Por Angry Workers

Leia aqui o original.

8 de março de 2021

Trabalhadores da JNS em Manesar fizeram uma greve selvagem hoje [08/03/21]. A JNS fabrica peças automotivas, como velocímetros, empregando 2.200 trabalhadores, a maioria mulheres. Em 8 de março, o turno A começou uma greve de ocupação, seguido pelo turno B. A polícia foi até a fábrica, mas não interveio. Os trabalhadores permaneceram dentro da fábrica após o seu turno acabar e se recusaram a entrar nos ônibus da empresa, ficando juntos durante a noite. Eles exigem aumento salarial e contratos permanentes. Esta fábrica tem um histórico de atos de trabalhadores temporários.

Leia mais em nosso artigo anterior (em inglês).

Traduzido para o Passa Palavra por Marco Túlio Vieira.

3 COMENTÁRIOS

  1. Caríssimos,

    Meu comentário será mais breve do que gostaria, dado que, neste momento da minha vida, tenho feito tantas coisas, que mal tenho tempo de respirar. Mas a preocupação que me bateu neste momento foi tamanha, que precisei fazer o comentário e pedir a opinião dos companheiros que aqui contribuem (e quem sabe do próprio Passa Palavra).

    Em primeiro lugar, eu apoio completamente a luta de todos os trabalhadores, seja no país que for, inclusive as reinvindicações desses trabalhadores em Manesar, Índia. Mas observem a seguinte situação. Estamos no meio de uma pandemia, e o isolamento social é fundamental para combatê-la. A índia, de acordo com esta fonte (https://www.worldometers.info/coronavirus/countries-where-coronavirus-has-spread/) é o terceiro país com o maior número de casos, e o quarto com o maior número de mortes. Ora, a Índia é um país muito grande com uma população que é a segunda maior do mundo, e isso deve ser levado em consideração. Assim, reparem no vídeo que os trabalhadores estão todos aglomerados, bem juntos uns dos outros, e vários colocando a máscara no queixo ao invés de no nariz e boca. Dito isso, gostaria de perguntar: neste momento tão grave de pandemia, que outras formas de atuação seriam mais adequadas, de maneira que mantenhamos o isolamento social e, ao mesmo tempo, lutemos pelos nossos direitos? Formas de cyber-militância, por exemplo, envolvendo sabotagem a empresas pela via do hackeamento, e esse tipo de coisa? Se sim, isso demandaria de nós que aprendêssemos a manusear os computadores muito mais do que a média da população sabe, que soubéssemos programar, esse tipo de coisa. Ora, o futuro do capitalismo, me parece, é este mesmo, e a COVID apenas acelerou esse processo, penso eu: o controle da produção por parte dos trabalhadores pela via da informática, e o controle do tempo de trabalho dos trabalhadores por parte dos gestores e burgueses pela mesma via (inclusive o controle político, e nesse sentido nunca é demais ressaltar que o perigo mora nas redes – https://passapalavra.info/2020/09/134444/). Que pensam?

    Um grande abraço ao coletivo Passa Palavra e a todos os que aqui contribuem.

  2. Caro Antonio,

    Agradecemos pelo seu comentário. As questões que você levanta são tão importantes que nos sentimos compelidos a escrever um artigo sobre o assunto, que será publicado em breve.

    Cordialmente,
    Coletivo Passa Palavra.

  3. Caros companheiros do Passa Palavra,

    Obrigado pela resposta. Estou ansioso pelo artigo, e tenho certeza que não apenas será muito bom (como sempre são os artigos escritos por vocês), mas que também oferecerá um melhor entendimento acerca da necessidade de adaptação da luta dos trabalhadores à nova situação.

    Um grande abraço, a 2 metros de distância, com máscara e álcool em gel, do
    Antonio

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here