No Portugal dos anos trinta o curso para oficiais da marinha de guerra incluía aulas de natação e, não havendo piscina, elas eram dadas num ginásio, cada aluno deitado num plinto e reproduzindo os gestos do sargento instrutor. Até que uma vez um deles explicou que era campeão de natação, participara mesmo nas últimas Olimpíadas, e pediu dispensa. Você sabe nadar lá na água, respondeu o sargento, mas eu quero vê-lo nadar aqui no ginásio. Passa Palavra
O que menos importa, numa instrução – ‘a fortiori’, se for militar -, é o instruído e o que ele não sabe que sabe…
Sobretudo, trata-se de inculcar paixões tristes, adestrando o corpo e subjugando a mente, para fabricar subjetividades domesticadas.