Casa da Achada: ciclos «A Paleta e O Mundo» e Cinema Ao Ar Livre

CICLO A PALETA E O MUNDO III

Segunda-feira, 20 de Agosto, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Continua a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem lê é Manuela Torres.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. Hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
«QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA»

Segunda-feira, 20 de Agosto, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta sessão projectamos O submarino amarelo (1968, 90 min.) de George Dunning, com música dos Beatles.
Quem apresenta é Youri Paiva.

Sinopse: Era uma vez um paraíso sobrenatural chamado Peperland – um lugar onde a música e a felicidade eram rainhas supremas. Mas foi ameaçado quando o terrível Blue Meanies declarou guerra e enviou a sua armada, liderada pelo ameaçador Flying Glove, para destruir tudo o que de bom houvesse. E é aí John, Paul, George e Ringo entram para salvar o dia! Armados com pouco mais do que o seu humor, a sua música e, claro, o seu submarino amarelo, os Fab Four enfrentam corajosamente os perigosos mares na esperança de aniquilar as forças maléficas do reino invasor.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here