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Assentamento Milton Santos ocupa Secretaria da Presidente em São Paulo
Segunda-Feira, 10/12/2012, 11:30 hs
As famílias do Assentamento Milton Santos localizado em Americana-SP ocuparam hoje pela manhã a Secretaria da Presidência da República localizada na Avenida Paulista em São Paulo e até agora permanecem no local. As famílias estão prestes a ser despejadas da área onde foram assentadas há 7 anos atrás pelo Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (INCRA) e onde construíram suas casas e trabalham na produção agrícola. As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social do local, única medida legal que pode reverter o despejo.
A entrada das famílias na secretaria da presidente foi pacífica e o patrimônio público permanece intacto, sem qualquer espécie de dano material. Contudo, as famílias e organizações apoiadoras, que totalizam cerca de 120 pessoas, permanecem no prédio e o clima é de tensão. Parte das famílias estão no andar da secretaria e outra parte está sendo impedida de subir pela segurança e aguarda no saguão uma possível negociação. As famílias permanecerão no local até que sua solicitação seja negociada e atendida pelo governo federal. Fazemos um apelo para que todos e todas que apoiam a luta do pela permanência do Assentamento Milton Santos que se dirijam ao local. A secretaria está localizada na Avenida Paulista no prédio do Banco do Brasil, ao lado do Conjunto Nacional, em frente ao Metro Consolação.
Em julho as famílias foram informadas que havia uma reintegração de posse, concedida pela Justiça Federal, para o Sítio Boa Vista, área do Assentamento. A responsabilidade pela retirada das famílias era do INCRA e em caso de descumprimento da decisão o órgão deveria pagar uma multa diária de R$ 5.000,00. O pedido foi feito pelos antigos donos da propriedade, a família Abdalla, que haviam perdido a terra por dívidas pública com o INSS na década de 1970, mas a conseguiram de volta recentemente.
O Superintendente do INCRA de São Paulo, Wellington Diniz Monteiro, e os representates do Governo Federal, Bigode e Feijó já visitaram o assentamento e garantiram às famílias publicamente que a Presidente Dilma desapropriaria a área em favor das 68 famílias que lá habitam e plantam. Infelizmente, o Governo Federal nada fez. No dia 29 de novembro, a Família Abdalla (proprietaria do imovel) e a Usina Ester (arrendatária e monocultora de cana), entraram com uma segunda ordem de reintegração de posse na qual o juiz estipulou o prazo de 15 dias para o INCRA retirar as famílias e autorizando o uso da força policial do Estado e da Polícia Federal para executar a ordem de despejo.
O prazo está se esgotando e os assentados não tem outra alternativa a não ser resistir no local, caso a área não seja desapropriada. Só a assinatura do decreto de Desapropriação por Interesse Social pela Presidente Dilma pode garantir que não ocorra um massacre!
Somos todos Milton Santos e lutaremos até o fim em defesa das famílias!
Coletivo de Comunicação do Assentamento Milton Santos
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Depois de vários dias de negociações e apelos, as famílias do Assentamento Milton Santos ocuparam hoje pela manhã a Secretaria da Presidência da República em São Paulo. Elas estão prestes a ser despejadas da área onde foram assentadas há sete anos pelo Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (INCRA). As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social do local, única medida legal que pode reverter o despejo.
Leia a Carta aberta dos assentados do Milton Santos
Em julho as famílias foram informadas que havia uma reintegração de posse, concedida pela Justiça Federal, para o Sítio Boa Vista, área do Assentamento situado na cidade de Americana (SP). A responsabilidade pela retirada das famílias é do INCRA e em caso de descumprimento da decisão o órgão deveria pagar uma multa diária de R$ 5.000,00. O pedido foi feito pelos antigos donos da propriedade, a família Abdalla, que haviam perdido a terra por dívidas pública com o INSS na década de 1970, mas a conseguiram de volta recentemente.
Durante esse tempo, os assentados participaram de uma série de negociações com o Superintendente do INCRA de São Paulo e com representantes do Governo Federal, Bigode e Feijó. Eles garantiram que a Presidente Dilma desapropriaria a área em favor das 68 famílias que lá habitam e plantam. Infelizmente, o Governo Federal nada fez. No dia 29 de novembro, a Usina Ester, entrou com outra ordem de reintegração estipulando o prazo de 15 dias para o INCRA retirar as famílias e autorizando o uso da força policial do Estado e da Polícia Federal para executar a ordem de despejo.
O tempo está se esgotando e os assentados não tem outra alternativa a não ser resistir no local, caso a área não seja desapropriada. Só a assinatura do decreto de Desapropriação por Interesse Social pela Presidente Dilma pode garantir que não ocorra um massacre!
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