Eu fico em casa

Trabalhadores italianos apresentam cartazes dizendo "Eu fico em casa! Não somos gado de corte!".

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Por Monzoor Alam

Italiano com legendas em inglês | 6 min | 2020 |

Na Itália, 8 milhões de trabalhadores de um total de 23 milhões tiveram de continuar trabalhando até hoje [21 de março] . Isto pode mudar nos próximos dias. Ainda assim, é bom olhar como os trabalhadores organizados nos sindicatos de base SICobas e ADL Cobas reagiram quando foram forçados a ir trabalhar sem as mínimas garantias de segurança durante a crise do coronavírus.

A associação de patrões Confindustria impediu uma paralisação da produção até hoje. De 11 de março em diante, apenas pequenas empresas e lojas paralisaram suas atividades. Todo o resto continuou funcionando como antes, como se não houvesse uma emergência.

O sindicato de base SICobas convocou um estado de agitação, para tornar possível que todos os trabalhadores entrem em greve, explicou a advogada Marina Prosperi. Por todo o país houve uma onda de greves nos setores de logística e metalúrgicos.

No dia 18 de março, uma campanha dos motoristas e trabalhadores na logística começou. Com a palavra de ordem “Nós não somos gado para abate. Nós também queremos ficar em casa”, eles reivindicaram que eles e seus entes queridos e a sociedade em geral têm o direito à vida e à saúde e que eles têm de ser respeitados.

“A ganância dos patrões por lucros não pode ser parada, mesmo pela necessidade de garantir a saúde pública. Nós reivindicamos que apenas os produtos de necessidade pública devam circular!” SICobas e ADLCobas afirmaram em 18 de março.

Nos armazéns organizados por SICobas e ADL Cobas, 90% dos trabalhadores se recusaram a ir trabalhar.


Traduzido
para o Passa Palavra por Marco Tulio Vieira.

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