1 COMENTÁRIO

  1. Cercar-se de muros
    Acariciar as grades
    Submergir em um copo, e lá no fundo sentar, atônito e passivo, a refletir sobre a deglutinação
    Testemunhar uma única e singela ação: uma ou outra bolha de ar a esgueirar-se, teimosa, para a superfície onde abunda seu próprio ser hidroxigênico
    Não invejar a bolha que se liberta e sim a textura da cortina que protege da chuva
    Formular o mundo em branco e preto
    Zombar da cor
    Observar os traços cimentosos do passado que aqui nos trouxe,
    sem qualquer horizonte de futuro.
    Nada, “o catecismo do que não se deve fazer”,
    de Manchette a Antunes

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