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Está previsto para a próxima terça-feira (27) o julgamento do processo movido pela Associação dos Empresários de Transporte Coletivo de João Pessoa (AETC-JP) contra o estudante Enver Cabral, membro do movimento “Contra o Aumento JP”. De acordo com a acusação, o estudante teria plantado uma bomba dentro de um ônibus da Capital, durante um ato contra o aumento das passagens realizado em janeiro de 2011.

O processo aponta o estudante universitário como responsável pela utilização “de um artefato explosivo de fabricação caseira” durante os protestos que marcaram as primeiras semanas de 2011. De acordo com os advogados de defesa, o processo é recorrente em relação à inconsistência de provas que comprovem a participação do estudante na ação classificada como ‘terrorista’.

Repercussão – A impetração do processo contra Enver Cabral motivou a elaboração de uma Nota de Solidariedade assinada pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), e por entidades e organizações sociais da Capital. De acordo com o texto, os signatários posicionam-se contra a criminalização dos movimentos sociais “por acreditar que é justa a luta pela reivindicação de direitos”.

O caso do estudante paraibano também repercutiu na tribuna da Câmara dos Deputados, onde foi tema do pronunciamento do deputado federal Luiz Couto (PT), que definiu o estudante como “uma vítima de um sistema monopolizador”. Enquanto ocupava a tribuna, Luiz Couto ressaltou a tentativa de imputar ao estudante o cometimento de um crime “com o fim único e exclusivo de calar-lhe”.

#ContraoAumentoJP – Após o aumento tarifário em dezembro de 2010, uma série de protestos foi realizada em João Pessoa. Organizados por meio das redes sociais, centenas de estudantes ocuparam as ruas da Capital durante duas semanas. Em janeiro, a hashtag #ContraoAumentoJP foi destaque no Twitter brasileiro, chamando a atenção da mídia nacional para as reivindicações dos estudantes paraibanos.

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