Diagnosticar o fim do MPL é antipático demais para muitos – a despeito de ser maliciosamente encantador para outros. Por Cristina Daniels
Parabéns, Legume, pela análise brilhante e sensível (ver aqui). Você localiza com bastante argúcia o nervo do problema, percorrendo com delicadeza cada um dos seus nódulos. É preciso estar bem perto da realidade sem deixar de ser radicalmente crítico para fazer isso. Acontece que diagnosticar o fim do MPL é antipático demais para muitos – a despeito de ser maliciosamente encantador para outros! O que torna ainda mais penosa a tarefa de opor-se – como é imprescindível a um texto crítico – ao piloto automático, que via de regra faz as vezes do pensamento na mais irracional sociedade de todos os tempos.
Como, além do mais, você não faz caso das detratações, caiu a sopa no mel. Abstrair a sua trajetória histórica, como militante e intelectual, foi só um detalhe. De maneira que, não importa o quanto seja tolice e lugar-comum, tornou-se irresistível, em tais comentários, a tentação de dizer que você está mesmo é despeitado e quer fechar o MPL – acrescente-se ainda a versão da reprimenda em tom menor, vinda dos companheiros, amigável e conciliadora, de uma inocência desoladora. Tampouco a sóbria e fina análise do envolvimento narcísico do Passe Livre fez hesitar o arquiprevisível reproche bumerangue do comentador: no fundo, no fundo, é você que se apaixonou por si mesmo! Que o autor afirme sem rodeios o fim do MPL, na evidentemente arriscada posição de militante histórico recém-dissidente, que construiu um texto que deliberadamente não dá a mínima satisfação para a especulação de previsíveis picuinhas e que, portanto, conta com a consistência das razões que se propôs a demonstrar, tudo isso foi fanfarronicamente ignorado para não estragar o prazer do ataque automatizado ao alvo fácil – repisemos, que você escancaradamente franqueou. A esses apetites, só o que podemos dizer é: “sirvam-se!”
Embora seja muito compreensível a resistência a aceitar a queda do movimento mais avançado do presente momento, que desencadeou “a maior mobilização da classe trabalhadora no Brasil dos últimos 30 anos”, como você, com propriedade, lembra, não deixa de surpreender a ingenuidade com que essa possibilidade parecia fora de questão nas apreciações de modo geral num fórum crítico como este. Pode-se dizer que a intensidade com que se experimentou o potencial transformador de Junho vinha compreensivelmente acompanhada de um calafrio na espinha que uma vaga intuição do fim do MPL produzia. Depois da jornada, a reflexão sobre esse espectro tornou-se simplesmente questão de sobrevivência da energia acumulada. Acredito no palpite de que o refluxo de Junho, justamente pela dimensão de sua potência, é decidido durante a própria jornada e que as mobilizações que se seguiram eram ainda o seu eco. Paulo Arantes, por exemplo, usa o termo “rescaldo” para designá-las. A força do MPL, isso parece relativamente consensual, vem, não de princípios a priori ou doutrinas, mas de uma forma de organização extraída “da experiência concreta de luta”, como lemos no texto. Os princípios atendiam a exigências da prática. Não se trata de uma receita, mas isto é que constituiu naquele momento o seu poderoso aguilhão. Essa espontaneidade por um lado foi o que tomou o sistema de assalto, por outro, tendo alcançado a sua capacidade de ação máxima, justamente por sua originalidade ainda não refletida, deixava o Movimento a descoberto ou desamparado frente à reação que viria.
Passada a disputa com aquela força desconhecida, o sistema voltava a ter a faca e o queijo na mão. Entravam em jogo as manobras do status quo para cooptação e aniquilação, muito mais do que aquelas dependentes das intenções individuais ou corporativas: as que atravessavam estruturalmente todas as esferas sociais, que convertiam em assédio mesmo as novas forças aliadas, que demandavam o mais aturado esforço crítico, previamente homogeneizadas pela máquina do espetáculo posta em ação. Digamos que nesse momento começaram propriamente as reversões que Legume descreve, porque, até aqui, as contradições, se haviam, convergiram na direção que levou ao êxito da luta. O que foi resposta transformadora na fase anterior, no novo contexto passou a esclerosar-se e a funcionar de modo retrógrado. São características qualificadoras do MPL essas que Legume tematiza e não exclusividades regionais. No Passe Livre, constituíram a tentativa mais avançada do movimento autônomo, e a derrocada do primeiro obriga a pensar os limites do segundo, conforme o texto, mas prefiro usar “contradições”, para evitar a ideia de esgotamento da referência.
Justamente porque este modelo – e aqui abro um parêntesis –, com estas características, é parte material da resposta às condições de mobilização para que Junho fosse possível e, por isso, ele permanece uma fundamental referência de luta. Se tais condições incluíram resistir a práticas doutrinárias e de agrupamentos partidários, de modo algum isso foi por acaso, nem há como dissociá-lo das conquistas. Inversamente, na conjuntura anterior, se a esquerda tradicional brasileira há muito estava desacreditada e desgastada, se uma parte significativa dos movimentos sociais que acompanham a sua cartilha retrocedeu na luta antissistêmica, isso não pode absolutamente ser descolado de seus métodos de organização e de reflexão (ou falta dela) sobre seus princípios e doutrinas, isto é, de articulação destes com a prática.
Retomando o fio do argumento, as articulações interpessoais por afinidade, a horizontalidade, a decisão por consenso, o fortalecimento dos laços afetivos, que resultaram de uma interpretação correta num primeiro momento, converteram-se na petrificação, no desligamento das práticas concretas e no a-historicismo da segunda fase, quando o MPL apaixona-se por si mesmo. Diga-se de passagem, não há, nesse trecho da análise, nenhuma intenção de condenar, como também se objetou ao Autor, o atraente estreitamento das relações entre militantes pela via da amizade, amorosa e sexual, mas de apreciá-lo conforme o modo como é vivido; no contexto, ele inclinava o referido círculo ao presunçoso encerramento em si mesmo.
Essa petrificação, se não condenou o MPL, deixou-o vulnerável. Ocorre que com as jornadas eclodiu também o ódio, mais do que próprio de uma sociedade bestializada. Aqui, Legume, chegamos a outro tabu que o seu texto viola, que é falar mal do sexismo em moda que se auto reivindica feminista. É inútil, mesmo que você seja do gênero feminino, gritar que, a título de proteção, esse movimento, que se alimenta do incentivo ao ódio, exerce a mais paternalista tutela e humilha, uma segunda vez, as mulheres, com frívolas e falsas compensações, e que por essa razão ele não é mais que uma forma invertida de machismo. Nada disso é sequer ouvido porque tornou-se uma espécie de senso comum que o sexismo em voga detém a patente do feminismo, de modo que o sexismo vem a ser o único e legítimo representante do feminismo. A discriminação fundamentada no sexo, como uma das cabeças do ódio que campeia atualmente nas lutas sociais, é acicatada pelas afecções tipicamente neoliberais: a competitividade; o ressentimento irrefletido em oposição ao refletido e emancipador; a fetichização do prestígio e do poder. E tem um modus operandi muito conhecido e apreciado à direita: a adulação cooptadora, a manipulação sentimental das paixões, o denuncismo, a culpabilização do indivíduo, o compadrio. Não vou entrar na matéria porque esse sexismo travestido de feminismo já foi exaustivamente desmascarado, aqui mesmo no Passa Palavra (conferir, entre outros, na polêmica sobre a publicação do PP da resposta à denúncia da Coletiva (sic) Maria Bonita, tanto os excelentes comentários quanto os disparates sexistas, aqui; aqui; ou aqui; ver também o indispensável texto de Maria Lúcia Karam, e se a polêmica continua, é porque, para esse sexismo, trata-se exclusivamente de autoimpor-se, à revelia de qualquer argumento.
Diante desse cenário, ou muito me engano ou o que leva o Autor a declarar a morte do MPL é a sua apropriação predatória pelo coletivo feminino nesse momento de particular vulnerabilidade. Aqui, um novo parêntesis. Apesar de se tratar de um relato de São Paulo, além do fato de que o que está em jogo não é uma influência meramente local, a imposição autoritária do sexismo e manobras similares não se reduz a ele, como atesta o recente escracho de um militante promovido pelo coletivo feminino do Rio de Janeiro e relatos de militantes de outros estados, como é o caso da “Carta de Desligamento do Tarifa Zero Salvador e do MPL”.
Voltando, o desfecho não era nenhuma fatalidade, mas as condições sociais para isso estavam dadas. O que se relata com a devida delicadeza no artigo do Legume é uma verdadeira queda de braço entre uma tentativa de fazer prevalecer a posição centralizadora e burocratizadora do Movimento, capitaneada pelo coletivo feminino, e a resistência a isso, representada pelos que defendiam a organização nos bairros. O texto informa que essa disputa acabou. A Luta de Transporte do Extremo Sul e a dezena de dissidentes que defendiam a segunda posição desligaram-se. Pensando em termos ideológicos, no panorama geo-político macroestrutural, um desenlace que nada tem de aleatório, mas reflete na periferia do sistema o resultado de décadas de perda de espaço do marxismo – e aqui não é preciso entender o termo em sentido estrito, porque qualquer tendência efetivamente coerente com a luta antissistêmica converge, por isso mesmo, com os princípios marxistas, independentemente de reivindicá-los ou não – para ideologias antagônicas que oferecem falsas alternativas ao sistema; bem entendido, bombando, não sem motivo, mas justamente porque são favorecidas pela atual lógica da hegemonia capitalista. Todos os desligamentos do MPL São Paulo ocorreram em função da condução autoritária e burocrática dos rumos do Movimento centralizada no coletivo feminino.
Ressalve-se apenas que, se desse mal estar decorreu diretamente o afastamento, nem por isso ele também levou consensualmente à opção pelo confronto direto. Decisivo para essa escolha é o clima de chantagem e intimidação por meio do qual se impõe o sexismo. É compreensível pois que se calcule quais desgastes valem a pena ou não enfrentar. A opção pelo silêncio, entretanto, não obriga a calar inteiramente, como um segredo inviolável, as considerações sobre isso dos dissidentes, entre os quais me incluo (Rafael e eu publicamos nossa carta de desligamento aqui), que acreditam na importância do enfrentamento aberto. O que leva a diagnosticar a morte do MPL hoje é a consumação de um processo predatório que justamente acaba de extirpar a resistência à sua atual centralização e burocratização.
Adveniência como paradoxo e ruptura, no bojo de temporalidades incôngruas ou não-contemporaneidade (Ungleichzeitigkeit, ver Ernst Bloch) entre potência (instituinte) e poder (instituído), entre poiésis e mímesis, entre insurreição e cooptação.
Autonomia como autopraxis histórica do proletariado.
Primeiramente, é preciso parabenizar a autora pela lucidez com que escreve o texto. Ela, na minha opinião, consegue fazer uma excelente síntese sobre os limites, ou contradições (como ela prefere chamar), do MPL enquanto o maior movimento autônomo das últimas décadas.
Um mito está sendo criado, ou pelo menos existe a tentativa de estabelecer, de que os críticos das relações de afinidade como forma estrutural do movimento autônomo são aqueles que defendem a manutenção do status quo e da opressão das mulheres. É fácil de explicar o porque do uso recorrente deste argumento: o feminismo se torna uma blindagem para este grupo, afinal, quem pode criticá-lo?
Cristina foi certeira em identificar esta muleta, e mais, em identificar que estes grupos são grupos sexistas que reivindicam o feminismo, e não feministas. Ler esta parte do seu texto me recorda momentos diversos da minha vida. Desde quando eu achava que não era feminista, por discordar deste modelo que está em voga (diga-se de passagem, uma contradição imensa para mim, afinal, como poderia ser mulher, militante e não ser feminista?), até os momentos em que eu lutei contra isso e fui ostracizada do movimento, ou melhor, utilizando uma expressão mais precisa para o fato, o trashing correu solto.
Relacionar a existência de grupos sexistas que reivindicam o feminismo dentro do MPL e o fim do movimento não é criticar a luta das mulheres e contribuir para a manutenção das relações machistas e opressoras. É, na minha opinião, a forma mais lúcida de perceber que a disputa entre aqueles que defendiam uma organização mais ampla, que rompia com os laços de afinidade, e aqueles que defendiam uma posição mais centralizadora e burocrática, conduzido pelo grupo de mulheres (não todas, quiçá a maioria) chegou ao fim.
E o sintomático de tudo isso é que, a cada texto que toca no assunto, ou mesmo em inúmeras postagem espalhadas pelo facebook, vemos de maneiras diversas como este sexismo se auto-impõe (não apenas no MPL) à revelia de qualquer argumento, como bem disse Cristina.
De fato o texto do Legume traz questões super importantes, mas quando fez suas criticas boa parte das pessoas debateram esqueceram que centro do universo não é o São Paulo, militantes de outras regiões ficaram bem irritados com isso. As especificidades locais e lutas aos quais os militantes estão inseridos simplesmente foram ignorados.
O MPL agoniza? Acho que sim…mas tá morto em todos os lugares?
As relações entre o MPL e o feminismo (dentro e fora do movimento) se dá mesma forma em todos os lugares?
Caze, quais outros lugares? Porque ficaram irritados? Não seria o caso de simplesmente mostrar onde está o erro ao invés de ficarem assim? O último comentário antes do teu não é de uma militante de sp e isso é no mínimo um indício de como as coisas andam. No MPL existe uma lista nacional exclusiva para mulheres; uma moça de um coletivo do nordeste já pediu ajuda nesta lista para expulsar um cara por ter um comportamento supostamente machista; no último encontro nacional havia uma proposta de institucionalização dos tais grupos e os coletivos que não tinham posição ainda formada sobre o assunto (note, nem contra eram ainda) tiveram seus militantes hostilizados; na federação já se chegou até cogitar que todos os delegados fosse do sexo feminino. Diante desse quadro todo existem exceções? Certamente, mas eu não vejo muita coisa a destoar desse tom geral.
Oi, Ana,
Obrigada pelo generoso comentário.
Se entendi bem, temos a mesma preocupação, separar feminismo de sexismo. A prática do coletivo do
MPL mostra claramente que ele não é aquilo que diz ser. Provavelmente por causa do fanatismo com
que as posições são reivindicadas, não temos nos atrevido a chamá-lo por aquilo que ele realmente é:
sexismo. Na minha opinião, manter o rótulo de feminismo para esse tipo de movimento é subentender
que a luta pela igualdade feminina admite, ainda que polemicamente, tutela, e, portanto, humilhação e
machismo, a titulo de proteção. Por definição, qualquer tutela sobre o gênero feminino é machista,
nem polemicamente a luta pela igualdade feminina pode admitir uma tutela, seja ou não a pretexto de
amparo. Aqui abro um parêntesis para dizer que acho desnecessária uma longa explanação sobre o que seria essa tutela, basta abrir a
carta denúncia da coletiva [sic] Maria Bonita. Sinceramente, acho que o raciocínio do texto não
humilha menos a companheira do que o companheiro, ou melhor, a “vítima” (diga-se de passagem, há quatro
anos ) e o agressor. Que analise ponto por ponto quem tiver interesse. Outro capítulo à parte, são as frivolidades simbólicas, “todxs” e por aí afora, metidas
goela abaixo das mulheres como conquista de igualdade. É simplesmente de abater o ânimo de
qualquer um que acredite que tenha o direito de ter convicções próprias. Isso não é feminismo,
nenhum movimento específico, com data de nascimento e hora para morrer, dita para o gênero
feminino o tratamento que lhe convém. O plano “simbólico”, e o tratamento igualitário que dele faz
parte, é resultado de um processo histórico, que se transforma por meio de lutas e revoluções que se
desenvolvem no tempo; acreditar que ele pode ser manipulado por um decreto saído da cabeça de
qualquer movimento retroverso que se apresente como paladino do gênero feminino, faz parte do
direito a tolice de qualquer um; impor essa futil superstição como uma verdade absoluta é uma usurpação da autoridade de representação do gênero feminino e a exposição
da luta pela igualdade entre os sexos ao ridículo — veja bem, ainda que ninguém possa jurar que esse tipo
de despautério, no atrito imprevisível com o mundo real, esteja livre de chegar a alguns resultados
positivos; ainda neste caso, mesmo se a moda viesse a “pegar”, a verdade permanece: está-se legitimando um processo
autoritário, coisa que não se faz impunemente, ainda mais nos tempos sombrios em que vivemos.
Fecha parêntesis. Ocorre que não se pode adotar a lógica reacionária do sistema para corrigir uma injustiça que ela
mesma gera, isso pode apenas levar a reiterá-la indiretamente. Como o sexismo segue a lógica do
arrivismo e da vingança, própria do poder dominante, ele não pode reivindidar para o gênero feminino
uma igualdade na qual ele não acredita. Os valores com o s quais ele espera resgatar a igualdade
feminina, ratificando os valores da sociedade machista, recaem mais uma vez sobre as mulheres como
humilhação e sujeição. Toda presunção de tutelar um indivíduo não passa de arrogância e desrespeito.
Da mesma forma, o ataque ao gênero masculino não é nada mais que a devolução da mesma lógica da
sociedade machista autoritária, realizando uma vingança que paga, na mesma moeda, isto é, com a
mesma lei e intensidade, a violência sofrida pelas mulheres.
Quanto aos laços de afinidade, se não me engano convergindo com o que o MPL-Goiânia expõe aqui
http://passapalavra.info/2015/08/105744, entendo que eles se tornaram um problema, conforme a
exposição do Legume http://passapalavra.info/2015/08/105592, quando se converteram em doutrina,
quando passaram a valer de forma acrítica. Acho que os laços de afinidade têm um papel fundamental na
solidificação de um movimento, a ser interpretado, a cada vez, conforme o momento e a situação
específica em que estão inseridos.
Caze,
acho que uma coisa é centrar uma interpretação exclusivamente na sua realidade particular
(que, no caso a que você refere, seria o MPL SP), outra, muito diferente, e desejável, é partir da sua própria realidade
para articulá-la com o contexto maior que diz respeito a ela. Acredito que a leitura do Legume tem a
ver com este segundo caso. Tanto pela convergência com outros relatos, como o de Salvador e
Goiânia, e ocorrências como a do Rio de Janeiro, quanto por analisar características nitidamente
essenciais ao movimento. De toda maneira, para facilitar o nosso entendimento, vamos partir do
pressuposto de que você tem razão e de que há, sim, um certo provincianismo na abordagem do
Legume, e, certamente, na minha, que considero o artigo dele excelente. Ainda assim, continuaria a ser
uma análise suficientemente substancial, pelas mesmas razões já levantadas: relatos semelhantes,
questões estruturais em jogo etc. Diante disso, o provincianismo se torna um mal menor que, além do
mais, o próprio encaminhamento das questões sérias levantadas pode ajudar a corrigir . — Salvo, é
claro, quando se trata de expor concretamente este ou aquele mal estar, como o Rodrigo Araújo
sugere.