Tempos atrás, fui contatado para ser assessor de imprensa numa mobilização. De outro estado me indicaram entrar em contato com uma companheira daqui, supostamente inteirada do assunto. Ao chegar do trabalho, telefonei-lhe usando uma linguagem cifrada comum às vésperas de manifestações, tão comum que o outro entende logo qual o assunto e já entra na conversa sem maiores perguntas. Reação: “Hein?” Perguntei, ainda enviesadamente, se a gente não teria algo para fazer amanhã. Resposta: “O quê?” Contra minha vontade e contra as regrinhas básicas de segurança nestas situações, abri sobre a manifestação. E ouvi: “Rapaz, eu não estou sabendo de nada disso, pensei que era para semana que vem. Além disso, o bicho tá pegando, e ainda tem mais questões com polícia por aqui, etc., não temos como participar dessa mobilização, não há forças”. Resultado: a manifestação foi nacional, mas não houve manifestação alguma por aqui. Passa Palavra

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