movimento em luta

A Assembleia Popular do Rossio do dia 28 de Maio:

1ª- Saudamos as Revoluções Árabes e tomamos a sua mensagem como inspiração, no sentido em que elas lembram ao mundo o caminho das ruas, da resistência, da esperança, dando um espectacular impulso para que os povos oprimidos saiam da amnésia da submissão. Somos Rossio, Puerta del Sol, Praça da Catalunha e Tahrir. Lá como cá, ontem como hoje, somos todos a mesma praça.

2ª- Condenamos toda e qualquer intervenção militar da NATO nos territórios em sublevação, uma vez que sabemos que a democracia não se exporta à bomba e que a máquina de guerra não avança por razões humanitárias. O respeito pela autodeterminação dos povos não é, para os reunidos no Rossio, matéria de negociações políticas. As guerras em que Portugal e os países da NATO estão envolvidos está a ser feita com o dinheiro dos nossos impostos mas não está a ser feita em nosso nome.

3ª- Apelamos ao fim do criminoso muro que cerca a Palestina, na Cisjordânia e em Gaza, de onde todos os dias nos chegam histórias tenebrosas que nos transportam aos tempos mais obscuros do século XX, aos quais recusamos recuar. Queremos um mundo livre de guetos, de matanças, de genocídios, e sonhamos com o fim da ocupação da Palestina. Não queremos andar para trás e a resistência internacional, da qual nos reivindicamos, é o passo em frente.

Assim, porque as nossas palavras se traduzem em actos, propomos:

1º Entrar em contacto com o movimento internacional de Solidariedade com a Palestina, procurando pela primeira vez organizar, a partir de Lisboa, um veículo que se junte às caravanas contra o bloqueio que nos últimos anos têm partido da Europa, do Norte de África e do Médio Oriente, rumo à fronteira de Gaza, celebrizados lamentavelmente pelo ataque à Flotilha da Liberdade, no dia 31 de Maio de 2010.

2º O grupo de trabalho constitui-se como comissão coordenadora da proposta, que reunirá logo depois desta assembleia, e que terá como responsabilidade criar a rede necessária de activismo (continuação do debate na acampada, ronda de debates pelo país, angariação de fundos e campanha pública pela iniciativa, concretização), para que um pouco da resistência que se criou nas Assembleias Populares e na Acampada dos reunidos no Rossio, seja também resistência noutro lado.

3º Início da campanha no próximo dia 31, terça-feira, em frente à Embaixada de Israel, onde deixaremos simbolicamente um cravo e uma pedra da calçada do Rossio, em homenagem aos nove activistas assassinados sumariamente a bordo do navio Mavi Marmara (flotilha da liberdade), às mãos das Forças Armadas de Israel (IDF).

Viva a Palestina!

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