Estudantes de várias universidades britânicas têm vindo a realizar ocupações e “sit ins” em solidariedade com Gaza. Por Passa Palavra

Os estudantes da SOAS (School of Oriental and African Studies, da Universidade de Londres) encerraram oficialmente uma exposição do Ministério da Defesa presente no edifício ocupado. Houve intervenções de intelectuais na assembleia, entre eles Tariq Ali.

Estudantes ocupados

Na LSE (London School of Economics) foi declarada vitória ao fim de sete dias de ocupação, quando as autoridades universitárias aceitaram as exigências dos ocupantes: a isenção de propinas para os estudantes originários da Palestina e o envio para a Palestina dos excendentes de livros e de materiais informáticos da escola. Um porta-voz dos estudantes declarou: “O que exigimos é uma simples declaração condenando os ataques contras as instituições de educação em Gaza. Ao longo dos anos, sempre temos recorrido aos canais oficiais para exigir uma reacção acerca da Palestina, mas nada aconteceu. Resta-nos este último recurso, e ficaremos aqui no Auditório Velho até que as nossas exigências sejam satisfeitas”. Enquanto se aguardavam intervenções do deputado George Galloway e de Dan Gudelson (Jews For Justice), o velho líder da esquerda britânica Tony Benn veio apoiar a ocupação e, perante uma assembleia de 350 estudantes, declarou: “Li a vossa declaração de intenções e concordo com ela a cem por cento. Não pensem que são apenas um grupo isolado aqui na LSE. Na minha opinião, há uma grande massa de gente em todo o mundo que apoia as vossas posições”.

A LSE foi, a seguir à SOAS, a segunda universidade cujos estudantes ocuparam edifícios em solidariedade com a Palestina. Outras se seguiram: o King’s College, Essex, Warwick, Sussex, Birmingham. Em Oxford, 80 estudantes ocuparam a histórica biblioteca Bodleian exigindo uma declaração formal da universidade a condenar o ataque a Gaza e o cancelamento da série de conferências do Balliol College que foram inauguradas pelo criminoso de guerra israelita Shimon Peres.

universidade-de-birmingham

Há relatos de outras ocupações nas universidades de Manchester Met, Newcastle, Leeds e Cambridge. Os estudantes dizem “estar revoltados e horrorizados com as atrocidades indescritíveis que têm sido cometidas pelo exército israelita contra o povo da Palestina” e que “não irão tolerar a cumplicidade das instituições educativas com essas violências”.

A ocupação em Birmingham acabou 12 horas depois de começar, quando as autoridades universitárias e a polícia estabeleceram o cerco, cortaram o abastecimento de água, conseguiram impedir a passagem de alimentos para os ocupantes e os forçaram a barricarem-se lá dentro. Estes aceitaram abandonar o edifício em troca de um encontro com o vice-reitor para discutir as suas exigências.

Enquanto isto se passa no Reino Unido, em Montreal (Canadá) professores e funcionários administrativos apelaram a um boicote contra Israel, dizendo: “Somos um grupo de professores e de funcionários das universidades e dos institutos superiores do Quebec solidários com o povo palestiniano e com o povo de Gaza que vem sendo alvo de um cerco e de brutais ataques militares por parte de Israel. Agimos em resposta ao pedido de ajuda recebido em 2 de Janeiro da Federação Palestiniana de Sindicatos de Professores e de Funcionários Universitários”.

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