Por DHESCA

 

A Plataforma de Direitos Humanos (DHESCA) Brasil em aliança com a Ação Educativa e o coletivo de nicaraguenses no Brasil promovem a live “Crise de Direitos Humanos e Democracia na Nicarágua” na quinta-feira (21/10/2021) às 18h00 (horário de Brasília).

Além de uma atualização sobre a profunda deterioração da Democracia e dos Direitos Humanos no país centro-americano nos últimos três anos, o evento apresentará um panorama sobre a fachada eleitoral montada para o próximo mês de novembro pelo regime comandado por Daniel Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo.

Na live, teremos a presença de Mónica Baltodano, uma das comandantes da FSLN na guerra para depor Somoza, o que se concretizou em julho de 1979, e hoje refugiada no exterior; Paulo Abrão, Professor Visitante da Brown University, ex Secretario da CIDH/OEA e ex Secretário Nacional de Justiça (governo Dilma), Ana Quiros, dirigente da Articulação Feminista e fundadora da rede opositora “Azul y Blanco” no exilio; e Maria Luisa Gomes Comi, representante da organização Race and Equality, advogada e antropóloga; com a mediação de Rodnei Jericó, da Plataforma DHESCA.

Para assistir a live, clique aqui:

https://www.youtube.com/user/acaoeducativa

https://www.facebook.com/dhescabrasil

Contexto

Ocorrerá no próximo dia 7 de novembro a primeira eleição presidencial após brutal repressão do regime orteguista aos protestos civis contra a reforma na Previdência Social que eclodiram em abril de 2018. Ortega e Murillo concorrem ao quarto mandato consecutivo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) junto com meia dúzia de candidatos fisiológicos e desconhecidos da população, que participarão do pleito em troca de cargos e regalias no governo.

Não surpreende que os resultados dessas eleições já sejam conhecidos: Ortega e sua esposa Murillo vencerão novamente, como tem sido anunciado por porta-vozes do casal presidencial sem constrangimento algum.

Sete pré-candidatos da oposição e 31 líderes políticos e sociais foram presos desde maio passado, juntando-se, assim, a outros 120 presos políticos, no cárcere desde as manifestações de 2018. Foram cassados os registros de três partidos políticos e mais de 140 mil nicaraguenses fugiram da perseguição do regime orteguista e da crise socioeconômica provocada pela violação sistemática dos direitos humanos e dos direitos à liberdade de expressão e manifestação.

Nicarágua vive novamente, portanto, o terror de Estado que se experimentou durante a dinastia Somoza, que aliou repressão às contínuas fraudes eleitorais durante 43 anos no século passado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here