Com a vitória dos falangistas de Francisco Franco na guerra civil espanhola (1936-1939), os velhos combatentes das Brigadas Internacionais, orgulho e vanguarda dos revolucionários europeus, atravessaram os Pireneus, muitos deles a pé, em busca de refúgio. Acreditavam que a luta contra os fascistas era internacional, e continuariam-na do outro lado da fronteira. Cerca de sessenta mil deles foram integrados à Resistência Francesa, e milhares de outros permaneceram na Espanha lutando clandestinamente como guerrilheiros. Menos conhecido, entretanto, é o fato de ainda outros milhares terem sido presos na própria França e deportados — precisamente por serem antifascistas. No cemitério próximo ao campo de concentração francês de Le Vernet, onde tantos deles foram encarcerados, um brigadista refugiado mandou gravar sobre o túmulo de um companheiro o seguinte epitáfio: “Adios, Pedro. Os fascistas queriam queimar-te vivo mas os franceses deixaram-te morrer de frio em paz. Pues viva la democracia”. Passa Palavra

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