Flagrantes Delitos

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Flagrantes Delitos

O tempo das cerejas

Um professor de História dava aula sobre a Comuna de Paris. Chegou à porta um grupo de estudantes, pedindo para dar um recado: realizavam a eleição para a gestão do centro acadêmico. Recado dado, a aula prosseguiu normalmente até o fim. Mais tarde, nos corredores e no pátio, o professor passou pelo grupo, onde ouviu um acalorado debate conjuntural: “A chapa de vocês não tem gays. A nossa tem gay, lésbica, bi…” Cabisbaixo, ensimesmado, o professor seguiu seu caminho, sentindo-se mais obsoleto a cada passo enquanto cantava baixinho: “Mais il est bien court le temps des cerises…” Passa Palavra

Quase

Dia de eleições gerais no Brasil, dois colegas de trabalho comentavam sobre os primeiros resultados que chegavam do exterior. “Lula ganhou na Nova Zelândia!”; “Bolsonaro ganhou no Japão!”, etc. Até que um deles chega com a notícia: “Saiu o resultado da votação na Rússia! Lula ganhou!”. “Que alívio”, responde o outro, “por um momento pensei que você ia dizer que o Brasil tinha sido anexado à Rússia!”. Passa Palavra

Tempos difíceis

Numa estação de metrô em São Paulo, antes de embarcar, um rapaz negro pergunta muito educadamente ao funcionário se ali tinha um bebedouro onde ele pudesse tomar água. O funcionário explica que não há bebedouros em nenhuma estação do Metrô. O rapaz agradece e sai. Pouco depois ele retorna e, ao passar pela catraca, mostra ao funcionário a garrafa d'água que ele havia acabado de comprar e diz, com um sorriso no rosto: “É preciso economizar cada centavo porque os próximos quatro anos vão ser difíceis!”. Por Passa Palavra

Um dia de amor

Num bairro nobre de uma metrópole brasileira, o professor de sociologia sabadeava como sempre: comprando picolé para a mãe na conhecida sorveteria. Na fila,...

Cabeças vão rolar

Em seu livro Folclore político brasileiro, Sebastião Nery conta instrutiva história que afirma ter ocorrido nos quartéis da Polícia Militar baiana em 1954. Antonio Balbino venceu a eleição ao governo estadual, derrotando Pedro Calmon, candidato apoiado pelo então governador Régis Pacheco. Antes de deixar o cargo, Pacheco deu aumento salarial de 25% para a PM; o comando da corporação, reunido, decidia como homenageá-lo. O coronel Filadelfo Neto teria então sentenciado: “O Régis nos merece muito, mas temos que pensar no futuro. Virão outros governadores e outros aumentos”. Alguém teria perguntado: o que fazer, então? O coronel teria apresentado solução genial, para o riso de todos no recinto: “A gente bota um busto com pescoço de rôsca. Em caso de necessidade é só trocar a cabeça.” Passa Palavra

Mas é isso

Nos EUA, a âncora da CNN fala da contagem dos votos de brasileiros no estrangeiro para a presidência do Brasil. Afirma em um momento que houve princípio de tumulto entre bolsonaristas e lulistas. Esse atrito teria sido coibido pela polícia. “Mas é isso” — disse a âncora — “essa é a festa da democracia!” Passa Palavra

Make Burma Great Again

Em março foi publicado um artigo em língua birmanesa, em que um pseudônimo identificado como pertencente à Junta Militar, órgão que governa Mianmar desde...

Toalhas

Três pessoas conversam em um grupo de WhatsApp para brasileiros em Paris: 1- “Procuro alguém ou algum site que venda camiseta ou toalha do...

Questão de princípios

Ambos são professores universitários, conhecidos naquela instituição pelas aulas sobre decrescimento econômico, ecologia e pelas críticas ao consumismo. Fazem tudo isso com o mesmo...

Matizes

Lê-se numa notícia da Folha de S.Paulo: “em mais um movimento ao centro, a equipe de comunicação apresentou os primeiros materiais da...

Tratar como gente

Na faculdade de Direito, aula de sociologia, a conversa era sobre as péssimas condições de trabalho e de vida das empregadas domésticas no Brasil. Alguém chegou a dizer que elas não eram tratadas como gente. Foi então que uma das alunas indignou-se e falou alto: “Não é bem assim não! A minha eu trato como gente. Inclusive quando vamos à praia, eu levo ela.” Passa Palavra

Fazendo as honras

Em uma reunião organizada por indígenas de diversos povos, um deles, ao se apresentar no início da reunião, aproveitou para apontar com a mão um não indígena e disse: “Esse aqui é o meu antropólogo.” Passa Palavra