José Afonso acabara, com outros cantores e tocadores, de fazer uma actuação numa vilória da serra. Como acontecia muitas vezes, a sessão de “canto livre” foi muito concorrida e lá apareceram o padre com as suas beatas, alguns comunistas e até esquerdistas, todos muito exaltados e a perturbar as canções, a lançar a confusão, a invectivar os cantores. No fim, de regresso a casa, o extenuado grupo de músicos parou num café de estrada para comer uma sandes e beber uma cerveja. Um cão dormia, indiferente, à porta da tasca. De volta aos carros, José Afonso foi o último a sair do café. O cão, até aí impassível, desatou a ladrar-lhe às canelas. E o Zeca desabafou: “Porra! Até os cães!” Passa Palavra

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here