Imagens e depoimentos da assembleia dos professores do estado de São Paulo que decidiu pelo início de uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 22 de abril de 2013. Por Passa Palavra

6 COMENTÁRIOS

  1. Segundo Isabel Loureiro, minha querida professora, a greve é o “agente dos tempos”, no sentido de um ato coletivo que forja mudanças, com ênfase nas diferenças históricas resultantes dessa luta e privilégio para a delimitação dos consensos que alteram o passado com vistas ao futuro. Entretanto, para comentar o vídeo, não podemos esquecer que o motivo principal desse movimento deve ser sempre a mudança profunda, perene, sistemática, duradoura, da política educacional do Sr Alckmim, para além das divisões da APEOESP, das diferentes orientaçõers partidárias e idiossincrasias ideológicas. A dilaceração do consenso, a busca egoísta de soluções próprias, vícios privados transformados (magicamente) em benefícios públicos, diferenças ideológicas e, porque não dizer, picuinhas e, às vezes, futilidades, impedem a união real da classe dos professores. Todos sabemos: sem o consenso entre nós, professores, não haverá luta concreta. Mas parabéns pela divulgação do vídeo. Assistí-lo foi um momento de reflexão!!!
    leonardo

  2. Em tempo: nós professores somos massacrados pelo sistema educacional do Sr Alckmim que, ao menos na tarefa de nos desmobilizar, é muito competente. Nós também contribuimos. Apesar de ser um momemto de conclamação, a dificuldade de adesão dos professores deve despertar o sinal para uma reflexão importante: porque, afinal, perdemos nossa capacidade de pensar, articulando as condições objetivas da nossa existência profissional com as alternativas possíveis de mudança do quadro atual? Porque as dificuldades de se definir como oposição e, psicologicamente falando, a racionalização das derrotas dos últimos 20 anos de governo tucano não redundam em ações efetivas e permanentes?

    O momento é mesmo de greve. O momento é de se pensar.

    Mais uma vez, parabéns ao blog pela iniciativa de divulgação!! A propósito, o nome é conveniente. Qualquer luta política começa pela palavra. Pelo menos a minha luta particular é o resgate dos conceitos, sem os quais é impossível pensarmos. Valeu, pessoal!!

  3. Fui professora da rede estadual por poucos anos, de 2006 a 2009. Os professores paulistas estão sendo massacrados (e não consigo pensar em outra palavra melhor) há muito tempo. E parece que a população não tem entendido isso, pois os partidos e os nomes nos cargos de Primeiro Escalão continuam os mesmos. Minha tese de doutorado é uma análise da concepção pedagógica na rede estadual paulista desde 1983. Pode-se observar que de lá para cá, pouco mudou e muito piorou! Para quem tiver interesse: http://portal.fclar.unesp.br/poseduesc/teses/ana_carolina_galvao_marsiglia.pdf

  4. Acrescente-se, ao que ‘muito piorou’: a ignorância enciclopédica das vanguardas autoproclamadas revolucionárias e de outros intelectuais mais ou menos orgânicos…

  5. Guilherme,

    Como defensor do vernáculo brasileiro, talvez você devesse primar por ele, e não escrever com erros de construção das frases, de coesão etc., como fez.

    Conversinha de direita, essa sua, hein. Nenhum professor tem que ser “reciclado”, ninguém aqui é lixo! O “suposto” professor do vídeo é um valoroso educador, que ensina aos seus alunos nos bairros das bordas periféricas de São Paulo, na zona leste, aqui onde eu também moro. Ele tem uma atuação de muitos anos na região, nos movimentos populares, no movimento negro e no hip hop. Quando o encontro, tem sempre um livro novo para recomendar, uma ideia nova a compartilhar. É um profissional que leva a sério seu trabalho, que se prepara para as aulas, que estuda e pesquisa constantemente, que leva conhecimento a seus alunos. Esses adolescentes e jovens estão tendo aulas que dialogam com suas vidas, que trazem informação, reflexão, análise crítica da realidade.

    E olha, quanto às cores vermelhas lhe envergonharem, isso aí me pareceu um mea-culpa: você deve fazer (ou ter feito) parte desse petismo que contribuiu para a existência dessa escola que está aí. Desse sentimento obscuro eu não compartilho, pois minhas referências ideológicas ligadas às “cores vermelhas” são outras. Nunca fui petista, não faço parte disso.

    Finalmente, também não critico o PT pela direita. Lembro aqui de um verso do Preto Ghoez, rapper e ativista que tive o prazer de conhecer, antes que ele nos deixasse: “dizem que é azul o sangue da nobreza… então vamos sangrá-los e encher nossas canetas”.

    Para bom entendedor, meia palavra BAS.

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