Por Joseph Daher
O artigo a seguir, publicado em 4 partes, é o quinto capítulo do livro Síria Depois Dos Levantes, de Joseph Daher. A versão integral do livro foi traduzida pela Contrabando Editorial e será publicada no fim de 2023
Assad e o PYD
Conforme o PYD expandia seu domínio sobre as áreas habitadas por curdos, as forças do regime mantinham presença nos maiores enclaves nominalmente sob o controle do partido, com destaque para a Qamishli e Hasakah. Os serviços estatais, por exemplo, seguiam de responsabilidade de Damasco, enquanto o regime continuava pagando os salários dos funcionários públicos e gerenciar os escritórios administrativos, o que lhes dava uma vantagem importante.(ICG 2014a: 9) O aeroporto de Qamishli, que em 2016 se tornou o segundo maior do país (atrás apenas do de Damasco), manteve-se sob controle do Exército Árabe Sírio.(The Syria Report 2016f) O YPG foi acusado de se coadunar com o regime em algumas ocasiões, ou pelo menos ter programado alguns ataques para distrair a oposição, forçando-os a combater em múltiplas frentes.(Haid 2017a)
Em várias ocasiões, Saleh Muslim negou qualquer aliança com Damasco, afirmando, desde setembro de 2011, que o PYD clamava pela queda do regime e todos os seus símbolos.(Kurd Watch 2013a) Ao mesmo tempo, as autoridades do PYD reconheciam a decisão tática de não enfrentar suas forças, ainda que refutassem as acusações de conluio, descrevendo a si mesmos como uma “terceira via” entre um “regime opressivo e os militantes rebeldes linha dura.”(ICG 2014a: 7) Suas posições também devem ser contextualizadas no quadro de hostilidades políticas vindas da oposição árabe exilada, representada primeiro pelo CNS e depois pela Coalizão, assim como por amplos setores dos grupos armados de oposição no norte da Síria. Esses atores estavam aliados à Turquia e eram considerados pelo PYD/PKK como inimigos centrais, que rejeitavam as demandas nacionais curdas na Síria.
Ao mesmo tempo, o TEV-DEM – dominado pelo PYD – mantinha canais discretos de comunicação com as autoridades em Damasco, centralizando seus esforços em combater o Estado Islâmico e construir uma forma localizada de governo.(Sary 2015: 4) As autoridades oficiais em Damasco recusavam repetidamente qualquer forma de autonomia curda na Síria.
Como argumentado em um relatório do ICG(ICG 2014a: 7-8):
Poucos duvidam que a relação entre o PYD e o regime se baseava mais na conciliação que no enfrentamento, buscando, ao menos no curto prazo, um modus vivendi útil a ambos. Seus rápidos avanços iniciais apenas foram possíveis com a retirada das forças de Damasco, em junho de 2012, das áreas curdas; uma medida benéfica a ambos os lados, com o regime podendo concentrar-se nas outras regiões ao norte, enquanto o PYD impedia que a oposição armada tomasse as áreas curdas.
As relações entre, Assad e o PYD mantiveram-se sem choques por anos, apesar de conflitos armados localizados explodirem em alguns momentos, com destaque ao de Qamishli, onde o regime mantinha presença armada. Em dezembro de 2015, depois que as Forças Democráticas Sírias (FDS), chefiadas pelo YPG (comentado mais adiante, neste capítulo), assinaram uma trégua com a sala de operações da oposição comandada por Fatah Halab, as tropas das FDS enfrentaram os militares em lugares com o bairro curdo de Sheikh Maqsood (em Alepo) que se tornou alvo da força aérea do regime. Entre meados e final de agosto de 2016, dois SU-24 sírios bombardearam forças curdas na cidade de Hasakah. A coalizão liderada pelos EUA mobilizou seus próprios caças na área para interceptar os caças sírios e proteger os assessores estadunidenses trabalhando com as forças curdas. Os aviões do regime, porém, se retiraram antes. O porta-voz do Pentágono, Capitão Jeff Davis, descreveu o ato como uma “medida para proteger as forças da coalizão.”(The New Arab 2016a) Isso permitiu aos comandos do YPG assumir o comando quase integral de Hasakah após um cessar-fogo, consolidando seu controle sobre os curdos no nordeste da Síria após uma semana de combates contra o regime.(Perry e Said 2016)
Apesar de perder influência após os confrontos armados, o regime sírio enviou a Hasakah os ministros da Saúde, Nizar Yazigi, e da Administração Local e Meio Ambiente, Hussein Makhlouf, para visitar autoridades locais e reafirmar sua influência na região.(al-Sultan 2016; The Syria Report 2016d) Essas tensões entre o regime e o PYD eram visíveis nos enfrentamentos sobre as línguas ministradas nas instituições educacionais sírias. O PYD advogava o ensino da língua curda nas escolas púbicas, enquanto o regime ameaçava congelar os salários dos professores que não seguissem o currículo oficial. Nos casos em que o partido curdo impôs seu programa didático, o regime obrigou algumas escolas a fecharem.(Jamal, Nelson e Yosfi 2015; The Syria Report 2016i)
Em meados de outubro de 2016, o regime nomeou, para a província de Hasakah, um novo governador, Jayed Sawada al-Hammoud al-Moussa, ex-comandante militar e membro do aparato de segurança, conhecido pela sua truculência contra civis.[1] Seu currículo militar serviu de mensagem clara ao PYD sobre a persistência do regime pelo controle da área.(SANA 2016b; Zaman al-Wasl 2016c) O recém nomeado cortou toda a verba pública do Hospital Nacional de Hasakah, o maior da região, depois que as forças policiais e militantes curdas se recusaram a deixar o edifício no início de 2017. Comparado ao nível de atividade de poucos meses antes, o Hospital passou a funcionar com menos de 15% de sua capacidade, com sessões inteiras fechando as portas. A redução sem precedentes dos serviços afetou mais de um milhão de residentes da cidade, especialmente aqueles que não podiam pagar por cuidados médicos em um dos cinco centros médicos privados da capital provincial.(Abdulssattar Ibrahim, Nassar e Schuster 2017)
Durante o mesmo período, em março de 2017, o regime sírio e apoiadores do Partido Baath formaram uma nova organização paramilitar, recrutando entre membros das tribos locais e funcionários públicos na província de Hasakah, ao norte, e assim reunindo cerca de 3000 combatentes. O sentimento crescente de oposição ao governo do PYD serviu de base para a construção do grupo.(Zaman al-Wasl 2017d) Outras milícias pró-regime com formato e objetivos similares também surgiram na mesma região.
Em meados de junho de 2017, ocorreram novos confrontos entre as forças de Assad e as FDS (encabeçadas pelo PYD), na medida em que ambos capturavam territórios ocupados pelo Estado Islâmico, aproximando-se perigosamente um do outro. Os aviões de guerra dos EUA também derrubaram um jato do Exército Árabe da Síria durante esse período, na região rural ao sul de Raqqa, após bombardeio às posições das FDS.(Al-Khalidi e Spetalnick 2017)
Um mês depois, em meados de setembro, a força aérea russa atacou posições das FDS, causando destruição ao leste do Rio Eufrates, perto da cidade síria de Deir ez-Zor.(Van Wilgenburg 2017b) Durante a mesma fase, um alto funcionário do regime, Bouthaina Shaaban, declarou a disposição do governo em lutar contra as FDS:
Sejam elas as Forças Democráticas Sírias (FDS) ou o Daesh (Estado Islâmico), ou qualquer presença estrangeira ilegítima no país (…), os combateremos e trabalharemos contra eles, para libertar toda nossa terra de qualquer agressor. (…) Não digo que isso acontecerá amanhã (…), mas essa é a meta estratégica (…)(Dadouch e Perry 2017)
As tropas das FDS foram em seguida atacadas por forças russas e do regime na província de Deir ez-Zor, em 25 de setembro (SDF General Command 2017).
Em meio ao agravamento das tensões militares e políticas entre Damasco e seus aliados, assim como em suas relações com o PYD, o Ministro das Relações Exteriores afirmou, no final de setembro, que o governo sírio estava aberto às negociações com os curdos sobre a demanda por autonomia dentro das fronteiras nacionais. Declaração retórica, ela deixava em aberto o conceito de autonomia usado pelas autoridades em Damasco, buscando, em vez disso, sinalizar algum entendimento com o PYD. O Ministro das Relações Exteriores sírio publicou tal declaração no mesmo dia do referendo sobre a independência curda no Iraque, ao qual o regime sírio se opunha, apoiando em seu lugar a unidade nacional iraquiana.(Reuters 2017d; Tejel, citado em Souleiman 2017)
Em meados de dezembro de 2017, Bashar al-Assad caracterizou o SDF como “traidor” e uma “força estrangeira ilegítima”, apoiada pelos Estados Unidos, que deveria ser expulsa da Síria. Ele fez declarações similares durante todo o ano de 2018. O comando-geral das FDS respondeu, declarando que a sua ditadura era “a definição da traição”, e que o povo se rebelava contra aquele “regime policial autoritário e opressivo.”(Rudaw 2017b) O regime também declarou repetidas vezes que Raqa, sob controle das FDS após a expulsão do Estado Islâmico, ainda era uma cidade ocupada, prometendo restaurar a autoridade do Estado em todo o país.(SANA 2017f)
Apesar de confrontos ocasionais entre 2012 e 2016, ambos os lados mantiveram um pacto pragmático de não-agressão, colaborando taticamente em algumas ocasiões, nas quais interesses estratégicos, fossem geográficos ou em períodos específicos), convergiam. No entanto, não faltavam desacordos estruturais que reapareceriam de 2017 em diante, conforme as forças do Estado Islâmico nessas áreas foram progressivamente eliminadas e o regime retomou inúmeros territórios. Além disso, Damasco deixava de ceder regiões ricas em recursos naturais, principalmente agrícolas e energéticos.
O PYD, a oposição, o ELS e as forças fundamentalistas islâmicas
Além de considerarem, na prática, a tomada pelo PYD, em julho de 2012, das áreas habitadas por curdos, como um presente de Damasco, amplos setores da oposição árabe acusaram a organização de rupturas desonestas nos acordos de cessar-fogo, com certos indícios de que agiam a serviço do regime.(ICG 2014a: 8) O sentimento anti-PYD dentro da oposição árabe síria aumentou com o tempo, contribuindo para a violência que, em última instância, colocou em conflito curdos e a oposição árabe desde meados de 2012. Esses confrontos alimentaram-se da desconfiança mútua, competição por recursos escassos (terras ao longo da fronteira turca, petróleo e gás em Hasakah) e a crescente influência e presença de grupos jihadistas combatendo junto às unidades do ELS.
Isso também levou à expulsão de uma brigada do ELS, Jabhat al-Âkrad (Frente Curda) ligada ao PYD, de diversas áreas conjuntas geridas pelo ELS e Jabhat al-Nusra no verão de 2013. As forças do YPG e os civis curdos sofreram sérias violências nas mãos de grupos como Estado Islâmico e Jabhat al-Nusra(Human Rights Watch 2014: 15-16). Por mais de um ano, o Jabhat al-Nusra, facções fundamentalistas islâmicas e grupos afiliados ao ELS, bloquearam aos enclaves curdos em Afrin e Kobani, a fim de pressionar o YPG a ceder territórios.(Van Wilgenburg 2014a) Essa situação levou uma leva de curdos na Síria a aderirem ao YPG. Inúmeros deles, na Turquia, também aderiram ao YPG, atravessando a fronteira Síria através da cidade de Qamishli.(Itani e Stein 2016: 7)
Os confrontos entre grupos do ELS e o PYD diminuíram em escala ao final de 2013. Uma trégua assegurada em Afrin incentivou, na zona oeste de Alepo, a oposição militar árabe a concentrar naquela ali seus combates contra o regime.(ICG 2014a: 8) Em março de 2014, uma nova situação estimulou a reaproximação entre o ELS e o PYD. Tratava-se da presença de um inimigo comum, o Estado Islâmico, na zona rural de Alepo. Tal situação reverteu-se no verão de 2013. O líder do PYD, Salih Muslim, acusava agora o regime Assad de apoiar os ataques jihadistas contra os curdos(Van Wilgenburg 2014b). O Jabhat al-Akrad voltou a cooperar com o ELS contra o EI, realizando operações em Tal Abbyad, Jarablus e Alepo(Van Wilgenburg 2014a).
Em setembro, a ameaça de um avanço contínuo do Estado Islâmico para o oeste e o norte de cidades como al-Bab, Manbij e Jarablus, estimularam a criação de uma aliança entre o YPG, seis batalhões do ELS e o grupo aramado Liwa al-Tawhid.(Lister 2015: 285) As batalhas ao longo do cerco militar à cidade de Kobani deslocaram, na base da força, cerca de 200 mil pessoas dos vilarejos ao seu redor. Entretanto a cidade curda foi defendida não apenas pelo YPG, como também por ao menos três batalhões de combatentes árabes, incluindo o corpo revolucionário de Raqqa, o “Sol do Norte” e o de Jarablus. Em 4 de outubro, o ELS enviou tropas adicionais para defender Kobani.
Numa declaração de 19 de outubro de 2014, o YPG reconheceu a participação do ELS na resistência ao cerco de Kobani feito pelo Estado Islâmico:
A resistência demonstrada por nós, Unidades de Proteção Popular (YPG), e os grupos do Exército Livre da Síria (ELS), são uma alavanca para derrotar o terrorismo do dito Estado Islâmico na região. O antiterrorismo e a construção de uma Síria livre e democrática foram a base do acordo que assinamos com os grupos do ELS. Como podemos ver, o sucesso da revolução está sujeito ao desenvolvimento dessa relação entre todas as facções e as forças de bem neste país. (…) Também confirmamos a coordenação entre nós e importantes círculos do ELS na região rural ao norte de Alepo, em Afrin, Kobani e Jazira. Neste momento, há grupos e vários batalhões do ELS combatendo ao nosso lado contra os terroristas do EI.(Comando Geral do YPG 2014)
A batalha por Kobani exacerbou tensões com o governo turco, ao passo que Ancara impedia as pessoas de atravessarem a fronteira síria para lutar com o YPG, apesar de eventualmente terem permitido a entrada das forças Peshmerga do Curdistão iraquiano.(Itani e Stein 2016: 7)
Apesar de outras colaborações infrequentes – como em dezembro de 2015, entre a Sala de Operações Fateh Halab e o YPG, na região rural ao norte de Alepo(SOHR 2015b; Enab Baladi 2015) – as relações entre as diversas forças armadas árabes da oposição e o YPG novamente se deterioraram. A expansão dos territórios controlados pelo YPG crescia no norte da Síria a partir de seus confrontos com unidades do ELS e de grupos jihadistas islâmicos e salafistas. Números crescentes de militantes do PKK, incluindo não-sírios, desceram das montanhas de Qandil para juntarem-se à luta. Ao mesmo tempo, para os curdos que queriam defender suas comunidades, a cooperação com o YPG muitas vezes era a única opção. Efetivamente, na proporção em que as batalhas com os grupos armados salafistas e jihadistas se expandiam, o papel do YPG como único protetor viável dos curdos na Síria era intensificado.(ICG 2014a: 5-7) O YPG expandiu o seu controle sobre as áreas curdas ao longo da fronteira com a Turquia, ocupando grande parte da província de Hasakah, no nordeste.
Diversos fatores estimularam as hostilidades entre o YPG e o ELS. A começar pelo apoio do PYD à intervenção militar russa em setembro de 2015, a favor de Assad. Também pesou a assistência militar fornecida ao YPG pela força aérea russa contra grupos armados árabes da oposição, em fevereiro de 2016, na região de Afrin, que serviu para a tomada de áreas controladas pela oposição e cidades de maioria árabe ao norte de Alepo, incluindo Tal Rifaat. Por último, a colaboração do YPG com as forças do regime para impor um cerco a Alepo oriental, em 28 de julho de 2016, aumentou as hostilidades entre os dois grupos. Ao longo de 2016, as forças de oposição e o YPG enfrentaram-se repetidamente, enquanto o bairro curdo de Sheikh Maqsud esteve sob sítio durante meses pelas forças armadas da oposição em Alepo.(Shocked 2016)
Ao final de novembro e início de dezembro de 2016, durante a ofensiva das forças pró-regime em Alepo oriental e sua subsequente captura, as forças do YPG – que caracterizaram oficialmente esses confrontos como “combates entre o regime sírio e o Congresso Nacional Sírio, apoiada pela Turquia”(ANHA Hawar News Agency 2016) – participaram da batalha, conquistando alguns distritos e entregando-os ao regime Assad. Em troca, foi permitido ao YPG o controle dos bairros Sheikh Maqsud e Ashrafia, de maioria curda.(Orton 2016; SOHR 2016) Foi, no entanto, um controle provisório, já que as forças do regime os cercaram. Em dezembro de 2017, a bandeira síria foi ali erguida, com o YPG obrigado a aceitar o retorno parcial das forças do regime. Ao final de fevereiro de 2018, o YPG retirou-se por completo de Alepo, para integrar a defesa de Afrin (comentado mais adiante neste capítulo).(Schmidinger 2018: 258)
Um setor da oposição armada (algumas unidades do ELS, assim como forças fundamentalistas islâmicas) participou de uma ofensiva, em janeiro de 2018, contra Afrin (ver Capítulo 7). Comandados por Ancara, justificaram sua participação alegando que os curdos, na prática, eram aliados do regime, tornando-se importante manter a Síria unida contra grupos separatistas, como o PKK/PYD.(Rudaw 2018c) Vídeos de combatentes sírios apareceram durante esse período, expondo uma retórica racista e repleta de ódio contra os curdos, bem como palavras de ordem em favor de Saddam Hussein e Erdoğan.(Facebook 2018a, 2018b)
Moradias e comércios foram saqueados em Afrin, e a estátua de Kawa, figura simbólica das celebrações do festival Nowruz, destruída. Os cadáveres mutilados de soldados curdos do YPG e de civis apareceram nas redes sociais. Ao final de 2018, estimava-se que cerca de 151 mil pessoas haviam sido expulsas dos seus lares na província de Afrin, por conta da operação militar turca “Ramo de Oliveira”, em janeiro de 2018 e durante a ocupação subsequente. A maioria foi deslocada para as áreas de Tal Refaat, Nubul, Zahra e Fafin, na província de Alepo.(UNHCR 2018) As forças do YPG decidiram retirarem-se de Afrin em meados de março de 2018, a fim de permitir que os civis deixassem a cidade, enquanto anunciavam o início da sua resistência armada em toda a província.(Schmidinger 2018: 260)
Com o passar do tempo, as tensões entre o PYD e os vários grupos armados oposicionistas não só se exacerbaram, intensificando choques militares, mas também aprofundaram as divisões étnicas entre árabes e curdos. A situação deteriorou-se mais ainda em dezembro de 2018, quando grupos armados de oposição dispuseram-se formalmente a participar de uma operação liderada pelos turcos nas regiões ao leste do Rio Eufrates, na Síria, controladas pelo PYD, após um anúncio de Ancara.(Dadouch 2018) A coalizão síria também apoiou a ofensiva, apesar da oposição de seus membros curdos e setores de sua direção.
Notas:
[1] Ele participou da repressão aos civis, especialmente nas Montanhas Qalamoun, ao longo da estrada Damasco-Homs, onde relata-se que tropas sob o seu comando cometeram diversos massacres contra civis, em especial na cidade de Dumeir (Zaman al-Wasl 2016c)
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PARTE 2
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Parte 4A bibliografia pode ser conferida neste link.
As artes que ilustram o texto são da autoria de Ibrahim Yıldız (1984 – ).