Nota Pública em resposta ao jornal O Estado de São Paulo.

A Moradia Retomada vem ao público desmentir informação veiculada pelo editor do Jornal “Estado de São Paulo” na seção “Vida” do dia 20 de março de 2011, no primeiro parágrafo da matéria “Invadido, espaço administrativo vira ”Crusp clandestino””. Segundo o editor: “A decisão da reitoria da USP de transferir departamentos administrativos para fora do campus está sendo muito bem recebida por pelo menos um grupo de estudantes”; tal informação, oportunistamente vinculada a uma foto tirada na ocasião da comemoração de um ano de resistência da Moradia Retomada, da a entender que estaríamos comemorando a saída dos departamentos com balões coloridos e fortalece a confusão com respeito à posição dos estudantes, o que serve somente aos interesses da atual gestão da Reitoria.

Rodas, sem nenhum apoio da comunidade acadêmica, beneficia-se de mentiras para justificar publicamente suas ações autoritárias, que vem sendo questionadas em diferentes meios. A Moradia Retomada é contraria à saída dos departamentos empreendida por Rodas. Reafirmamos as posições do SINTUSP, expressa por Magno de Carvalho: “Não há diálogo algum nem possibilidade de discussão”, da ADUSP, expressa por João Zanetic “As mudanças ocorrem de forma abrupta. Há arbitrariedade e autoritarismo, práticas administrativas graves e recorrentes”, e do professor Luiz Renato Martins, da Escola de Comunicações e Artes (ECA): “Espalhar os servidores em locais distantes é não tornar possível a comunicação entre eles”, “É fazer da administração uma redoma, impossibilitando o diálogo entre as pessoas.” presentes na nota do Estadão “USP tira departamentos do campus” do dia 20 de março de 2011.

Os estudantes, trabalhadores e professores estão sendo profundamente prejudicados pelo projeto de mudança dos departamentos administrativos. A nova configuração imposta por Rodas provoca gastos exorbitantes e desnecessários de dinheiro publico, atrapalha o funcionamento da universidade e só pode servir aos interesses privatistas daqueles que fecham cursos, reduzem vagas e superfaturam obras.

Quanto ao CRUSP, invadido desde a ditadura militar por órgãos da burocracia, defendemos que retome em todos os seus espaços a função de Moradia Estudantil, de acordo com o que expressava o Arquiteto criador do projeto original do CRUSP Eduardo Kneese de Melo (http://vimeo.com/15582342), contrário às reformas feitas pela Reitoria da Universidade, que invadiram os espaços de convivência dos estudantes moradores do conjunto.

Exigimos a manutenção dos departamentos dentro do campus!

Nenhuma vaga a menos nos cursos!

Não ao fechamento do curso de obstetrícia ou qualquer outro!

Mais vagas nas moradias estudantis!

USP pública!

Moradia Retomada.
Março de 2011.

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