Por Edith Södergran
Por motivos alheios à nossa vontade, voltamos a publicar um poema substituindo a coluna habitual de Diabo da Economia. Lamentamos o ocorrido e reafirmamos que pretendemos regularizar a coluna em breve.
Estrelas ascendentes! Estrelas que se abraçam – noite bizantina!
As minhas mãos desvelam o rosto do tempo novo.
O tempo novo fita a terra: olhares fundentes.
Doce corre a loucura pelo coração humano.
Dourada loucura que abarca o umbral do homem com a paixão
de jovens videiras.
Os homens abrem as suas janelas a uma nova ânsia.
Os homens esquecem a terra para escutar a voz que canta no alto:
eis que as estrelas arrojam com mão audaz à terra o seu óbolo:
moedas tilintantes.
Uma estelar epidemia estende-se sobre a criação:
a nova enfermidade – a roda da fortuna.