No último sábado, dia 23/07, no início da noite, o policial militar Tiago Barreto Siqueira da Silva, abordou de forma truculenta um grupo de jovens que estavam se divertindo na comunidade do Cantagalo. O policial parou um dos garotos e depois pediu para que este corresse. Entretanto, o jovem permaneceu parado. Logo em seguida, moradores se aproximaram. O PM, então, efetuou um disparo e depois se retirou do local. Neste momento, uma moradora, preocupada, ainda tentaria, em vão, criticar o policial: “não atira, está cheio de crianças aqui, para”. Na versão relatada por Barreto (como é conhecido na região) na delegacia, ele teria efetivado um disparo na direção de, segundo afirmou, um “elemento”, que estava correndo. Mesmo que sua versão fosse verdadeira, o que não foi o caso, este procedimento (assim como o anterior) está completamente errado, pelo menos pelo o que diz o discurso oficial sobre a “polícia comunitária”.
Este policial é conhecido nas comunidades do Cantagalo/Pavão-Pavãozinho pela extrema truculência e violência com que trata os moradores, especialmente os jovens. Em uma reunião ocorrida recentemente <http://www.redecontraviolencia.org/Noticias/817.html> entre os moradores e o comandante da UPP local, muitos relataram casos de violência policial, cujo principal personagem apontado foi o policial Barreto. Mais um caso somou-se a estes. No mesmo dia relatado acima, este policial se dirigiu, no início da tarde, à casa de um dos jovens abordados na situação relatada anteriormente. Lá, fez diversas ameaças ao jovem, diante de sua mãe e avó, deixando-as indignadas e horrorizadas com o teor do que era dito. Na presença das duas, afirmou-lhes que não gostava do garoto, mas não explicando o motivo. Implicância gratuita. Em seguinte, virando-se para a mãe do jovem, disse-lhe: “você é a mãe dele? Vou pegar o seu filho, vou matá-lo a facadas, pois assim não haverá vestígios”. Horrorizadas, a mãe e avó perguntaram ao policial se ele tinha coração, apontando que “isso não se fala para uma mãe”. Demonstrando indiferença e frieza, Barreto respondeu, rindo: “já matei vários como ele e ele seria mais um”. Esta não foi a primeira vez que o jovem foi abordado por este mesmo policial. Já ocorrera antes, bem recentemente, em outro conflito entre moradores e policiais da UPP local. Este jovem, naquele momento, ficou com medo de denunciar. Contudo, desta vez, sua mãe não se calou: agora, o que era até então apenas uma agressão física, transformou-se em ameaça aberta de morte.
O caso foi registrado ontem, dia 24/07. Militantes da Rede contra Violência e um representante do movimento Mães de Maio, de São Paulo, acompanharam a mãe do jovem ameaçado à delegacia e estão acompanhando o desenrolar da situação. Consideramos inadmissível que situações como essas se repitam. Elas apenas desmascaram a versão oficial de que as UPPs possuem uma aceitação geral e que não têm problemas que, ao contrário, aumentam a cada dia. Exigimos o afastamento do policial Barreto e de todos aqueles envolvidos em abusos e arbitrariedades nas comunidades do Cantagalo/Pavão-Pavãozinho.
Comissão de Comunicação da Rede contra Violência
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Sou morador do Pavão há 25 anos, desde que nasci, meus pais moram há mais de 40 anos. Por toda minha vida fui refém de traficantes que, matavam, espancavam, julgavam e muito mais. Venho aqui pq escolhi o meu lado, eu qro a paz e meus direitos garantidos, e desde a implantação da UPP pude sentir o ar da liberdade. Assisto quase que diariamente a forma com a qual algumas pessoas da comunidade tentam minar o trabalho da UPP, o policial citado é odiado por estes pq da trabalho ao tráfico. Já vi gente jogando de uma laje tijolos nos policiais em plena luz do dia. Clamo a todos que por uma questão política tentam enfraquecer a UPP que mostrem a opinião das pessoas de BEM das favelas. Eu escolhi meu lado!
Também sou morador da comunidade Pavão-Pavãozinho a 20 anos(tenho 30),e assim como esse outro morador que aqui deixou sua opinião,também quero a paz-pelo menos aquela que assegure a integridade física das pessoas de bem-moradores trabalhadores,que não se envolvem com drogas,pessoas que gosto e que aqui residem-e é a estes que ESTOU DO LADO.
Acho complicado(e leviano,tanto) alguém falar em “ficar do lado” de um agente publico que deveria estar ali pra fazer valer a lei e a ordem,quando eu mesmo já presenciei a forma com a qual ele procede na abordagem aos jovens.Dizia Vitor Hugo “A maior virtude do homem ainda é a coerência”,e é isso que eu busco;não devendo atos errados,e busco não deixar minha tendenciosidade-algo presente em td ser humano-levar a achar que td policial é corrupto e truculento.Busco de forma empirica avaliar aquele q esta sendo criticado pra após fazer uma análise mais justa e não ser como este sujeito “Barreto” q acha q td jovem morador fuma maconha(como ele mesmo sugeriu certa vez quando me abordou a caminho de minha faculdade);e nem como esse morador acima(ou abaixo-não sei como vai ficar qdo eu enviar isso aqui)q não buscou avaliar nada!Só ficou no “ladismo”,isso só corrobora minha tese de q td ser humano é tendensioso pra uma coisa-‘acreditar em algo’ e ‘não acreditar em algo’-eu prefiro avaliar esse ‘algo’…não importa o lado que esteja.O lado deve ficar pra quem busca este lado:se vc é trabalhador e não é envolvido com nada ilícito,nenhum despreparado não tem nada q abusar de vc por “achismo”;e se vc é trabalhador-ou não-envolvido com coisas ilícitas,vc merece um “Barreto” na vida(agindo dentro da lei,claro),pq é por sua causa-também,mas não só sua,tá?- q moradores de bem têm passado por este tipo abuso,existente a séculos já na história da humananidade sempre existiu representantes de forças q a pretexto de defende-las sempre “ferrou” com as ‘plebes’,afim de na verdade,satisfazerem seus desejos inconscientes(to sendo até eufemico) narcisicos,de subjulgar aos q deveriam dar proteção,pra q em sua insana inclinação se sintam mais “homens” q estes “réles mortais”.”Ladiais” que existiram nos:inquisidores,ku klux klan,gestapo…PM Fluminense.
É,Freud explica?…Thomas Hobbes explica melhor.