Por Professores Anônimos
O desfecho controverso
No dia 27 de março aconteceu mais uma assembleia dos professores estaduais de Goiás, em greve há 51 dias (artigos anteriores sobre a greve aqui, aqui e aqui). A assembleia foi marcada por um grande tumulto entre a direção do Sintego (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás), que intentava colocar fim ao movimento, e grupos de professores que pautavam pela sua continuidade. A proposta da direção do Sintego era suspender a greve até o dia 20 de abril, para que as negociações com o Governo Estadual pudessem prosseguir (exigência do governador Marconi Perillo para a manutenção do diálogo). Já o grupo Mobilização dos Professores de Goiás (MPG) defendia que a greve fosse mantida pelo menos até sexta-feira (30/03), quando a folha de pagamento dos professores fosse liberada, e só então fossem votados em uma nova assembleia os rumos do movimento grevista.
A proposta de fim do movimento saiu vitoriosa e, para boa parte do professorado, isto ocorreu pelo fato de o sindicato manobrar a assembleia, levando inclusive vários ônibus com pessoas diversas dispostas a votar a favor de sua proposta. Os gritos “Ô, ô, ô, Sintego é traidor” ecoavam no Jóquei Clube, local onde a assembleia foi realizada. Mas baseado em quê o Sintego propôs o fim da greve? Em 08/03, a direção do sindicato já havia proposto em assembleia paralisar o movimento com base em um acordocom o secretário de educação, Thiago Peixoto. Tentativa fracassada em decorrência de uma proposta vaga. Mas o que aconteceu nesta última assembleia foi ainda pior, tendo em vista que a proposta do Sintego foi baseada em promessa oral feita por Marconi Perillo em uma reunião com o sindicato realizada uma hora antes da assembleia. Acontece que a promessa é ainda mais vaga do que aquela apresentada no documento anterior, como pode ser visto aqui.
Como fica claro, a principal pauta, “volta da titularidade e plano de carreira”, foi sumariamente descartada frente aos argumentos de “impossibilidade financeira do tesouro estadual”. Além disso, se assomando à derrota, mantiveram o corte de ponto dos trabalhadores, cujo pagamento está condicionado à reposição de aulas. Outro fator é que a reestruturação do sistema educacional, amparada pelo “Pacto da Educação”, foi reforçada pelo primeiro item da proposta, que baseia a remuneração dos professores em um sistema de meritocracia, como já destacado aqui.
Perguntamos, então: quais foram as conquistas dos professores da rede estadual de Goiás ao fim de sofridos 51 dias em greve? A resposta não podia ser outra: nenhuma. Mas quais fatores levaram a este desfecho do movimento?
As organizações “dos” trabalhadores
Os dois principais grupos desta luta, Sintego e MPG, procuram afirmar que ambos lutam pela educação, mas com práticas de ação diferentes. Será que esta afirmação pode ser corroborada? A participação dos representantes do MPG e do Sintego no seminário “Urgência da Educação” promovido por diversas instituições nos proporciona um bom início para entender o desenvolvimento da luta dos trabalhadores da educação em Goiás e seus limites frente ao objetivo de modificar as condições de trabalho das escolas do estado.
Ministrado por Isaac Roitman, o objetivo do seminário era expor as propostas do movimento “SBPC: Pacto pela Educação”, e do livro de mesmo título escrito por Roitman em parceria com Mozart Neves Ramos. Resultado da participação institucional de vários segmentos da sociedade (CNI, CNTE, UNE, UBES, Todos pela Educação, universidades, etc.), declara visar a melhoria da educação no Brasil, estimulando o desenvolvimento da responsabilidade social dos envolvidos nos debates, no sentido de reparar as desigualdades educacionais históricas da sociedade brasileira, fundamentando assim as propostas e mudanças que vêm sendo aplicadas nos sistemas públicos de educação em vários locais do país e adequando a formação educacional às necessidades de desenvolvimento econômico. Tanto Sintego, quanto MPG, enviaram seus representantes ao evento, que além de exporem os motivos e ações praticadas na greve, ambos procuraram frisar a necessidade de ações que visem à melhoria da qualidade da educação pública em Goiás, sem, no entanto, questionar a totalidade do “Pacto pela Educação” enquanto instrumento de adequação do sistema de ensino às necessidades empresariais.
Faz-se necessário, então, uma análise destes dois grupos e suas práticas.
O Sintego, oficializado como sindicato da categoria em 1988, é filiado à CUT e CNTE, sendo seus dirigentes em maioria pertencentes ao PT. Possui um elevado número de filiados e é considerado um dos sete maiores sindicatos do Brasil, conta com grandiosa estrutura e estima-se que o seu orçamento possa chegar à casa dos milhões de reais.
Frente à grande insatisfação da base, que ameaçava tomar a dianteira da luta, convocou algumas manifestações de rua em 2011 e, por fim, deflagrou a greve deste ano. Entretanto, a prática política do Sintego é a de negociar com o governo nos bastidores, impedindo que a base da categoria tome conhecimento do andamento do processo. Sendo coerente com esta prática, tanto a reestruturação educacional como as negociações para sua implementação foram discutidas neste meio restrito e, chegando os dirigentes a um consenso, a luta nas ruas foi limitada apenas a questões salariais. Deste modo, ao limitar as reivindicações ao aspecto remuneratório e evitando que os trabalhadores fizessem mobilizações em seus locais de trabalho, a direção do Sintego conseguiu manter dentro de limites, considerados por eles aceitáveis, os atos e manifestações realizados durante a greve. A velha tática do carro de som nas manifestações, das carreatas e das panfletagens, distantes dos espaços das escolas, dificultou, quando não inviabilizou, uma participação ativa dos trabalhadores que colocasse em questão a organização do processo de trabalho. Quando questionadas sobre a necessidade de publicização das negociações com deputados, secretários e Ministério Público, a direção sindical simplesmente demonstrava ser um órgão co-extenso ao próprio Estado, tendo em vista que a justificativa para este monopólio das negociações se ancorava sobre o argumento de que uma direção legalmente constituída tem a prerrogativa da negociação.
Considerando que há vários anos os dirigentes sindicais não estão mais em sala de aula ou nas secretarias das escolas, se tornam insensíveis frente às transformações no processo de trabalho educacional. Seguindo uma via comum à quase totalidade das instituições sindicais no Brasil e no mundo, o Sintego tem entre suas preocupações dois pontos que cabem ser levantados aqui. O primeiro é a administração dos conflitos trabalhistas de forma que os trabalhadores sejam afastados da participação no gerenciamento das lutas. A limitação das reivindicações aos aspectos remuneratórios indica que concordam com a gestão empresarial dos processos de trabalho, onde os professores ficarão cada vez mais afastados da gestão e do resultado do próprio trabalho. Para perceber isto basta observar as Secretarias Municipais de Educação onde são titulares os antigos dirigentes do Sintego. Basta a fala da vice-presidente do sindicato, no seminário acima referido, afirmando seu apoio à reforma educacional.
O outro ponto é referente à ocupação de cargos diretivos em instituições previdenciárias. O Sintego tem assento no Conselho Estadual da GoiásPrev (Fundo de Previdência dos funcionários estaduais) e faz forte campanha para entrar na diretoria do IPASGO (Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás). Dessa forma, caso consiga entrar na direção desse último, participará na gestão de duas instituições que, somados os orçamentos, ultrapassam R$ 1,5 bilhão [milhar de milhões] de reais.
Em relação ao MPG, o que interessa agora é tentar traçar algumas linhas dos caminhos institucionais que o grupo percorreu, para entender o que significou na prática a participação dele na luta grevista da educação de Goiás. Algumas correntes políticas (muitas vezes com perspectivas divergentes) compuseram o grupo desde sua formação. Devido à dominância exercida pelo PT no Sintego, alguns partidos ficaram sem espaço junto ao sindicato. O primeiro a se destacar é o PCdoB – cuja marca é a ambiguidade labiríntica de atuação, já que possui uma deputada estadual na base aliada ao governo, mas que votou contra a alteração do plano de carreira -, com diretor estadual do partido entre os primeiros animadores do grupo, sendo curioso o fato de ter sido exonerado da função de assessor na Assembleia Legislativa quinze dias antes do projeto ser colocado para apreciação dos deputados. Verifica-se também a presença de elementos do CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), que por sua vez é um braço do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) e do MOCLATE (Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação). Essas seriam as força políticas mais próximas ao campo do marxismo-leninismo. Fora isso, tem-se uma gama variada de componentes, que vão desde membros da Renovação Carismática Católica até defensores da organização anticapitalista e autônoma dos trabalhadores, passando por anarquistas, autogestionários, diretores de empresas júnior universitária e outros sem uma posição político-prático bem definida. Com esta formação, alguns o definiam como uma frente de luta, composta por várias forças políticas.
Toda esta divergência levou o movimento a optar por uma organização em princípio distinta do sindicato, e também a estabelecer uma independência em relação ao Sintego, mas não uma ruptura; logo, todas as decisões e ações travavam-se na eterna discussão de como seria a relação com esta instituição e nunca sem sua presença. Com carreatas, panfletagens, malhação de bonecos, aparições repentinas em programas televisivos ao vivo [em direto], manifestações na Assembleia Legislativa e Secretaria de Educação, moções de apoio à greve por inúmeras instituições, perseguições ao governador e outras autoridades em eventos públicos, etc., o grupo mostrou à sociedade os prejuízos financeiros causados aos professores pelo “Pacto pela Educação”. Num movimento que há muitos anos não se via no estado, conseguiram duas façanhas: pressionar o governo, que estava irredutível a negociar; e protelar a “traição” que inevitavelmente seria conduzida pelo Sintego, e que é resultado de um processo histórico.
É justamente esse processo histórico que nos levar a apontar algumas ambiguidades que foram se desenvolvendo dentro do MPG. Se em sua estrutura organizacional o grupo apontava a formação de comissões com rotatividade periódica de membros, este princípio democrático ficou apenas escrito nas páginas virtuais do grupo. O que se viu foi a personalização de funções, sendo sempre os mesmo que: apareciam na TV e jornais; controlavam as informações e compareciam em reuniões com o sindicato; controlavam as ferramentas de comunicação virtual; escreviam textos assinados individualmente; controlavam as mesas de reuniões; etc.
Esse processo acarretou o fato de muitos membros das comissões deixarem de comparecer às reuniões abertas, deixando de tomar ciência das decisões coletivas, para posteriormente atuar de acordo com o decidido. Assim, o que era decidido em privado passou a ter mais relevância do que o decidido em reunião. Dessa forma, e contrariamente ao exposto na página principal de seu site, trilharam um caminho que desembocou na formação de um grupo de dirigentes e líderes, com algumas pessoas assumindo o papel de mártires. Após algumas denúncias, houve alterações, mas nunca a ponto de transformar radicalmente o caráter ambíguo do MPG. Tanto que o MPG passou a reproduzir uma campanha de agitação do Sintego durante a greve: numa ação extremamente demagógica, sem qualquer debate coletivo, uma campanha eleitoral inversa surgiu com panfletos e vídeos que incitavam os professores a não votarem nos pré-candidatos municipais aliados ao governador. Fortaleceram, assim, indiretamente a oposição partidária na qual o grupo dirigente do Sintego se integra (talvez mesmo alguns do MPG), o qual tem um projeto político para o estado e municípios goianos.
Na verdade, superdimensionamos o MPG ao apontar uma possível união com o Sintego, pois o que de fato ocorreu foi a utilização pelo Sintego da mobilização em torno do MPG. Concederam-lhe pequenos espaços, como uma quantidade previamente estipulada de falas, com restrições acerca de conteúdos de denúncia ao sindicato, em assembleias e um lugar nos carros de som. Mas lhe negou o essencial em uma luta burocratizada, a participação no comando de greve e na comissão de negociação. Historicamente é nos momentos de luta aberta contra os patrões que os trabalhadores encontram, a partir do desenvolvimento de suas formas de luta, as formas de reorganização dos processos de trabalho em que estão inseridos.
Assim, pode-se notar que o MPG atuou mais como uma junção de disposições individuais, conectadas por uma frente de forças políticas divergentes, do que como um coletivo de trabalhadores em luta. Submeteu-se ao jogo imposto pelo sindicato e, ao não voltar suas atenções para a mobilização nas escolas – em parte por problemas de organização interna, em parte pela atitude passiva frente ao sindicato – o grupo direcionou suas forças para as ações midiáticas, para os corredores do poder político, para o debate em universidades, em espaços que não são dos trabalhadores e no qual os capitalistas podem controlar a luta, seja através da repressão policial, seja por meio de conversas e negociações em gabinetes. E, ao que tudo indica, os resultados já começaram a aparecer. Com o fim do movimento grevista, a página do MPG no facebook está repleta de declarações que solicitam ao grupo a formação de uma chapa de oposição à atual direção do Sintego, proposta esta que já está sendo seriamente debatida entre os dirigentes do grupo.
Acontece que, apesar das ambiguidades no percurso do MPG, seus princípios norteadores pareciam mesmo adequados à oportunidade que surgiu logo no início da greve. Após a deflagração do conflito, os professores em muitos casos preferiram debater nas próprias escolas a possibilidade de paralisar ou não as atividades. Esse tipo de atitude proporcionou em muitos casos um debate aprofundado, tanto sobre as consequências do “Pacto pela Educação” como quanto ao papel que o Sintego vem desempenhando historicamente na condução das lutas dos professores. Em muitos casos, também esses debates e reuniões internas eram iniciados por professores de escolas próximas, que já haviam aderido à greve. As movimentações espontâneas surgidas no início e os debates suscitados nos locais de trabalho envolvendo todos os trabalhadores, e em alguns casos a comunidade, conformam um tipo de participação mais ativa na organização do movimento, fortalecendo laços de solidariedade entre eles nas próprias escolas.
Contudo, ao invés da radicalização do processo, o que vemos ao fim da greve, pela forma com que foi conduzida, é que ela não proporcionou uma revisão global do Pacto pela Educação. O governo do estado não cedeu sequer sobre o plano de carreira, ficando a política de gestão da força de trabalho e do sistema educacional também inteiramente intocada, deixando um cenário onde a intensificação da produtividade dos trabalhadores e consequentemente sua maior exploração pela classe dos capitalistas de Estado será a tônica.
Nesse sentido, uma faixa confeccionada e exibida pelo grupo nas manifestações indica um entendimento de como eles encararam a organização da luta. Está escrito o seguinte: “Manifestar é um ato pedagógico”. A frase expressa a concepção do grupo no que se refere à participação de todos os trabalhadores da educação na gestão da luta e, consequentemente, na gestão das suas condições de trabalho. Apenas a manifestação passiva pelas ruas, controladas pelo carro de som e seguindo trajetos decididos por alguns líderes, é um ato pedagógico. A organização dos trabalhadores para a luta não é considerada como uma ação pedagógica, em que todos podem aprender a decidir os rumos da luta coletiva, e nessa ação solidária e coletiva desenvolver novas formas de organização dos processos de trabalho.
E a consequência da manutenção desse tipo de relação, afastada das bases, é a perda da oportunidade do desenvolvimento da luta se transformar numa reorganização do ambiente escolar, lutando contra as hierarquias internas da escola; lutando contra a gestão controlada por diretores, tutores e coordenadores pedagógicos e da qual os trabalhadores – professores, alunos, administrativos, merendeiras e faxineiras – estão cada vez mais afastados. Não é o caso de se fazer a revolução, pois se trata apenas de uma luta setorizada. Mas de não impor de início limites estreitos à luta, limites que impedirão os trabalhadores de aprenderem a se organizar e gerir coletivamente e igualitariamente a vida social. Perdeu-se, enfim, a oportunidade de debater e lutar coletivamente por outro tipo de proposta educacional pública, em que os trabalhadores pudessem ter um controle cada vez maior sobre a gestão de seu próprio processo de trabalho.
Passapalavrianos vocês estão chateados porquê não chamamos vocês para compor as frentes de luta? Temos líderes mesmo, e a luta para nós é principalmente agora , ganharemos o sintego temos o apoio da massa dos professores, vamos mudar essa realidade!
Parece que essa afirmação de liderança nunca foi feita claramente nessa página do facebook. Mas já que foi feita, será que o MPG mudará a realidade ao disputar o Sintego, ou a realidade irá mudar o MPG ainda mais, colocando-o como o novo explorador dos trabalhadores da educação no Estado?
E mais interessante é um grupo que se denomina Mobilização dos Professores de Goiás dizer que com o fim da mobilização é que o momento principal da luta se dá!
Os membros do nosso sidicato o sintego (sid-entrega)só serve para ser aliendado ao governo, passaear nas praias do Brasil, auementar as contas bancarias e fazer politica para o PT.
Contesto também esse artigo,não existem essas facções que aí estão postas, somos um grupo bem definido politicamente, contamos com a ajuda de outros grupos, mas não aderimos ao leninismo,anarquismo e cristianismo, o MPG é uma forma nova de fazer política. Ganhamos a simpatia de algumas pessoas desses grupos porém os membros que estão a frente do MPG tem uma orientação diferenciada. Logo a nossa vitória no sindicato e o nosso apoio popular se deve por estes motivos!
Bem, é vexamoso que após 51 dias de greve a única coisa que se tenha dizer é que “nada mudou ou mudará” e que nada mais pode ou será feito. É vexamoso que representantes do sintego apareçam nas escola sua pregação falaciosa e que depois façam conchavos com o governo para conquistarem cargos políticos deixando e pior contribuindo para a precariedade da educação e pior para degradação da vida dos trabalhadores.
É lamentável, mas são essas organizações políticas que se veem em Goiás.
É lamentável que “os anônimos” que “assinam” estas reflexões deixem de se pautar pela seriedade crítica para enviesar ressentimentos diluídos ao longo de questões merecedoras de atenção. Sobrecarregam o grupo MPG com expectativas que intempestivamente se colocam, calculando a partir delas prejuízos que não se debitam do próprio MPG, o que muito se aproxima do método jornalístico em Goiás. De forma muito objetiva, o grande avanço deste movimento foi o despertar para a reconstrução da política dos trabalhadores da educação, que só foi possível graças à diversidade de frentes de ação assumida pela pluralidade dos agentes envolvidos. Uma vez que o espaço aberto pelo MPG se valorizou incomensuravelmente, é natural que aqueles que não conquistaram sua parcela de espaço – do quilate de um lote em bairro nobre – se sintam excluídos, o que não é o caso. Finalizo esta pequena consideração apontando para o fato de que sem o triunfo do MPG, “a palavra não passaria deste sitio.”
Foi uma greve como nunca houve em Goiás, não ganhamos quase nada, para muitos professores do movimento os prejuízos serão ainda maiores, fiquei sabendo que alguns podem perder os empregos por causa de uma lista encaminhada a secretaria, aqueles que estavam presentes em todso os momentos, gente que admiro muito hoje pelo envolvimento, temos que ajudar esses professores. Volto à minha escola aqui no Finsocial e vou falar dessa lista dos professores ameaçaodos de perder o trabalho. Todos sabem quem são esses professores.
Não entendo porque aqui continuam a escrever os “anônimos”, esses nunca serão demitidos do trablaho porque são anônimos. Mas procurei saber quem eram e hoje sei os nomes de três deles e nunca vi eles paerticipando de nada!!
Como vocês viajam com algumas insinuações simplesmente ridículas. Só rindo muito mesmo de certas teorias de conspiração!!! Ai, ai. Sejam mais sérios. De vez em quando faz bem.
Se Deus encarnasse de novo na terra com certeza seria pelo Passa Palavra. Vocês são a luz e a verdade. O título da postagem: “51 dias de greve, pra que?” Com certeza talvez a greve tivesse sido bem melhor se o passa palavra tivesse nos iluminado antes. Com certeza, aliás, essa intelectualidade do “passa palavra” está com a base. Aliás, deve ser mesmo o ‘Passa palavra” quem está na base. Base teórica. Mas daquela teoria que se refugiou nas receitas prontas e nega qualquer validade da democracia. Aquela teoria perigosa que critica a todos, julga mal a todos e, se levada ao último limite, só pode dar no que já é hoje: um grupo fechado que se julga “a luz” para a pobre massa “ignorante” que é guiada por “oportunistas”, os quais participam dessa democracia burguesa, desses sindicatos sujos metafisicamente… Somos o verdadeiro inferno mesmo, jesus cristo é o passa-palavra. E dá-lhe a verdade absoluta que nos oferece um discurso pedagógico e teorias da conspiração. Como diz o ditado “Gato ruivo, do que usa, cuida”. Vocês vêem oportunismo em tudo “Passa Palavra”. Só posso concluir que esse ditado cai como uma luva para vocês. Quem sabe na próxima não façamos o movimento autogestionário e pedagógico ideal? Agora já temos a receita. Amém.
51 dias em greve, pra quê? A pior resposta possível está sendo dada: a conversão de uma vanguarda em uma elite dirigente. O que os professores, enquanto categoria, conseguiram além de um “quem não está satisfeito com o governo, pode sair” do governador? Ah, agora os professores estão debatendo política!! Meus deus, será que foi o MPG quem criou isto?
Lamentamos dizer que não! Evidentemente o MPG teve um papel nesta greve, mas não foi ele quem fundou, não foi ele quem iniciou, sequer foi ele quem deu a linha de atuação da greve! Nunca colocou nenhuma proposta concreta para ser apresentada na negociação. Salvo em alguns momentos de radicalização, o MPG sempre esteve preso à forma de atuação do próprio Sintego e agora, não se contentado com isto, pretende ocupar o lugar do próprio Sintego. Talvez até criar outra organização para representar os professores, e que o desenvolvimento dessa luta mostra, é que será hierarquizada como o próprio sindicato.
Antes dizia ser à favor da rotatividade de funções, agora defende abertamente a instituição de lideranças. Dizia ser contra as campanhas eleitorais e o que se viu foi o ataque a pré-candidatos aliados ao governador. Não é esta a prova mais cabal de que a coisa deu em nada? Ou pior, que abandonou os princípios que ele próprio proclamava e se rendeu às armas da burocracia? Quando apontamos estas questões nos diversos artigos, fomos rotulados como demagógicos, alheios da luta, mas o desfecho deste movimento grevista deixa claro quem são os verdadeiros merecedores destes adjetivos.
No início tínhamos esperança que este grupo fosse a algum lugar e procuramos indicar algumas ambiguidades que o poderiam levar à derrota, que não queríamos! Depois de algum tempo percebemos que o processo já era irreversível, pois externamente tinha perdido o momento de pico de mobilização da base e era impermeável a processos de dinamização da organização interna do coletivo.
A derrota na verdade é dos professores que acreditavam em uma mobilização capaz de reestruturar o sistema educacional, para além das questões salariais, e também daqueles que acreditaram em um movimento de base. Mas, os grandes personagens desta luta, Sintego, MPG e Governo Estadual, estes não foram derrotados. A disputa agora será para ver qual deles irá conseguir colher os melhores frutos desta greve.
Por fim, mais uma vez somos atacados pessoalmente, um subterfúgio para fugir do debate, mas os argumentos continuam por aí, ecoando no ar, sem resposta, ou com respostas que corroboram mesmo com o que foi dito nos artigos.
Quando o Fabrício diz que estamos colocando nossos próprios anseios na crítica, tal qual o jornalismo goiano, é de se perguntar se os esquemas de autonomia e rotatividade são defendidos pelo jornalismo goiano ou se é somente por vocês, o que se deu apenas a título de retórica oportunista.
Agora, que a greve acabou e que os trabalhadores voltam ao trabalho e os alunos à indiferença de sempre, o MPG declara os seus verdadeiros objetivos. Ainda bem.
PS: Que os comentadores do texto não sejam demasiados obtusos a ponto de confundir o coletivo PassaPalavra e nós, os Professores Anônimos.
Olá Professores anonimos, façam o seguinte, vocês apontam líderes, deixem de ser medrosos e deem nome aos bois! Quem são os líderes? podem dizer? Acho que vocês não são tão corajosos assim!
Prof. Olavo,
Um dos comentários colocados pelo MPG neste artigo declara: «Temos líderes mesmo». É o próprio MPG quem afirma que os tem. Quanto aos nomes desses líderes, talvez seja melhor perguntar ao MPG.
Mais uma vez esquecem de se identificar, acho que a análise política deve ser feita e é sempre bem vida quando a análise acompanha o apoio a luta, sentados em seus escritórios (UFG)vendo tudo de longe demonstra que não querem compor a luta, acho que a principal circunstância é a covardia, um dos primeiros critérios que me faz crer nessa hipótese é o fato de nem ter coragem de assinar seus textos, acho que a falta de vontade do agir “professores anônimos” tira dessa análise o sentido a que veio.
Enquanto tivermos militantes de gabinete ou mesmo virtuais continuaremos com os mesmos problemas políticos.
Acompanhei com atenção a greve e nem poderia deixar de fazê-lo porque vários dos professores envolvidos com o processo de organização do MPG foram (e são) alunos nossos na UFG. O confronto político evidenciou a participação de alguns deles, isso é perfeitamente natural, não há como uma luta grevista não evidenciar nomes e lideranças, o que cumpre entender é que essas lideranças de circunstância aprendiam com a própria luta a ser outro tipo de liderança, esse contraste evidenciou-se nitidamente quando em comparação com as práticas das velhas lideranças do SINTEGO, lideranças derrotadas pelo movimento.
O fato a destacar, contudo, é que esses jovens professores percebidos como essas novas lideranças, com suas práticas reiteradas pelo movimento político no cotidiano da greve sofrem agora pesado ônus com a ameaça de serem exonerados (recebi essa notícia ontem de um desses professores) porque seus nomes aparecem numa lista da Secretaria da Educação que visa a esse tipo de propósito, ao que tudo indica (o fato dá-se porque estão em estágio probatório). Diante desse fato e vendo as repercussões e comentários deste artigo assinado por “professores anônimos” é que me vem agora a pergunta: como ajudar esses que não foram anônimos na luta e que poderão agora perder os cargos obtidos por concurso? Fica outra indagação: se o movimento obriga à participação de indivíduos que se expõem publicamente como manter então uma avaliação – como a apresentada no artigo – sob a rubrica de “professores anônimos”? Um texto que me parece correto, mas que poderia ser assinado por qualquer um (inclusive por não-professores), isso está incomodando muita gente e mais ainda agora porque alguns ficarão com o ônus judicial das exonerações e esses outros permanecerão sob a voz miúda do anonimato, mas uma “voz” que vem a público como uma síntese explicativa dos erros e acertos do movimento grevista, num tom que me parece purista imputando à organicidade dos envolvidos esse apriorismo da “oportunidade perdida”, termo esse que indiretamente acaba por ser mais uma peça “acusatória” às “ingenuidades” ou “veleidades políticas” das práticas daqueles que agora ficarão sem os seus empregos porque no calor dos fatos não souberam perceber ou entender o sentido geral de como deveriam ter sido organizadas as práticas que só os “professores anônimos” percebiam e que agora sintetizam e nos explicam tão bem. Por que a “voz anônima” do movimento durante a processualidade dos fatos não se fez ouvir, não se fez entender? Poderia um movimento grevista em confronto cotidiano nos embates das assembleias e reuniões manter-se sob a rubrica de “professores anônimos”?
Apresenta-se um ponto crucial: o anonimato de uns saberá preservar a existência profissional dos que agora terão que se defender judicialmente das exonerações apenas porque estiveram mais em evidência durante os fatos da greve? A solidariedade a esses professores será termo de mobilização também dos “professores anônimos”?
Acho que vocês não jogam com dados concretos o comentário “temos lideres mesmo” não foi assinado, pode ser um “fake” de vocês ou de qualquer um! por favor tenham mais precisão na argumentação de vocês!
O comentário de João Alberto mostra-se um tanto quanto pernicioso.
Qual seria para ele a potura adequada aos professores, exporem-se ao fazerem as críticas? Assim além de alvos de processos de exoneração poderiam ser também alvo de ameaças físicas, tão comuns no meio sindical brasileiro?
Ou ficar calados durante os processo de burocratização da luta em Goiás?
As críticas estavam colocadas durante a luta, e o João Alberto como leitor do Passa Palavra, bem deve ter acompanhado isto. Agora que a luta enfraqueceu-se e portanto a repressão ganha espaço a crítica deve desaparecer? Não devemos procurar os motivos que levaram as lutas a chegar a este estágio? Não seria uma covardia deixar de analisar os elementos presentes na luta que levaram ela a chegar nesta situação?
Legume você é mais num anônimo que se manifesta e não entendeu é claro a argumentação do professor João Alberto. Se você não percebeu é que esta crítica que foi feita aqui por professores anônimos sendo feita desta forma apenas via site é uma forma distanciada, lembrando que o principio filosófico da crítica que muitos esquecem é que ela vem acompanhada de proposições! Como fazer uma proposição sem ir ao debate? Apenas jogando idéias ao leu?
Sr. Alexandre de Paula Meirelles,
O seu comentário é calunioso. O Legume é um jovem de quem tenho a honra de ser amigo. É desde há bastantes anos um militante e activista conhecido e respeitado nos movimentos sociais. E o nome com que ele assinou é precisamente o apelido por que é conhecido. O Legume é um bom exemplo de pessoa que nunca se limitou à crítica teórica e que sempre se empenhou na crítica prática e no trabalho de mobilização. Eu tenho lido com indignação crescente a série de insultos e de ameaças que se acumulam a respeito deste artigo, mas agora parece-me demais.
João Bernardo (escritor e professor)
Finalmente reagiram! E como de costume suas respostas se reduzem em uma nova pergunta, o que me parece não ser uma resposta. Mas é óbvio que somos nós que carecemos de argumentos, devido nossa obtusidade, seríamos não obtusos se rezássemos a cartilha autogestionária. Assim fugimos ao debate, pois de fato resolvemos não responder aos anseios de que “No início tínhamos esperança que este grupo fosse a algum lugar.” Quem fugiu do debate? Professor Fabrício David de Queiroz? Quem? Quem está falando mesmo? Com quem estou falando? Ah! “Professores anônimos” a representatividade da base do professorado goiano…aquela que realmente perdeu nessa greve…Ao que se pode entender pela resposta encaminhada à minha pessoa, ressentimento é a forma mais polida que posso usar para reafirmar o sentimento de despeito pelo espaço perdido pelo seu movimento na mobilização. Ataque pessoal leva nome! O meu foi citado…O que vejo é que agora que seus argumentos parciais recebem a devida crítica, os desvios de discussão revelam a habilidade retórica de seus mentores. Vide, por exemplo, estas palavras: “Ah, agora os professores estão debatendo política!! Meus deus, será que foi o MPG quem criou isto?
Lamentamos dizer que não! Evidentemente o MPG teve um papel nesta greve, mas não foi ele quem fundou, não foi ele quem iniciou, sequer foi ele quem deu a linha de atuação da greve!” Fui muito claro usar o termo “reconstrução”, se não fosse o MPG a reabrir o espaço de discussão política, repito, a palavra não passaria desse sitio. Neste baile em que se pretende ver o cair das máscaras, me sinto feliz ao demonstrar que a imagem passada por estes textos como algo que parece certo, ou “mas uma “voz” que vem a público como uma síntese explicativa dos erros e acertos do movimento grevista”, não é verdadeira, basta ler as reais intenções na postagem “Professores Anônimos em 31 de March de 2012 03:07”, algo que sempre alertei em considerações anteriores. Condeno integralmente as intervenções do “Professores Anônimos” devido ao real motivo destas, travestidas por apontamentos que merecem considerações, mas que conduzem ao retrocesso do movimento grevista que discutimos. Para finalizar, afirmo sem titubear que o espaço foi aberto a todos, e que se despontam lideranças é graças ao convencimento político que se desenvolveu nesse processo, pois não há outro poder em jogo dentro do MPG, visto este não ser uma instituição. A voz dos “professores anônimos” não foi reconhecida, sequer conhecida…
1 – Elite dirigente? rsss! que viagem! De onde tiram esse tipo de coisa??? 2 – “não foi ele quem fundou, não foi ele quem iniciou, sequer foi ele quem deu a linha de atuação da greve!” Ué, contraditório com a acusação não? 3 – “externamente tinha perdido o momento de pico de mobilização da base e era impermeável a processos de dinamização da organização interna do coletivo.” Quem tinha perdido
“o momento” de mobilização base? Quer dizer então que existe aí “um sujeito” que deveria perder ou não a base? O grupo dos professores anônimos é do tipo que não perde o pico? Mas então, cadê a base? Em qual momento houve aparato impedindo a base (vcs, claro) de fazer alguma coisa como base? 4 – “Antes dizia ser à favor da rotatividade de funções, agora defende abertamente a instituição de lideranças”: ninguém tá defendeo isso. Não houve “instituição de lideranças”, o que houve foi um cansaço, antes de vcs chegarem foram 20 dias chamando reunião e estas sempre esvaziadas e colocando ações em votação pelo facebook sempre sem nenhum respaldo e, depois, sem nenhuma prática concreta. Chamando manifestaçoes que ninguém ia. Não houve instituição de lideranças, houve professores que foram fazendo, foram agindo, passaram a se dedicar o tempo todo nisso e acabaram se cansando de pedir e implorar a participação de muitos. Esse cansaço rolou muito, muuuuito antes de vcs chegarem, vcs não acompanharam esse stress. Cada frase de faixa,cada cor de camiseta, cada símbolo do grupo, cada nome: tudo ficava emperrado. Coisas eram esperadas 4 dias para serem votadas e depois passavam do tempo. No final, quem estava fazendo começou a ir fazendo sem policiar um ao outro por decisão em votaçao de reunião. E este foi o momento em que o movimento mais cresceu: quando todos foram fazendo as coisas: charges eletrônicas,camisetas, contatos com a imprensa, manifestaçoes, etc. Esses que vcs chamam de oportunistas ficavam brigando para não ir dar entrevista na imprensa exatamente com medo desta acusação de oportunismo de liderança que vcs fazem agora. Era briga para não ir, pra não ter que ouvir isso que agora vcs falam. No final das contas, chegava o dia e alguém tinha que ir. E foi indo assim. Não houve essa má fé, essa conspiração que vcs colocam. O que acontece é que quando vcs chegaram já havia tido inúmeras tentativas de fazer as coisas funcionarem minimamente com exaustivo controle de todos contra todos e nada funcionava. A coisa só passou a funcionar quando todos resolveram dar uma trégua e confiar uns nos outros. Ocorre que vcs chegaram mais tarde e recolocaram a teoria da conspiração, que já havia emperrado demais tudo. Essa eterna falta de confiança . Desqualificam tudo num saco só. De repente, pensam que o fato de uma pessoa ser filiada a um partido já faz dela alguém que programou dias antes para entrar nesse movimento e articular para tomar poder, aparelhar, disputar sindicato. Não conseguem nunca imaginar que isso simplesmente não ocorre aqui, ainda que a imprensa queira dizer isso. Pq vcs não conseguem acreditar que se trata de um pragmatismo do que de um deliberado aparelhamento em prol do poder? Pq pra vcs sempre se trata disso? Dentro do debate dos 7 mil do face, e desde antes desse número, sempre teve aqueles que defendem que se tome o sindicato e outros que são contra. E nunca esse debate foi dividido entre filiados e não filiados partidários. Muito pelo contrário. Isso que vcs chamam de “vanguarda” é 90% contra disputar sindicato. E muito menos tem interesse em ser algo nesse MPG por motivo eleitoral. Aliás, disso eu digo que 99,99% com certeza está longe disso. O ataque ao Marconi e seus colegas é por motivos óbvios: ele é o governador que cortou a titularidade. Mas vcs nunca irão acreditar. Pq puros são só vocês. Jesus Cristo na terra. A derrota é culpa nossa, não é culpa de uma rasteira FDP do Sintego ou mesmo da incapacidade de vcs de fazerem valer essa pedagogia toda. Como pode ser culpa dessa “vanguarda” que nem sequer “deu a linha de atuação da greve” que a greve tenha acabado? O julgamento de vocês é uma receita pronta, vcs não conseguem entrar nos vieses dos detalhes. É preto no branco. vcs não analisam cada indivíduo dessa “vanguarda” para pensar seriamente nas intenções de cada um e pq é que as coisas foram sendo feitas por eles. É a receita da luta de classes, do movimento autogestionário x movimento aparelhado. não há matizes, não há peculiaridades. Se não está 100% sem manifestações com o Sintego é pq é 100% igual ao Sintego ou 100%pretendente de ser sintego. Aliás, embora disputar sindicato não esteja e ao mesmo tempo esteja como pauta nessa não só nessa “vanguarda”, mas entre os 7000 no grupo do facebook, de repente brigar por sindicato ou ser filiado a partido já é um crime automático contra a base. Vamos voltar à ditadura então. Na minha opinião, ainda que seja uma ditadura de esquerda, do proletariado, seria terrível nesses moldes aí de vocês. É nessa “pureza”que o movimento autogestionário avalia as coisas que se dão os maiores autoritarismos, tal como este julgamento de agora. Julga uma “vanguarda” por aparelhar o movimento da base, enquanto que essa “vanguarda” nada mais é que um grupo que foi agindo, fazendo as coisas, exatamente do mesmo modo que vcs fizeram (ou poderiam ter feito), do mesmo modo que diversos grupos, DIVERSOS, dentro do MPG (7.000 pelo face) também foram agindo, fazendo as coisas. Grupos fazendo coisas em nome do MPG ao mesmo tempo: isso nunca foi problema. No interior do Estado pipocou de grupos fazendo as coisas. O MPG foi funcionando assim. Nunca houve um grupo que coibisse o outro de fazer qualquer coisa. Vocês não apresentaram nenhuma proposta para negociar também. Porque não consultaram essa base e enfim apresentaram? Pq ficaram esperando essa “vanguarda” se estão com a base? Assim como vcs, nenhum dos demais grupos o fez. O que é fato é que o grupo que vcs chamam de “vanguarda” foi ativo em “fazer site, logo, correr atrás da imprensa, fazer uma manifestação atrás da outra. Mas isso em nenhum momento foi autoritarismo. Vcs colocam as coisas em termos muito absurdos. Nem sei pq que estou aqui até agora falando tudo isso, vcs nunca vão deixar de pensar preto no branco e eu,particularmente, estou de fora do MPG já faz mais de 1 mês. Nem sei pq ainda fico ofendida com insinuações tão absurdas como estas que vcs fazem.
1 – Elite dirigente? rsss! que viagem! De onde tiram esse tipo de coisa??? 2 – “não foi ele quem fundou, não foi ele quem iniciou, sequer foi ele quem deu a linha de atuação da greve!” Ué, contraditório com a acusação não? 3 “externamente tinha perdido o momento de pico de mobilização da base e era impermeável a processos de dinamização da organização interna do coletivo.” Quem tinha perdido
“o momento” de mobilização base? Quer dizer então que existe aí “um sujeito” que deveria perder ou não a base? O grupo dos professores anônimos é do tipo que não perde o pico? Mas então, cadê a base? Em qual momento houve aparato impedindo a base (vcs, claro) de fazer alguma coisa como base? 4 – “Antes dizia ser à favor da rotatividade de funções, agora defende abertamente a instituição de lideranças”: ninguém tá defendeo isso. Não houve “instituição de lideranças”, o que houve foi um cansaço, antes de vcs chegarem foram 20 dias chamando reunião e estas sempre esvaziadas e colocando ações em votação pelo facebook sempre sem nenhum respaldo e, depois, sem nenhuma prática concreta. Chamando manifestaçoes que ninguém ia. Não houve instituição de lideranças, houve professores que foram fazendo, foram agindo, passaram a se dedicar o tempo todo nisso e acabaram se cansando de pedir e implorar a participação de muitos. Esse cansaço rolou muito, muuuuito antes de vcs chegarem, vcs não acompanharam esse stress. Cada frase de faixa,cada cor de camiseta, cada símbolo do grupo, cada nome: tudo ficava emperrado. Coisas eram esperadas 4 dias para serem votadas e depois passavam do tempo. No final, quem estava fazendo começou a ir fazendo sem policiar um ao outro por decisão em votaçao de reunião. E este foi o momento em que o movimento mais cresceu: quando todos foram fazendo as coisas: charges eletrônicas,camisetas, contatos com a imprensa, manifestaçoes, etc. Esses que vcs chamam de oportunistas ficavam brigando para não ir dar entrevista na imprensa exatamente com medo desta acusação de oportunismo de liderança que vcs fazem agora. Era briga para não ir, pra não ter que ouvir isso que agora vcs falam. No final das contas, chegava o dia e alguém tinha que ir. E foi indo assim. Não houve essa má fé, essa conspiração que vcs colocam. O que acontece é que quando vcs chegaram já havia tido inúmeras tentativas de fazer as coisas funcionarem minimamente com exaustivo controle de todos contra todos e nada funcionava. A coisa só passou a funcionar quando todos resolveram dar uma trégua e confiar uns nos outros. Ocorre que vcs chegaram mais tarde e recolocaram a teoria da conspiração, que já havia emperrado demais tudo. Essa eterna falta de confiança . Desqualificam tudo num saco só. De repente, pensam que o fato de uma pessoa ser filiada a um partido já faz dela alguém que programou dias antes para entrar nesse movimento e articular para tomar poder, aparelhar, disputar sindicato. Não conseguem nunca imaginar que isso simplesmente não ocorre aqui, ainda que a imprensa queira dizer isso. Pq vcs não conseguem acreditar que se trata de um pragmatismo do que de um deliberado aparelhamento em prol do poder? Pq pra vcs sempre se trata disso? Dentro do debate dos 7 mil do face, e desde antes desse número, sempre teve aqueles que defendem que se tome o sindicato e outros que são contra. E nunca esse debate foi dividido entre filiados e não filiados partidários. Muito pelo contrário. Isso que vcs chamam de “vanguarda” é 90% contra disputar sindicato. E muito menos tem interesse em ser algo nesse MPG por motivo eleitoral. Aliás, disso eu digo que 99,99% com certeza está longe disso. O ataque ao Marconi e seus colegas é por motivos óbvios: ele é o governador que cortou a titularidade. Mas vcs nunca irão acreditar. Pq puros são só vocês. Jesus Cristo na terra. A derrota é culpa nossa, não é culpa de uma rasteira FDP do Sintego ou mesmo da incapacidade de vcs de fazerem valer essa pedagogia toda. Como pode ser culpa dessa “vanguarda” que nem sequer “deu a linha de atuação da greve” que a greve tenha acabado? O julgamento de vocês é uma receita pronta, vcs não conseguem entrar nos vieses dos detalhes. É preto no branco. vcs não analisam cada indivíduo dessa “vanguarda” para pensar seriamente nas intenções de cada um e pq é que as coisas foram sendo feitas por eles. É a receita da luta de classes, do movimento autogestionário x movimento aparelhado. não há matizes, não há peculiaridades. Se não está 100% sem manifestações com o Sintego é pq é 100% igual ao Sintego ou 100%pretendente de ser sintego. Aliás, embora disputar sindicato não esteja e ao mesmo tempo esteja como pauta nessa não só nessa “vanguarda”, mas entre os 7000 no grupo do facebook, de repente brigar por sindicato ou ser filiado a partido já é um crime automático contra a base. Vamos voltar à ditadura então. Na minha opinião, ainda que seja uma ditadura de esquerda, do proletariado, seria terrível nesses moldes aí de vocês. É nessa “pureza”que o movimento autogestionário avalia as coisas que se dão os maiores autoritarismos, tal como este julgamento de agora. Julga uma “vanguarda” por aparelhar o movimento da base, enquanto que essa “vanguarda” nada mais é que um grupo que foi agindo, fazendo as coisas, exatamente do mesmo modo que vcs fizeram (ou poderiam ter feito), do mesmo modo que diversos grupos, DIVERSOS, dentro do MPG (7.000 pelo face) também foram agindo, fazendo as coisas. Grupos fazendo coisas em nome do MPG ao mesmo tempo: isso nunca foi problema. No interior do Estado pipocou de grupos fazendo as coisas. O MPG foi funcionando assim. Nunca houve um grupo que coibisse o outro de fazer qualquer coisa. Vocês não apresentaram nenhuma proposta para negociar também. Porque não consultaram essa base e enfim apresentaram? Pq ficaram esperando essa “vanguarda” se estão com a base? Assim como vcs, nenhum dos demais grupos o fez. O que é fato é que o grupo que vcs chamam de “vanguarda” foi ativo em “fazer site, logo, correr atrás da imprensa, fazer uma manifestação atrás da outra. Mas isso em nenhum momento foi autoritarismo. Vcs colocam as coisas em termos muito absurdos.
Postei esse comentário ontem à noite. Questionei pq não havia sido aprovado e me falaram que ele não havia chegado. Então modifiquei algumas frases e enviei de novo. E eis que aparece postado exatamente o que enviei ontem à noite! rsss!!
Júlia,
Tal como lhe foi comunicado em mensagem pessoal de e-mail, não tínhamos recebido nenhum comentário seu. Pouco depois do envio dessa mensagem surgiram três comentários seus que nos pareceram iguais, mas eram demasiado extensos para que pudéssemos compará-los na íntegra. Dado este seu protesto, iremos substituir aquele seu comentário pelo último dos três. Esperamos que isto seja satisfatório.
P.S. Aliás, em vez de procedermos a uma substituição, colocámos o primeiro e o terceiro. Mantemos o segundo em reserva.
Houve uma greve que determinou trajetórias nos embates de organização, formou-se o MPG que foi quem levou a greve aos 51 dias no combate tanto à beligerância institucional do governo estadual como no combate à camarilha que compõe o SINTEGO. No seu processo de organização vários grupos determinaram a ação do MPG, mas uma prática ultrapassava as diferenças internas e determinava-lhe a ação frente ao SINTEGO e à Secretaria da Educação: o enfrentamento público das assembleias, das panfletagens, das passeatas, das várias reuniões com o SINTEGO, etc. Nesses momentos que davam institucionalidade ao MPG, alguns professores foram mais percebidos em meio à imensa maioria. Nesta sexta feira conversei com um desses professores e ele dizia-me: “é João, agora tenho que correr atrás de advogado para me defender do processo de exoneração porque estou em estágio probatório”.
Quem eram esses professores como esse professor do qual tenho a honra de ser amigo (assim como tenho a honra de ser amigo de todos os “professores anônimos” que tão bem conheço)? Quem eram esses professores antes da greve? Certamente que não eram líderes de nada e muito menos pensavam organizar o MPG ou articular qualquer facção interna. Esses professores construíram-se nas suas práticas no dia a dia da greve, facções surgiram, líderes determinaram-se, interpretações foram elaboradas, perspectivas políticas de ação para o movimento acentuaram-se outras derrotaram-se, mas o fato é que houve um extraordinário movimento coletivo que acabou por derrotar-se, certamente que não por desvios internos ou sobreposições de lideranças. O fato é que mesmo os que se mantinham anônimos aqui no Passapalavra vibravam e aplaudiam os “líderes”(agora com os nomes nas lista de exonerações) quando esses “ganhavam” as assembleias de modo que com a sua palavra e liderança reiteravam as demandas globais dos professores e reforçavam o MPG. Esses são fatos. Não é nada pernicioso descrevê-los. O que me parece pernicioso é que na avaliação global agora feita essa questão da solidariedade com os “listados” não se faça presente. Conheço grande parte desses professores, os da lista e os anônimos, o que não posso aceitar é o tom da análise (notem, por favor, refiro-me ao tom, não aos conteúdos em si) que vem agora público tão rigorosa na descrição dos problemas postos pelas diferentes práticas dos grupos que se constituíram no MPG, e essa questão fundamental, a da solidariedade aos que sofrerão a criminalização da greve com a perda do emprego seja ignorada. Haveria alguém aqui a pensar: “ora, azar o deles”; “quem mandou ser líder”, é certo que não porque tanto os “listados” como os “anônimos” são amigos e respeitam-se.
Sempre vi na intervenção dos “professores anônimos” aqui no Passapalavra uma colaboração fundamental aos destinos do movimento (por várias vezes disse-lhes isso pessoalmente, além de lhes ajudar a divulgar os textos publicados, tanto os anteriores como este último). Não sei se o movimento grevista percebeu a importância dessa intervenção, o fato é que no correr do processo, os “anônimos” também se fizeram em facção. Hoje todos sabem quem assina os artigos como “professores anônimos”, isso também é um fato. Termo esse que torna a assinatura “professores anônimos” uma grife inaceitável.
Então pergunto: por que aquele professor (meu amigo) que falava comigo na sexta feira terá que defender judicialmente o seu emprego e os demais (também meus amigos, especialmente os “professores anônimos”, a maioria deles também em estágio probatório) voltarão a trabalhar sem essa preocupação? Por que a defesa e a solidariedade a esses professores não se fez ponto precedente às demais discussões agora encaminhadas?
Caro Prof. João Alberto,
Primeiramente o ônus não recai unicamente sobre as lideranças surgidas “naturalmente” da luta, mas sim sobre mais ou menos 300 professores em estágio probatório, alguns dos quais inclusive nem aderiram à greve, mas devido ao fato da escola em que trabalhavam ter paralisado foi um motivo visto pela Seduc em incluí-los nessa lista. Dessa forma parece que a Seduc mostra saber, ao contrário das organizações participantes nessa greve, que a força de um movimento de luta de trabalhadores vem da base e não de qualquer liderança que se forme inevitavelmente.
Sobre o tom purista que teríamos imputado na crítica à organicidade dos envolvidos, afirmamos que a questão de ações dentro das escolas pautou as discussões desde o início da greve. Alguns professores defenderam abertamente a necessidade de fechar as salas de aula e manter abertos os portões da escola para, dessa forma, ampliar a participação dos trabalhadores e da comunidade nos debates e caminhos da greve. Fazemos notar, inclusive, as diversas vezes em elementos do próprio MPG entraram em conflito com membros do Sintego por estes motivos. Ocorre que devido à estrutura organizativa do próprio MPG tais propostas não foram levadas à frente, e o caminho que restou foi o de ações midiáticas de alto impacto.
O anonimato não seria uma “voz miúda” ou coisa do tipo, é uma medida de segurança contra possíveis retaliações, sejam elas de onde vierem. O que é apontado no artigo como mais um erro do MPG, pois se desde o início tivessem assinado os textos ou mesmo as declarações à imprensa fossem dadas em nome do grupo e não pelos indivíduos participantes, a retaliação poderia ter sido, no mínimo, dificultada. Este tipo de preocupação é historicamente corrente em coletivos de luta dos trabalhadores, inclusive para evitar personalizações nos movimentos. Coisa que infelizmente não vimos nas ações do MPG.
Sobre nossa participação, desde que nos foi possível, participamos ativamente do processo de luta, tanto junto ao MPG, quando por outros meios, inclusive escrevendo estes textos. Acontece que, muito dos que estão aqui a nos criticar, são os mesmos que nunca compareceram, ou mesmo resolveram aparecem ao final da mobilização, quando os rumos do processo já estavam muito bem delineados. Deste modo lhes é impossível notar que tentamos reiteradas vezes que nossas propostas fossem ouvidas, que escutassem o que tínhamos a dizer. Não lhes é possível notar que em todas estas ocasiões nossas opiniões foram abafadas, distorcidas, e os motivos talvez estejam claros para alguns, porque pressupõem que fazemos parte de “alguma força política” e este fantasma, criado por eles mesmo, sempre os incomodou. Ocorre que nenhum de nós faz parte de organizações que pretendam levar algum ponto de vista doutrinário à apreciação de outros. Assim nunca ouviram de nós qualquer orientação ou indicação de um rumo certo a seguir, dado a priori, mas somente indicações práticas de caminhos pelos quais acreditávamos mais apropriados à estruturação e ao desenvolvimento do processo de luta.
Afirmamos ainda que a preocupação principal do artigo era mostrar a partir das ações do grupo a ambiguidade presente nele. E como essa ambiguidade está cristalizando uma liderança e uma burocracia que pretende se firmar na luta pela representação dos trabalhadores da educação em Goiás. Apesar do brado radical, a hierarquização e controle de informações cruciais ao movimento foram reproduzidas durante a luta, não existindo iniciativa que seria diferente em uma possível proposta do MPG em perpetuar sua organização em defesa da educação pública do estado de Goiás.
Por fim, entendemos também que é medida urgente correr em socorro daqueles que estão sendo ameaçados de exoneração, que é condição para que os que se envolveram na luta hoje, continuem se envolvendo amanhã.
Obrigada. Completamente contemplada agora. A respeito da postagem do prof. João Alberto, penso que o questionamento é muito pertinente. Ainda estamos numa urgência da luta, que é união para a defesa de todos os que estão sofrendo processos e correndo riscos mais sérios. E os “professores anônimos”, que sempre levantaram críticas, devem ser pertinentes em perceber que este é um momento de extrema fragilidade de todos os que se envolveram exaustivamente e “deram as caras”, seja lá por qual motivo. Tod@s estão muito abalados com isso, muitos dessa “vanguarda” há alguns dias nem entram mais nos debates das redes sociais ou nas reuniões, saíram mesmo de campo e estão muito abalados não só com a derrota, mas com o preço em especial que estão pagando correndo atrás de papelada e de advogados, com dívidas e tudo o mais. Este momento está sendo bastante difícil até para uma reação quanto ao que aconteceu, pois a necessidade imediata de garantir o emprego é o que mais pesa e leva todos ao stress e a desentendimentos contínuos. Esta é a realidade deste momento, o que inclusive corrobora com o não “profissionalismo de liderança” destes e é isto que tem, inclusive, impedido uma reação mais concreta. É neste momento específico que chega essa crítica dos “professores anônimos” e essa peculiaridade gera reações ainda mais imponderadas por parte dos criticados. Penso que quem comenta ainda aqui, como eu por exemplo, que não sou professora da rede pública, é justamente quem não está tão desgastado ou quem ainda não saiu completamente de campo apesar de todas as dificuldades com os processos.
Meus caros, não sabia que fossem tantos assim a compor essa lista. Trezentos professores sob ameaça direta de exoneração e vocês a discutir agora as “ambiguidades” do movimento?
Qual seria então a real “medida urgente” a ser tomada aqui no Passapalavra?
Bem, ao longo destes 51 dias de greve, nós procuramos levantar algumas questões que consideramos serem relevantes para o desenvolvimento da luta. Infelizmente, o que pudemos perceber, é que muitas de nossas colocações foram ofuscadas frente a uma enormidade de acusações. Não temos nenhuma fórmula pronta, como muitos procuram postular, entretanto, com o desfecho do movimento, algumas das coisas que deixaram de ser discutidas, hoje são caras a muitos de nós.
Desde o primeiro artigo apontamos o caminho perigoso que poderia ser a aproximação com o Sintego, e fomos criticados por não sabermos no que consiste uma aliança política. Aliás, um dos comentários do segundo artigo dizia: “É muito triste, sobretudo, a suspeita de que esse movimento encerrará a greve tão logo o sindicato queira, como se não tivéssemos um acordo crítico com o sindicato e sim um acordo qualquer, acéfalo”.
Na verdade, o MPG só começou a avaliar estas questões que colocamos após a assembleia do dia 08/03, quando o sindicato tentou acabar com o movimento. E olha que coisa, a greve foi formalmente suspensa (o que significa de fato seu fim) no último dia 27, quando o sindicato quis.
Outra coisa é referente a acusação de anonimato e a não participação na luta. Se, somos anônimos, como tantas pessoas afirmam com certeza que sabem quem somos? Como podem afirmar que não participamos da luta? Só mesmo com a bola de cristal que vocês julgam que temos conseguiríamos fazer estas colocações sem participar da luta.
Criticam-nos por escrever textos, mas se de fato o fizemos foi por não termos conseguido qualquer espaço de discussão. E isso não é ressentimento por não ter adesão às ideias, mas é uma critica ao fato de que nestes espaços, ditos democráticos, não era possível uma discussão e decisão coletiva de fato. Quando falamos na burocratização do MPG, nos referimos a estas posturas individuais que sobrepunham-se a construção coletiva.
As pessoas não compareciam? Era moroso o processo? Mas a mudança de prática realmente é mais custosa, mas nem por isso temos que seguir o caminho mais fácil.
Nossas críticas tiveram como pressuposto a tentativa de superação, e basta reler todos os textos pra perceber que o MPG não foi crucificado como tantos querem fazer parecer.
Ah, e sobre o momento oportuno de discutir as ambiguidades, nós procuramos fazer isso, além das reuniões, após momentos decisivos. E não só nós, como pessoas não anônimas, quiseram discutir sobre a nossa saída da greve (o caso de perseguições, etc…), o que foi considerado inoportuno no momento. Agora temos o problema aí nos consumindo, sem termos nos preparados minimamente para isto, mas enfim, seguimos…
1 – O Passa Palavra acolhe todo tipo de colaboração que esteja de acordo com os nossos princípios editoriais (http://passapalavra.info/?p=121 ), seja desta ou daquela corrente ideológica. Portanto, não se deve confundir os artigos que nele são publicados com o posicionamento oficial do coletivo. Toda vez que o conteúdo de um texto expressar precisamente a opinião do coletivo, ele será assinado Por Passa Palavra.
2 – Sempre aceitamos, desde o início de nossas atividades, colaborações assinadas por anônimos, pseudônimos ou letras iniciais, porque entendemos ser esta uma prerrogativa de segurança inviolável, cabendo aos autores optarem por ela ou não. E nos comprometemos a em nenhum caso violar esse sigilo (http://passapalavra.info/?p=151 ).
3 – No caso dos Professores Anônimos, lamentavelmente, o anonimato tem se mostrado ainda mais necessário, como provam diversos comentários insultuosos que nos têm chegado (contendo inclusive ameaças de agressão física aos autores) mas que não publicamos consoante nossa política de moderação de comentários (http://passapalavra.info/?p=200 ).
Atenciosamente,
Coletivo Passa Palavra
Sr João Bernardo, primeiramente eu não sabia e desconheço o “Legume”, e já que o senhor me passou estas informações eu só tenho que achar bom que existe uma pessoa como ele. Os insultos são gerados pela indignação de professores que não se sentem contemplados com a divulgação de um texto por professores anônimos que não tem conhecimento de causa do que acontecem e jogam informações sem ter comprovação apenas especulação. O Texto por si só já foi um insulto pra muitos, principalmente por conta de algumas colocações sem embasamento de como está o desenvolvimento do MPG. Como o senhor deixou bem claro exemplificando o legume a luta é na prática e a prática tem “vacinado” muitos professores contra as imposições burocráticas do ESTADO. Eu acredito que não exite um modelo matemático da autogestão como apresentam aqui os professores anônimos, que ao invés de publicar textos afastadamente poderiam estar lá conosco construindo e agora neste momento critico sendo fundamentais para construir a luta. Mas não os professores anonimos nem essa paciência tiveram, pelo contrário preferem afirmar com ledo engano é claro que até influência da Igreja existe dentro do grupo.
“Na verdade, o MPG só começou a avaliar estas questões que colocamos após a assembleia do dia 08/03, quando o sindicato tentou acabar com o movimento. E olha que coisa, a greve foi formalmente suspensa (o que significa de fato seu fim) no último dia 27, quando o sindicato quis.” Apenas duas coisas quanto a isso. 1 – Não é verdade que a questão do sindicato começou a ser avaliada apenas após o dia 8. Desde o primeiríssimo dia de reunião o sindicato é tema polêmico e debatido exaustivamente. Mesmo as ações nas assembleias são debatidas desde antes do dia 8. Mas isso não significa ter a capacidade de traçar todas as possíveis artimanhas deste sindicato. o que leva ao 2 – A greve não foi suspensa pq o MPG cedeu à vontade do Sintego. O MPG de fato não acabou com a greve tão logo o Sintego quis. Ocorre que, independente da resistência a esse fim, bastante contudente pelo MPG, tanto que na votação a maioria votou contra o fim por conta da força da greve. Ocorre que o Sintego acolheu como empate, obviamente passou por cima e declarou fim da greve. Isso de modo algum significa acordo do MPG com o Sintego ou uma aceitação do MPG ao fim da greve, houve a resistência possível. Não vejo em que sentido essa arbitrariedade nega que não se tratou de acordo pragmático e não acéfalo apenas para momentos de manifestação.
Alguns comentadores nos acusam por supostamente não termos “embasamento” e de não averiguarmos os fatos, por supostamente estarmos distanciados. Pois de nosso turno, respondemos que a maioria dos comentadores sequer leu o texto e mesmo assim nos acusou ferozmente, e quando leu, leu com má vontade, com visão enviesada. Se apresentamos um modelo de “autogestão” ou “autogestionário”, desafio aos leitores a encontrarem uma única referência a esta palavra em qualquer um dos nossos quatro textos que indique nossa predileção por este modelo organizativo. Aliás, existe uma única menção a esta palavra no último texto, quando indicamos que existem elementos no grupo que são adeptos desta concepção. E é precisamente no mesmo momento onde falamos dos membros da renovação carismática. Será que é a isto que Alexandre se refere ao dizer que teríamos indicado a influência da igreja no movimento?
1)Se os “professores anônimos” tivessem participado tão de perto como dizem, saberiam elencar em sua análise muitas outras frentes de ação do MPG (Reunião com advogados, OAB, CEE, FEE, reitor da UFG, presidente da Agetop, deputados, Alego, Sintego, vereadores, etc.). 2)Tivemos uma reunião com o presidente da OAB que se dispôs a nos auxiliar e nos solicitou documentos e dados para tal, o que já está sendo feito. A questão dos exoneráveis está sendo trabalhada faz algum tempo, inclusive já conseguimos um advogado que não irá cobrar para nos auxiliar nesse caso. 3)Esse anonimato não me parece ter a real intenção de resguardar pessoas de retaliação, mais me parece subterfúgio retórico. É muito conveniente fazer uso da palavra sem expor o nome. Destaca-se a teoria do contexto, o que a torna inócua, ou pelo menos precária. Para mim, o anonimato não é ético, pois desfigura o discurso e inviabiliza o diálogo. A não ser em casos de flagrante risco à integridade do indivíduo, o que não me parece ser o caso dos professores anônimos. Destaco: Art.5º,IV, CF – “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.” Porém essa discussão não cabe nesse momento. 4)Irei procurar quem fez ameaças de agressão física, pois dos colegas que conheço nunca vi disposição para tal. Ainda não me convenço pela defesa ao anonimato neste caso, até porque está ficando muito evidente que a suposta precariedade da democracia acusada pelos “professores anônimos” tem muito a ver com sua incapacidade de convencimento para com o coletivo, e não vai ser o anonimato que irá mudar essa situação. 5)No meu caso, de quem critica as intervenções dos “professores anônimos”, esclareço que estou no MPG desde seu nascimento e participei de diversas frentes de ação, desde reuniões e estudos até manifestações; em resposta a acusação de que “Acontece que, muito dos que estão aqui a nos criticar, são os mesmos que nunca compareceram, ou mesmo resolveram aparecem ao final da mobilização, quando os rumos do processo já estavam muito bem delineados.” O que para mim reforça a miopia dos “professores anônimos” que dizem “Sobre nossa participação, desde que nos foi possível, participamos ativamente do processo de luta, tanto junto ao MPG, quando por outros meios, inclusive escrevendo estes textos.” O tom de análise especializada que sempre permeou os textos dos PA é que me parece inadequado, pois mostram muita habilidade retórica mas pouquíssimo conhecimento dos fatos, por isso fazem juízos parciais e, portanto, execráveis. Os percalços do processo chegam a ser previsíveis, mas não justificam acusações desajustadas como:
“Mas, os grandes personagens desta luta, Sintego, MPG e Governo Estadual, estes não foram derrotados. A disputa agora será para ver qual deles irá conseguir colher os melhores frutos desta greve.”
“Assim, pode-se notar que o MPG atuou mais como uma junção de disposições individuais, conectadas por uma frente de forças políticas divergentes, do que como um coletivo de trabalhadores em luta. Submeteu-se ao jogo imposto pelo sindicato e, ao não voltar suas atenções para a mobilização nas escolas…”
“Apenas a manifestação passiva pelas ruas, controladas pelo carro de som e seguindo trajetos decididos por alguns líderes, é um ato pedagógico. A organização dos trabalhadores para a luta não é considerada como uma ação pedagógica, em que todos podem aprender a decidir os rumos da luta coletiva, e nessa ação solidária e coletiva desenvolver novas formas de organização dos processos de trabalho.”
“A pior resposta possível está sendo dada: a conversão de uma vanguarda em uma elite dirigente.”
Salvo em alguns momentos de radicalização, o MPG sempre esteve preso à forma de atuação do próprio Sintego e agora, não se contentado com isto, pretende ocupar o lugar do próprio Sintego.”
“Antes dizia ser à favor da rotatividade de funções, agora defende abertamente a instituição de lideranças. Dizia ser contra as campanhas eleitorais e o que se viu foi o ataque a pré-candidatos aliados ao governador. Não é esta a prova mais cabal de que a coisa deu em nada? Ou pior, que abandonou os princípios que ele próprio proclamava e se rendeu às armas da burocracia? Quando apontamos estas questões nos diversos artigos, fomos rotulados como demagógicos, alheios da luta, mas o desfecho deste movimento grevista deixa claro quem são os verdadeiros merecedores destes adjetivos.”
Me parece que os PA finalmente mostraram sua face, deixaram cair a máscara sustentada por preocupações nobres com a BASE DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO. A emergência de tais acusações se sobrepõem à falácia de que “Nossas críticas tiveram como pressuposto a tentativa de superação, e basta reler todos os textos pra perceber que o MPG não foi crucificado como tantos querem fazer parecer.”
Finalizo mais este comentário dizendo que a questão da ROTATIVIDADE foi superada logo após sua inserção em nossa “carta de intenções”, pois percebemos que as habilidades são individuais e não coletivas, a ausência de alguns colegas em suas funções afetariam a qualidade de nossas ações. Isso nunca impediu a iniciativa de nenhum membro do MPG. Todos somos ouvidos, mas nem sempre convencemos o coletivo, como já aconteceu comigo e com outros várias vezes. Isso não me parece afrontar a democracia. Digo mais, até mesmo representantes do governo foram ouvidos por nós e suas reclamações foram consideradas em nossas decisões, quando por exemplo apontaram para a dificuldade de diálogo entre categoria e governo quando fazíamos ataques pessoais aos deputados e ao governador. Quer algo mais democrático do que isso?
Primeira coisa que eu quero comprovação é esse paragrafo:
“Assim, o que era decidido em privado passou a ter mais relevância do que o decidido em reunião. Dessa forma, e contrariamente ao exposto na página principal de seu site, trilharam um caminho que desembocou na formação de um grupo de dirigentes e líderes, com algumas pessoas assumindo o papel de mártires. Após algumas denúncias, houve alterações, mas nunca a ponto de transformar radicalmente o caráter ambíguo do MPG. Tanto que o MPG passou a reproduzir uma campanha de agitação do Sintego durante a greve: numa ação extremamente demagógica, sem qualquer debate coletivo, uma campanha eleitoral inversa surgiu com panfletos e vídeos que incitavam os professores a não votarem nos pré-candidatos municipais aliados ao governador. Fortaleceram, assim, indiretamente a oposição partidária na qual o grupo dirigente do Sintego se integra (talvez mesmo alguns do MPG), o qual tem um projeto político para o estado e municípios goianos.”
Essa outra parte aqui eu também quero comprovação:
“E, ao que tudo indica, os resultados já começaram a aparecer. Com o fim do movimento grevista, a página do MPG no facebook está repleta de declarações que solicitam ao grupo a formação de uma chapa de oposição à atual direção do Sintego, proposta esta que já está sendo seriamente debatida entre os dirigentes do grupo.”
Mas essa eu quero mesmo! Porquê isso pra mim foi jogar sujo, porquê primeiro que não existem dirigentes, segundo que sim com certeza podem existir pessoas com essa intenção, mas isso não vem sendo foco, nem tema central das reuniões do MPG, então eu quero comprovação das afirmações.
“A pior resposta possível está sendo dada: a conversão de uma vanguarda em uma elite dirigente.”
Eu quero comrpovação disso aqui também até porquê meus caros sem comprovação seus argumentos caem por terra.
“Salvo em alguns momentos de radicalização, o MPG sempre esteve preso à forma de atuação do próprio Sintego e agora, não se contentado com isto, pretende ocupar o lugar do próprio Sintego.”
isso aqui eu quero comprovação! mais uma coisa bem concreta, nada de murmurinho e fofoquinha…
Júlia,
Em nenhum momento dissemos que o MPG não se opôs ao fim da greve ou que o Sintego não manobrou para com ela acabar. O que estamos a apontar desde o início da greve é que os acordos pragmáticos que você tanto defende não eram possíveis. E isso é decorrente da forma de atuação do próprio Sintego, que pode ser vista através da fala de um diretor do sindicato que reproduzimos em nosso primeiro artigo. Isso também foi dito em reunião. Pensamos que se isso foi ignorado, a ação do Sintego não pode ser tratada como uma traição. Era de se esperar o que eles fizeram.
Agora ao Fabrício e ao Alexandre,
Desde o primeiro artigo que escrevemos procuramos ser discretos e manter as nossas análises num plano mais teórico, nem citar nomes. Mas perante a série de injúrias que nos foram dirigidas e a exigência de fatos concretos, vamos aos fatos. Foram vocês que pediram.
Ao primeiro e a sua defesa de que existiam espaços de decisão democráticos e as mesmas se davam por convencimento, afirmamos aqui que existe ao menos um grupo secreto no facebook, composto por alguns membros do MPG (por estarem nesse grupo seleto os denominamos de liderança), e que decidem coisas que passam por cima de decisões das reuniões abertas.
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É também nestes espaços que se decide a exclusão de posts do grupo aberto.
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http://imageshack.us/photo/my-images/823/censurazamrico2.jpg/
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Os panfletos denunciando deputados como inimigos da educação (a lista do MPG é mais curta que a do Sintego, por que?) e a fala de um célebre membro do MPG em assembleia do dia 01/03, nos dá a dimensão da campanha eleitoral que estavam dispostos a fazer, em franca oposição a um dos princípios defendidos na página do grupo na internet.
http://imageshack.us/photo/my-images/6/deputados.jpg/
http://www.youtube.com/watch?v=pM22Qfl3awA
http://youtu.be/t41GSx_RNyY
Por fim sobre a questão da constituição de uma chapa para concorrer à direção do Sintego, como já indicamos no artigo, basta olhar no grupo aberto, que até mesmo lá o assunto já é tratado de forma explicita.
Quais são essas comissões? Que grupo é esse? Por que acusam um companheiro de “tumultuador” sendo que ele é um dos que mais dá a cara a tapa e um dos que mais podem sofrer perseguições políticas? Tem outras carinhas ali que não vejo frente-a-frente com a polícia.
Esse companheiro está estampado em jornais, já apareceu na televisão, está sendo processado pela Seduc e tem imagens gravadas nos arquivos da Polícia Legislativa.
Cadê o pessoal pra explicar isso, porque é uma grande “pulga atrás da orelha”… São mais de 8 mil membros no grupo MPG e vários que frequentam reuniões presenciais sem saber disso aí!
Como membro do MPG, agora me deu até medo quando vi isso aí! O quê é que está rolando de verdade?
Bem eu declaro aqui que estou convencido, e decepcionado! E tô fora! Eu que tinha passado a noite escrevendo um texto meu para falar bem do MPG , saio decepcionado e desejando sorte pra quem realmente é de luta e o inferno pro Arilson e sua galerinha oportunista dos infernos.
Injúria por injúria, quem é a vítima? Quem está se crucificando, sendo cruficado ou é o crucificador? Plano teórico?? Vocês o extrapolaram desde o primeiro artigo, e que eu saiba, aqui seus “nomes” ainda não foram citados, ao contrários dos nossos, inclusive agora em prints que levam nossas fotos. Muito nobre e honrada a atitude de vocês, não é exagero algum chamá-los de covardes. Mas com isso, penso que estão colaborando muito para o movimento, parabéns! Quer uma dica para coroar o exímio trabalho de vocês? Vai no grupo e peça minha exclusão, ok? E não esqueçam de assumir meu trabalho.
Sr. moderador peço retratação,pois minha imagem foi divulgada sem a minha permissão. Não sou pessoa pública, e portanto, não autorizo tais imagens.
Moderador, meu nome é citado e publicado, mas quando citei o nome de alguém vc não autorizou a postagem, começo a desconfiar de protecionismo.
André Luiz, eu expliquei, mas algum motivo que desconheço não chegou à publicação. Se quiser me procure no face que esclareço os devaneios dos PA.
Até agora não posicionei, pois acredito que os professores anônimos não estão dispostos a construir nada, o propósito deles é ficar na frente do pc escrevendo seus textos tentando minar o movimento, pois ficaram com o ego ferido devido as suas propostas terem sido recusadas nas reuniões do MPG. Entretanto, diante das acusações acima não consigo ficar parado.
Sobre os questionamentos do Andre Luiz Vargas. O MPG não foi criado durante a greve e para a greve, o movimento teve suas primeiras reuniões no mês de novembro de 2011 quando foi imposta uma matriz curricular que reduzia a carga horária das disciplinas de filosofia e sociologia, fizemos várias reuniões com professores dessas disciplinas, com representantes do conselho estadual de educação e até mesmo com representantes da SEDUC, diante da movimentação conseguimos manter a carga horária que já era mínima das disciplinas de filosofia e sociologia. Logo depois no mês de dezembro para a nossa surpresa foi votado o projeto de lei que alterava o plano de carreira do magistério. O SINTEGO entrou de recesso e ficamos a ver navios. No dia 23 de dezembro 2011 fizemos uma reunião na F.E da UFG, com mais de 100 pessoas entre professores do estado, município, estudantes e outros movimentos sociais, que culminou na organização do movimento MOBILIZAÇÃO DOS PROFESSORES DE GOIÁS (MPG). Na segunda reunião dividimos as comissões e os seus participantes, nos primeiros dias as comissões funcionaram e conseguiram desenvolver as suas atividades, com o passar do tempo devido à rotatividade de participantes nas reuniões do MPG e o envolvimento diário dos membros do MPG nas atividades de greve, passagem nas escolas, mobilização estudantil e etc. as comissões foram desarticuladas e não conseguiram dar andamento nas suas atividades. Na tentativa de reorganizar as comissões fizemos uma reunião para avaliar a situação, os ‘professores anônimos’’ fizeram a proposta de criar comissões rotativas e que as mesmas deveriam produzir um relatório diário sobre as atividades desenvolvidas a cada dia, essa proposta foi votada e recusada pela maioria dos professores, diante do resultado da votação “os professores anônimos” saíram do MPG e resolveram escreve um texto que foi publicado no passa palavra, fazendo uma analise superficial e futurística do movimento com teor profético, afirmando que o movimento caminhava para uma derrota externa e outra interna. O pequeno percurso histórico do MPG demonstrou que essa analise não se materializou na prática, por dois motivos. O primeiro deles, o movimento conforme escrito acima não, foi criado durante a greve e para a greve, muito menos por conta do plano de carreira. Então o objetivo fundamental e a pauta de reivindicações do MPG não estão restritos a questões econômicas, ao contrario do que tem sido afirmado nos textos dos “professores anônimos”. Segundo motivo no dia 30 de março depois do termino da greve fizemos uma reunião com muitas pessoas novas e outras antigas, que acreditam no espírito combativo do MPG, o movimento continua mesmo depois da greve e de todas as ameças e perseguições que estão sendo feitas.
Os “professores anônimos” não estavam na luta dia a dia passando em escolas e mobilizando os alunos, apesar de afirmarem que isso deveria ter sido feito pelo MPG, enquanto o MPG passava o dia e a noite percorrendo as escolas, dialogando com os professores e alunos os “professores anônimos” estavam no conforto de suas casas na frente do computador fazendo suas análises futurísticas e superficiais, pois estavam distantes da mobilização durante o período de greve e ficaram preso as informações da mídia burguesa e das redes sociais.
Sobre as afirmações que o companheiro Thiago era “tumultuador” , quando saiu o texto com as analises futurísticas do MPG, foi chamada uma reunião de uma das comissões para discutir a produção e o porquê das afirmações caluniosas que estavam presentes no texto, o Thiago foi convidado juntamente com os “professores anônimos”, essa reunião era da comissão que os “professores anônimos” tanto criticaram, mas que eles mesmos, pediram para entrar. Nessa reunião os “professores anônimos” não compareceram ao contrário do companheiro Thiago, que foi levou suas criticas para o grupo e fez o grupo amadurecer politicamente, ele estava disposto a construir um movimento diferente e combativo e deu à cara a tapa, está com salário cortado e sendo processado, ao contrário dos “professores anônimos” que não apareceram na reunião para colocar as suas criticas e travar o embate ideológico dentro do movimento, preferiram continuar no conforto de suas casas e disputando a previsão do futuro com a famosa Mãe Dináh.
Sobre os interesses diversos dos membros do MPG
No MPG existem vários tipos de movimentos e posicionamentos ideológicos assim como foi citado no último artigo dos professores anônimos que só faltaram colocar a orientação sexual de cada participante no texto. Não sei se os professores anônimos pesquisaram no site, mas o grupo é apartidário e não antipartidario, então todo e qualquer sujeito que queira participar do MPG seja de partido, movimento social e etc é livre para participar, pois o MPG não é um movimento sectário e está disposto a construir a luta com todos aqueles que estejam neste caminho, pode até ser que tenhamos interesses diversos. Entretanto, temos alguns pontos de convergência e estamos na unidade de luta. Ao contrario dos “professores anônimos” que não estão preocupados com a luta, por isso não aceitam que suas propostas sejam recusadas dentro do movimento e agora fazem de duto para mina-lo, pois não conseguiram controlar o movimento da forma que eles acreditavam ser a mais correta. Durante o desenvolvimento do movimento muitas pessoas se afastaram devido o caráter radical que o MPG assumiu, outros adentraram no movimento justamente por esse caráter radical, isso é natural dos movimentos sociais. Muitos que estão no MPG têm interesse de disputar sindicato, fundar associação, fundar fórum e etc. Entretanto, isso não é o principal dentro do MPG, ao contrario do que é afirmado no artigo dos professores anônimos, nunca fizemos reuniões para discutir isso, muitas pessoas estão colando isso no grupo do facebook, e outros devem estar discutindo isso fora do movimento, mas as pessoas são livres para colocar e discutir oque elas quiserem. Agora falar que isso é o principal no MPG é no mínimo uma afirmação caluniosa dos professores anônimos, pois a estância deliberativa do MPG são as reuniões coletivas e até agora não discutimos isso nas nossas reuniões, essa afirmação demonstra o distanciamento dos professores anônimos como o MPG. As analises dos professores anônimos está sendo baseadas nos escritos do facebook e na mídia burguesa, não querem participar da luta e das reuniões, mas querem minar o movimento com suas analises descabidas e fora da realidade. Criticam os grupos e os partidos que estão querendo usar o movimento, mas os professores anônimos foram os que mais usaram a sigla MPG para se promoverem.
Sobre as comissões, devido aos problemas do MPG durante a greve as comissões estão desarticuladas então não existe mais reunião de comissão nenhuma. Isso é um problema temos que corrigir. Na reunião do dia 30 de março de 2012, organizamos uma única comissão de produção de material de combate ao pacto da educação, os membros da comissão já começaram a trabalhar e apresentarão os resultados na próxima reunião.
Sobre as outras questões que foram colocadas vejo que já foram debatidas, e não tenho necessidade de comentá-las. Quero convidar todos vcs para participar das nossas reuniões presenciais e das mobilizações de rua, apresentar suas criticas e sugestões para o movimento dentro do movimento, pois ficar acompanhando o MPG pela mídia burguesa e pela internet podem levar a esse tipo de analise errônea e superficial.
É inacreditável perceber a “boa intenção” dos Professores Anônimos”, acho que estão preparados para conseguir desarticular qualquer organização que se oponha a política do Sintego e do PT. Toda essa desconstrução do grupo demonstra a capacidade de reavivar o poder absoluto da atual diretoria do Sintego, acho inclusive que os “professores anônimos” entram nesse debate por fazer parte dos mandos daquela diretoria que traiu a greve da categoria, pois se estivessem contrariamente a essa política estavam com o MPG construindo ação conjunta. Aqui quem vos fala é um dos professores em estágio probatório que está sendo processado pelo Estado, meu nome é João Coelho que não se escondeu diante da luta e que não se vende para o Sintego. Quanto aos “professores anônimos” sinto vergonha por vocês terem uma postura descomprometida com a luta, covardia comum.
Que lambança1 não sei o quem são piores SINTEGO ou MPG. Tudo fede,’excluam” “está tumultuando” “Expulsem ele’ Credo que nojo.
Por quê demoram tanto para aprovar os comentários mais polêmicos? Os que não são polêmicos aparecem rapidinho.
Companheir@s, André, Alexandre e Vanilda.
Quando eu tiver mais tempo vou responder as más intenções dos professores anônimos. Por hora sinto-me contemplado com as falas do professor João Alberto.
Quero comentar sobre a última postagem dos professores anônimos e falar que eles estão agindo para tentar sabotar o rico movimento que construímos até agora.
Foi criada de maneira espontânea um grupo no Facebook chamado Comissão Geral. No início esse grupo era para articular algumas atividades e o grupo Mobilização dos Professores de Goiás. Porém, em muitos momentos alguns companheiros posicionaram-se no intuito de esclarecer algumas dúvidas e questões que esses avaliaram que não podiam ser tratadas no grupo Mobilização, principalmente para não perder o foco do grupo mobilização com picuinhas. Nenhuma decisão foi votada dentro do grupo Comissão de Organização, pois as reuniões foram e continuam sendo a instância máxima de decisão do MPG.
Sobre as montagens das postagens, pergunto para os professores anônimos, por qual motivo vc’s não publicaram a minha posição contrária a expulsão do José Américo e explicando os motivos da sua permanência no grupo. Portanto, companheiros, isso é uma montagem armada para tentar semear a discórdia entre nós. Depois desse debate no Face, o José Américo foi na reunião para defender o posicionamento do texto do passa palavra e concordou com vários aspectos que levantamos e fortaleceu a unidade com o grupo, tornando-se em um dos principais líderes e articuladores do MPG. O José Américo pode explicar melhor essa manipulação que está sendo feita em seu nome.
Sobre as outras pessoas excluídas do grupo, foram decidido em nossas reuniões a exclusão dos Fakes ou espiões da SEDUC ou do governo. Essas pessoas estavam semeando o medo ou desviando o foco do grupo. Por qual motivo o Passa Palavra esconde isso?
Por qual motivo o Passa Palavra editou um vídeo com um pedaço da fala de um companheiro agradecendo o Sintego por ter cedido a fala na Assembléia ao MPG? Por qual motivo o Passa Palavra não mostrou a minha intervenção na mesma assembléia detonando o Sindicato e a falta de democracia na Assembléia? Montagem grotesca visando manipular os fatos.
Essa é uma tática suja do Passa Palavra e dos professores anônimos. Os professores anônimos estão agindo como polícia política e deturpando os fatos de maneira grotesca. Isso me faz duvidar das boas intenções desse tipo de intervenção.
O MPG é formado por diversas forças e diversas tendências. Conseguimos construir algo novo politicamente entre os professores do estado e encarar os meios de comunicação, o Estado, e avançar a luta dos trabalhadores, fazendo uma greve inédita em Goiás.
Mas em outro momento vou fazer um comentário mais apropriado para desmascarar esse tipo de argumento que visa destruir o MPG e a dura construção que travamos nos últimos meses.
Nós estamos concluindo um balanço do MOCLATE, gostaria de solicitar a publicação no Passa Palavra.
Ficou revoltado com tudo isso! Os “professores Anonimos” que todos sabem quem são se colocam no anonimato expõe minha foto num contexto distorcido. Eu sou um dos que fazem os trabalho de arte no grupo, que inclusive foi bastante subjugado por um dos professores anônimos. Esse cartaz o qual eles insinuam que ouve proteção de alguns deputados é simplesmente um versão feita por mim afim de colocar a ARTE em prova…Hoje eu estou assumindo as consequências do meu trabalho no grupo, tive salario cortado e processo administrativo, eu eu não estava em greve na escola que tenho maior número de aulas. Muitas pessoas conheceram o grupo em decorrência da greve, uma situação atípica, muitas pessoas que foram surgindo que de inicio ficamos pé atrás…é normal ficarmos na defensiva com tantos ataques…fizemos muitos amigos. O que não suporto é o tom de pericia desse artigo e das colocações dos “professores anônimos”, como se eles fossem os profetas da verdade, como se fosse possível no calor da greve ser tão calculista e meticuloso.
Explicando melhor minha posição, para não gerar confusões:
Primeiro que em respeito aos companheiros de luta do MPG eu não publicarei nada sobre minha posição na página do facebook para não gerar reboliços maiores dos que já aconteceram. Sei muito bem que todo movimento tem diversos rachas e que dentro do grupo eu já sabia e sentia que existiam vertentes que queriam fundar a associação e outros querendo concorrer ao sintego. Isso é normal desde a primeira reunião eu senti que isso iria ocorrer. Admito também que minha contribuição na luta dos professores não foi tão eficaz quanto a de outros companheiros.
Quanto a luta, eu diferentemente dos professores anônimos (a quem eu também mantenho um posicionamento critico) acredito que esta luta foi sim muito pedagógica na medida em que aos poucos foi demonstrando para os professores que iam aderindo a luta o papel que os sindicatos exercem de maneira arbitrária e de total antagonismo com os trabalhadores, ou seja os professores aos poucos foram vendo o mal que os grandes burocratas fazem aos trabalhadores, e acredito que hoje muitos dentro do MPG já estão cientes dos males que estes burocratas fazem aos trabalhadores defendendo seus interesses e colocando em risco a categoria para isso, e os professores anônimos talvez não entenderam que isso só é construído na práxis porque vivemos num país que coloca nos livros didáticos desde que somos crianças a grande MENTIRA de que “os sindicatos são uma conquista dos trabalhadores” sendo que os sindicatos foram instrumentos de poder criados no Brasil por Getúlio vargas para controlar os trabalhadores e a luta social dos mesmos, ou seja o combate aos sindicatos é uma luta árdua que os professores anônimos acharam que em duas ou três reuniões conseguiriam alcançar seu objetivo e não alcançando começaram a minar o movimento, disso eu tenho ciência.
No dia a dia das lutas eu confesso que realmente há momentos em que não dá para se fazer reuniões para tomar certas atitudes e sei que o grupo foi combativo em vários momentos, e isso mesmo sendo feito as pressas e de última hora me contemplou.
E falando mais um pouco da luta fui muito feliz ao encontrar dentro do MPG companheiros combativos, como João Coelho, Luciano, Renato, Eduardo, Thiago, Vitor, Gabriel , Antonio e vários outros que eu não cito aqui pra não me delongar.
Mas eu também preciso me posicionar criticamente ao MPG e explicar o porquê do meu comentário postado algumas horas atrás.
Diante das imagens que vi do grupo secreto chamado de “Comissão Geral” eu me sinto enganado, e indignado porquê eu não sabia que tal tipo de prática existia dentro do grupo e isso pra mim fere todo o caráter democrático que eu acreditava que ali existia. Não sabia que existia reuniões fechadas, e eu com certeza não me sinto contemplado com um grupo que se porta ou se portou desta maneira, por mais que me afirmem que isso hoje não existe , existiu e achei uma covardia para alguns outros membros além de mim, e eu explico porquê. Primeiramente eu nunca aceitaria me reunir as escondidas de outros membros do grupo, e isso foi feito, isso nada mais é do que superestimar alguns membros e menosprezar outros. Ou seja quase que estipular lideranças.EU NÃO COMPONHO MOVIMENTO COM LIDERANÇAS OU COM PROJEÇÕES DE LIDERANÇAS. Eu não sei qual foi o critério para compor essa comissão geral, mas o que eu vi é que ela era composta por muitos professores que nem na luta estavam, sendo que muitos que estavam nem sabiam da existência dela. E mais um dos motivos da minha atitude perante ao MPG, o Grupo mesmo sabendo que existiam alguns oportunistas como o Arilson e outros deu manutenção a esses membros e deixou de acolher bem outros que estavam no cotidiano das lutas, isso pra mim é inadmissível! Acredito que o grupo precisa reavaliar e fazer cair algumas máscaras, e eu pra voltar a participar do MPG tenho também que fazer minha avaliação se compensa, pois se algumas máscaras não caírem, não será possível realizar movimento nenhum. O que me chamou atenção pra eu fazer parte do MPG tinha sido seu caráter alternativo de luta popular que estava desvinculada da burocracia sindical e jurídica, pois eu acredito nessa forma de pressão política, diferentemente de uma luta que se dá nos moldes dos aparelhos de um ESTADO FASCISTA E AUTORITÁRIO, logo se o MPG se tornar uma associação encontrará logicamente entraves para que essa luta, essa pressão das ruas seja feita, pois se entrarem para os moldes burocráticos nada farão a não ser dançar conforme a dança dos fascistas, como acontece com o SINTEGO e os coitados dos partidos políticos.
Existem no grupo os “simpatizantes” do SINTEGO, eu creio que estes estão lá para minar o MPG tanto quanto os professores anônimos, então acho que já ta na hora de no mínimo colocar os “pingos nos is” e traçar um objetivo mais firme para o movimento e derrubar as máscaras desses aí também. Sei que o foco do MPG é a luta neste momento mas esses caras só tem a prejudicar o movimento neste momento em que é preciso lutar, pois o grupo foi muito moderado com o SINTEGO e o o mesmo não aliviou nenhum pouco a barra pro MPG, se o grupo não souber avaliar isso nesse momento, muitos entraves ainda vão atrapalhar a luta dos trabalhadores da educação em Goiás!
Como parece que alguns debatedores não lêem os comentários anteriores, o coletivo do Passa Palavra vê-se na necessidade de reproduzir aqui um comentário nosso de 31 de março:
1 – O Passa Palavra acolhe todo tipo de colaboração que esteja de acordo com os nossos princípios editoriais (http://passapalavra.info/?p=121 ), seja desta ou daquela corrente ideológica. Portanto, não se deve confundir os artigos que nele são publicados com o posicionamento oficial do coletivo. Toda vez que o conteúdo de um texto expressar precisamente a opinião do coletivo, ele será assinado Por Passa Palavra.
2 – Sempre aceitamos, desde o início de nossas atividades, colaborações assinadas por anônimos, pseudônimos ou letras iniciais, porque entendemos ser esta uma prerrogativa de segurança inviolável, cabendo aos autores optarem por ela ou não. E nos comprometemos a em nenhum caso violar esse sigilo (http://passapalavra.info/?p=151 ).
3 – No caso dos Professores Anônimos, lamentavelmente, o anonimato tem se mostrado ainda mais necessário, como provam diversos comentários insultuosos que nos têm chegado (contendo inclusive ameaças de agressão física aos autores) mas que não publicamos consoante nossa política de moderação de comentários (http://passapalavra.info/?p=200 ).
Para melhor esclarecimento, acrescentamos agora que o § 2 significa que serão recusados todos os comentários que contiverem denúncias de nomes como sendo, ou podendo ser, os de autores de artigos publicados sob anonimato, com pseudônimo ou com iniciais.
Atenciosamente,
Coletivo Passa Palavra
Prezado Antônio Gonçalves,
Quanto à sua solicitação de publicação de um artigo no Passa Palavra, que agradecemos, a resposta está inclusa no § 1 do nosso comentário acima. O procedimento será o usual: o artigo é lido pelo coletivo e, se aceite, entra em linha para publicação.
Pois então que fique claro a todos: OS PROFESSORES ANÔNIMOS FIZERAM PARTE DA COMISSÃO GERAL DURANTE MUITO TEMPO E SÓ SAÍRAM PORQUE FORAM VOTO VENCIDO NAS DECISÕES DE ORGANIZAÇÃO. E CRITICAM ESSA COMISSÃO POR SER UM GRUPO FECHADO MAS COMPUSERAM ESSE GRUPO O TEMPO QUE LHES FOI CONVENIENTE. fique claro que postei aqui as imagens que comprovam isso, mas infelizmente eles não aceitam publicar, já que nas mesmas eles perdem esse falso “anonimato”.
Sr. Prof. Adolfo,
O coletivo Passa Palavra evita, tanto quanto possível, intervir nos debates. Mas, dadas as afirmações do seu comentário, vemo-nos na necessidade de repetir que quem toma a decisão de aprovar ou rejeitar comentários não são os Professores Anónimos. Essa decisão cabe exclusivamente ao coletivo que organiza o Passa Palavra. E é o coletivo que assume a responsabilidade por essa decisão.
Luciano, João Coelho, José Neto, Antônio e demais,
A ânsia de alguns de vocês por entenderam os “motivos” pelos quais escrevemos nossos textos está os levando a se exporem ao ridículo, ou pior, estão demonstrando uma faceta do que denunciamos em um dos nossos artigos, de que não existia clima adequado para discussão.
Imaginem só, desde o primeiro artigo estamos falando contra a aproximação com o Sintego e agora somos nós os agentes do Sintego! Pois é… Que os interessados leiam de fato todos os artigos e tirem suas conclusões.
Agora, se vocês afirmam que os professores anônimos estão em casa escrevendo textos, creio que não se atentaram pra a nossa presença em eventos como visita a escolas, panfletagens, reuniões, assembleias, piquete em porta de escola, entre outros que alguns de vocês, inclusive, estavam presentes. Talvez não tenham nos visto porque somos anônimos.
As comissões tinham problemas sim! Até que enfim perceberam uma das coisas que escrevemos! Será que conseguiremos debater este assunto? No nosso entendimento a questão que se coloca é que se de fato as comissões não funcionavam, isso implicava a concentração de funções e informações com poucos, e que as tomadas de decisões, cruciais ao movimento, acabavam ocorrendo em espaços que não eram somente as reuniões semanais, uma vez que não era possível saber o que cada comissão fazia. Quando dizemos que o MPG funcionou mais como um aglutinado de indivíduos que como um coletivo, tomamos pedradas, mas que talvez a partir de agora possamos adentrar a este ponto, crucial, de nosso ponto de vista, pois é ele quem pode garantir a democracia no que tange aos assuntos mais importantes.
E este assunto, Luciano, foi tratado em reuniões abertas, e pelo que nos recordamos, o grupo todo ficou de acordo e delegou para alguns membros que procurassem fazer o mapeamento dos problemas e proporem soluções. Propostas foram apresentadas a partir dos apontamentos do próprio grupo em uma reunião seguinte. Mas também nos recordamos, que esta referida reunião foi bem tumultuada, pois alguns membros que não estavam na reunião anterior, e outros que julgamos terem interesses diversos, se sentiram ofendidos, ou talvez, viram que com isso perderiam a margem com as quais mantinham o coletivo dentro de alguns limites….
Isso, meus caros, é o que estamos chamando a atenção desde o segundo artigo: isto constitui uma via da burocratização, pois permite a consolidação de lideranças, de pessoas que decidem o que é determinante e pessoas que executam sem mesmo saberem o que estão a fazer. E nada tem a ver com a participação de membros de partido, como vocês procuram insinuar que afirmamos. Nós só descrevemos as forças que compunham o grupo, aqui, mais uma vez, os comentadores são divergentes nas acusações, pois enquanto uns nos criticam por não mostrarmos as coisas, outros nos criticam por mostrarmos demais.
Nos acusam de querermos somente destruir a mobilização. Pedimos a vocês que leiam com atenção os quatro textos que fizemos. Sempre falamos que o MPG tinha uma grande base, que tinha potencial de se consolidar enquanto uma luta alternativa para os professores, mas que devido a alguns caminhos que traçava, corria o risco de se transformar no avesso do que pretendia. Nunca afirmamos que existia uma unidade no MPG, e isso nos remete à fala do Antônio quando afirma que falou contra o Sintego. Isto é a mais pura verdade, mas infelizmente a sua crítica não foi considerada como deveria. Porém nossa preocupação foi em descrever as perspectivas que tinham potencial de criar os problemas que enunciávamos – os quais muitos acabaram por se confirmar – e a partir dele estabelecermos um debate público. Agora os egressos do MPG esperam que fiquemos a fazer elogios demagógicos enquanto víamos diante dos nossos olhos – e procuramos demonstrá-los – os problemas que poderiam levar a uma profunda derrota. Aqui os fatos falam por si.
Por outro lado, quando postamos a polêmica em torno do José Américo, primeiro foi respondendo à provocação de alguns leitores que insistiam em nos desqualificar, e segundo, e mais importante, tinha o objetivo de servir de exemplo de como existia um grupo que tomava decisões, e que elas eram não eram nas reuniões. Se ele conseguiu fazer parte do grupo depois, ótimo para ele e, destacamos, para o grupo.
Mas o mais cômico é vocês nos acusarem de usar o movimento para nos promover… Que ganho nós temos, se somos anônimos?
Agora, é ingenuidade (ou será má fé?) daqueles que afirmam que o grupo Comissão Geral foi criado de forma espontânea e tão logo desativado. Dizemos que espontaneamente entre o céu e a terra somente as coisas que deus pai criou, as outras todas são obras de homens. Assim, vamos aos fatos: primeiro, ele não é o único grupo secreto, sabemos que existe (ou existiu) também um grupo chamado Comissão Inicial, segundo, porque temos conhecimento de falas na Comissão Geral (secreto) de pessoas indicando que estão confusas se este era o grupo correto a dizer tais coisas ou se o outro seria o mais adequado, e outras ainda que afirmam que não podem dizer determinadas coisas ali pois a Comissão Geral já está bastante geral… E é obvio, se não tivéssemos tido contato com esta comissão geral, como saberíamos dela?
Nós não fizemos montagens nas postagens, colocamos as páginas que comprovariam a existência destes grupos fechados que decidiam coisas que não eram debatidas em reunião. Esperamos que isto tenha ficado claro. Antônio, também é verdade que você foi contrário à expulsão, mas em nenhum momento afirmamos que o que se discutia no post era o principal que procurávamos demonstrar. O principal, repetimos, era o que não se discutia abertamente. E sobre isto existem diversos outros posts que chamam reuniões fechadas, pedem para não divulgar no grupo aberto, etc. Esta é a questão principal, que de forma tão enérgica a maioria procura se esquivar.
Agora, o que realmente está de fundo a toda esta polêmica (ou tentativa de polêmica) é que a maioria dos nossos detratores foram educados a acreditarem que debater é o mesmo que brigar. Assim confundem as análises das contradições de um processo com insultos ao processo. Este tipo de compreensão leva a que só aceitem os elogios públicos e não as críticas, assim o encaminhamento das críticas só podem ser o embate físico. Então a vocês, homens corajosos, dizemos que este tipo de encaminhamento das questões não nos interessou e nem nos interessará.
Aos moderadores, ainda fica meu protesto, pois a postagem dos “professores anônimos” com links que levam à exposição de nomes e fotos foi liberada com extrema agilidade, enquanto minha postagem que levava um nome que aparece neste link (http://imageshack.us/photo/my-images/827/comunicadomudanainforme.jpg/) não foi aprovada. Se reler a postagem verá que em nenhum momento eu disse que a pessoa é um professor anônimo, apenas disse que ele figura entre as postagens dos “professores anônimos”. Ao que tudo indica, há um protecionismo tendencioso ao nome que eu citei, o demonstra alguma aproximação questionável entre o moderador e o nome citado. Vamos ver se sem esse nome, essa postagem será publicada.
Professores anônimos, por quê isto agora? Qual a intenção de vocês ao fazer isto? O que vocês ganham? Não estou preocupado se alguns pensam em tomar o sindicato ou não, mesmo porque isto é decidido no voto, e se alguém pleitear uma chapa de concorrência. Quanto ao grupo, temos várias vertentes, partidos políticos, outros sindicatos, movimentos, bem como vocês já mencionaram. E eu especificamente não pertenço a nenhum deles, porque a minha bandeira vai além da luta pela volta da titularidade e pela tomada da diretoria do sindicato. A minha bandeira é contra a corrupção que ocorre nas escolas. Escolas essas que recebem por ano, mais de R$50 mil para gastar com apoio pedagógico, e você não vê onde foi usado o dinheiro. Verba essa que chega mais de R$50 mil para o Mais Educação, e você não vê resultados práticos e nem há transparência do uso desta verba. Como fui vice-diretor de uma escola, sei o que estou falando, e por problemas políticos, fui perseguido e tive que sair da escola, que enquanto eu pude fiz investimentos em material pedagógico, como aparelhamento de Lab. de Química, Bilogia, compra de planetário, data-show, notebook para professores usarem em sala, rede wifi, reestruturação de computadores na secretária, ou seja, poderia enumerar um monte deles, até curso de formação para professor, o que muitas escolas podem fazer com verba do PDE e não fazem. Pq pensam na verba do PDE simplesmente com mais uma verba a ser gasta, e não como cunho pedagógico para sanar ou pelo menos diminuir as dificuldades que o professor enfrenta na sala de aula. Esta minha bandeira é muito mais difícil de combater do que combater sindicato ou governo. Vcs me conheceram defendendo uma aliança com o sindicato, defendi sim, mas não é para sempre, pq faz parte do jogo do governo, os professores desunidos. Então, primeiro em uma luta classista, temos que ter união, para depois lutarmos como classe. E fizemos o jogo do governo, esse embate desnecessário com a diretoria do sindicato foi num momento muito inoportuno, não era a hora do embate, pq agora o inimigo é comum as duas frentes de luta: Sintego e MPG. O Sr.Thiago Peixoto percebeu isto e só esperou a greve terminar ou pelos próprios professores devido as ameaças q se intensificavam, além do corte de ponto pelo segundo mês seguido, ou pelo próprio sindicato. E ele acertou, não era difícil ver isso de forma mais coesa e política. Vcs mesmo viram, e tem escrito desde o primeiro texto, q venho acompanhando e em algumas partes concordo com vcs. Agora, só não concordo é vcs divulgarem algo em que uma de vcs mesmo fazia parte da CG, e que foi desativada há algum tempo, talvez pq estávamos nas ruas e não tivemos mais tempo p postar algo. E principalmente usar um vídeo com minha imagem, e de forma incorreta, pelo menos se fosse a verdade q estivessem colocando. Em nenhum momento defendo o sindicato, ou faço campanha p quem quer q seja. Então, meu vídeo foi colocado de forma equivocada. Sobre o sindicato, volto reiterar, não defendo o sindicato, defendo neste momento a união de todos os professores, seja ele sindicalizado ou não, pois o inimigo neste momento é o governo. Depois, se alguém quiser brigar com ou pelo sindicato que faça ao seu bel prazer. E não faço campanha p nenhum candidato, já fiz e tive muitas decepções. Agora faço campanha a todos os que votaram ou se omitiram na lei do novo Plano de Carreira. Isto eu vou fazer enquanto eu estiver vivo.
Vou deixar de lado o debate que segue, por pensar que o MPG já está muito bem representados pelos posicionamentos aqui tomados. Porém, preciso esclarecer algo que foi dito na postagem original, encontrado em tal trecho.
“Os dois principais grupos desta luta, Sintego e MPG, procuram afirmar que ambos lutam pela educação, mas com práticas de ação diferentes. Será que esta afirmação pode ser corroborada? A participação dos representantes do MPG e do Sintego no seminário “Urgência da Educação” promovido por diversas instituições nos proporciona um bom início para entender o desenvolvimento da luta dos trabalhadores da educação em Goiás e seus limites frente ao objetivo de modificar as condições de trabalho das escolas do estado.
Ministrado por Isaac Roitman, o objetivo do seminário era expor as propostas do movimento “SBPC: Pacto pela Educação”, e do livro de mesmo título escrito por Roitman em parceria com Mozart Neves Ramos. Resultado da participação institucional de vários segmentos da sociedade (CNI, CNTE, UNE, UBES, Todos pela Educação, universidades, etc.), declara visar a melhoria da educação no Brasil, estimulando o desenvolvimento da responsabilidade social dos envolvidos nos debates, no sentido de reparar as desigualdades educacionais históricas da sociedade brasileira, fundamentando assim as propostas e mudanças que vêm sendo aplicadas nos sistemas públicos de educação em vários locais do país e adequando a formação educacional às necessidades de desenvolvimento econômico. Tanto Sintego, quanto MPG, enviaram seus representantes ao evento, que além de exporem os motivos e ações praticadas na greve, ambos procuraram frisar a necessidade de ações que visem à melhoria da qualidade da educação pública em Goiás, sem, no entanto, questionar a totalidade do “Pacto pela Educação” enquanto instrumento de adequação do sistema de ensino às necessidades empresariais.”
Eu e a Luciane, representamos o MPG no momento do seminário, mas nossa participação se deu devido ao convite que a mim foi feito. O Diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFG e o Coordenador da SBPC-GO, me convidaram, enquanto colega engajado no movimento, para fazer uma fala a respeito do movimento de greve. Na ocasião, como representante do grupo, sugeri convidarmos mais um/uma colega e irmos em nome do MPG, o que nos foi permitido. Foi combinado que nossa fala seria um breve relato sobre a greve e os encaminhamentos, o que nos levou a resumir a discussão em tal momento. Em relação ao que foi dito a respeito da participação do Sintego, a mesma não aconteceu, pois a sua representante chegou no meio da palestra e apenas fez uma pergunta/colocação à mesa, não se manifestando além disso. Portanto, o MPG não foi lá para realizar uma reflexão elaborada sobre o Pacto, pois se assim tivéssemos ido teríamos feito.
Reforço aquilo que já foi dito por alguns colegas, saímos do campo das idéias e fomos para o campo da prática, considerando que a teoria depende da prática e vice-versa, na tentativa de construirmos uma práxis elaborada, pois distantes dos devaneios epistemológicos de laboratórios e gabinetes, estão aqueles que lutam e constroem algo verdadeiramente em prol da sociedade.
Att.,
Khrysner,
Primeiramente, nosso objetivo é tornar público alguns temas e assuntos que consideramos importantes, para que um número cada vez maior de pessoas possam se envolver e passarem a refletir sobre eles, pois entendemos que o processo de reflexão é uma instância indispensável da prática. Ainda não conseguimos avaliar com profundidade o que conseguimos “ganhar” com isto, mas de qualquer modo, acreditamos que alguns possam ter lido e estejam engajados no assunto, mesmo que não se manifestem.
Por outro lado “Isto” não começou “agora”, já que o primeiro artigo que escrevemos data de 06 de Fevereiro, desde quando se iniciou a greve, portanto o que fizemos com o último artigo é fechar uma reflexão que começamos antes mesmo do início da greve.
Sobre o sindicato, para nós fica uma questão: se você não é membro do sindicato, ou tem qualquer ligação com ele, porque anteriormente foi dito publicamente ser você o “elo” entre o MPG e o Sintego? Outra coisa, qual é o problema de ter um vídeo com sua fala em uma assembleia que foi um evento publico de grande monta?
De qualquer maneira, em um processo como o que passamos, existem lutas e lutas. Uma luta é a do professorado, nas condições de trabalho que tanto conhecemos, na precariedade que conhecemos. Outra é a luta de instituições como o Sintego, instituição dominada pelo mesmo grupo dirigente desde a fundação, que tem a única função de ser um atravessador entre os professores e o governo, e como todo atravessador, quer seu quinhão nas negociações. É assim que precisamos entender tanto o desfecho desta greve, onde os professores foram derrotados em suas demandas, mas que foi considerada pelo Sintego um ganho, já que supostamente haviam conseguido “negociar”.
Sabendo disso é para no mínimo pensarmos e tentarmos chegar a uma resposta, de quais foram os reais motivos que levaram a sua direção a deflagrar esta greve. Além disso, para quem participou de algumas assembleias, principalmente depois da do dia 08/03, o tom que a Bia usava para falar sobre as responsabilidades que arcaríamos por termos escolhido manter a greve, quase tratando o conjunto do professorado como ”moleques mal criados”, é muito indicativo de que em espaços como estes não cabe a nenhum professor o mínimo de controle.
Ainda, se remetermos à história de formação dos sindicatos no Brasil, verá que a legislação sindical, que com poucas alterações vigora até hoje, teve a função de atrelar os sindicatos ao governo. Com isto o governo consegue criar constrangimentos legais eficientes às lutas quando elas ameaçam sair do controle. Não foi exatamente isto o que quase foi feito quando o judiciário goiano (por mais absurdo que isto possa ser) declarou que a greve não era legal, a ponto de o sindicato correr o risco de ter que pagar uma pesada multa por isso? Para os Sindicatos não sofrerem este tipo de sanção, eles têm que ser bons moços, algo que evidentemente é desfavorável à luta dos trabalhadores, pois esta luta envolve muitos pontos, passando por questões remuneratórias, de condições de trabalho e principalmente do controle da própria luta.
Por isso, defendemos que a luta não se deve restringir a uma ou outra pauta de reivindicação, e é o que estamos propondo desde o início. Também não existem momentos melhores ou piores para se discutir os embates com o sindicato, pois como os fatos mostraram, a luta do Sintego é contra o governo, usando para isso os trabalhadores da forma que bem entende.
Quanto à participação do último comentador no referido evento, é de se destacar que o Sintego foi convidado apenas a compor o evento, e sim a vice-presidente chegou atrasada, não apresentando nenhuma consideração sobre a greve. Entretanto, ele deixou de mencionar, no questionamento da Alba sobre o reajuste do piso, que ela “não era contra a reforma educacional”, demonstrando assim apoio ao Pacto pela Educação.
“PROFESSORES ANÔNIMOS” quem foge do debate é vocês, é muito fácil escrever um texto, publicar em um site que modera os comentários, ou seja, vocês tem a palavra, nós a temos de maneira limitada. Vocês tornam-se aquilo que tanto criticam, burocratizam o debate pq o submete a regras das quais as partes estão sujeitas numa relação obscura. Vocês afirmam serem anônimos, mas todos sabemos quem vocês são. Se vocês estavam tão contrários a Comissão Geral, pq permaneceram nela por tanto tempo, e jamais a colocaram em cheque, nem a menos questionaram sua existência? Se a reunião é o lugar do debate por excelência, pq não aparecem em nossas reuniões e nos confrontam, num lugar onde todos tem a palavra? Um de vocês, por exemplo, ficou responsável por uma comissão, um referencia dentro da comissão, inclusive aceitou cria-la dentro do Face. Você fez? Não!
Pela primeira vez na minha curta existência, resolvi entrar para um movimento social. Até então lutava da forma que dava e esporadicamente. Porém quando descobri o MPG vi a possibilidade de lutar em grupo.Nos primeiros dias tive vários problemas para me adaptar a estrutura do grupo e pensei que existia de fato um grupo que centralizava as ações dentro do grupo, por isso defendi o primeiro texto dos anônimos. Defesa essa que gerou a ameaça de exclusão que sofri por parte de um membro, que acabou por ser derrotado na reunião que eu fui sozinho defender o texto dos anônimos, que na ocasião não compareceram a reunião. Foi participando do grupo que eu descobri que essa comissão geral não serve para nada, que não existe cúpula, pois faltava inclusive pessoas para formar a tal cúpula, já que os mais atuantes do grupo tinham trabalhos de mestrado e doutorado para fazer e também trabalhavam na iniciativa privada. Chegou um momento que eu me vi conduzindo as ações, como o professor João apontou muitos de nós estávamos nessa situação pela primeira vez. Na primeira assembléia após a deflagração da greve, me deparei com o fato de o SINTEGO tentar acabar com a greve. Juntei toda minha coragem subi no palco fiz uma fala ambígua, porém certeira pois pautou todo o debate e no final com ajuda dos companheiros saímos vencedores e continuamos a greve. Outras ações surgiram, e devido a falta de pessoas para realiza-las fui assumindo a frente das ações, chegou um estágio que muita gente me ligava pedindo orientação, coisa que eu não tinha capacidade de dar, já que estava no meu primeiro movimento. Com o passar do tempo aprendi a pensar algumas tática a ser mais criterioso na hora de falar a ter mais segurança ao falar em público e claro sempre assumi a frente de várias ações, mas sempre por falta de pessoas com coragem para fazer o mesmo.Porém nunca me senti uma liderança no sentido de controlar as decisões,ou dar ordens. Aliás fiz muitas ações baseada nas conversas que tinha com os anônimos e com professores nas assembleias, aliás a última assembléia só fui falar pois alguns professores do interior me pediram. Agora penso que devemos analisar alguns fatos. 1. Como deveríamos agir para atingir a base? Até quando o dinheiro deu a gente foi nas escolas, mas não tínhamos verbas exteriores, a nossa luta foi financiada por nós mesmo.2. Como conseguir material? sem dinheiro. 3. Se os professores da base não foram preparados politicamente para agir em uma greve e não tínhamos a possibilidade de fazer, deveríamos então não fazer nada? cruzar os braços? Sei que teoricamente a autogestão passa pela organização independente e muitas vezes espontânea. Porém em Portugal antes das organizações autônomas nas fábricas, um grupo de capitães do exército começaram o movimento. Dessa forma, penso que seria ótimo se os anônimos ou quem quer que fosse, melhor ainda se fosse a base, continuasse a luta. Mas com o fim da greve, só pude ver os mesmos corajosos continuando a luta. Infelizmente agora com o processo, trabalho e estudo terei que virar um anônimo, mas a coragem essa não deixarei de ter e quando for necessário deixarei de ser um anônimo para lutar. E vou lutar no MPG que é a forma mais avançada de luta em Goiás. Thiago Oliveira Martins
Pelo jeito, tod@s que aqui postaram são contra o texto e contra @s autorxs do texto, no caso @s professores anônimos. Engraçado, eu achei o texto ótimo. Vou dizer o porquê.
Primeiramente, vou falar dos comentários, a maioria deles se você for analisar é composto de argumentos com pouco caráter de argumentos, ou seja, não-argumentos, principalmente de ataques pessoais (grupais?) simplesmente.
Em segundo lugar, me parece que @s leitor@s, principalmente do MPG, não entenderam muito bem o texto. E nem o que está por trás do nome “Professores anônimos”. O texto parte claramente de princípios auto-gestionários, autônomos e talvez anarquistas. É óbvio que marxistas, leninistas, trotskistas não irão concordar com ele, visto partirem de outros princípios.
O texto mostra um posicionamento anti-burocrático, anti-direção, anti-partidário e anti-hierárquicos. O que é bastante interessante, principalmente considerando que hoje a maior parte dos sindicatos do Pais é controlado por grupos partidários. E que pelo visto constantemente decepcionam @s trabalhadorxs. E por que isso acontece? Porque o poder e a burocracia está no centro da nossa realidade sindical. Falo de poder no sentido hierárquico do termo. A luta d@s trabalhadorxs não ocorre de baixo pra cima, mas de cima pra baixo. A briga pelo poder do sindicato (para não dizer aparelhamento por grupos partidários) está acima da luta e da construção coletiva dos interesses d@s própri@s trabalhadorxs. Assim, a história vai se repetindo eternamente, antes era o PT se apresentando como a nova política sindical, agora o PSTU, PSOL e outras organizações de cunho marxista, leninista, trotskista e assim vai.
A questão é: qualquer grupo que esteja no poder do sindicato, não irá mudar a realidade do sindicato. Não porque os grupos sejam vendidos necessariamente, mas porque qualquer ideia de direção e hierarquia retira o poder da classe, e esta acaba virando “massa” (manipulada). A realidade só muda quando o poder nasce da base (mesmo que depois atinja o sindicato em formato de pressão). Por isso não devemos acreditar que ao chegar ao poder vamos mudar alguma coisa, a burocracia corrompe qualquer mudança. Então vamos organizar @s trabalhadorxs sem depender dessas estruturas ultrapassadas.
Esse é o ponto. Outra coisa interessante, a realidade de Goiás exposta nesse texto é altamente semelhante à realidade do DF,composta também por uma direção sindical petista e uma oposição em sua grande maioria formada pelo PSTU (Conlutas) e pelo PSOL (CST).
Não existe outra saída, ganhar o sindicato não nos leva a lugar nenhum.
Ah sim, esqueci de explicar (no meu ponto de vista é claro) porque a expressão “professores anônimos”, tem o mesmo objetivo dos zapatistas com suas máscaras e com o nome “Subcomandante Marcos”. Ou seja, é a negação da necessidade de se personalizar o movimento, visto que a personalização acaba por afastar a base do poder. Além é claro de servir de modo perfeito aos projetos de deputad@s e cia.
Eu sou um professor que quase não participei do movimento grevista. Quase não fiz nada. Vejam, não vi tanta coisa assim e não sei tão bem dos fatos. Ao ler as postagens aqui e outros materiais que vi nas poucas vezes que foi em assembléia, pelas minhas leituras, comecei a entender algumas coisas que antes eram incompreensíveis. Eu vi uns panfletos de um tal Movaut criticando os sindicatos, partidos e tudo o mais. Pensei que era loucura. Fui tentar entender e eu sempre fui distante do sindicato e a crítica até que parecia pertinente. Eu não tenho tanto estudo assim sobre essas questões e sobre política, não é minha àrea, e comecei a ler um pouco mais de textos na internet, do grupo que distribuiu o panfleto e dos outros e agora aqui também, dos anonimos. E vendo o debate acima, algumas coisas que comecei a pensar e refletir parecem corretas. Há mesmo um processo de burocratização de tudo e até da oposição sindical. Há um estado repressor, que serve aos seus proprios interesses e dos ricos. E isso algumas pessoas sabem, avisam, divulgam, mas a maioria, como eu, não tinha muita noção disso. O Sintego é o que é, eu só achava que era “pelego”, atrelado a partido, e depois fui ler algumas coisas e observar a realidade, o que eu lia e o que eu via correspondia. Criar um outro sindicato é repetir o erro. Um biólogo não erra duas vezes o mesmo erro. E aí, o que não consegui ainda explicação, é por qual motivo alguns aqui nesse debate (e não só aqui mas em sua prática também) insistem no mesmo erro. Outros avançam mais e querem sair do erro (não interessa se quem escreveu é anônimo ou não, o que interessa é que escreveu e explicou e mostrou – veja as conversas de grupo secreto no facebook, entre outras coisas, repetindo os erros e práticas do sindicato tão combatido). Agora, eu gostaria de entender o argumento desse tal João Alberto. Eu sou professor e posso ser perseguido, embora não seja dos mais atuantes, ou melhor quase nem ter participado. o que me pareceu é o que João Alberto fala dos perseguidos e que então não se deve lutar? Sim, vamos parar de lutar para preservar um emprego mal remunerado, com más condições de trabalho, com nossa vida passando em nossa frente e nem podemos consumir direito, ter um lazer digno, pois se reagirmos, os poderosos vão se vingar. Então vamos deixar a ditadura, o fascismo, o burocratismo, mandar em tudo. O que é pior? Ser perseguido e ser alguém com honra e coragem, que luta, ou ficar com medo e preocupação com perseguição e consequencias e continuar fudido como sempre. É fácil falar da universidade sobre uma outra realidade, dura, massacrante. Eu penso diferente e agora vou participar mais, não junto com essas pessoas que reproduzem erros, vou me aproximar dos que denunciam os erros, que apontam outros caminhos. Eu vou lutar cada vez mais e isso é fundamental. E vou debater mais, ler mais, criticar mais, isso também é fundamental.
Esse texto ė quase a reprodução perfeita , da situação vivida no DF , como bem colocou o prof Tiago .
Gostei da fala do professor Thiago do Df. Não conseguia entender tantas pedras lançadas pelo “anonimato” dos professores, pois se era exatamente isso que se discutia o tempo todo a importância da horizontalidade, da não divisão. Por que colocar nomes? Aqui nesse texto não há julgo, aos nomes e nem a ninguém em momento algum. O que se denuncia é exatamente o processo de se colocar os nomes, as bandeiras, os cargos, isso é hierarquizar, nomear um movimento,é enfraquecê-lo na base, e é essa a denuncia. Gostei do texto, os anônimos são todos. Eu, voce, todos que acreditam numa luta por igualdade. Desde que se entenda os princípios pelos quais estão sendo defendidos. Acho que quem julgou a iniciativa de divulgar e colocar em público tais “erros” que (ainda) são comuns por imaturidade de muitos movimentos sociais. Deveriamos perceber que os textos produzidos referente ao assunto da greve também utilizaram alguns meios de alerta ao processo educacional, como por exemplo o que falava sobre o “pacto pela educação” que utiliza meios para explorar cada vez mais os proletarios professores, e convenhamos ali tiveram pouquíssimos comentários, assim como assumo também não tê-lo feito.É importante pensarmos com quem devemos brigar,quem é o inimigo? Aqui não é tempo de discórdia,entre os companheiros não existe mais esse tempo. Mas enfim “erro” indica novos caminhos, saibamos andar, segue a luta.
A conversa está ficando muito boa, e agora, além da notícia e produção teórica dos “Professores Anônimos”, já temos citadas as presenças no MPG também do “MOVAUT” e do “MOCLATE”, não sei se grupúsculos, grupos, facções ou que seja, o que importa é que todos se apresentem ao debate e reiterem suas posições e perspectivas de organização, contudo, há algo que jamais deverá ser abandonado tanto pelo MPG como pelas demais legendas que o integram: a luta contra as práticas da SECULT com as remoções e as exonerações terá que se fazer sempre em conjunto, há uma prática de base que em hipótese alguma poderá ser abandonada, mesmo que todos estejam engalfinhados no debate em defesa das suas premissas e orientações ideológicas. Na minha experiência, sempre como “recruta”, já pude perceber que quando os “comandantes” divergem os “recrutas” na base são quase sempre abandonados à própria sorte.
SEDUC!!
Esta é a pauta fundamental de discussões.
http://globotv.globo.com/tv-anhanguera-go/jatv-1a-edicao/v/professores-afirmam-sofrer-perseguicao-da-secretaria-estadual-de-educacao-de-goias/1890272/
Pessoal, desculpem-me se sou mais um perdido por aqui, mas creio que os desentendimentos e má interpretações estão generalizados.
Há quem defendeu a ideia de que o urgente agora seja a preocupação com as perseguições políticas: a correria com advogado está acontecendo, os processos estão aí e, além dos contra-cheques vazios, as professoras e professores estão sob perigo de perder seus cargos por conta de uma atitude claramente ditatorial do governador Marconi Perillo e a habilidade desamparadora do sindicato.
Defender a urgência disso para o momento não significa discordar da fundamental importância de se discutir a organização do grupo, as visões de mundo que o compõem ou denunciar casos provados de burocratismo, dirigismo, traição, “passa-perna”, golpe ou o que for.
Entendam que “elencar prioridades para o momento” é diferente de “fechar os olhos para qualquer ameaça que um coletivo de movimento social possa ter”.
Professor João Alberto, ao contrário que o sr. ou o Recruta Zero fazem crer, este debate não é ideológico. Ele se propõe a discutir questões práticas que foram colocadas e desenvolvidas no transcurso da greve. E foi esta mesma evolução que nos afastou do MPG. Não acreditamos que um coletivo que conscientemente se esquivou da questão dos procedimentos internos de organização (e pior, fustigou sistematicamente àqueles que o pautaram) consiga, na prática, superar a passividade das bases. Ora professor, declarar ingenuidade é uma afronta a qualquer coisa que se pretenda útil. Se o sr. tem opinião diversa, paciência, nossas opiniões estão nos artigos, mas não nos parece que os membros do MPG se mostraram imaturos, já que o grupo tenta demonstrar grande capacidade de instrumentalização política. Sobre a perseguição aos professores, nós sabemos do que se trata, mas infelizmente consideramos improdutivo agir em unidade com o MPG – algo fácil de constatar o porquê -, por isso pretendemos continuar colaborando com a nossa categoria através das formas que acharmos mais pertinentes. No entanto, seria sóbrio conduzir seu amigo recruta para os líderes de fato, nós não temos nada com isto.
O sindicalismo burocrata e partidário mata qualquer luta. Pois a luta é deixada de lado devido ao anseio de controle, manipulação e manutenção do poder institucionalizado.
Anônimos e “Thiagos”:
O Recruta Zero que agora sabe bem menos o que é Ideologia e que jamais se proporá a perguntar que diabos seja isso aos professores “anônimos” e aos “thiagos” da capital (os “soldados” invisíveis e não-ideológicos do Comandante Marcos), quer apenas manter os tachos limpos para o bacalhau de Páscoa que ele e o professor João Alberto num pacto de solidariedade com o Sargento Tainha oferecem aos professores “ideológicos” que aparecem nesta reportagem:
http://globotv.globo.com/tv-anhanguera-go/jatv-1a-edicao/v/professores-afirmam-sofrer-perseguicao-da-secretaria-estadual-de-educacao-de-goias/1890272/
Repasso notícia de uma professora do MPG (Luciane Pontes) postada hoje no Facebook.
”O Professor Marcos Roberto cartunista foi demitido do Jornal Tribuna do Planalto depois de dar uma entrevista hoje para a TV Anhanguera sobre sua remoção para outra escola sem seu consentimento, a censura se dá devido a sua participação política na greve da educação suas charges demonstrando a realidade, desagradaram o Governador Marconi Perillo e Thiago Peixoto, alguns representantes do governo entraram em contado com seu chefe que o demitiu do jornal. Todo o apoio ao companheiro Marcos Roberto, um artista importante de Goiás. Replique, multiplique, juntos somos mais fortes.”
Sr. André, concordo com isso, mas acho que há um erro fundamental e de princípio que foi o do prof. João Alberto. As suas ironias, a sua tentativa de silenciar o debate e os tais anõnimos, é divisão… A questão é que eu entendo e sei o que os anônimos estão fazendo e porque estão lutando, não sei esse João Alberto. O raciocínio parece ser o seguinte: vamos criticar os anônimos para que eles parem de criticar o MPG… pois a prioridade é lutar contra a repressão. Ora, isso é uma contradição gritante… Seria mais pertinente ele fazer uma postagem sobre a necessidade de luta comum apesar das divergências. Agora, não sei quem ele é e qual seu interesse, de que sargento ele é recruta, mas sem dúvida vem para dividir e falar contra a divisão MAS A SUA POSIÇÃO NA DIVISÃO É DESMOBILIZADORA E VAI CONTRA JUSTAMENTE QUEM ASSUME UMA POSIÇÃO ANTIBUROCRÁTICA! Preciso falar mais alguma coisa?? Resumindo tudo: para mim a forma de pensamento dele é de quem está do lado do poder, se não o atual, o futuro. É um recruta que quer ser sargento (e é o que faz aqui…).
Carlos, esse João Alberto é muito esquisito mesmo, e vem aqui só para nos dividir (penso que ele quer é ficar com a Senhorita Tetê). Olhe, vou pedir ao Roque que se junte a você e juntos, quem sabe, vocês possam recuperar a mobilização revolucionária do movimento. Saudações do Recruta Zero.
Sr. Carlos Oliveira,
O senhor, creio que defensor do anonimato dos “professores anônimos”, não deveria se preocupar tanto com a identidade real desse Sr. João Alberto. Será ele um recruta ou um sargento? Ele se chama João Alberto? Ele realmente é alguém que quer desmobilizar e burocratizar – o sr. o conhece pessoalmente? Pode ser uma mulher, um policial, um cozinheiro de bacalhau… Será que ele já recebeu presente do Carlinhos Cachoeira? Talvez ele seja um escritor e professor. Não sei. Parece que ele não nos informou bem seus títulos, talvez por não ser muito importante aqui em um dos melhores sites de esquerda em que não se dá muito valor a títulos nobiliárquicos.
Estamos vendo comentários de pessoas semi-anônimas, ora dizendo que não se pode julgar mas ao mesmo tempo julgando sem conhecer. Há muitas opiniões sem pesquisa. Algo me preocupa: o Passa Palavra está aderindo à boataria?
SR. André, a questão não é de título (alguém disse que ele é professor, aliás, na primeiras postagens, ele falou dos alunos dele que são professores, então deve ser prof. universitário), e sim de que as pessoas possuem sempre um passado, uma posição, um interesse, essa foi a razão da pergunta. não vou perder meu tempo com ironias baratas de quem não quer discutir sério, psensei que a coisa era séria… Talvez o passapalavra esteja sendo vítima não de boataria mas de baixaria…
Estou indignado com o coletivo passa palavra. Enviei alguns dias atrás um questionamento sobre os professores anônimos e sua relação com a base dos trabalhadores da educação no estado de Goiás e até agora meu comentário não foi postado. Não fiz nenhum ataque pessoal, simplesmente questionei o envolvimento desses professores na luta e a sua relação com a base, quero saber por que motivos meu comentário não foi postado? Tivemos muitas reclamações de postagens que não foram publicadas neste site quero saber o por que?
Luciano Ferreira,
Entre os comentários recusados não existe nenhum com o seu nome, o que significa que esse comentário não foi recebido.
A orientação seguida pelo Passa Palavra na moderação de comentários encontra-se aqui: http://passapalavra.info/?p=200 .
No tópico “agir é preciso”, de apoio aos grevistas, estava havendo um debate e de repente se resolveu não aceitar postagens sem relação com o assunto. Embora tenha sua razão de ser, já que havia começado outro debate, inclusive uma afirmação que eu direito meu responder, isso é equivocado. Vou reproduzir e responder:
João Alberto escreveu:
“Meu querido e muito inteligente Carlinhos Oliveira, suas palavras deixam-me emocionado por aquilo que elas me ensinam, e a minha alegria mais feliz se faz por saber que você já está lendo sobre a história da revolução russa. Eu, na minha ignorância solene de professor neste Goiás nunca tão frio como as tundras da velha Rússia “t”zarista (e que precisão, hein, um leitor comum diria “c”zarista), limito-me a ler os gibis do Recruta Zero (que pela sua pouca idade, certamente não sabe do que se trata, mas você não perde nada por isso). Com muita admiração, deixo-lhe o meu efusivo abraço.”
prof. João Alberto, não sei direito o que quis dizer com tzarismo ou czarismo, se eu errei isso foi devido minha fonte de leitura. Agora, suas ironias baratas e mudança de assunto apenas revela que não quer responder as questões que lhe fiz, aliás, nunca as responde. Daí minha pergunta sobre sua motivação para discutir a greve se não quer discutir seriamente… sei que não vai responder, vai fazer outra ironiazinha. apenas demonstra seu descompromisso com a causa dos professores. Não perderei mais tempo com alguém que nada tem a dizer. “Falam demais por não ter nada a dizer” (Legião Urbana).
Não, Carlos Oliveira, não tenho mesmo nada a lhe dizer. Parece-me justa a sua opção em não perder mais tempo com quem não tem nada a lhe dizer, no seu lugar faria exatamente assim. Um abraço. João Alberto da Costa Pinto (professor universitário, rs, e um leitor entusiasmado dos gibis do Recruta Zero).
Aos companheiros do DF, apenas reitero minha opinião sobre a habilidade retórica dos “professores anônimos” (PA) que se sobrepõe ao conhecimento dos fatos. Ao ler os artigos dos PA, temos a falsa impressão de que a crítica corresponde aos fatos, por isso, rebato suas considerações com fatos, pois não considero que o foco das discussões se trata de alguma teoria, ainda que passe por alguns marcos teóricos, como no caso da autogestão. Passar da teoria à prática é outra questão que, a meu ver, merece atenção, mas não é o caso aqui. Por isso não me preocupo com uma argumentação teórica, como deu a entender algum colega em postagens anteriores, mas que não estou disposto a vasculhar agora para apontá-lo. Outro ponto fundamental que precisa ficar claro é saber qual a intenção e efeito que as supostas contribuições dos PA trazem para o movimento de greve. Eu já fiz minha análise em postagens anteriores: os PA não avançam, tampouco somam com movimento através de seus analíticos artigos. A dificuldade em enxergar tal situação se deve a habilidade retórica dos PA que cria uma falsa imagem, colaborativa, quando na verdade se trata do contrário, pelos motivos que também já expus anteriormente, a saber, ressentimentos pelo fracasso em convencer o coletivo e fazer valer suas considerações. Segundo os PA, o fracasso imputado ao MPG se deve a não adesão às suas críticas e ideias, isso me parece muito claro em suas postagens e artigos. É preciso desmascarar essa realidade ou, ao menos, refletir sobre tal. Para finalizar, condeno totalmente o anonimato dos PA, pois usam dele como subterfúgio retórico e, pior ainda, se valem dele para atacar e desqualificar pessoas fora do anonimato. Coerente seria manter o anonimato entre ambos, numa relação entre iguais, como tanto dizem defender. É covardia! Não faço questão de anonimato, mas muito me admira quem faz expor seus interlocutores com prints que levam nomes e fotos, ou seja, seus princípios valem até onde lhe convém, a si mesmos. Isso me parece nada menos do que individualismo, e não coletivismo…a base!
Curioso é a luz que o tempo trás às coisas. Diante da nulidade atual do MPG, seria forçoso reconhecer que as críticas feitas eram pertinentes… Pobre MPG, merecia mesmo um futuro melhor.
Bem observado, meu colega Observador. E talvez seja delicioso reacender esse debate o qual eu mesmo, à época, fiquei dividido entre a análise desse artigo e a defesa do MPG o qual eu me negava a ver que poderia afundar tão facilmente (esperança).
Curioso ver que a presença do MPG no momento em que os trabalhadores da rede municipal encampam uma forma de luta mais ousada se dê em uma camiseta pendurada no púlpito. Há, sem dúvida, contradições nessa luta da educação municipal que devem ainda ser debatidas (como a negação de um sindicato oficial e a formação de um sindicato “paralelo” que, ironicamente, pode ser contestado pela própria forma de organização e mobilização de greve sem a necessidade de um sindicato, como está sendo). Mas concentrando-nos no MPG: onde está? O quê faz? Ainda existe?
A rede estadual ainda conta com a superexploração do trabalho, com a meritocracia e com a política de bônus aos professores, um plano de carreira que nem deve ser chamado como tal e com escolas caindo aos pedaços. Há quem ainda diga que é um momento propício para uma greve seguindo os passos dos trabalhadores municipais, articulando uma “mega-greve” de paralisação estadual e na capital. Mas a maioria tá dormindo mesmo. Quando acordarem, é perigoso não encontrarem nem Sintego, nem MPG, nem greve dos municipais… e aí voltarem a dormir de novo.
Obs.: uma dirigente do Sintego, desesperada por não ter o controle da greve municipal, apareceu essa semana na TV batendo no peito e dizendo que foram eles os donos dos 51 dias de greve estadual. E o MPG só roncou mais alto e virou pro outro lado.