A Rede Favela Sustentável anuncia um programa na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que inclui uma aula de yoga, um projeto de artesanato sustentável e empoderamento feminino, a construção de uma horta suspensa e uma oficina de cestaria e de sabão com materiais reaproveitáveis. Raramente a ecologia mostra as suas funções de maneira tão despudorada. Quando tiver ensinado a miséria a ser auto-sustentável, a riqueza poderá dormir tranquila. E enquanto uns aprendem yoga, outros são mortos pela polícia: https://glo.bo/2lXqxml. Se ao menos, em vez de as aulas serem de yoga, fossem de artes marciais… Passa Palavra

10 COMENTÁRIOS

  1. às vezes o passapalavra dá uma de pstu, né?
    “cadê a disciplina revolucionária seus hippies da yoga?!”
    quero ver ninguém do pp nas aulinhas de hatha yoga depois desse texto não, ein

  2. Distraídos venceremos
    Inspirando e expirando em contato com o nosso eu profundo venceremos
    Pensando em coisas boas venceremos
    Cada um fazendo a sua parte venceremos
    Lamentando a morte do pedreiro José Pio Baía Junior por uma bala perdida da polícia militar venceremos
    Cada vez mais derrotados venceremos
    Enterrados venceremos

  3. quem parou de pensar na questão da yoga,
    ficou com preguiça de pensar sobre o resto?

  4. … e, como geralmente ocorre por aqui, o erro da crítica é não ter interpretado corretamente o texto, não ter feito a exegese do verdadeiro sentido revolucionário que o texto tem.
    assim seguimos: entre mortes e yogas.

  5. Exegese revoucionaria? Isso aqui eh um site de internet amigo. E mais. A leitura exegetica foi de quem achou que neste pequeno mini-conto se escondia uma exigencia de disciplina (!) de parte de quem pratica yova (!). Nao eh nem questao de interpretaçao de texto. Será que nao se pode desfrutar de diferentes formas e generos de literatura sem pedir sempre uma linha política clara e definida para ser aplicada por algum militante ansioso?

  6. CAOSMOSE REVOLUCIONÁRIA: Exegese ou etimologia? Se provocado, um esquizofilólogo assinalaria a intimidade ‘radical’ entre os termos yoga e soviet.

  7. O nome sânscrito “योग” (“ioga”) deriva da raiz protoindo-europeia (PIE) “yuj”, que significa “jungir”, “cangar”, “arrear”, “atrelar”, “prender”, “juntar”. Quando se atrela o boi à canga ou jugo, ou ainda quando se junta a parelha de animais, isto significa que se está colocando esses animais em condições para o trabalho. Por isso, a raiz “yuj” também significa “adequar”, “preparar” ou “utilizar”. A ideia de que a raiz “yuj” poderia significar “unir” no sentido de “integrar” (física ou misticamente) surge possivelmente a partir de uma afirmação vedantina que define o ioga como a “união” entre o Jivatma e o Paramatma, que na verdade passam a ser um só. Mas “yuktam” (que é o particípio passado desse verbo) não significa “unido”, mas “atrelado”, “preparado” ou “adequado”.

    “Soviet” deriva da palavra russa “сове́т”, que significa “conselho”, “assembleia”, “harmonia”, “concórdia”, “sugestão”. Sua raiz é a palavra semelhante do antigo russo, por sua vez tomada de empréstimo do antigo eslavo eclesiástico “съвѣтъ”. Este último, por sua vez, é palavra composta, sendo formado por “со-” (“so-“; “com, junto com”, a partir da raiz PIE “*ksun-” de mesmo significado) e “вѣтъ” (“větŭ”; “acordo”, “pacto”), derivando esta última do protoeslavo “větъ” (“conselho”, “falar”).

    Uma não tem nada a ver com a outra.

    Os comentários acima são ilustrativos da chamada “pós-verdade”. O texto critica claramente o fato de uma entidade fazer propaganda de atividades politicamente inócuas enquanto, na mesma comunidade, a polícia barbariza. Pouco importa que o sarcasmo da última frase escancare a contradição entre as atividades da entidade e a barbárie da polícia. Importa que um primeiro comentador defendeu a ioga como relaxamento; que outro comentador acusa o Passa Palavra de querer impor disciplina a militantes ao criticar a ioga (o “artesanato sustentável” ou a “oficina de cestaria e sabão” poderiam ser o contraponto na frase irônica, mas creio que o efeito diversionista teria sido o mesmo); e que daí em diante, não é mais a barbárie policial na Vila Kennedy o assunto dos comentários, mas a ioga. Isto é a “pós-verdade” nua e crua.

    Sinal do lugar para onde vão as preocupações dos leitores deste site.

  8. TEMPUS LOQUENDI, TEMPUS TACENDI
    Ora, pois… Eis que -sentindo-se provocado?- um autoproclamado e quiçá paranoico esquizofilólogo defec(ag)ou algumas enfáticas pérolas que ainda não engoliu.
    Doses homeopáticas de ironia talvez lhe fossem úteis, posto que devidamente explicadas; ou mesmo, como medida extrema, desenhadas…

  9. De: ulisses & molly
    Para: JB Lennon & Penélope Ono
    say yes my mountain flower and first I put my arms around him yes and
    drew him down to me so he could feel my breasts all perfume yes and his
    heart was going like mad and yes I said yes I will Yes.

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