Existe uma contradição entre o discurso público do MST e a sua prática de relações com as grandes empresas. Por Passa Palavra

Leia a 1ª parte deste artigo.

Analisamos na 1ª parte deste artigo alguns casos de relacionamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) com empresas privadas. Vamos aqui continuar a análise.

4. O Grupo Pão de Açúcar e o arroz orgânico

Na Cúpula dos Povos, ocorrida em 2012 no Rio de Janeiro — em paralelo à Rio + 20 — a declaração da Via Campesina, da qual o MST faz parte, deixava clara a rejeição da economia verde e o repúdio das grandes corporações multinacionais, depositando a esperança de alternativas na construção de alianças baseadas na mobilização nas ruas e pautadas pelas necessidades dos povos. Essa declaração percebia a conveniência de denunciar as causas estruturais e as soluções fictícias que o capitalismo, “[…] agora maquiado de verde, quer nos oferecer para não enfrentar as verdadeiras causas das múltiplas crises que o mesmo capitalismo tem provocado” [1]. O documento prosseguia contra as corporações e contra as tentativas de esverdear o capitalismo:

“A Via Campesina propôs, há 16 anos, a Soberania Alimentar como caminho político para transformar nossa sociedade a partir dos camponeses e camponesas do mundo. Em nossas Assembleias foram centenas de organizações que se somaram a este caminho com claridade e firmeza. Tal como levantou o documento da plenária, ‘os governos e as corporações trabalham com grande sintonia pela apropriação dos bens comuns da vida e de nossos direitos. Convocamos os povos a se unir e levantar na luta por uma nova sociedade e na construção da soberania alimentar e popular. Não é possível a soberania alimentar no capitalismo’ ” [2].

E a avaliação quanto à Rio + 20 não poderia ser mais clara: “A Cúpula Oficial da Rio +20, tal como vínhamos denunciando os movimentos sociais, foi um GRANDE FRACASSO, pois 20 anos depois não avançou em nada. No lugar de acertos tivemos retrocessos agora materializados na proposta de economia verde, na maquiagem verde do capital, que pretende mercantilizar a vida” [3].

Quanto à noção de soberania alimentar, remetemos para os artigos publicados pelo Passa Palavra que a analisaram criticamente e não vamos agora regressar ao assunto (podem ser lidos aqui e aqui). O nosso objetivo agora é mostrar a contradição entre o discurso público do MST e a sua prática de relações com as grandes empresas, pois em paralelo ao acampamento da Cúpula dos Povos, que integrantes do MST compartilhavam com militantes de diversos outros movimentos do mundo, lideranças do MST foram à cúpula oficial da Rio + 20, mais precisamente ao painel “Segurança e Soberania Alimentar”, em conjunto com representantes do governo e diretores de uma multinacional, anunciar uma parceria entre o MST e o Grupo Pão de Açúcar.

Airton Rubenich, diretor da Coopan, Milton Fornazieri, coordenador nacional do MST, Paulo Pompilio, diretor de relações institucionais do Grupo Pão de Açúcar, personagem não identificado, Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário, Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Essa transação comercial — em que a principal rede varejista [retalhista] do país comprou 15 toneladas de arroz orgânico da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita, do Rio Grande do Sul — foi anunciada como a maior já realizada entre o Movimento e um mercado, sendo intermediada e tendo o apoio do programa Brasil Sem Miséria, do governo federal [4]. E, a crer na declaração do diretor de relações institucionais do grupo, Paulo Pompilio, a intenção é que as negociações se ampliem, pois envolvem a preocupação com a questão ambiental e social, claro, valorizando a “produção de alimentos sem agrotóxicos ou defensivos” [5].

Milton Formazieri, da coordenação nacional do MST, justificou a transação dizendo: “Parece contraditório, mas sentimos a necessidade de expor e divulgar mais sobre o movimento para a classe média, mostrar que nossa produção é social e ambientalmente sustentável” [6].

Os porta-vozes do Pão de Açúcar, porém, foram menos hipócritas e mostraram que a questão econômica é a principal, já que existe um amplo mercado a ser explorado pelas grandes empresas capitalistas com os alimentos orgânicos. Sandra Caires, gerente comercial de orgânicos do Pão de Açúcar, cita uma pesquisa do Ministério do Meio-Ambiente, divulgada em agosto de 2011, na qual 85% dos consumidores entrevistados se declararam mais propensos à compra de produtos se forem fabricados sem agredir o meio ambiente, como é alegadamente o caso dos orgânicos. Outros 81% afirmaram ter maior interesse em um produto cultivado organicamente. Além disto, outra pesquisa, esta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), revelou que em 2011 a comercialização de produtos orgânicos nos supermercados do Brasil cresceu 8%. “Apenas no Pão de Açúcar, a venda de orgânicos cresce anualmente cerca de 30%. Portanto, é um mercado ainda iniciante no Brasil e que merece atenção. Analisando os mercados norte-americano e europeu, a empresa percebeu que as demandas por orgânicos crescem muito rápido”, afirma Sandra Caires. Segundo ela, faltam estímulos para um crescimento maior no Brasil, o que a rede tem tentado fazer. “Os esforços em aumento de sortimento e comunicação nas lojas intensificaram-se nos últimos 5 anos por meio do desenvolvimento de fornecedores e produtos, além de ancorar os conceitos e exposição dentro de nossas lojas” [7].

Considerando que foi o “o Ministério do Desenvolvimento Agrário [que] articulou reuniões com Pão de Açúcar e WalMart”, se bem que esta última empresa não tivesse ainda comprado o produto, conforme relata Airton Rubenich, integrante da direção da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), que fica no Assentamento Capela, nada mais natural que tenha sido Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário, a proceder a uma das melhores sínteses sobre o caráter simbólico de tal parceria. Nas comemorações da 9ª Abertura da Colheita do Arroz Ecológico no assentamento da região de Nova Santa Rita [8], ele comentou:

“O primeiro símbolo é o da Reforma Agrária que dá certo. O segundo é o da sustentabilidade ambiental, feita pela agricultura familiar. O terceiro símbolo é o conjunto de programas governamentais e políticas públicas que contribuem para o avanço e para o salto de qualidade da agricultura familiar” [9].

Quando questionado sobre o uso maciço dos denominados agrotóxicos pela agricultura brasileira, a expansão de sementes transgênicas, o Código Florestal e a velocidade da reforma agrária, o ministro admitiu que existem problemas a ser superados, mas defendeu que é preciso ter paciência para avanços: “O neoliberalismo encontra-se em uma profunda crise, mas, como todo sistema em crise, ele não muda de imediato. É um processo que às vezes é mais longo do que a gente imagina” [10].

Por outro lado, a produção de arroz agroecológico recebe benefícios do governo federal e estadual, através de diversos programas e acesso a linhas de crédito, como o Programa de Financiamento de Sementes para Arroz, recursos do Plano Safra que resultaram na melhoria da qualidade de energia elétrica no Assentamento Capela. E, de acordo com a diretora do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Adriane Siqueira, estão previstos investimentos na cadeia produtiva do arroz ecológico, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em municípios como Tapes, Viamão, Eldorado do Sul, Guaíba e Nova Santa Rita, que permitirão a consolidação daquela atividade produtiva nestes locais, mais próximos da capital, e sua expansão para vários cantos do estado. “Esse novo investimento proporcionará a expansão para outras regiões do estado como São Gabriel, Manoel Viana, Santana do Livramento, Candiota, Hulha Negra e Aceguá” [11].

A experiência do arroz agroecológico teve início em 1999, pelos assentados da reforma agrária nos municípios de Nova Santa Rita, Tapes e Viamão. O Grupo Gestor envolve a Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs), que fornece Certificação Participativa do Arroz “Terra Livre” — marca que dá nome ao arroz comercializado pelos agricultores e mais três cooperativas. A área total de certificação orgânica é de cerca de 6.700 hectares. No total, são 428 famílias envolvidas, situadas em 16 assentamentos e 11 municípios, em uma área de produção que chega a quase 3.900 hectares. De acordo com Emerson Giacomelli, membro da coordenação estadual do MST, a produção é vendida para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para a merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além do mercado regional [12]. E agora, claro, é vendida também ao Grupo Pão de Açúcar.

O assentamento Filhos de Sepé, em Viamão — a 40km de Porto Alegre e numa das regiões em que o governo pretende expandir e consolidar a cadeia produtiva do arroz ecológico — foi criado em 1999, depois de quatro anos de acampamento na beira da estrada, e divide-se em quatro agrovilas, nas quais vivem cerca de 376 famílias. Também ali se planta arroz, sendo esta uma das três atividades principais de ingresso de renda, ao lado das hortas familiares e do trabalho nas cidades vizinhas. Este trabalho consiste geralmente em serviços de limpeza, para as mulheres, e na construção civil, para os homens, de onde lhes vem a maior parte da renda.

Inicialmente o arroz plantado estava atrelado a um pacote de dependência das companhias transnacionais, como conta Huli: “Monsanto nos traz o pacote tecnológico, herbicidas, praguicidas, isto é, venenos, e nos traz também o arroz. Com o tempo percebemos que estávamos passando da dependência do latifundiário que possuía as terras, para ficar dependentes das multinacionais que possuem a tecnologia. Chegamos à conclusão de que com toda esta luta não havíamos avançado nada, que lutamos durante anos para estar num novo lugar de dependência, e além disso, envenenando nossas famílias e a população que consome o arroz cultivado desta forma” [13].

Para tentar sair de tal situação, algumas dezenas de famílias, após intenso debate interno, passaram a cultivar o arroz sem o denominado agrotóxico em cerca de 150 hectares, dos 1.600 que se cultivavam de modo convencional. A produtividade foi satisfatória e diversificaram a produção com o cultivo de peixes nas áreas de alagamento. Contudo, além da dificuldade de conseguir um selo de certificação de produto orgânico, a dependência em relação às empresas multinacionais não se encerrou aí, pois elas controlam, além da tecnologia agrícola, a comercialização do produto. Huli nos conta que a produção de arroz tem cada vez menos valor no mercado, com o que os 1.600 hectares que os assentados cultivam não lhes estão permitindo sequer sobreviver da terra [14].

Perante esta situação, será que as parcerias com grandes empresas, como o varejista Pão de Açúcar, sob controle acionário do conglomerado francês Casino, abrirão uma saída para os camponeses assentados com dificuldades de preço e comercialização? Se assim for, este tipo de saída aponta para onde?

5. Trabalho temporário nas empresas do agronegócio

A situação característica de muitos acampamentos é a falta de trabalho e as enormes dificuldades financeiras. Estes fatores fazem com que grupos de acampados vendam sua força de trabalho para setores do agronegócio, como no caso da colheita da laranja, maçã ou uva — que não contam com colheitadeira mecanizada — do corte de acácia e de cana ou ainda que procurem empregos nas cidades, notadamente na construção civil e em serviços de limpeza, como já referimos.

Tal situação gerou uma experiência singular de arrecadação de fundos para as ações do MST, na região de Vacaria, no nordeste do Rio Grande do Sul. Em meados da década de 1990 foram criadas no Movimento as Frentes de Trabalho, integradas no setor da Frente de Massas, com o objetivo de auxiliar financeiramente as atividades. Na passagem da organização da força de trabalho dos acampamentos para o trabalho temporário nas explorações agrícolas foi formada a Cooperativa dos Trabalhadores Gaúchos — Coopertchê — que passou a intermediar a contratação dos trabalhadores para as empresas [15]. Esta intermediação da contratação da força de trabalho fornecida à agroindústria gerou um aporte financeiro considerável para o MST gaúcho. Miguel Carter informa que no ano de 2000 as cotas financeiras decorrentes do assalariamento temporário dos trabalhadores da Coopertchê alcançaram US$400.000, correspondente a um quarto do que foi arrecadado pela seção estadual do movimento no ano [16]. Por outras palavras, para uma parte substancial dos seus fundos o MST do Rio Grande do Sul recorreu a uma forma de exploração que os trabalhadores um pouco por todo o mundo têm denunciado como sendo uma das mais nocivas.

Aquela prática também gerou uma contradição dentro dos acampamentos, pois o dinheiro proveniente do assalariamento temporário criava condições de vida melhores do que a dependência exclusiva da produção nestes espaços.

Como se esta situação em que um Movimento de Trabalhadores organiza uma empresa de trabalho temporário não fosse suficientemente contraditória, gerou-se uma nova contradição. Os trabalhadores, quando iam para o acampamento, recebiam uma cesta básica e deveriam compor as Frentes de Trabalho, laborando parte do tempo para as empresas agroindustriais. Ora, a verba conseguida com a exploração da força de trabalho originou uma divisão entre os militantes desta instância do MST e sua direção estadual. Quando a direção estadual não consentia em realizar certas ações, os militantes podiam contar com o dinheiro arrecadado com o trabalho temporário fornecido às empresas para sustentarem ações distintas das chanceladas pela direção. Frente a isso, a direção estadual passou a interceder junto à administração das empresas para que o dinheiro não chegasse às mãos dos militantes. O agenciamento dos acampados, e posteriormente dos assentados, como força de trabalho para o capital, através das Frentes de Trabalho, se transformou diretamente em um negócio para o MST.

Desta forma, o Movimento, ao mesmo tempo que defendia a autonomia camponesa na produção de alimentos, intermediava a contratação de trabalhadores assalariados temporários para o agronegócio, sem desenvolver lutas contra as condições de trabalho a que estes assalariados estavam submetidos. O Movimento não conseguia, assim, lançar uma ponte política que alcançasse o proletariado agrícola, os assalariados temporários, e que possibilitasse organizar esta situação para uma perspectiva mais ampla de luta contra as empresas do agronegócio.

Essa forma de obtenção de fundos produziu como sua contraparte o descontentamento entre os opositores do MST no Rio Grande do Sul, e um processo muito violento de repressão. Organizando cooperativas de trabalho temporário o Movimento expunha-se a críticas, aliás inteiramente justificadas, de colaborar na precarização da força de trabalho. Não espanta que através do Ministério Público se tivessem criado diversas dificuldades para o desenvolvimento daquela forma de atividade, sobretudo graças a denúncias de práticas de terceirização irregular de trabalhadores pela Coopertchê. Afinal, os negócios de trabalho precário prosseguidos pelo Movimento permitiram que o Conselho Superior do Ministério Público do estado aprovasse um relatório sobre a necessidade de “quebrar a espinha dorsal do MST” e exigisse a sua “dissolução” [17].

Esta, apesar de tudo, espantosa aproximação ao agronegócio no Rio Grande do Sul talvez esteja ligada ao desenvolvimento da organização capitalista da agricultura gaúcha. A utilização de força de trabalho enquadrada em cooperativas de trabalhadores prestadoras de serviços vem crescendo no ramo produtivo agrícola de frutas e horticultura, pois é vista como um meio de diminuição dos custos de produção para as empresas do setor, principalmente nos casos em que não é possível a mecanização da colheita. As denúncias de precarização na terceirização destes trabalhadores são constantes [18], o que não impede que a Agropecuária Schio, segunda maior produtora de maçãs do Brasil, conte com boa parte de seus trabalhadores temporários da colheita do fruto entre os membros de acampamentos e assentamentos do MST. A intermediação da força de trabalho para este ramo do agronegócio seria decorrente de um acordo entre os gestores da empresa e a direção estadual do Movimento [19].

Essa experiência não se expandiu para outros estados do Brasil por vários motivos. Alguns deles estão ligados à organização de feiras de pequenos produtores, onde assentados conseguem recursos para o Movimento, às ligações dentro das estruturas públicas dos poderes executivos estaduais ou mesmo ao fato de em vários estados os proletários do campo serem os próprios sem-terra, e o conflito com intermediadores de força de trabalho, conhecidos como gatos, ser uma constante entre eles há muito tempo. Nessas regiões seria difícil que qualquer instância do MST aparecesse explicitamente como um gato. Mas na prática foi essa a atividade a que o Movimento se dedicou.

Notas

[1] Documento oficial final da Via Campesina na Cúpula dos Povos, 2012.
[2] idem.
[3] idem.
[4] Leia aqui.
[5] idem.
[6] Leia aqui.
[7] Leia aqui.
[8] Ao lado do então governador do estado Tarso Genro, do PT; do presidente do Incra; do ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, além de prefeitos e vereadores de diversos municípios vizinhos.
[9] Leia aqui.
[10] Leia aqui.
[11] Leia aqui.
[12] Idem.
[13] Huli apud ZIBECHI, R. Autonomías y emancipaciones. América Latina en movimiento. 2008, p. 123. Leia aqui.
[14] Idem, p. 124.
[15] FERNANDES, B. M. Contribuições ao estudo do campesinato brasileiro. A formação e territorialização do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra – MST (1979-1999), p. 222 — leia aqui; RELATÓRIO AZUL, 1996, p. 227 — leia aqui.
[16] CARTER, M. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) e a democracia no Brasil. AGRÁRIA, São Paulo, nº4, 2006, p. 134-135. Leia aqui.
[17] “Voto no sentido de designar uma equipe de promotores de Justiça para promover ação civil pública com vistas à dissolução do MST e a declaração de sua ilegalidade”, afirma o promotor Gilberto Thums” — leia aqui. Também no Rio Grande do Sul, na região de São Gabriel, ocorreu um violento despejo do movimento, resultando na morte de Elton Brum pela Brigada Militar. E, nesta mesma São Gabriel, os latifundiários divulgaram cartas conclamando ao assassinato dos militantes do MST — leia aqui.
[18] Leia aqui.
[19] “Em contrapartida cada funcionário contratado através do MST paga mensalmente uma taxa ao movimento, cerca de R$ 80,00, que é então utilizada no financiamento de acampamentos, marchas, invasões e outros eventos do movimento.” (Mueller, 2007, p. 09). MÜLLER, C. V. A produção de maçãs na Agropecuária Schio em Vacaria/RS. 2007, p. 9. Leia aqui.

Leia a 3ª parte deste artigo.

31 COMENTÁRIOS

  1. este art. juro que não li integralmente, embrulhou o estmago logo nos primeiros paráfos,..aviso ao mst, NÃO PODE VENDER PRODUÇÃO para grandes redes de supermenrcado….MOVIMENTO REVOLUCIONARIO QUE SE PREZA DEVE ORIENTAR SUA BASE A NÃO TER ACESSSO A TECNOLOGIA de produção e a comercialização, e mais, absurdo onde ja se viu assentados colocar arroz, feijão embalados em supermercado para vender, revolucionario que se preza deve socar arroz no pilão pra comer, guardar a carne na lata banha, cozinhar no fogão de lenha e usar lamparina a querosene…essa é a senteçade estampada em passaVEJApalavra.. reinaldo azevedo, arnaldo jabor e demétrios perderam seus postos, agora é com o Passa palavra…

  2. Quando o ressentimento e a má-fé se acoplam, o que deveria ser argumentação, no sentido lógico e dialético do termo, amesquinha-se e o resultado é uma expectoração de sofismas e amálgamas que ecoam a fatigada verborreia stalinista.

  3. Os dois textos são muito bons e elucidativos,também acho que fazem jus a uma boa reportagem investigativa que hoje em dia quase não se vê mais, vai aos fatos e relaciona-os de modo a apontar as encruzilhadas e impasses que o MST deve enfrentar se pretende ser ainda um movimento de trabalhadores e para os trabalhadores.
    Uma curiosidade: o arroz orgânico vendido ao grupo Pão de Açucar é oferecido aos consumidores por mais ou menos 8 reais por um quilo, o arroz consumido pelos trabalhadores urbanos custa em média 10 reais um pacote de 5 quilos; então o arroz produzido pelo MST não é para os trabalhadores urbanos e sim para os patrões, triste ironia.

  4. Ao não ter como argumentar, Nilcio (advogado de ofício do movimento) nada diz, e pretende desqualificar quando se expõem as fissuras e contradições do MST.

    Se de fato os “companheiros” se sentem militantes de esquerda, mais bem fariam em levar a sério tais argumentos e fatos contidos nos artigos.

    A fetichização da organização, qualquer que seja, leva a um processo de considerar os meios como fins. E o que seria a finalidade (a construção do socialismo, de uma sociedade não capitalista) se transforma em nada. A organização construída vira uma máquina burocrática. Se o MST não se encontra ainda assim é um risco que corre, ainda mais quando seus militantes são impermeáveis à crítica e aos fatos.

    É exatamente este processo que Rosa Luxemburgo analisava quanto à burocratização das organizações de esquerda, quando os revolucionários se transformam em funcionários, criando a base social do reformismo e pervertendo a história.

    Esta série de artigos está a desvelar uma realidade que leva a burocratização, quais seriam as reações a esse processo? Espero sinceramente que não seja apenas estas (“inócuas e ineficazes”) do Nilcio.

    Relendo um artigo publicado aqui no Passa Palavra: http://passapalavra.info/?p=68419
    de uma ex-militante do MST (seria também agora funcionária da Veja?), percebo o quanto atual e contundente é esta passagem:

    “Nesta unidade imposta, quem fazia a crítica estava queimando o movimento e, por conta da relação de poder hierarquizada, havia e ainda há muita hipocrisia, expressando assim grandes contradições do MST, que insiste em sempre apresentar em suas místicas, documentos, curso, debates, etc., tantos valores socialistas e revolucionários deixados pelos nossos históricos lutadores, e que na sua prática política nega tais valores.”

  5. Aff, não sou advogada do MST e nem militante, mas não concordo com este texto que se dispõe expor as contradições do Movimento sem Terra. Do que você está falando cara pálida? discurso e prática? reportagem investigativa? ai…

    Aliás os dois temas abordados pelo texto já são velhos motores de desgaste do MST: o uso da agricultura familiar pelo mercado ( para o bem e para o mau) e o financiamento da luta pela reforma agrária. Qual é a novidade? acho uma pena que o P P não tenha um conselho editorial.

  6. Tanto a 1ª parte do artigo como esta 2ª parte se baseiam em factos, com abundantes notas. Ora, os leitores que discordam do artigo não foram capazes de apontar erros de facto e por isso mesmo confirmaram — involuntariamente — a exactidão das afirmações do Passa Palavra.

  7. É, realmente… Como bem diz a luciana, “Do que você está falando cara pálida? discurso e prática?”
    Afinal, num país em que lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens inauguram usina hidrelétrica (http://youtu.be/Si5GaicWzac), que, em nome do combate à fome, quer exportar o modelo agrícola Embrapa-Monsanto do plantio direto para Moçambique (http://matutacoes.org/2012/07/06/projeto-prosavana-cooperacao-ou-cavalo-de-troia-a-ambiguidade-da-presenca-brasileira-em-africa/), qual o problema do MST fazer parcerias com corporações capitalistas e falar mal delas ao mesmo tempo?
    Que mesquinharia…
    Já dizia o filósofo máximo do Brasil:

    “Gosto de levar vantagem em tudo.
    Leve vantagem você também.” (Ainda hão de dar o devido valor a esta grande figura: http://youtu.be/5s8_kJlPFRU)

  8. Esta parte do artigo levanta uma polêmica interessantíssima sobre o destino da produção dos assentamentos agroecológicos.

    Fossem quais fossem as técnicas de produção, o produto tem que ser vendido, e é muito natural que isto aconteça num movimento que graças à luta dos sem-terra agora junta sob a mesma bandeira estes mesmos sem-terra, os “que vivem debaixo da lona preta”, e pequenos produtores agrícolas que um dia foram sem-terra e hoje, e não custa repetir que foi graças à luta, são o que são.

    Tal como as coisas são hoje, para ser consumida a produção precisa ser vendida, e qualquer um que a compre é um bom comprador. Comprando na feira local ou comprando no Pão de Açúcar (ou em qualquer outra grande rede de supermercados), o resultado é o mesmo. E que bom que o MST esteja conseguindo produzir e vender!

    Mas fica uma pergunta sem resposta: o que acontece quando o produto que se vende é tão caro que custa duas a três vezes mais que os produtos comprados por trabalhadores para sua cesta básica? Para quem vai este produto?

    Sem querer entrar na piada pronta do tomate e de seu aumento absurdo, mas já entrando, um tomate orgânico é saudável, livre de venenos, etc., mas custa muito mais para o consumidor final que um tomate produzido segundo as técnicas do agronegócio. Qualquer um que vá ao mercado e veja as diferenças de preço entre as gôndolas com produtos agrícolas orgânicos e as outras com produtos agrícolas “não-orgânicos” sabe do que estou falando. Então o trabalhador que já está sendo orientado pelas empresas de comunicação a substituir o tomate por outros frutos vermelhos para manter o licopeno na dieta correrá ainda mais dos tomates agroecológicos, que estão ainda mais caros.

    (Usei o tomate como exemplo, mas vale para qualquer outro produto agrícola.)

    Me parece que a produção do MST, quando respeita os princípios da agroecologia, tem custo proibitivo para o consumo de trabalhadores. E que as velhas estatísticas do Censo Agropecuário de 2006, agitadas como bandeira de luta e como demonstração de que “é o pequeno produtor quem alimenta o Brasil” sem qualquer reflexão sobre isto ser uma demonstração cabal de que o pequeno produtor não conseguiu (e talvez jamais consiga sob o capitalismo) entrar nos setores de ponta dominados pelo agronegócio, mostram que não é o pequeno agricultor agroecológico quem “alimenta o Brasil”, mas sim aquele que não adotou a agroecologia como técnica de produção.

  9. Sr. João Bernardo não generalize. Eu não estou concordando com seus argumentos e nem com os argumentos do texto tampouco confirmando, não distorça.
    Não sou eu que estou fazendo disputa política. Quem está disputando politicamente, neste tema, é o PP. Quem precisa disso é o Sr e não eu.
    Não confunda nossos interesses. Eu não tenho interesse algum em julgar e condenar meu irmão na frente de seu inimigo.

  10. Luciana, diferente do campo das táticas, o campo das idéias só tem a ganhar com o debate público. Uma boa idéia é uma ideia com potencial para contaminar muitos e para resistir às críticas que necessariamente virão, se ela se pretende alcançar os muitos. Tal como um organismo, quanto mais exposto à críticas, melhor uma idéia se torna (se conseguir sair viva). Ou será que o único lugar apropriado para criticar o MST é DENTRO dele??

  11. – Mas ‘glória’ não significa um ‘argumento arrasador’, objetou Alice.
    – Quando uso uma palavra – disse Humpty Dumpty em tom escarninho – ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique…nem mais nem menos.
    – A questão – ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.
    – A questão – replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. E só isso.
    Lewis Carrol – Alice no País dos Espelhos

  12. Sempre leio os debates aqui do PassaPalavra e já acompanhei alguns de altíssimo nível. Mas sempre quando o assunto envolve “siglas” o nível cai vertiginosamente. É profundamente lamentável que um sujeito, sem mesmo ir ao final do texto, lance “críticas” do tipo “VejaPalavra”. Qual a razão de lançar mão desse tipo colocação, senão envolvimento pessoal e/ou fetichismo que nutre pela forma, pela sigla? Por que não aproveitar este e outros espaços para analisar friamente o que vem acontecendo com o MST?
    Tanto na primeira parte, quanto na segunda, ainda não li um argumento contrário aos fatos nelas colocadas. Seria por que contra fatos não há argumentos?

  13. Já dizia Lenin: “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”! Para esquerda infantil não precisa de direita.O comportamento é o mesmo! O tal “informativo” Passa Palavra perdeu meu respeito após essa matéria hipócrita e mal intencionada.

  14. Selma: hipócrita por que? Qual é a dificuldade de se passar de adjetivos para argumentos?

  15. Estou realmente muito assustado com o nível dos comentários. As pessoas vêm aqui e xingam, e não fazem mais porque não podem, mas nenhum se dá ao trabalho de contra-argumentar. É simples. É só dizer que não, que o MST não faz isto, e mostrar. Ou demonstra que o MST faz isto, mas que está combatendo este tipo de prática, que ela é um desvio já identificado e que será em breve superado. Ou admite que não sabia disto, que acontecia nas escuras, e que de agora para frente precisamos todos abrir os olhos.

    Mas não, o melhor é dizer que o Passa Palavra foi longe demais… E agora, que faremos nós com a nossa consciência, até ontem tranquila, amaciada nas filas dos grandes supermercado onde poderíamos exercer a nossa militância via cartão de crédito?

    No mais, quanto a Lenin, ele defendeu que o socialismo era a soma dos bolcheviques à eletricidade, ou algo do gênero, e fez de tudo para tornar a URSS menos agrária e mais moderna, se tornando um dos maiores fã e aplicadores do taylorismo. Pode ter cometido todos os erros, mas duvido muito que tenha caído nesta cilada da defesa da agricultura orgânica e familiar (tema do terceiro artigo já publicado). Os seus seguidores de todo o mundo até umas três décadas atrás também eram menos cínicos e, ao defender práticas como estas expostas agora nesta segunda parte da série, pelo menos diriam que se tratava de uma estratégia de união com a burguesia nacional para superar a fase feudal do Brasil.

    Quer dizer, agora fiquei a pensar qual é a piada de pior gosto.

    Mas é claro: lideranças do MST se tornam gestores do capital, toda uma geração de militantes passa a defender a agricultura familiar como modelo de “desenvolvimento”, e é o Passa Palavra que faz o papel da direita…

  16. A reação de alguns aqui parece com a daqueles que, frente às denúncias de existência de campos de concentração na União Soviética, indignavam-se não com os campos de concentração, mas com quem divulgava sua existência. A sina dos Perrons continua.

  17. Dokonal,
    A Simone de Beauvoir escreveu todo um livro, Les Mandarins, que você deve conhecer, sobre esse problema. O Sartre e os demais animadores do Les Temps Modernes — no romance com outros nomes — sabiam muito bem o que se passava na União Soviética stalinista, mas achavam que denunciar isso era fazer o jogo dos norte-americanos. Foi com este tipo de chantagem que o stalinismo se sustentou e que a esquerda chegou a uma situação lamentável. Os poucos que tinham a coragem de dizer o que se passava, ou pelo menos uma parte do que se passava, eram acusados de estar ao serviço dos nazis e eram assassinados quando possível. Foi o que sucedeu a Trotsky, foi o que sucedeu aos dirigentes e a muitos militantes do POUM durante a guerra civil espanhola, foi o que sucedeu a bastantes resistentes esquerdistas e anarquistas durante a Resistência francesa, fuzilados pelos resistentes do Partido Comunista. E o argumento era sempre o mesmo, o de que essas coisas deviam discutir-se em privado e nunca publicamente. Mas discutir os problemas apenas no interior daquela burocracia que gera esses problemas corresponde simplesmente a reforçá-la e, portanto, a agravar os problemas. As questões devem ser discutidas em público pela razão simples de que os dirigentes de um movimento ou de um partido não são donos das lutas. E se surgem agora pessoas que querem reproduzir aquele tipo de chantagens do stalinismo, é porque ocupam uma posição similar. O que torna tanto mais urgentes artigos como estes que o Passa Palavra está a publicar.

  18. Novamente as velhas críticas proferidas por de trás de uma mesa. Fica fácil argumentar e criticar quando não vive e não se conhece a verdadeira realidade e as contradições de um acampamento/assentamento. Dessa forma, fica mais fácil ainda idealizar o povo e criticar as decisões das direções.
    Teoria, eu quero uma prá viver!
    Aqui no PP cultua-se a síndrome da casa suja. É mais fácil abandonar a casa e criticar a sua sujeira de fora do que permanecer, criticar por dentro e contribuir para a limpeza. Um eterno problema, que faz a esquerda brasileira caminhar a passos lentos.
    Essa foi a posição dos 51 dissidentes tão festejados neste sítio.
    Prova cabal de que só tinham críticas e nenhuma proposta e projeto alternativo é o fato de não terem construído nada a partir dessa saída, até agora.
    É amassando barro que se faz tijolos. Mas aqui, muitos insistem e querer construir o castelo ideal com seus tijolos teóricos e virtuais.
    Para quem pedir contra argumentos ao texto, releia!

  19. O comentário de Jose Soares me coloca uma questão. Concluo por ele que os problemas analisados pelo Passa Palavra estão presentes no interior do MST e são uma contradição do Movimento. Parece-me que José Soares considera que esta “sujeira” faz parte de qualquer movimento e que se deve lutar por dentro dele para tranformar essa realidade. Posso aceitar essa posição e a acho legítima, porém gostaria de saber que ações estão sendo feitas no sentido de superar essas contradições?

  20. Legume,
    Conclusões erradas! Casa suja é uma metáfora e significa divergências de posições políticas e estratégicas. Jamais disse que existe “sujeira” em todo movimento. Num movimento democrático, e digo que o MST o é, todos tem plenas condições de colocar seus pontos de vistas, defendê-los e arregimentar apoio.
    A maioria sempre vence, mesmo que em dados momentos, maioria pode significar que tem mais gente errada. Mas é necessário estar dentro para demonstrar isso. Críticas de fora, muito pouco contribuem e acabam indo para o ralo vazio da “crítica pela crítica”.
    Quanto à contradições, me referi às contradições de acampamento/assentamento e não à contradições na direção.
    Quanto à saber que ações estão sendo feitas, é preciso amassar barro, estar presente”

  21. Pois bem. Vejo que me enganei, José Soares acha que o MST caminha bem, pois seu rumo foi decidido pela maioria. Logo devemos aceitar estes rumos, como aceitamos o governo lula e tudo o mais.

  22. Legume,
    Conclusão acertada.
    Se vc não tem condições e capacidade teórica para arregimentar a maioria, interferindo dentro de qualquer movimento, só resta a você acatar a decisão dessa maioria. Ou vamos continuar a formar seitas dissidentes. Primeiro PT, depois PSTU, depois PSOL, depois…

  23. Pelo que vi, a interpretação correta das postagens, não é um ponto muito forte para alguns aqui. O nascimento do PT foi legítimo, depois dissidências e seitas.
    A direita tem seus vários teóricos e partidos e as vezes caminham em aparente conflito, por interesses diversos. Mas quando se trata de bater, retirar diretos e impedir o avanço do proletariado eles se unem com uma rapidez inteligente.
    O mesmo não acontece na esquerda e suas vertentes. Vide aproximação do PSOL ao PSDB para bater no PT. Vide união dos dissidentes do MST do Assentamento Milton Santos com o prefeito de Americana, do PSDB, para bater no MST e no PT. A merda é que nada disso acontece sem ter interesses financeiros particulares como plano de fundo.
    Essa é apenas uma das contradições de um assentamento, que a direção tem que lidar, nas tomadas de decisões.
    Por falta de prática e consequente desconhecimento de causa, esse coletivo vive afirmando que o MST abandonou as famílias do Milton santos, quando a “coordenação” resolveu ocupar o Instituto Lula.

  24. E josesoaresmelo, mais uma vez, tenta desviar o foco principal do artigo.
    Ao invés de discutir a relação do MST com empresas capitalistas privadas, e mediadas pelos governos do PT, e a atuação do MST como intermediador de trabalho temporário e precarizado, quer nos fazer acreditar numa dicotomia entre esquerda e direita que seria expressa pelo PT e PSDB.
    Mas continua a nada dizer sobre as relações do MST com Pão de Açúcar, Fibria etc., que notadamente são empresas transnacionais capitalistas, e que como demonstra a série de artigos com dados e fatos, são alianças e acordos feitos junto à direção do movimento.
    Esta é uma tendência a ser seguida pelo movimento? Há crítica interna a essas alianças? Como se justificam? Qual a posição das divergências internas (estas existem)? Como a base entende esse processo?
    Assim, ao nada questionar, restringe sua análise a rótulos de partidos que pretende expressar simploriamente uma divisão entre campos políticos (PT = esquerda; PSDB = direita), o que ocorre apenas na cabeça dos que preferem não perceber as contradições embaixo do seu nariz. E o mundo, chapado, fica mais fácil para a boa consciência dessa esquerda.

  25. A reportagem do IG, reproduzida pelo viomundo, é simplesmente a explicitação de algo que já havia sido demonstrado – com argumentos, fotos, documentos e argumentações – aqui no Passa Palavra. Acompanhei, como leitor interessado, todas as reportagens aqui publicadas sobre o assunto – sais mais do que fundamentais, e merecem ser lidas em sua integralidade e com a máxima atenção.

    Depois, é claro, não adiante desviar o olhar e dizer que o monstro não é nosso. Ou a esquerda abre os olhos e a boca para esses fatos, ou então é melhor mesmo ficar brincando de temas de moda multiculturais e ambientais.

    Noves fora, será engraçado o dia em que os pequenos agricultores e assalariados rurais se revoltarem com esses favores políticos espúrios e com o tal monopólio que o MST busca alcançar – ocupando assim suas propriedades coletivas. Será tudo, então, uma jogada da direita? Assalariados do campo e pequenos agricultores sem consciência de classe e da tarefa histórica? A história se repete, como tragédia, farsa, comédia e em espiral.

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