USIMINAS UTILIZA POLICIAIS MILITARES COMO SEGURANÇA PRIVADA E AGRIDE
TRABALHADORES QUE PROTESTAVAM CONTRA DEMISSÕES EM CUBATÃO

Na manhã do dia 11 de março de 2015 o Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista e Região organizou, junto a Intersindical e outras entidades sindicais, ato em defesa do emprego de 8 mil trabalhadores que correm o risco de demissão pelo fechamento da unidade produtora de aço da Usiminas de Cubatão anunciado pela empresa.

O ato organizado para dialogar com a categoria para organizar a greve por tempo indeterminado, foi dispersado pela polícia que já se encontrava nas dependências da empresa desde a noite anterior. Fiel à política do governador Alckmin de prender por desacato todo aquele que não se submete à sua política repressiva, a polícia prendeu dois sindicalistas que se manifestavam pacificamente e o jornalista do Sindicato dos Servidores Municipais de Santos que filmava a ação visando salvaguardar a integridade física dos detidos. Para completar, a polícia apagou as filmagens realizadas que foram recuperadas graças ao engenho do jornalista, que disponibilizou as imagens no youtube.

A prefeitura de Cubatão liberou os funcionários públicos e incentivou a participação da população no protesto uma vez que o fechamento da unidade irá prejudicar a arrecadação do município, que tem na Usiminas a principal arrecadadora de impostos da cidade que sofrerá impacto ainda maior, pois entre empregos diretos e indiretos, o número de trabalhadores afetados será muito maior. Além do que, sem arrecadação, a prefeitura tende a não honrar o pagamento dos servidores públicos, prática que já ocorre em Cubatão com certa frequência.

A política de apropriação privada dos lucros e socialização dos prejuízos, própria do funcionamento do capitalismo, começa a dar seus frutos para a Usiminas. Ao gerar o desemprego, a insegurança e a fome para milhares de famílias e utilizar a polícia pública como guarda patrimonial privada, a empresa mandou seu recado ao mercado e suas ações começaram a subir. Mais uma vez quem paga o pato é única e exclusivamente os trabalhadores.

Digno de nota também é a solidariedade entre os trabalhadores metalúrgicos da Usiminas e os estudantes secundaristas de São Paulo, através de
demonstrações públicas de apoio contra as políticas repressivas do Governador Alckmin e dos “ajustes” econômicos que prejudicam sobremaneira os trabalhadores.

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