. O PP já publicou comentários em francês, inglês e espanhol (muitas vezes com tradução), também estima a reflexão, ainda que de forma irônica, com aqueles que se quer debater. O PP propicia um debate palatável para todo aquele que quiser debater. Para aqueles desconfiados das palavras, não há muito o que se fazer…
Gostei do estrepitoso. Vou ter de consultar um dicionário, como sugeriu a camarada. Também anotei para ver depois quem são Filoctetes e Catherine Earnshaw (João Bernardo eu já conheço…). O Vaneigem eu decidi comprar, estamos em tempos de discutir liberdade de expressão, preciso de cartas na manga para não sair de moda.