Salgueiro Maia foi um dos militares que organizaram e executaram o movimento de 25 de Abril de 1974, que derrubou o fascismo em Portugal. Foi a ele que se rendeu Marcelo Caetano, o sucessor de Salazar. A filha de Salgueiro Maia chama-se Catarina, um nome com uma forte carga evocativa para os portugueses daquela geração. Não frequentou a universidade e acabou por ir para o Luxemburgo, onde a comunidade de imigrantes portugueses é muito grande. Agora é faxineira num lar de idosos, que são em toda a Europa o lugar mais atingido pela covid-19, e tem animado as colegas e outras faxineiras a lutarem (http://archive.is/tHQpy). Não o faz em termos de neo-feminismo nem de identitarismos nem de nenhuma dessas coisas. Fá-lo como uma trabalhadora comum. Há muitas mais como ela, mil vezes mais do que as meninas universitárias que aparecem na primeira página dos jornais porque as colegas jornalistas ali as colocam. Passa Palavra

2 COMENTÁRIOS

  1. Comum versus próprio, comunidade versus propriedade – eis o que ela sabe e pratica.
    Superação biopotente do indivíduo pelo íon-divíduo, o transdivíduo da comunidade humana mundial prefigurado numa intempestiva, suprassumida & in(transi)gente cátara.

  2. Comum é a prática dos jornalistas de individualizarem lutas coletivas, buscarem heróis e mártires, diminuindo aquilo que se construiu coletivamente e dando palanque para líderes centralizadores. Lamentável esse FD seguir pelo mesmo caminho mesquinho de dizer quem merece os louros da luta.

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