Lá pelas décadas de 1990 e 2000, quem era do movimento estudantil ou do sindical na região sabia que o professor sempre entrava naquele tipo de debate para destruir os seus opositores. Ele dava um show de argumentação, entusiasmo e determinação, que aos desavisados parecia ser algo próprio da uma permanente luta revolucionária socialista. Jamais, dentro das universidades e sindicatos, considerou a prostituição uma forma de trabalho. Falava de violência, crime, exploração e da necessidade urgente de abolir a atividade e libertar as prostitutas. Numa alta madrugada, quando o bar onde eles estavam fechou, ele, já sentindo os efeitos do álcool, disse ao seu aluno que conhecia um lugar que ainda estaria aberto. Ao chegarem ao bordel a surpresa do aluno ainda não estava completa. Desde o leão-de-chácara na portaria até a meretriz, todos amigavelmente sorriam, cumprimentavam, abraçavam, beijavam e diziam a ele praticamente a mesma coisa: “Nosso professor!”. Passa Palavra

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