Por contas das festividades oficiais do bicentenário argentino, foram montadas gigantescas tendas para simbolizar organizações sociais, províncias e órgãos estatais. Numa das mais concorridas, a da Fundação Mães da Praça de Maio, tinha-se que esperar longo tempo na fila para poder conhecer suas atividades. Na impossibilidade de entrar, podia-se ouvir e ver num telão, na rua, os seus feitos. Foi ali, ao lado de uma família de catadores de lixo reciclável, fruto do empobrecimento da sociedade pelas seguidas medidas capitalistas, que conheci a “missão” Sueño Compartido, da agora Fundação, com sua universidade, sua cooperativa de construção – de hospitais, escolas, casas – e seus 5.800 trabalhadores, seus meios de comunicação e editoriais, e como o “maior projeto social do país” está sendo levado adiante pela “Fundação Mães da Praça de Maio e os governos Nestor e Cristina Kirchiner”! Ao olhar em volta, de fora da imponente tenda, e ver os olhos da família de catadores de lixo, compreendi que, inclusive, os bons sonhos podem ser recuperados pelo sistema e compartilhados por empresários e governantes. Passa Palavra

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